Ap3-Elieude Azevedo

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1

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTA


CURSO DE SERVIÇO SOCIAL EAD

ELIEUDE AZEVEDO QUEIROZ

OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO


DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS

CÂNDIDO MENDES - MA
2024
2

ELIEUDE AZEVEDO QUEIROZ

OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO


DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS

Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço


Social apresentado ao Centro Universitário
UNINTA, Polo de Cândido Mendes como
requisito para a obtenção de título de
Bacharel em Serviço Social.

Orientador: Profª Francisca Talicia


Vasconcelos Pereira

CÂNDIDO MENDES - MA
2024
3

ELIEUDE AZEVEDO QUEIROZ

OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO


DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS

Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço


Social apresentado ao Centro Universitário
UNINTA, Polo de Cândido Mendes como
requisito para a obtenção de título de
bacharel em Serviço Social.

Orientador: Profª Francisca Talicia


Vasconcelos Pereira

Aprovada em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________
Prof.(a) Orientador (a)
Centro Universitário INTA (UNINTA)

_____________________________________
1º Membro da Banca Examinadora

_____________________________________
2º Membro da Banca Examinadora
4

AGRADECIMENTOS

A conclusão deste trabalho marca não apenas o encerramento de uma


etapa acadêmica, mas também representa um ponto de partida para uma
jornada contínua no campo do Serviço Social. Neste momento significativo,
gostaria de expressar minha mais profunda gratidão a todos que tornaram
possível a realização deste estudo.
Primeiramente, gostaria de agradecer a todos os professores e
professoras que ao longo desta jornada acadêmica compartilharam seus
conhecimentos, experiências e inspirações. Seus ensinamentos foram
fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho e para minha formação
como profissional.
Agradeço também à minha família, pelo apoio incondicional, paciência e
compreensão durante os momentos de dedicação a este projeto. Suas
palavras de encorajamento foram um combustível essencial para superar os
desafios encontrados ao longo do caminho.
Às instituições e profissionais que gentilmente colaboraram com
informações e aprendizados, meu sincero reconhecimento. Sem a sua
participação e contribuição, este trabalho não teria alcançado a profundidade e
relevância necessárias para abordar as questões do Serviço Social de maneira
significativa.
Por fim, dedico um agradecimento especial às pessoas atendidas e
envolvidas nas práticas de Serviço Social, cujas histórias, experiências e
desafios são a verdadeira inspiração por trás deste trabalho. É para vocês que
nos dedicamos a buscar soluções e promover mudanças significativas em
nossas comunidades. Que este trabalho possa contribuir de alguma forma para
o avanço do conhecimento no campo do Serviço Social e para a promoção de
uma sociedade mais justa e igualitária.

Obrigado a todos!
5

"A esperança vem do aprendizado,


da compreensão e da prática
solidária dos que lutam por justiça e
solidariedade." (Paulo Freire).
6

RESUMO

Neste trabalho foi explorado diversos aspectos relacionados ao atendimento à


população em situação de vulnerabilidade social nos Centros de Referência de
Assistência Social (CRAS), bem como os desafios enfrentados pelos
assistentes sociais e as políticas públicas de assistência social no Brasil. Com
destaque a importância do acolhimento e escuta qualificada, da promoção da
autonomia e empoderamento das famílias atendidas, da articulação em rede e
encaminhamento para outros serviços e políticas públicas. Identificamos
desafios como limitações estruturais e de recursos nos CRAS, a fragilidade do
financiamento público, a desigualdade social e a precarização das relações de
trabalho. Por fim, o reconhecimento da necessidade de fortalecer o SUAS,
investir na qualificação dos profissionais e promover a participação cidadã para
avançar na construção de uma política de assistência social mais inclusiva,
democrática e eficaz.

Palavras-Chave: Atendimento; Inclusão; CRAS.


7

ABSTRACT

In this work, several aspects related to the care of the population in situations of
social vulnerability in the Social Assistance Reference Centers (CRAS) were
explored, as well as the challenges faced by social workers and public social
assistance policies in Brazil. Highlighting the importance of welcoming and
qualified listening, promoting autonomy and empowerment of the families
served, networking and referral to other services and public policies. We
identified challenges such as structural and resource limitations in CRAS, the
fragility of public financing, social inequality and the precariousness of work
relationships. Finally, recognition of the need to strengthen SUAS, invest in the
qualification of professionals and promote citizen participation to advance the
construction of a more inclusive, democratic and effective social assistance
policy.

Keywords: Service; Inclusion; CRAS.


8

SUMARIO

1. INTRODUÇÃO 09
2. O ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS 12
2.1 Contextualização do CRAS 12
2.2 Estrutura e funcionamento do CRAS 13
2.3 Objetivos e público-alvo do CRAS 14
2.4 Funções e atribuições do assistente social no CRAS 15
2.5 Desafios éticos e profissionais enfrentados pelo Assistente Social 16
no contexto do CRAS
2.6 Importância do trabalho interdisciplinar e em equipe no CRAS 17
3. DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS 19
3.1 Atendimento à população em situação de vulnerabilidade social 19
3.2 Limitações estruturais e recursos disponíveis no CRAS 20
3.3 Possibilidades de Intervenção do Assistente Social no CRAS 21
4. IMPACTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO TRABALHO DO ASSISTEN- 25
TE SOCIAL NO CRAS
4.1 Análise das políticas sociais vigentes e seu impacto na atuação do 25
Assistente Social no CRAS
4.2 Reflexão sobre os desafios e perspectivas das políticas públicas de 26
Assistência Social no Brasil
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERENCIAS 29
9

