Apostila ADM Parte1 Padlet
Apostila ADM Parte1 Padlet
Apostila ADM Parte1 Padlet
DE
INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO
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Introdução a Administração
1. ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO
As mudanças são cada vez mais rápidas e inesperadas, principalmente no campo do conhecimento e da explosão
populacional. Tais mudanças impõem novas e crescentes necessidades. Neste contexto, o crescimento das organizações
faz com que elas se tornem complexas e sem fronteiras.
Antes de iniciarmos o estudo das teorias administrativas faremos uma breve introdução a alguns assuntos
relacionados às organizações e a administração sendo que mais adiante trataremos os temas com maior profundidade.
Segundo Maximiano, podemos definir que a Organização é uma combinação de esforços individuais que tem
por finalidade realizar propósitos coletivos .
A Administração é o processo de conjugar recursos humanos e materiais de forma a atingir fins desejados,
através de uma organização. É um processo de tomar decisões sobre objetivos e recursos.
A Fig. 1 apresenta um diagrama mostrando as principais componentes das organizações. Portanto, uma
organização é um sistema que transforma recursos em objetivos (produtos e serviços).
A Organização é uma associação de pessoas para atingir uma finalidade definida e predeterminada, ou seja, sua
missão. As pessoas que compõem a organização são seus sócios, dirigentes, funcionários e voluntários, com objetivos e
responsabilidades diferenciados, mas articulados em torno da missão da entidade.
Em razão de que o homem, isoladamente, não tem condições de satisfazer todas as suas necessidades (necessidade
é a falta ou privação de alguma coisa de desejo do homem ). Assim, por meio da organização, é possível perseguir e
alcançar objetivos, que seriam intangíveis para uma pessoa.
Toda organização quando criada é fundamentada com base em um propósito e primeiramente precisamos
identificar se essa organização é de produtos (fabricação de carros, móveis, etc.) ou serviços (assistência técnica, salão
de beleza, etc.).
As organizações podem ser públicas ou privadas , com ou sem fins lucrativos, permanentes ou temporárias .
Organização pública é aquela mantida pelo poder público, isto é, por qualquer nível de governo, federal, estadual ou
municipal. Organização privada é a mantida pela iniciativa privada, isto é, por pessoas, sócias da organização. Também
existe a organização mista, onde esforços públicos são combinados com privados.
Organização com fins lucrativos é aquela cujo objetivo é gerar lucro a partir das atividades por ela desenvolvidas,
para distribuí-los aos seus sócios. Organização sem fins lucrativos não tem objetivo de lucro, mas outras finalidades,
Introdução a Administração
como amparar os necessitados, desenvolver atividades sociais (esportes, lazer), congregar pessoas. A ausência da
finalidade de lucro não impede que a organização venda mercadorias ou preste serviços remunerados, mas o lucro dessas
atividades deve reverter somente para a organização, jamais para seus proprietários.
Organização permanente é aquela constituída por prazo indeterminado, em princípio para sempre, sem que isso
impeça seu desaparecimento. Organização temporária é a constituída com uma finalidade específica, para desaparecer
tão logo essa atividade tenha sido concluída.
A Petrobras é uma organização mista, permanente, com finalidade lucrativa. Um consórcio de empresas de
engenharia constituído para construir uma estrada é uma organização privada, temporária, com finalidade lucrativa. Um
hospital municipal e uma associação de moradores são organizações permanentes, sem fins lucrativos, o primeiro público
e a segunda privada.
As funções organizacionais são as tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que a
organização consiga realizar seus objetivos. Segundo Maximiano, as funções mais importantes de qualquer organização
são analisadas sucintamente a seguir: produção (ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e
recursos humanos. A coordenação de todas essas funções especializadas é o papel da administração geral.
ADMINISTRAÇÃO
GERAL
Produção Pesquisa e
(Operações) Desenvolvimento
Finanças
A seguir são apresentadas definições resumidas para cada uma dessas funções:
Produção
O objetivo básico da função de produção é fornecer os produtos ou serviços da organização. Produção é uma
palavra genérica, que indica todos os tipos de operações de fornecimento de produtos ou serviços. Há três tipos
principais de processos produtivos:
- Produção em massa - fornecimento de grande número de produtos e serviços idênticos, que podem ser simples
ou complexos. Exemplos: parafusos, automóveis, refeições rápidas em cadeias de lanchonetes, etc.;
- Produção por processo contínuo - fornecimento virtualmente ininterrupto de um único produto ou serviço, como
gasolina, corantes, transmissão de programas de televisão, energia elétrica, etc.;
- Produção unitária e em pequenos lotes – fornecimento de produtos e serviços sob encomenda, simples ou
complexos. Por exemplo, montagem de aviões, navios de grande porte e de plantas petroquímicas, organização
de realização de Jogos Olímpicos e corridas de Fórmula 1, eleições presidenciais, cortes de cabelo, etc.
