Manual BLDC Drive KTC J JKBLD300

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MOTORES BLDC

Drive JKBLD300

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1. Introdução

Conhecido como Bruschless DC motor ou BLDC é um motor elétrico com alta eficiência e um dimensional
pequeno. A comutação das bobinas é feita eletronicamente e gerenciada por seu drive ou controlador via sensores hall
H1, H2 e H3; um sistema diferente do tradicional que realiza a comutação das bobinas através do coletor do motor DC.

Figura 1 – Rotor de um BLDC com 4 polos

Outra característica importante é a ausência de escovas ou carvão, de modo que a vida útil é maior, sem
necessidade de manutenção constante. A vida média de um motor escovado é de 600 horas, enquanto de um BLDC
é 20 vezes maior aproximadamente.

Além disso, o motor sem escovas atinge velocidades altíssimas e diminuindo as interferências a todos os
sistemas periféricos. O controle de velocidade é através de potenciômetro sendo interno (trimpot instalado no drive) ou
externo (sinal de 5Vcc).

O motor brushless é composto por um estator interno com bobinas (enrolamentos ou eletroímãs), de rotor
(número par de imãs permanentes) e a carcaça conforme a figura abaixo. O drive faz a conversão de energia para que
o estator exerça influência nas forças de atração magnética para girar o rotor.

Os motores BLDC da Kalatec podem ter redutores acoplados, para aumento de torque ou redução da inércia
da sua carga. Sugerimos como acessórios nossos redutores planetários (flanges 42x42 e 86x86) e nossas fontes
48Vcc/350W ou 24Vcc (diferentes potências) trabalhando em tensões selecionáveis de 110VAC ou 220VAC.

2. Vantagens de usar o BLDC

• Vida útil maior: temperatura, desgaste e atrito menores devido a não utilização de escovas;
• Potência maior: Aumento na eficiência de trabalho e torque, porque não há atrito e pouca perda de potência;
• Interferência eletromagnética reduzida;
• Diminuição na dimensão e peso do motor;
• Maior tempo de funcionamento;
• Tensão DC e maior economia de energia;
• Controle de rotação, velocidade e ângulo por circuito integrado com altíssima precisão.

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Tabela de especificações gerais: elétricas e mecânicas

Unidade KTC-60BLS03-J KTC-86BLS71-J


Tipo de ligação estrela
Nº de Fases 3
Nº de Polos 8
Tensão Vdc 18~50 24
Tensão Nominal Vdc 48 24
Velocidade RPM 3000 3000
Velocidade Máx. RPM 4000 3500
Torque N.m 0,9 0,7
Corrente A 7,5 6,3
Potência W 300 220
Torque de Pico N.m 2,7 2,1
Corrente de Pico A 22 19
E.M.F V/Krpm 12,4 6,9
Torque Constante N.m/A 12 6,6
Inércia do rotor g.cm² 720 1600
Saída do eixo 0,025mm
Jogo radial 0,02mm@450g
Jogo final 0,08mm@450g
Força radial máx. 220N@20mm pelo formato da flange
Força radial máx. 60N
Rigidez dielétrica 500VDC/min
Resistencia de Isolação 0MΩ.minuto; 500VDC
Peso kg 1,65 1,9
Sensor Hall
Ângulo efeito hall 120º ângulo elétrico
Isolação B
Proteção IP30
Temperatura de Armazenamento ºC -25~70
Temperatura de Operação ºC -15~50
Tabela das características técnicas dos motores BLDC Kalatec

Flange Modelo Variador Tensão Potência Torque Velocidade Comprimento


(mm) (VDC) (W) Médio (Nm) (RPM) (mm)
60x60 KTC- KTC-BLD300-J 18~50 283 0,9 3000 120
60BLS03-J
86x86 KTC- KTC-J-DR- 24 220 0,7 3000 85
86BLS71-J BLDC300
Nota: Cada modelo possui uma curva torque x velocidade x tensão

3. Drive

Cada motor BLDC possui um drive de acionamento, sendo esse corresponde a potência, tensão e velocidade
do motor. Através do drive realiza-se os comandos de liga/ desliga, sentido de rotação, acionamento do freio e
velocidade, além de um sinal de alarme.

Para modelos 48VDC com 3000rpm, caso o usuário queira utilizar com 24VDC então a velocidade será 50%
menor, ou seja, 1500rpm. O torque do motor se manterá o mesmo, independente a tensão aplicada.

O ajuste de velocidade poder ser feito por um potenciômetro interno (acoplado ao drive) ou através de um sinal
analógico de 0-5V, que se for com um potenciômetro externo deve ter a resistência de 10KΩ.

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A seguir a tabela de descrição dos sinais e o dimensional do drive

Símbolo Definição

DC+/DC- Entrada de energia DC (DC24V~DC48V)

U, V, W Fios do motor

Hu, Hv, Hw Fios do sensor Hall

REF+ Fonte de alimentação do sensor Hall +

REF- Fonte de alimentação do sensor Hall -

Fonte de alimentação do potenciômetro externo (somente fonte de


VCC
alimentação interna).