1. INTRODUÇÃO

O Serviço Social é uma área de atuação que envolve uma ampla gama
de atividades, que vão desde o acolhimento e atendimento direto às pessoas
em situação de vulnerabilidade social até a formulação e implementação de
políticas públicas e programas sociais. Além disso, o Serviço Social tem uma
abordagem interdisciplinar, trabalhando em conjunto com profissionais de
diversas áreas, como psicologia, educação, saúde, jurídica, entre outras, para
oferecer uma assistência integral e multidisciplinar às pessoas assistidas
(YAZBEK,, 2014).
Refletir, valorizar e empregar o profissional de Serviço Social é adotar
qualidade de vida, promover o bem-estar social, a justiça social e os direitos
humanos. Tendo como um ponto de partida a transversalidade ativa e saudável
para a construção de uma sociedade justa e democrática. Com base em
valores éticos, como a solidariedade, justiça e a equidade, os profissionais de
Serviço Social atuam na identificação e enfrentamento das diversas formas de
desigualdades e injustiças presentes na sociedade (MACHADO, 2019). Por
tanto teremos que refletir criticamente sobre a real importância desses
profissionais para a sociedade no contexto familiar, comunitário e no conceito
de justiça na equidade solidaria, em uma cooperação individual e coletiva.
Assim é fundamental reconhecer que o Assistente Social desempenha
um papel fundamental na promoção do bem-estar e na defesa dos direitos
humanos, atuando em uma variedade de contextos e cenários. Sua
importância é inegável, pois ele representa uma ponte entre as políticas
públicas e as necessidades reais das pessoas em situação de vulnerabilidade
social. Por meio de uma abordagem humanizada e comprometida com a justiça
social, o Assistente Social intervém em situações de crise, oferece suporte
emocional e orientação prática para indivíduos e famílias em dificuldades
(VASCONCELOS, 2017).
Além disso, o Assistente Social desempenha um papel crucial na
identificação e na análise das causas subjacentes aos problemas sociais,
contribuindo para a formulação e implementação de políticas e programas
eficazes de combate à pobreza, exclusão social, violência doméstica, entre
outros. Sua atuação é marcada pela defesa dos direitos civis, políticos,
10

econômicos, sociais e culturais, visando assegurar a igualdade de


oportunidades e o acesso aos serviços essenciais para todos os cidadãos
(COUTO, 2015). Ressaltando-se que todas as diretrizes para efetivação dessa
modalidade profissional, deverão está a práticas de ações e tarefas de
temáticas acessível no contexto comunitário social e cultural com produções e
processo individual e coletivo permanente na sociedade para a garantia de
direito e assistência.
Nos serviços de saúde, o Assistente Social desempenha um papel
fundamental na promoção da saúde mental e na integração dos pacientes no
sistema de saúde, facilitando o acesso a tratamentos adequados e garantindo
o acompanhamento necessário para o bem-estar físico e emocional. Em
escolas e instituições educacionais, sua presença é vital para apoiar alunos em
situação de vulnerabilidade, promover a inclusão e prevenir a evasão escolar
(BISNETO, 2022).
No contexto das políticas públicas, o Assistente Social é um agente de
transformação social, trabalhando em conjunto com governos, ONGs e
comunidades para desenvolver e implementar programas sociais que atendam
às necessidades específicas de cada grupo populacional. Sua atuação é
pautada pela ética, pela empatia e pelo compromisso com a justiça social,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais solidária, igualitária e
democrática (WANDERLEY et al, 2020).
Um dos locais de atuação do Assistente Social é o Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS). O CRAS constitui-se numa unidade pública
estatal, de prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e
famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços entre
os serviços com vista a potencializar ações a seus usuários, envolvendo assim
um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio
e acompanhamento individualizado especializado (CAMARGO et al, 2022).
Nas últimas décadas passou-se a observar a grande demanda de
famílias em vulnerabilidade social, e, entendendo que é dever do estado
garantir direitos essenciais às famílias desamparadas e à mercê da pobreza no
Brasil inteiro, a atuação do Assistente Social no CRAS possui um papel
estratégico de articulação e integração aos serviços das ações de assistência
social para as famílias nos territórios de abrangência dos Centros de
11

Referência e Assistência Social, além disso, oferecendo proteção social básica


(PEREIRA & GUARESCHI, 2014).
Entendendo tal contexto e observando sua importância, nota-se que em
todo o território nacional, os avanços promovidos pelas ações, projetos e
programas desenvolvidos no CRAS, têm se mostrado de grande importância,
pois, oferta ações socioassistenciais por meio do trabalho social com famílias
em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento
dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o
direito à convivência familiar e comunitária (MOLJO et al, 2018).
Em resumo, a importância do Assistente Social reside na sua
capacidade de promover a inclusão social, defender os direitos humanos e criar
condições para que todos os indivíduos e grupos tenham a oportunidade de
viver com dignidade e plenitude. Sua atuação é indispensável para o
fortalecimento do tecido social e para a construção de um mundo mais justo e
humano (BARROCO, 2022).
Este documento demonstra explicitamente a importância do profissional
de Assistência Social para a sociedade em geral e o quanto a sua atuação é
útil para uma vivencia inclusiva. Onde reflete desafios e possibilidades em um
conjunto social e dialético, acreditando- se que as respostas a esses desafios
são acreditar que a comunidade deve ir além da acolhida a esses profissionais.
Também precisa aplicar ações diferenciadas dinâmicas construtivas para
interação de toda sociedade, num processo mais amplo na garantia de direitos
humano. Neste sentido, o Serviço Social precisa ser concebido numa dimensão
indissociável, pois as competências e habilidades a serem praticadas são de
extremas relevâncias, assumindo um caráter informativo e formativo, que
traduz seu aspecto qualitativo efetivamente indispensável.