Marketing
O objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus clientes,
consumidores, usuários ou público-alvo. A função de Marketing é muito ampla e abrange as atividades de:
- Pesquisa: identificação de interesses e necessidades e tendências do mercado;
- Desenvolvimento de produtos : criação de produtos e serviços, inclusive seus nomes, marcas e preços, e
fornecimento de informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas;
- Distribuição: desenvolvimento de canais de distribuição e gestão dos pontos de venda;
- Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no mercado;
- Promoção: comunicação com o público-alvo, pro meio de atividades como propaganda e publicidade;
- Vendas: criação de transações com o público alvo. (Em algumas organizações, vendas é uma função separada
de marketing).
Pesquisa e Desenvolvimento
Introdução a Administração
resultados alcançados
EFICIÊNCIA =
recursos utilizados
1.5. Habilidades do Administrador
Segundo Katz, existem três tipos de habilidades que o administrador deve possuir para trabalhar com sucesso:
habilidade técnica, habilidade humana e habilidade conceitual. Habilidade é o processo de visualizar, compreender e
estruturar as partes e o todo dos assuntos administrativos das empresas, consolidando resultados otimizados pela atuação
de todos os recursos disponíveis. A seguir é apresentado a definição das três habilidades e na Fig. 3 é apresentado os
níveis organizacionais e a três habilidades do administrador segundo Katz.
- habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para
realização de tarefas específicas por meio da experiência profissional;
- habilidade humana: consiste na capacitação e discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender
suas atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz;
- habilidade conceitual: consiste na capacidade para lidar com idéias e conceitos abstratos. Essa habilidade permite
que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e princípios gerais de ação.
A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo sobe na escala hierárquica , de posições
de supervisão a posição de alta direção.
A TGA (Teoria Geral da Administração) se propõe a desenvolver a habilidade conceitual , ou seja, a desenvolver a
capacidade de pensar, de definir situações organizacionais complexas, de diagnosticar e de propor soluções.
Contudo essas três habilidades – técnicas, humanas e conceituais – requerem certas competências pessoais para
serem colocadas em ação com êxito. As competências – qualidades de quem é capaz de analisar uma situação, apresentar
soluções e resolver assuntos ou problemas. O administrador para ser bem sucedido profissionalmente precisadesenvolver
três competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.
Introdução a Administração
Segundo Maximiano (2004), para entender o que significa Administração, é preciso ir além da interpretação da
palavra. É preciso compreender o papel que a administração desempenha para as organizações e para a sociedade.
Conforme Maximiano (2004), podemos definir Administração a partir de objetivos, decisões e recursos, estas são
palavras-chave. Administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de
recursos. O processo administrativo abrange quatro tipos principais de decisões, também chamados de processos ou
funções: planejamento, organização, execução e controle . As decisões resumem os Princípios de Administração.
Acredita-se que, a partir do conhecimento das Teorias da Administração, haja condições para a análise dos
Princípios de Administração. Convêm destacar, inicialmente, que os princípios fundamentais de administração vieram
se consolidando através de todas as teorias, com o decorrer do tempo.
A palavra administração tem sua origem no latim ad: (direção, tendência para) e minister (subordinação ou
obediência), isto é, aquele que realiza uma função sob o comando de outra pessoa, aquele que presta um serviço a outro
e significa subordinação e serviço.
Dessa origem decorre que a palavra a dministração significa função que se desenvolve
sob o comando de outro, ou um serviço que se presta a outro.
Esse conceito de administração foi desenvolvido para aplicação em empresas, mas ele pode ser estendido a qualquer
outra situação onde ocorra trabalho, seja no âmbito empresarial, em atividades autônomas, em órgãos públicosou até em
atividades domésticos. Portanto, sempre que se mencionar a palavra empresa, deve ser entendido trabalho.
A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação
empresarial através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e
em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos. Planejamento, organização, controle e direção são as
quatro principais funções administrativas.
Por englobar atividades dinâmicas, a administração é um processo, inerente a qualquer situação em que haja recursos
que procuram atingir algum tipo de objetivo. Assim sendo, as quatro funções administrativas, que transcorremem ordem
aproximadamente seqüencial, constituem o chamado Processo Administrativo.