Potenciômetro Externo (Sem Conexão ao Ajustar a Velocidade com


SV Potenciômetro Interno) ou Taxa de Pulso.

Vide Nota1

COM Comum (Baixo Nível/Terra)

Direção: Nível Baixo/CCW - Alto Nível ou sem conexão/CW.


F/R
Vide Nota2

Habilitar: Nível Alto/Parar Nível Baixo/Executar.


EN
Vide Nota2

Freio rápido: nível alto/parar nível baixo/funcionar.


BRK
Vide Nota2

SPEED Saída de sinal de velocidade

ALM Saída de sinal de alarme

Nota1: Potenciômetro de 10KΩ ou sinal analógico DC 0V~+5V (Mude interruptor interno J1/DC0-10V). Desligue o
potenciômetro interno RV ao usar um potenciômetro externo para ajustar a velocidade do motor.

Nota2: Alto nível/5V (5mA)

Dimensões do drive e motores

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Motor sem escovas KTC-60BLS03-J

Motor sem escovas KTC-86BLS71-J

3.1 Esquema de ligação e ajustes

A figura abaixo apresenta o esquema de ligação das entradas e saídas digitais do drive, além disso, indica o
controle de velocidade pelo potenciômetro interno (RV), potenciômetro externo (SV e COM) e PWM (SV e COM).

Figura 2 – ligação elétrica do drive

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Cabos do sensor Cabos de potência do motor

REF+ = Vermelho W = Azul

HU = Amarelo V = Verde

HV = Verde U = Amarelo

HW = Azul *Os cabos de potência possuem uma bitola maior.

REF- = Preto

3.2 Utilizando um controlador

a) Receber sinal de comando através de um controlador

➢ Sinal analógico de 0~5Vcc ou 0~10Vcc;


➢ Sinal de PWM;
➢ Acionamento das entradas de freio (BRK), habilita (EN) e sentido de giro (F/R).

Figura 4 – Esquema de ligação dos sinais de comando com um CLP

b) Enviar a saída de alarme para um controlador

➢ Saída do sinal de velocidade do motor (Sinal PNP):

Conectando SPEED e COM para obter saída de pulso F=N*P/60;

*F - Frequência de saída de pulso;

*P - Número dos polos do motor BLDC;

➢ Saída de alarme do driver (Sinal PNP):

Quando o driver entra em alarme, ele desconecta a porta COM e ficará em nível baixo. O driver para de
funcionar e a luz de alarme acende.

Figura 5 – Esquema de ligação de um sinal de alarme do drive BLDC para um controlador

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3.3 Ajuste de velocidade:

a) Velocidade do motor ajustada pelo potenciômetro interno RV:

b) Velocidade do motor ajustada por entrada analógica DC 0V~+5V:

Fundo de escala ajustado no trimpot azul (entre bornes verdes).

Essa configuração é padrão de fábrica.

c) Velocidade do motor ajustada pela entrada analógica DC 0V~+10V:

Fundo de escala ajustado no trimpot azul (entre bornes verdes).

d) Velocidade do motor ajustada pela entrada de taxa de pulso:

Taxa de pulso: 0K—3KHZ Modulação linear de velocidade;

Amplitude de pulso: 5V Relação de serviço de pulso: 50%;

Figura 6 – indicação do trimpot azul e potenciômetro interno do drive

3.4 Trimpot de potência

Para configurar a tensão de pico, deve-se ajustar o trimpot P-sv com o valor de potência do motor, porque se
houver uma sobrecarga a seta irá girar e servir de proteção para o motor.

Figura 6 – Potenciômetro de ajuste de potência de pico

3.5 Indicação dos LEDs


Verde Indicação de ligado

Vermelho Erro de sobre corrente ou sensor hall


Indicação
Vermelho
Proteção de sobre tensão, sobre corrente
Piscante

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4. Aplicações
• Robótica; • Refrigeração;
• Agrícola; • Automobilística;
• Médica; • Farmacêutica;
• Aeroespacial; • Alimentícia e outros.
• Gráfica;

4.1 Cargas Constantes

Normalmente, o controle é feito em malha aberta, de modo que a carga é acoplada diretamente no eixo do
motor exigindo variação de velocidade e baixa precisão.

Essa aplicação possui baixo custo e com isso é facilmente encontrada em controle de ventiladores, bombas e
exaustores.

4.2 Cargas Variáveis

O controle é feito através da malha fechada, porque a cara do motor irá variar dentro de um range de
velocidade. Dessa maneira, o sistema necessita de rapidez no controle e exatidão, além de respostas dinâmicas.

O sistema é aplicado em compressores, bombas de combustíveis, bombas centrifugas, braços robóticos, entre
outros.

4.3 Posicionamento

Nessa categoria, o sistema opera em malha fechada sendo necessário uma resposta dinâmica para torque e
velocidade., além do controle de posição. A carga no motor será variável nas fases de aceleração, constante
velocidade e desaceleração.

As aplicações possuem transmissão de potência através de engrenagens, redutores (planetários ou coroa sem
sim) ou correias (eletrônicas ou simples). Essa aplicação é comum em CNC, controles de transmissão e maquinários
de controle.

Figura 7 – Motores BLDC e drives de diferentes potências.

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