2. O ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS

O Assistente de Serviço Social presente no CRAS, compete articulado


aos demais profissionais, intervir nas demandas presentes em sua área de
abrangência, superando as situações de risco na vulnerabilidade social,
12

garantindo a efetividade dos direitos de seus usuários, bem como, almejando o


empoderamento das famílias.
Seu conjunto de desafios junto as equipes é trabalhar para identificar as
pessoas que ainda estão fora desses acessos, fazer visitas e diagnosticar suas
demandas e necessidades, fazer encaminhamentos para as diversas áreas, a
inclusão no cadastro único, identificação, inscrição, elegíveis ou não no
Programa Bolsa Família, ou outros. Segundo IAMAMOTO (2009), esses
profissionais possuem uma autonomia relativa, o clientelismo, a precariedade
no local de trabalho também contribui para a superação desses desafios.

2.1 Contextualização do CRAS

A história dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) no


Brasil remonta ao final do século XX, especialmente após a promulgação da
Constituição Federal de 1988, que estabeleceu a assistência social como um
direito do cidadão e um dever do Estado. Foi somente a partir da década de
1990, no contexto da reforma do Estado e da reorganização das políticas
sociais, que os CRAS começaram a ser estruturados e implementados em todo
o país. O marco inicial foi a criação do Programa Nacional de Ação Social
(PNAS), em 1995, que visava reorganizar a política de assistência social e
descentralizar sua gestão, fortalecendo a participação da comunidade e
priorizando ações preventivas e de promoção social. Nesse contexto, os CRAS
surgiram como uma estratégia central para a oferta de serviços de assistência
social de forma territorializada, integrada e articulada com outras políticas
públicas (OLIVEIRA & HECKERT, 2013).
No início dos anos 2000, com a implementação do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), os CRAS ganharam ainda mais relevância,
tornando-se a porta de entrada para os serviços, programas e benefícios
socioassistenciais oferecidos pelo Estado. Essa mudança representou um
avanço significativo na consolidação do modelo de assistência social baseado
nos princípios da universalidade, da integralidade e da descentralização. Ao
longo das últimas décadas, os CRAS passaram por um processo de expansão
e aprimoramento, ampliando sua cobertura e diversificando suas atividades de
13

acordo com as demandas locais e as características das populações atendidas


(BRASIL, 2016).
Além dos atendimentos individuais e familiares, os CRAS também
promovem ações coletivas, como grupos de convivência, oficinas e palestras,
visando fortalecer os vínculos familiares e comunitários e promover a
autonomia e o protagonismo dos usuários. Atualmente, os CRAS
desempenham um papel fundamental na garantia dos direitos sociais, na
prevenção de situações de vulnerabilidade e na promoção da inclusão social,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e
igualitária. A evolução dos CRAS ao longo do tempo reflete o compromisso do
Estado brasileiro com a proteção social e o enfrentamento das desigualdades
(ANDRADE & MORAIS, 2017).

2.2 Estrutura e funcionamento do CRAS

A estrutura e o funcionamento dos Centros de Referência de Assistência


Social (CRAS) são essenciais para o desenvolvimento das políticas públicas de
assistência social no Brasil. Os CRAS são unidades públicas responsáveis por
executar os serviços de proteção social básica do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), atendendo às demandas das famílias em situação
de vulnerabilidade e risco social. A estrutura física dos CRAS varia de acordo
com as características locais e a demanda da população atendida, mas em
geral, eles são estabelecimentos próximos às comunidades que buscam servir,
garantindo maior acessibilidade aos usuários. Geralmente, são espaços
equipados com salas de atendimento individual e familiar, salas para atividades
em grupo, espaços recreativos e administrativos, buscando proporcionar um
ambiente acolhedor e adequado para o desenvolvimento das atividades
socioassistenciais (BRASIL, 2009).
Quanto ao funcionamento, os CRAS operam de forma integrada com
outras políticas públicas, como saúde, educação, cultura, trabalho e renda,
promovendo a articulação entre os diversos setores e serviços para atender de
forma integral e intersetorial às necessidades das famílias assistidas. O
atendimento no CRAS é realizado por equipes multiprofissionais, que incluem
assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, entre outros profissionais
14

capacitados para realizar acolhimento, diagnóstico sociofamiliar, planejamento


de ações e encaminhamento para outros serviços da rede socioassistencial ou
para políticas setoriais (PEREIRA & GUARESCHI, 2016).
Além disso, os CRAS desenvolvem atividades socioeducativas e
preventivas, como grupos de convivência, cursos de capacitação, oficinas
temáticas, palestras e campanhas de sensibilização, visando fortalecer os
vínculos familiares e comunitários, promover a autonomia e a inclusão social, e
prevenir situações de violência, exploração e abuso. Outro aspecto
fundamental do funcionamento dos CRAS é o desenvolvimento de ações de
acompanhamento e monitoramento das famílias atendidas, por meio de visitas
domiciliares, entrevistas e elaboração de planos de acompanhamento familiar,
buscando identificar suas necessidades e potencialidades, e promover o
acesso aos direitos sociais e aos serviços públicos disponíveis (TEIXEIRA,
2010).
Em suma, a estrutura e o funcionamento dos CRAS são fundamentais
para a efetivação das políticas públicas de assistência social no Brasil,
representando uma importante porta de entrada para a proteção social básica e
a promoção do desenvolvimento humano e social das famílias em situação de
vulnerabilidade e risco social (MOLJO et al, 2018).