Frederick Taylor, já na escola de Administração Científica, utilizava quatro princípios básicos: planejamento,
preparo (hoje, organização), controle e execução. Como veremos a seguir, estes princípios eram considerados em relação
à tarefa. Henry Fayol empregava, embora em relação às tarefas administrativas, os princípios previsão, organização,
comando, coordenação e controle. A evolução das teorias trouxe, naturalmente, uma evolução na conceituação dos
princípios de administração. Assim sendo, hoje, quatro princípios são considerados de fundamental importância nas
Teorias da Administração, conforme mostrado de modo esquemático pela Fig. 4.
1.6.1. Planejamento
Segundo Chiavenato (1995) o planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se
deve fazer e quais objetivos devem ser alcançados, e visa dar condições racionais para que se organize e dirija a empresa
ou seus departamentos ou divisões a partir de certas hipóteses a respeito da realidade atual e futura.
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Introdução a Administração
A elaboração do planejamento evita a adoção de ações improvisadas, casuais, contribuindo para reduzir o nível de
incerteza e possibilitando maior segurança quanto ao desempenho da empresa. O planejamento, segundo Chiavenato
(1995) apresenta as seguintes características:
a) é um processo permanente e contínuo, pois é realizado de forma sistemática dentro da empresa e não se esgota
na simples montagem de um plano de ação;
b) é sempre voltado para o futuro e está intimamente ligado com a previsão, embora não se confunda com ela. O
conceito de planejamento inclui o aspecto de temporalidade e futuro: o planejamento é uma relação entre coisas a fazer
e o tempo disponível para fazê-las;
c) se preocupa com a racionalidade da tomada de decisões, pois ao estabelecer esquemas para o futuro funciona
como um meio de orientar o processo decisório, dando-lhe maior racionalidade e subtraindo incerteza subjacente a
qualquer tomada de decisão;
d) visa relacionar, entre várias alternativas disponíveis, um determinado curso de ação, em função de suas
conseqüências futuras e das possibilidades de sua execução e realização. O curso de ação escolhido pode ter uma duração
variável - desde curto à longo prazo - e pode ter uma amplitude igualmente variável - abrangendo a empresa como um
todo até uma determinada unidade de trabalho;
e) é sistêmico, pois deve considerar a empresa ou o órgão ou a unidade como uma totalidade. O planejamento deve
considerar tanto o sistema como os subsistemas que o compõem, bem como as relações e compromissos internos e
externos;
f) é interativo. Como o planejamento se projeta para o futuro, ele deve ser suficiente e prudentemente flexível para
aceitar ajustamentos e correções. Pressupõe avanços e recuos, alterações e modificações em função de eventos novos,
ou diferentes que ocorram tanto no ambiente interno quanto externo da empresa;
g) é uma técnica de alocação de recursos de forma antecipadamente estudada e decidida. Deverá refletir a
otimização na alocação e dimensionamento dos recursos com os quais a empresa ou o órgão dela poderá contar no futuro
para suas operações;
h) é uma técnica cíclica. A medida que é executado, passa a ser realizado. Conforme vai sendo executado e
realizado, permite condições de avaliação e mensuração para novos planejamentos, com informações e perspectivas
mais seguras e corretas;
i) é função administrativa que interage dinamicamente com as demais. Está intimamente relacionado com as demais
funções administrativas, como a organização, o controle e a avaliação, influenciando e sendo influenciado por elas, a
todo o momento e em todos os níveis da empresa;
j) é uma técnica de coordenação. Permite a coordenação de varias atividades no sentido da realização dos objetivos
desejados e de maneira eficaz;
l) é uma técnica de mudança e inovação. O planejamento é uma das melhores maneiras de se introduzir
deliberadamente mudança e inovação dentro de uma empresa, sob uma forma previamente definida e escolhida e
devidamente programada.
O Planejamento pode ser considerado em função do nível da empresa, conforme ilustra a figura a seguir:
O planejamento estratégico, em linhas gerais, é aquele efetuado no nível institucional da empresa, envolvendo a alta
administração. É genérico e sintético, direcionado para longo prazo e considera a empresa como uma totalidade.
O planejamento tático é efetuado no nível intermediário da empresa, envolvendo a gerência. É menos genérico, e
mais detalhado, direcionado para médio prazo e considera cada unidade da empresa.
O planejamento operacional é o efetuado no nível operacional da empresa, envolvendo a supervisão. É detalhado e
analítico, direcionado para o curto prazo e considera cada tarefa ou operação.
O planejamento operacional está voltado para o que fazer, como fazer, e para quem fazer, procurando otimizar e
maximizar os resultados. Este tipo de planejamento deve ser intrinsecamente relacionado ao planejamento tático, o
mesmo ocorrendo com este em relação ao planejamento estratégico.
1.6.2. Organização
Chiavenato (1995) define a organização como uma função administrativa através da qual a empresa reúne e integra
os seus recursos, define a estrutura de órgãos que deverão administrá-los, estabelece a divisão de trabalho através da
diferenciação, proporciona os meios de autoridade e de responsabilidade e, assim por diante. A organização representa,
no fundo, todos aqueles meios que a empresa utiliza para pôr em prática o planejamento, o controle e a avaliação para
atingir os seus objetivos.
Como já foi enfatizado, a função administrativa organizacional depende do planejamento, do controle e da direção.
Há uma estreita inter relação entre todas estas funções.
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Introdução a Administração
1.6.3. Direção
Do ponto de vista didático, a função administrativa direção vem após o planejamento e a organização. Assim,
enquanto o planejamento estabelece o que fazer e como fazer e para quem, a organização estabelece a estrutura, os meios
para a execução, a direção se preocupa com a execução das operações propriamente ditas, tendo em vista o alcance dos
objetivos.
A Direção é, inegavelmente, uma das complexas funções da administração. Isto se deve à sua abrangência e ao fato
de estar intimamente relacionado às pessoas.
A execução de qualquer ação envolve sempre pessoas e grupos. Toda a implementação do planejamento e da
organização é efetuada por um conjunto de pessoas, normalmente, são os recursos mais complexos existentes nas
empresas.
A Direção é a função que envolve a maior interação humana. Como assegura Chiavenato (1995), “é a função que
exige a maior dose de flexibilidade, de amortecimento de impactos e, principalmente, de orientação das pessoas quanto
ao rumo certo no alcance dos objetivos pretendidos”.
A Direção é extremamente dinâmica, ocorre em todos os níveis da empresa e está relacionada ao planejamento, à
organização e ao controle. Como a função Direção diz respeito ao processo de interação entre pessoas, três assuntos
inerentes a ela são de capital importância: comunicação, liderança e motivação.
Assim sendo, para dirigir pessoas são necessários profundos conhecimentos a respeito do processo de comunicação,
das teorias de liderança e da motivação. Como nas funções planejamento e organização, a direção pode ser considerada
em função dos níveis da empresa: institucional, intermediário e operacional.
1.6.4. Controle
O termo controle tem muitos significados e, não raro, se associa a atitudes coercitivas, principalmente quando
envolve pessoas. O controle deve ser entendido como uma função administrativa, como o planejamento, a organização e
a direção.
Os autores Koontz e O’Donnel (1998) especificam que controle é a função administrativa que consiste em medir e
corrigir o desempenho de colaboradores para assegurar que os objetivos da empresa e os planos delineados para alcançá-
los sejam realizados. É, pois, a função segundo a qual cada administrador, do presidente ao supervisor, certifica-se de
que aquilo que é feito está de acordo com o que se tencionava fazer.
O controle também está intimamente relacionado com o planejamento, a direção e a organização. Os controles
podem ser classificados de acordo com o nível da empresa onde ocorrem. Assim, há o controle estratégico, o controle
tático e o operacional.
Em termos de controle operacional, Litterer (1990) propõe um modelo básico que compreende três fases:
a) coleta de dados sobre o desempenho;
b) comparação dos dados com um padrão;
c) ação corretiva.
Certamente, cada uma destas fases pode ser desenvolvida através de diversas formas, que sempre devem considerar
as peculiaridades de cada empresa.
Neste capítulo, será apresentado uma breve apresentação das teorias da administração. Para quem desejar um
aprofundamento nas teorias da administração a bibliografia deve ser consultada.