2.3 Objetivos e público-alvo do CRAS

Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) têm como


principal objetivo promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida
das famílias em situação de vulnerabilidade e risco social. Para isso, os CRAS
desenvolvem ações de proteção social básica, visando fortalecer os vínculos
familiares e comunitários, prevenir situações de violência, exclusão e abuso, e
promover o acesso aos direitos sociais e aos serviços públicos essenciais.
Essas ações são pautadas pela perspectiva da garantia dos direitos humanos e
da promoção da cidadania, buscando assegurar condições dignas de vida para
todos os indivíduos e grupos sociais atendidos (TEIXEIRA, 2010).
O público-alvo dos CRAS é constituído por famílias em situação de
vulnerabilidade e risco social, que enfrentam dificuldades decorrentes da
pobreza, da precariedade das condições de moradia, do desemprego, da
15

violência, da falta de acesso a serviços básicos, entre outras situações que


comprometem seu bem-estar e sua autonomia. Essas famílias podem ser
compostas por crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas com
deficiência, entre outros membros, e apresentar diferentes configurações
familiares, como famílias monoparentais, famílias extensas, famílias chefiadas
por mulheres, entre outras (MARTINS & SILVA, 2020).
Os CRAS também têm como objetivo atender às demandas específicas
de grupos populacionais em situação de vulnerabilidade, como população em
situação de rua, população LGBT+, população negra, população indígena,
imigrantes, refugiados, entre outros. Para isso, os CRAS desenvolvem
estratégias de acolhimento e atendimento diferenciado, considerando as
particularidades e necessidades de cada grupo, e promovendo a articulação
com outros serviços e políticas públicas para garantir a efetividade das ações
desenvolvidas (LIMA, 2016).

2.4 Funções e atribuições do assistente social no CRAS

No âmbito do Centro de Referência de Assistência Social, o assistente


social desempenha um papel multifacetado e crucial para o desenvolvimento
das políticas sociais e o bem-estar das famílias em situação de vulnerabilidade
e risco social. Entre suas funções e atribuições, destacam-se diversas
atividades que visam promover a inclusão social, a autonomia e a garantia de
direitos das pessoas atendidas. Um dos principais papéis do assistente social
no CRAS é realizar o acolhimento e a escuta qualificada das famílias,
buscando compreender suas demandas, necessidades e potencialidades de
forma empática e respeitosa. Por meio desse processo, o profissional
estabelece vínculos de confiança e cooperação, criando um ambiente propício
para o desenvolvimento de ações socioassistenciais adequadas às
particularidades de cada caso (HERRERA, 2006).
Além disso, cabe ao assistente social realizar o diagnóstico sociofamiliar
das famílias atendidas, identificando suas condições de vida, recursos e
fragilidades, bem como as redes de apoio disponíveis em seu contexto. Com
base nesse diagnóstico, o profissional elabora planos de acompanhamento
familiar, que consistem em estratégias e ações específicas voltadas para a
16

superação das dificuldades identificadas e o fortalecimento dos vínculos


familiares e comunitários (SOUSA, 2008).
Outra importante função do assistente social no CRAS é realizar o
encaminhamento das famílias para outros serviços da rede socioassistencial e
para políticas públicas setoriais, conforme suas necessidades e demandas.
Isso envolve estabelecer parcerias e articulações com outros órgãos e
instituições, garantindo o acesso integral e integrado aos serviços e benefícios
disponíveis no território (LOPES, 2018).
Além disso, o assistente social desenvolve atividades socioeducativas e
preventivas no CRAS, como grupos de convivência, oficinas temáticas,
palestras e campanhas de sensibilização. Essas ações têm como objetivo
promover a reflexão, o debate e a conscientização sobre temas relevantes para
a promoção do bem-estar e da cidadania das famílias atendidas, contribuindo
para o fortalecimento de sua autonomia e protagonismo social. Em suma, as
funções e atribuições do assistente social no CRAS são fundamentais para a
efetivação das políticas de assistência social e para a promoção do
desenvolvimento humano e social das famílias em situação de vulnerabilidade
e risco social. O profissional atua como um agente de transformação social,
comprometido com a defesa dos direitos humanos e a construção de uma
sociedade mais justa, solidária e inclusiva (SILVA et al, 2009).

2.5 Desafios éticos e profissionais enfrentados pelo Assistente Social no


contexto do CRAS

O assistente social enfrenta uma série de desafios éticos e profissionais


que demandam uma constante reflexão e habilidades específicas para sua
superação. Um dos principais desafios éticos está relacionado à garantia dos
direitos humanos e da autonomia dos usuários, enquanto se respeitam os
princípios da confidencialidade e da privacidade. Isso requer uma delicada
ponderação entre a necessidade de intervenção e a preservação da dignidade
e integridade das pessoas atendidas (GUERRA, 2000).
Além disso, o assistente social no CRAS se depara com situações de
complexidade ética, como dilemas relacionados à justiça distributiva, equidade
no acesso aos serviços e benefícios socioassistenciais, e a negociação de
17

interesses conflitantes entre os diversos atores envolvidos no processo de


assistência social. Esses desafios demandam uma postura ética sólida,
pautada pela imparcialidade, responsabilidade e compromisso com os valores
e princípios do código de ética profissional (BARROCO & HELENA, 2014).
No âmbito profissional, o assistente social enfrenta desafios
relacionados à sua capacidade de intervenção e atuação diante das demandas
crescentes e complexas apresentadas pelas famílias em situação de
vulnerabilidade e risco social. Isso inclui a necessidade de lidar com múltiplas
demandas e situações de crise, desenvolvendo estratégias eficazes de
intervenção e acompanhamento que considerem as especificidades e
singularidades de cada caso. Além disso, o profissional também enfrenta
desafios relacionados à escassez de recursos e à precarização das condições
de trabalho, que podem impactar negativamente na qualidade e efetividade dos
serviços prestados pelo CRAS. A falta de estrutura adequada, a sobrecarga de
trabalho e a falta de reconhecimento profissional são questões que podem
comprometer o bem-estar e a saúde emocional dos assistentes sociais,
exigindo medidas de proteção e valorização da categoria (RAICHELIS, 2011).
Em suma, os desafios éticos e profissionais enfrentados pelo assistente
social no contexto do CRAS são complexos e multifacetados, demandando um
constante aprimoramento ético e técnico, bem como a criação de condições
adequadas de trabalho e valorização profissional para garantir a efetividade
das políticas de assistência social e o bem-estar das famílias atendidas
(SANTOS & MANFROI, 2015).