Introdução a Administração
Para o entendimento das Teorias da Administração, faremos algumas definições de termos que serão utilizados no
conteúdo desta apostila e serão posteriormente aprofundados no estudo da disciplina:
Definições:
a) Teoria é uma representação abstrata do que se percebe da realidade.
b) Teorias são explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade.
c) Administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
d) Recursos: Pessoas, Informação, Espaço, Tempo, Dinheiro, Instalações.
e) Decisões: Planejamento, Organização, Execução e Direção, Controle (também conhecidos como Princípios da
Administração).
f) Objetivos: Resultados esperados.
g) Funções Administrativas: planejamento, organização, execução e controle.
h) Teorias da Administração são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações.
i) Escolas: é uma linha de pensamento ou conjunto de autores que usaram o mesmo enfoque para analisar e tratar a
administração.
j) Modelos de Gestão: conjunto de doutrinas e técnicas, exemplo modelo japonês de administração.
k) Modelos de Organização: produto da adoção de determinado modelo de gestão, exemplo mecanicista,
comportamental, etc.
l) Técnicas para solução de problemas: metodologia de planejamento, organização, execução, controle.
As origens das teorias administrativas remontam a um passado muito distante. As primeiras contribuições, como
não poderia deixar de ser, são provenientes de praticantes e não de teóricos.
Destacam-se, desde o início da civilização, contribuições que, embora esparsas, marcaram significativamente o
desenvolvimento dessas teorias, apesar de que a prática administrativa, bem como a coordenação entre os estudos de
praticantes e teóricos, sejam uma característica de tempos mais recentes.
Os benefícios de se delegar autoridade, assim como da conveniência de se ter uma boa organização, são ideologias
que se pode encontrar em citações bíblicas, papiros egípcios que remontam a 3300 anos, bem como em registros
similares da China, Grécia, Roma etc. enfim, já no estudo da Antigüidade pode-se perceber a importância dada à
organização e administração dos negócios públicos e privada.
Durante toda a sua longa história até meados do século XVIII, as empresas se desenvolveram com muita lentidão.
Apesar de sempre ter existido o trabalho organizado e dirigido na história da humanidade, a história das empresas, e,
sobretudo a história da sua administração, são um capítulo da história contemporânea.
Foi a partir de 1776, após a invenção da máquina a vapor por James Watt e com a sua conseqüente aplicação
à produção que surgiu uma nova concepção de trabalho, a qual veio modificar completamente a estrutura social e
comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social. Essas
mudanças, em um período de aproximadamente um século, foram maiores do que todas as mudanças ocorridas
no milênio anterior. É o período chamado de Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se
alastrou por todo o mundo civilizado da época. A Revolução Industrial provocou a substituição do precário
artesanato das oficinas pela industrialização, preparando o caminho para o aparecimento das modernas empresas
e dos desafios de sua administração.
A história das empresas pode ser dividida em seis fases, conforme a Tabela 1, a seguir:
Tabela 1 - As 6 fases da história das empresas.
1ª Fase artesanal Da Antiguidade até a pré-revolução Até 1780
industrial
2ª Fase da transição para a 1ª Revolução Industrial 1780 a 1860
industrialização
3ª Fase do desenvolvimento 2ª Revolução Industrial 1860 a 1914
industrial
4ª Fase do gigantismo industrial Entre as duas grandes guerras mundiais 1914 a 1945
5ª Fase moderna Do pós-guerra até a atualidade 1945 a 1980
6ª Fase da globalização Momento atual Após 1980
De modo coincidente, os primeiros escritos dedicados à Administração mostram o ano de 1776 como o marco de
revolução no campo das técnicas que levaram ao estudo da Administração como Ciência e não mais como algo que
surge de modo empírico. Foi a partir de então que se iniciou uma conscientização de que a Administração era essencial
a toda a atividade de cooperação organizada, bem como a todos os seus níveis.
A Tabela 2 mostra a cronologia histórica das origens do pensamento administrativo:
Introdução a Administração
As relações de interação entre empresas e seus ambientes passaram a explicar com mais profundidade certos
aspectos da estrutura organizacional e dos processos operacionais utilizados pelas empresas.
Essa ênfase no ambiente surgiu com o aparecimento da Teoria da Contingência, segundo a qual, “não existe uma única
melhor maneira de organizar as empresas”. Pelo contrário, as características estruturais das empresas dependem das
características ambientais que as circundam. Em outras palavras, as características estruturais são melhor explicadas
pelas características ambientais que as determinam
Através dos quadros resumidos a respeito dos progressivos passos da T.A., procurou-se demonstrar o efeito
cumulativo e gradativamente abrangente das diversas teorias com suas diferentes contribuições e diferentes enfoques.
Todas as teorias administrativas apresentadas são válidas, embora cada qual valorize apenas uma ou algumas das cinco
variáveis básicas.
Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de
sua época. E nesse aspecto, todas elas foram bem sucedidas ao apresentarem soluções específicas para tais problemas.
De certo modo, todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações de hoje, e o administrador precisa
conhecê-las bem para ter à sua disposição um conjunto de alternativas interessantes para cada situação.
Um exemplo bastante expressivo é o da moderna indústria automobilística, que utiliza em suas linhas de montagem
os mesmos princípios da Administração Científica, em sua estrutura organizacional os mesmos princípios da Teoria
Clássica e Neoclássica. A sua organização empresarial como um todo pode ser explicada pela Teoria da Burocracia,
porém seus supervisores são preparados segundo a abordagem da Teoria das Relações Humanas, enquanto os gerentes
se preocupam com a Teoria Comportamental. As relações desse tipo de empresa com a sua comunidade são consideradas
sob o prisma da Teoria Estruturalista e da Teoria da Contingência e sua interface com a tecnologia é explicada pela
Teoria da Contingência.
O estado atual da T.A. é bastante complexo: ela permite uma variedade enorme de abordagens a respeito de seu
objeto de estudo e engloba uma grande gama de variáveis que devem ser levadas em consideração.
Nos tempos atuais, a T.A. estuda a administração das empresas e demais tipos de organizações do ponto de vista da
interação e interdependência entre as cinco variáveis principais, cada qual objeto específico de estudo por parte de uma
ou mais correntes da Teoria Administrativa.
As cinco variáveis básicas: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e ambiente, constituem os principais
componentes no estudo da administração das empresas. O comportamento dessas variáveis é sistêmico e complexo:
cada qual influencia e é influenciada pelas outras variáveis. Modificações em uma provocam modificações em maior
ou menor grau nas demais. O comportamento do conjunto dessas variáveis é diferente da soma dos comportamentos
de cada variável considerada isoladamente.
2.4. Perspectivas Futuras da Administração
A tarefa administrativa nas próximas décadas será incerta e desafiadora, pois deverá ser atingida por mudanças e
transformações carregadas de ambigüidades e de incertezas. O administrador se defrontará com problemas cada vez
mais diferentes e mais complexos do que os anteriores, e sua atenção será disputada por eventos e por grupos situados
dentro e fora da empresa, que lhe proporcionarão informações contraditórias que complicarão o seu diagnóstico e a sua
visão dos problemas a resolver ou das situações a enfrentar: são as exigências da sociedade, dos clientes, dos
fornecedores; são os desafios dos concorrentes; as expectativas da alta administração, dos subordinados, dos acionistas
etc.
Porém, todas essas exigências, desafios e expectativas sofrem profundas mudanças, que ultrapassam a capacidade
que o administrador tem para poder acompanhá-las de perto e compreendê-las adequadamente. Essas mudanças tendem
a aumentar, e face da inclusão de outras novas variáveis, à medida que o processo se desenvolve, criando uma turbulência
que perturba e complica a tarefa administrativa de planejar, organizar, dirigir e controlar uma empresa eficiente e eficaz.
O futuro tende a complicar essa realidade. Inúmeros fatores causarão profundos impactos sobre as empresas. Pode-
se prever que as próximas décadas trarão, entre outros os seguintes desafios e turbulências para a administração:
1) As empresas estão continuamente se adaptando aos seus ambientes, em situação de crescimento, estabilidade
provisória ou enxugamento, adequando-se ao mercado; essa adaptação também pode envolver mudanças de
tecnologia, de mercados ou exigências ambientais.
2) A sempre presente ameaça de altas taxas de inflação, provocada pela sensível elevação dos custos de energia,
matérias-primas e mão-de-obra, muitas vezes fora do controle nacional.
3) A concorrência se torna cada vez mais aguda, causada pela competição, em face das exigências de qualidade e
produtividade.
4) Existe uma tendência para uma crescente sofisticação da tecnologia, apoiada na automatização e na
informatização.
5) A globalização, que é a própria internacionalização do mundo dos negócios, graças aos progressos nos
transportes e comunicações.
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Introdução a Administração
A maior visibilidade das empresas, que, ao evoluírem, tornam-se mais competitivas, mais sofisticadas
tecnologicamente e se internacionalizam mais, e com isso sua influência ambiental aumenta, chamando mais a atenção
da opinião pública, seja de modo positivo ou negativo.
A Teoria da Administração é, em certos aspectos, uma decorrência daquilo que ocorre nas empresas, um meio de
operacionalizar conceitos e ideologias a respeito das empresas. A Teoria da Administração (T.A.) trata do estudo da
administração dessas organizações em geral e das empresas em particular, sendo uma teoria em crescente expansão e
gradativamente abrangente.