2.6 Importância do trabalho interdisciplinar e em equipe no CRAS

O trabalho interdisciplinar e em equipe desempenha um papel


fundamental no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS),
contribuindo significativamente para o desenvolvimento de ações mais eficazes
e abrangentes de assistência social. A importância desse modelo de trabalho
reside na compreensão de que as demandas e necessidades das famílias em
situação de vulnerabilidade e risco social são complexas e multifacetadas,
exigindo uma abordagem integrada e articulada entre diferentes profissionais e
áreas de conhecimento (TEIXEIRA, 2010).
18

Em primeiro lugar, o trabalho interdisciplinar no CRAS permite uma


compreensão mais ampla e profunda das questões sociais enfrentadas pelas
famílias atendidas, pois envolve a troca de conhecimentos, perspectivas e
experiências entre profissionais de diferentes áreas, como assistentes sociais,
psicólogos, pedagogos, educadores sociais, entre outros. Essa diversidade de
saberes enriquece o processo de análise e intervenção, possibilitando uma
visão mais holística e integrada das demandas e potencialidades das famílias
(SALGADO, 2017).
Além disso, o trabalho em equipe no CRAS promove a
complementaridade de habilidades e competências dos profissionais
envolvidos, permitindo uma atuação mais qualificada e especializada no
atendimento às demandas específicas de cada caso. Enquanto o assistente
social pode contribuir com sua expertise em questões sociais e direitos
humanos, o psicólogo pode oferecer suporte emocional e orientação
terapêutica, o pedagogo pode desenvolver estratégias educativas e de
capacitação, e assim por diante. Essa integração de conhecimentos e práticas
potencializa os resultados das intervenções e aumenta o impacto positivo na
vida das famílias atendidas (TEIXEIRA, 2010).
Por fim, o trabalho interdisciplinar e em equipe no CRAS fortalece a
articulação e integração com outros serviços e políticas públicas, possibilitando
uma resposta mais efetiva e coordenada às demandas das famílias atendidas.
A colaboração entre diferentes órgãos e instituições, como saúde, educação,
cultura, trabalho e renda, amplia o leque de recursos e possibilidades de apoio
disponíveis, garantindo uma atuação mais integrada e eficiente no
enfrentamento das situações de vulnerabilidade e risco social. A importância do
trabalho interdisciplinar e em equipe no CRAS é indiscutível, pois contribui para
a efetividade das políticas de assistência social, a promoção do
desenvolvimento humano e social das famílias atendidas, e o fortalecimento do
sistema de proteção social como um todo (GONÇALVES et al, 2020).

3. DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS

3.1 Atendimento à população em situação de vulnerabilidade social


19

O atendimento à população em situação de vulnerabilidade social é uma


das principais responsabilidades do assistente social que atua no CRAS.
Desempenhando um papel crucial na promoção da inclusão e na garantia dos
direitos desses grupos. No entanto, enfrentam uma série de desafios inerentes
à complexidade das demandas sociais e às limitações estruturais enfrentadas
pelos CRAS. Um dos principais desafios é a sobrecarga de trabalho,
decorrente da alta demanda por serviços sociais e da escassez de recursos
humanos e financeiros. Isso pode comprometer a qualidade do atendimento e
dificultar a implementação de ações eficazes de intervenção. Além disso, a
falta de capacitação específica e contínua dos profissionais para lidar com as
diversas situações de vulnerabilidade pode limitar sua eficácia na resolução
dos problemas enfrentados pela população atendida (CASTILHO et al, 2017).
Outro desafio significativo é a articulação intersetorial, ou seja, a
colaboração entre diferentes órgãos e setores da sociedade para enfrentar os
problemas sociais de forma integrada. A fragmentação dos serviços e a falta de
comunicação entre as instituições dificultam a oferta de uma rede de proteção
social eficiente e acessível para aqueles que mais precisam. Isso pode resultar
em duplicação de esforços, lacunas na cobertura e falta de continuidade nos
cuidados prestados (PEREIRA, 2020).
Além disso, é importante destacar os desafios relacionados à própria
dinâmica das relações de poder dentro das comunidades atendidas. O
assistente social muitas vezes se depara com resistências e conflitos de
interesse que podem comprometer sua capacidade de atuação e sua relação
com os usuários. A falta de confiança nas instituições, o estigma social e as
barreiras culturais também representam obstáculos significativos para o acesso
aos serviços e para o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção
(IAMAMOTO, 2019).
As demandas e necessidades específicas das famílias acompanhadas
pelo CRAS são extremamente diversificadas e podem variar de acordo com o
contexto socioeconômico, cultural e geográfico de cada comunidade. No
entanto, algumas questões emergem frequentemente, delineando um
panorama comum de vulnerabilidades. Entre essas demandas, destacam-se as
relacionadas à garantia de acesso a direitos básicos, como saúde, educação,
assistência social e moradia digna. Muitas famílias atendidas pelo CRAS
20