Ela começou como uma teoria preocupada inicialmente com alguns poucos aspectos e variáveis situados dentro da
organização e voltada exclusivamente para os problemas mais concretos e imediatos do ponto de vista de sua aplicação
e foi aos poucos expandindo e ampliando o seu objeto de estudo.
Essa expansão e ampliação, contudo, não se apresenta de maneira uniforme, mas varia muito de acordo com as
escolas e teorias administrativas, e de acordo com os aspectos e variáveis que cada uma delas considerou relevantes na
sua época para fundamentar as suas conclusões ou para solucionar os problemas então mais importantes com que se
defrontavam.
Como foi visto, o enfoque nas tarefas se origina do trabalho do engenheiro americano Frederick W.Taylor, que é
considerado o fundador da chamada Administração Científica. Taylor deu o primeiro impulso na tentativa de fazer da
Administração uma verdadeira ciência, publicando suas idéias em 1911 no livro “Princípios de Administração
Científica”. Ali se estabelece que “o principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de
prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”.
1) A improvisação e o empirismo devem ser substituídos pelo planejamento e pela ciência. O nome Administração
Científica vem do fato de ser esta uma tentativa de aplicação dos métodos da ciência – observação e mensuração –
aos problemas de administração da época.
2) Para se aumentar a eficiência da empresa, deve-se começar pela eficiência de cada empregado. Ao invés de deixar o
empregado escolher sua maneira pessoal de trabalhar, a administração é quem deve planejar o método – isto é, a
melhor maneira – de executar a tarefa. O método de trabalho deve ser planejado através da técnica do estudo de
tempos e movimentos: os movimentos dos operários são simplificados e racionalizados, e o tempo médio
cronometrado para executá-los passa a ser o tempo-padrão. O operário que produz dentro do tempo padrão tem
eficiência igual a 100%. Se sua produção é 5% maior, então sua eficiência será igual a 105%; se sua produção é 5%
menor, sua eficiência será igual a 95%, e assim por diante.
3) Para incentivar a produção e elevar a eficiência do operário, Taylor recorreu ao incentivo salarial, ou prêmio de
produção. Sua convicção era de que as pessoas vão trabalhar exclusivamente para ganhar o salário e que a melhor
maneira de incentivá-las a produzir mais é oferecer-lhes prêmios de produção à medida que aumentam sua eficiência.
A convicção de que o homem é motivado exclusivamente por incentivos salariais predominou por longo tempo na
história da Teoria da Administração.
5) Para aproveitar ainda mais o esforço humano e aumentar a eficiência do operário, a Administração Científica voltou-
se também para a normalização e padronização das máquinas, equipamentos e materiais. A idéia era estabelecer
padrões uniformes para toda a empresa e, conseqüentemente, simplificar e homogeneizar para reduzir o desperdício.
A ênfase nas tarefas é uma abordagem microscópica, feita no nível do operário e não no nível da empresa
tomada como uma totalidade. A Fig. 5 mostra de modo esquemático a abordagem microscópica e mecanicista da
Administração Científica.
Introdução a Administração
É a abordagem mais conhecida e a que durante mais tempo predominou. Nasceu com Henry Fayol (1841- 1925),
um engenheiro francês que, ao contrário de Taylor, procurou dar uma visão sintética, global e universal à Administração.
As principais características da Teoria Clássica, desenvolvida por Fayol são as seguintes:
Os cinco primeiros grupos, apesar de sua importância, fogem ao âmbito deste estudo, pois nenhuma dessas
funções tem o encargo de formular o programa geral de ação da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar
os esforços e de harmonizar os atos. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,
exercendo-se sempre acima delas.
Introdução a Administração
A função administrativa, contudo, não é privativa da alta cúpula; ela se reparte de modo proporcional por todos
os níveis da hierarquia da empresa. Isso quer dizer que existe uma proporcionalidade da função administrativa: ela não
se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente
entre todos os níveis hierárquicos. À medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras
funções da empresa. Por outro lado, à medida que se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o volume
das funções administrativas. Nos níveis mais altos predominam as funções administrativas, enquanto nos níveis mais
baixos predominam as demais funções (não-administrativas), como se pode ver, de modo esquemático, pela Fig. 6.
8) Centralização - as atividades cruciais da organização e a autoridade para a sua adoção devem ser centralizadas.
9) Hierarquia (Cadeia Escalar) - defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de
autoridade fixa.
10) Ordem - deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para a cada coisa (pessoa) e cada coisa
(pessoa) em seu lugar.