enfrentam dificuldades para acessar serviços públicos essenciais devido a


barreiras burocráticas, falta de informação ou discriminação (CAMOLESI &
TEIXEIRA, 2015).
Além disso, questões ligadas à precariedade das condições de trabalho
e renda também são recorrentes. Muitas famílias vivenciam situações de
desemprego, subemprego ou trabalho informal, o que impacta diretamente sua
capacidade de sustento e sua qualidade de vida. A busca por emprego digno e
fontes de renda estável é uma preocupação constante para muitos usuários do
CRAS. Outra demanda comum diz respeito às dificuldades enfrentadas no
âmbito das relações familiares e comunitárias. Conflitos familiares, violência
doméstica, abandono e negligência são problemas frequentemente relatados
pelas famílias acompanhadas pelo CRAS. A falta de apoio emocional, social e
psicológico pode agravar essas situações e impactar negativamente o bem-
estar individual e coletivo (TITONELI & LEAO, 2023).
Além disso, é importante considerar as demandas específicas de grupos
populacionais vulneráveis, como crianças e adolescentes em situação de risco,
mulheres chefes de família, idosos, pessoas com deficiência e migrantes.
Esses grupos frequentemente enfrentam desafios adicionais relacionados à
discriminação, exclusão social e falta de acesso a oportunidades de
desenvolvimento pessoal e profissional (MAZZA & DIÓGENES, 2019).
Diante desses desafios, é fundamental que os assistentes sociais nos
CRAS busquem constantemente aprimorar suas habilidades e conhecimentos,
fortalecer parcerias e redes de apoio, e advogar por políticas públicas mais
inclusivas e abrangentes. Somente por meio de um esforço conjunto e
comprometido é possível superar as barreiras que impedem o pleno
atendimento das necessidades da população em situação de vulnerabilidade
social (MARTINS, 2022).

3.2 Limitações estruturais e recursos disponíveis no CRAS

As limitações estruturais e os recursos disponíveis nos CRAS muitas


vezes representam desafios significativos para os assistentes sociais que neles
atuam. Uma das principais limitações é a escassez de recursos humanos, que
pode resultar em uma carga de trabalho excessiva para os profissionais e
21

dificultar a oferta de um atendimento de qualidade. A falta de assistentes


sociais em número suficiente para atender à demanda da comunidade pode
comprometer a eficácia das intervenções e a capacidade de acompanhar de
forma adequada as famílias em situação de vulnerabilidade (SOUZA &
BRONZO, 2020).
Além disso, a infraestrutura física dos CRAS muitas vezes deixa a
desejar, com instalações inadequadas e espaços limitados para realização de
atividades e atendimento ao público. A falta de equipamentos básicos e
materiais de trabalho adequados também pode prejudicar a prestação dos
serviços e dificultar a realização de atividades de promoção social e de
capacitação (ALMEIDA, 2021).
Outra limitação comum diz respeito aos recursos financeiros disponíveis.
Os CRAS dependem, em grande parte, de repasses governamentais para o
financiamento de suas atividades, o que nem sempre é suficiente para suprir
todas as demandas da comunidade. A insuficiência de recursos financeiros
pode afetar a oferta de serviços e programas, a realização de ações
preventivas e a capacidade de realizar investimentos em capacitação e
desenvolvimento profissional dos assistentes sociais e demais membros da
equipe (CAMPOS & REIS, 2009).
Além disso, a burocracia e a rigidez das normativas e regulamentações
governamentais muitas vezes limitam a flexibilidade e autonomia dos CRAS na
elaboração e implementação de estratégias de intervenção mais adequadas às
necessidades específicas da comunidade atendida. A necessidade de cumprir
uma série de exigências administrativas e documentais pode consumir tempo e
recursos preciosos que poderiam ser direcionados para o atendimento direto às
famílias em situação de vulnerabilidade (ROMAGNOLI, 2016).

3.3 Possibilidades de Intervenção do Assistente Social no CRAS

As estratégias de acolhimento e escuta qualificada desempenham um


papel fundamental na prática do assistente social nos CRAS, proporcionando
um ambiente acolhedor e empático para as famílias em situação de
vulnerabilidade. Uma das abordagens-chave é o acolhimento humanizado, que
valoriza a singularidade de cada indivíduo e reconhece suas necessidades e
22

potencialidades. Isso implica em receber os usuários com respeito, empatia e


sem julgamentos, criando um espaço seguro onde possam se sentir ouvidos e
compreendidos. A escuta qualificada é uma ferramenta essencial nesse
processo, permitindo ao assistente social compreender as demandas,
expectativas e dificuldades das famílias atendidas pelo CRAS de forma mais
profunda e contextualizada. Isso envolve não apenas ouvir o que está sendo
dito, mas também estar atento às entrelinhas, aos sentimentos e às
necessidades subjacentes, desenvolvendo uma escuta sensível e reflexiva
(MAYNART, 2014).
Além disso, o uso de técnicas de entrevista e de comunicação eficaz é
fundamental para estabelecer uma relação de confiança e parceria com os
usuários, incentivando-os a compartilhar suas experiências e a participar
ativamente do processo de intervenção. Isso pode incluir o uso de perguntas
abertas, reflexões, reformulações e clarificações para facilitar a expressão dos
usuários e promover uma comunicação mais assertiva e colaborativa
(RAIMUNDO & CADETE, 2012).
Outra estratégia importante é a utilização de abordagens participativas e
centradas nas necessidades das famílias, envolvendo-as ativamente no
planejamento e na definição das metas e estratégias de intervenção. Isso
contribui para fortalecer o empoderamento dos usuários, promover sua
autonomia e responsabilização e garantir que as intervenções realizadas pelo
CRAS sejam verdadeiramente pertinentes e eficazes (SANCHES & SILVA,
2019).
Para o assistente social, a promoção da autonomia e empoderamento
das famílias atendidas pelo CRAS é um dos objetivos centrais de sua atuação.
Isso implica não apenas em oferecer assistência material e psicossocial, mas
também em capacitar os usuários para que possam desenvolver suas próprias
habilidades, tomar decisões e assumir o controle de suas vidas. Um dos
principais caminhos para promover a autonomia é através da educação e
informação. Os assistentes sociais no CRAS têm o papel de fornecer
orientações sobre direitos sociais, programas governamentais, recursos
disponíveis na comunidade e estratégias para enfrentar as dificuldades
cotidianas. Isso capacita as famílias a se tornarem agentes ativos na busca por
23

soluções para seus problemas e a exercerem sua cidadania de forma plena


(MIOTO, 2010).
Além disso, é importante incentivar a participação das famílias em
atividades e projetos comunitários, fortalecendo os laços de solidariedade e
colaboração entre os moradores e promovendo a construção de redes de apoio
mútuo. Através do engajamento em iniciativas coletivas, as famílias podem se
empoderar, adquirir novas habilidades e recursos, e ampliar suas
possibilidades de atuação e influência no ambiente em que vivem (MIOTO,
2009).
Outra estratégia fundamental é o desenvolvimento de planos de
acompanhamento individualizados, que levem em consideração as
especificidades de cada família e promovam sua participação ativa no processo
de intervenção. Isso envolve a definição de metas claras e realistas, o
estabelecimento de estratégias de enfrentamento e a avaliação periódica dos
resultados alcançados. Dessa forma, as famílias são incentivadas a assumir a
responsabilidade por seu próprio desenvolvimento e a identificar as melhores
soluções para suas necessidades (MARTINS, 2013).
A articulação em rede e o encaminhamento para outros serviços e
políticas públicas são aspectos essenciais da prática do assistente social nos
CRAS, visando garantir uma abordagem integral e multidisciplinar no
atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. Essa articulação se dá
tanto no âmbito interno, com outros profissionais e serviços dentro do próprio
CRAS, quanto no âmbito externo, estabelecendo parcerias e conexões com
outros equipamentos sociais, instituições governamentais e organizações da
sociedade civil (BAPTISTA, 2012)
Internamente, a articulação em rede envolve o trabalho em equipe com
outros profissionais do CRAS, como psicólogos, pedagogos, assistentes
administrativos, entre outros. Essa integração de saberes e habilidades permite
uma abordagem mais completa e integrada das demandas das famílias,
garantindo que diferentes aspectos de suas vidas sejam considerados e
abordados de forma adequada. No âmbito externo, o assistente social atua
como um facilitador na conexão das famílias com outros serviços e políticas
públicas disponíveis na comunidade. Isso pode incluir encaminhamentos para
serviços de saúde, educação, assistência jurídica, capacitação profissional,
24

entre outros, de acordo com as necessidades específicas de cada família. O


objetivo é garantir que as famílias tenham acesso a uma gama diversificada de
recursos e oportunidades que possam contribuir para sua inclusão social e
melhoria de vida (LIMA & GUIMARÃES, 2019).
Além disso, o assistente social também desempenha um papel
importante na promoção da interlocução entre os diversos atores e instituições
envolvidos na garantia dos direitos sociais, buscando articular ações e
estratégias conjuntas para enfrentar os desafios comuns e promover o
desenvolvimento local. Isso inclui a participação em fóruns, conselhos e
comissões municipais e regionais, onde são discutidas e deliberadas políticas
públicas e estratégias de intervenção social (PAZ, 2021).
Por fim, é fundamental que o assistente social no CRAS esteja sempre
em constante processo de formação e aprimoramento profissional, buscando
atualizar seus conhecimentos e habilidades em relação às melhores práticas
de acolhimento e escuta qualificada. Isso inclui o desenvolvimento de
competências relacionadas à comunicação intercultural, ao manejo de
situações de crise e ao trabalho com a diversidade e a complexidade das
demandas sociais. Somente por meio de uma abordagem humanizada e
centrada no usuário é possível garantir um atendimento de qualidade e
promover o bem-estar e a inclusão social das famílias atendidas pelo CRAS
(RAIMUNDO & CADETE, 2012).

4. IMPACTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO TRABALHO DO ASSISTENTE


SOCIAL NO CRAS

4.1 Análise das políticas sociais vigentes e seu impacto na atuação do


assistente social no CRAS

As políticas sociais, em sua diversidade, refletem os diferentes contextos


históricos, econômicos e políticos de um país, moldando tanto os direitos
garantidos aos cidadãos quanto os recursos disponíveis para sua
implementação. No contexto brasileiro, as políticas sociais têm passado por
transformações significativas ao longo dos anos, influenciando o papel e as
atribuições dos assistentes sociais nos CRAS. O impacto das políticas sociais
25

na atuação do assistente social no CRAS pode ser observado em diversos


aspectos. Primeiramente, as políticas de corte neoliberal adotadas em
determinados períodos têm implicado em cortes orçamentários e redução de
investimentos em programas sociais, o que muitas vezes limita a capacidade
de resposta do Estado às demandas da população em situação de
vulnerabilidade. Isso pode afetar diretamente a qualidade e a abrangência dos
serviços oferecidos pelo CRAS, bem como a disponibilidade de recursos
materiais e humanos para atender às necessidades das famílias (VIEIRA,
2018).
Além disso, mudanças nas orientações e diretrizes das políticas sociais
podem impactar as formas de organização e funcionamento dos CRAS,
exigindo dos assistentes sociais uma constante adaptação e atualização de
suas práticas e estratégias de intervenção. Por exemplo, a introdução de novos
programas ou a redefinição de critérios de acesso aos benefícios sociais
podem gerar mudanças na demanda por serviços no CRAS e na composição
do público atendido.
Outro aspecto relevante é a relação entre as políticas sociais e a
concepção de proteção social adotada pelo Estado. Políticas que privilegiam
abordagens focalizadas e assistencialistas podem reforçar uma visão
fragmentada e clientelista da assistência social, limitando o potencial
transformador do trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais no CRAS.
Por outro lado, políticas que buscam promover a universalização dos direitos
sociais e a participação democrática da sociedade civil podem abrir espaço
para uma atuação mais emancipatória e crítica por parte dos profissionais
(SERAPIONI, 2016).
Diante desse contexto, cabe ao assistente social no CRAS desenvolver
uma postura crítica e reflexiva em relação às políticas sociais vigentes,
buscando identificar suas potencialidades e limitações, bem como suas
implicações para a prática profissional e para a garantia dos direitos das
famílias em situação de vulnerabilidade (IAMAMOTO, 2022).

4.1 Reflexão sobre os desafios e perspectivas das políticas públicas de


assistência social no Brasil
26

Refletir sobre os desafios e perspectivas das políticas públicas de


assistência social no Brasil é essencial para compreendermos o contexto atual
e buscarmos caminhos para aprimorar a proteção social oferecida pelo Estado.
Entretanto, o país enfrenta uma série de desafios na efetivação dessas
políticas. Um dos principais obstáculos é a persistência da desigualdade social
e econômica, que contribui para a reprodução de situações de pobreza e
exclusão. Além disso, a fragilidade do financiamento público, a falta de
investimentos adequados e a instabilidade política e econômica comprometem
a continuidade e a eficácia das ações desenvolvidas na área da assistência
social (RIZZOTTI & NALESSO, 2022).
Outro desafio significativo diz respeito à fragmentação e desarticulação
entre as diferentes políticas setoriais, o que dificulta a oferta de uma proteção
social integrada e coordenada. A falta de articulação entre os diferentes níveis
de governo e entre os diversos órgãos e instituições envolvidos na execução
das políticas sociais contribui para a duplicação de esforços, a sobreposição de
programas e a falta de cobertura adequada para as populações mais
vulneráveis. Além disso, a precarização das relações de trabalho e a falta de
qualificação e valorização dos profissionais da assistência social também
representam desafios importantes. A alta demanda por serviços sociais, aliada
à escassez de recursos humanos e à falta de condições adequadas de
trabalho, impacta diretamente a qualidade e a eficácia do atendimento
oferecido à população, comprometendo o alcance dos objetivos propostos
pelas políticas públicas (SOARES & PENHA, 2016).
Apesar desses desafios, é possível vislumbrar algumas perspectivas
para o fortalecimento das políticas públicas de assistência social no Brasil.
Entre elas, destaca-se a importância do fortalecimento do SUAS como uma
política de Estado, garantindo sua institucionalização e seu financiamento
adequado. Isso requer o engajamento da sociedade civil e dos diversos atores
políticos na defesa e na promoção dos direitos sociais, bem como o
aprimoramento dos mecanismos de controle social e participação democrática
(BICHIR et al, 2020).
É fundamental investir na qualificação e valorização dos profissionais da
assistência social, reconhecendo sua importância estratégica na promoção da
inclusão social e no enfrentamento das desigualdades. Isso inclui a oferta de
27

formação continuada, melhores condições de trabalho e remuneração


adequada, bem como o estímulo à reflexão crítica e ao desenvolvimento de
práticas inovadoras e eficazes. Outra perspectiva importante é a ampliação e
fortalecimento das parcerias e articulações entre os diferentes setores da
sociedade, incluindo o setor público, privado e as organizações da sociedade
civil. A construção de redes de proteção social e a integração de políticas
intersetoriais são fundamentais para ampliar o alcance e a eficácia das ações
desenvolvidas na área da assistência social, promovendo uma abordagem
mais integral e centrada nas necessidades e potencialidades das famílias e
comunidades atendidas (PAZ, 2015).
Em suma, os desafios e perspectivas das políticas públicas de
assistência social no Brasil exigem um esforço conjunto e coordenado de todos
os atores envolvidos, visando garantir o acesso universal aos direitos sociais,
promover a inclusão social e combater as desigualdades em todas as suas
formas. Isso requer o fortalecimento do Estado democrático de direito, a
promoção da participação cidadã e o compromisso com a construção de uma
sociedade mais justa, solidária e igualitária (CARMO & GUIZARDI, 2018).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da análise realizada ao longo deste estudo podemos concluir que


é evidente a importância fundamental do trabalho desenvolvido pelos
assistentes sociais nos CRAS, que desempenham um papel crucial na
promoção da inclusão social e na garantia dos direitos das famílias em situação
de vulnerabilidade. Seja através do acolhimento e escuta qualificada, da
promoção da autonomia e empoderamento, ou da articulação em rede e
encaminhamento para outros serviços e políticas públicas, os assistentes
sociais desempenham um papel essencial na construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.
No entanto, esses profissionais enfrentam uma série de desafios em sua
prática cotidiana, desde limitações estruturais e de recursos nos CRAS, até
questões mais amplas relacionadas às políticas sociais vigentes e ao contexto
socioeconômico e político do país. A falta de investimentos adequados, a
fragilidade do financiamento público, a desigualdade social e a precarização
28

das relações de trabalho são apenas alguns dos obstáculos que dificultam a
efetivação das políticas de assistência social e o alcance de seus objetivos.
Apesar desses desafios, é possível vislumbrar algumas perspectivas
para o fortalecimento das políticas públicas de assistência social no Brasil.
Entre elas, destacam-se o fortalecimento do Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), o investimento na qualificação e valorização dos profissionais
da área, e o estímulo à participação cidadã e à construção de redes de
proteção social.
Em suma, é necessário um esforço conjunto e coordenado de todos os
atores envolvidos – governos, sociedade civil, profissionais da assistência
social e usuários dos serviços – para superar os desafios e avançar na
construção de uma política de assistência social mais inclusiva, democrática e
eficaz. Somente através do compromisso com os princípios da justiça social, da
solidariedade e da igualdade será possível garantir que todas as pessoas
tenham acesso aos seus direitos fundamentais e possam viver com dignidade
e plenitude.

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