11) Eqüidade - a justiça deve prevalecer também no ambiente de trabalho, justificando a lealdade e a devoção dos
funcionários à empresa.
12) Estabilidade dos Funcionários - a alta rotatividade do pessoal tem conseqüências negativas sobre o
desempenho da organização e o moral dos trabalhadores.
13) Iniciativa - deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
14) Espírito de Equipe - o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro das equipes. Os
componentes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para com isso defenderem seus propósitos.
A Teoria Clássica de Fayol e seguidores neoclássicos caracteriza-se basicamente pelo seu enfoque
eminentemente prescritivo e normativo: como o administrador deve conduzir-se em todas as situações através do
processo administrativo e quais os princípios gerais que deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com
as regras do jogo é fundamental.
Enquanto Taylor estudava a empresa do ponto de vista do chão de fábrica para cima (privilegiando as tarefas da
produção), Fayol a estudava da administração para baixo (privilegiando as tarefas da organização).
Detendo-se menos na organização sistemática da empresa, a ênfase de Fayol recaiu sobre os princípios da
prática administrativa, dedicando atenção especial às diversas funções administrativas .
Não é raro encontrarmos a utilização indistinta dos termos administração científica e administração clássica .
Entretanto, as diferenças entre as duas são patentes.
A administração científica surgiu no chão de fábrica. Conforme o próprio nome indica, preconiza a adoção de
métodos racionais e padronizados, a máxima divisão de tarefas e o enfoque centrado na produção.
A administração clássica teve sua origem na alta administração, enfatiza a estrutura formal da organização e a
adoção de princípios e funções administrativas necessárias à realização do trabalho. O sucesso do empreendimento,
segundo Fayol, está relacionado ao desempenho satisfatório das funções administrativas.
A Fig. 7 mostra uma comparação entre as Teorias de Taylor e de Fayol
Introdução a Administração
A segunda abordagem relacionada com a estrutura organizacional nasceu com Max Weber (1864-1920),
sociólogo alemão considerado o fundador da Teoria da Burocracia. Para Weber, o termo burocracia não tem o significado
pejorativo de uso popular, mas um significado técnico que identifica certas características da organização formal voltada
exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência.
Essas sete dimensões principais da burocracia se apresentam em graus variados em cada empresa. Cada
dimensão varia de modo contínuo desde um mínimo a um máximo de gradação, existindo portanto graus variáveis de
burocratização em cada empresa. Por outro lado, cada empresa apresenta diferentes graus de burocratização em cada
uma dessas sete dimensões: uma empresa pode ser altamente burocratizada em algumas dimensões e precariamente
burocratizada em outras.
Todas essas dimensões estão fortemente presentes no modelo burocrático ideal estudado por Weber. Dentro de
um ponto de vista estritamente técnico, a burocracia atinge o mais elevado grau de eficiência no alcance dos objetivos
organizacionais. Em outros termos, a burocracia significa o tipo de organização humana onde a racionalidade atinge o
seu mais elevado grau. A racionalidade significa a adequação dos meios para o alcance de determinados fins ou objetivos.
A burocracia constitui um exemplo típico do modelo de organização dotado de racionalidade capaz de ser aplicável a
todos os tipos de organizações e empresas, independentemente de sua natureza, operações ou tamanho.
A burocracia, através das sete dimensões, visa a atingir certas conseqüências desejadas, dentre
elas a previsibilidade do comportamento das pessoas dentro da organização . Até certo ponto, isto
significa a tentativa de padronizar o desempenho humano para alcançar um objetivo organizacional: a
máxima eficiência da organização .
Contudo, o comportamento das pessoas nem sempre ocorre dentro da previsibilidade de Weber. Notou-se a
ocorrência de conseqüências imprevistas (ou indesejadas) e que a levam à ineficiência e às imperfeições. A essas
conseqüências imprevistas se deu o nome de disfunções da burocracia, para designar as anomalias de funcionamento
responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto aos leigos no assunto.
As causas das disfunções residem basicamente no fato de que a burocracia não leva em conta a variabilidade
do ser humano. Todavia, é inegável a importância das burocracias na sociedade moderna. Todas as grandes organizações
e empresas multinacionais - em face do seu tamanho e complexidade - adotaram o modelo burocrático como forma
organizacional básica. Apesar de todas as suas limitações e desvantagens, a burocracia ainda é, inquestionavelmente, o
“menos pior” dos modelos para se lidar com as organizações grandes e complexas. A Fig. 8 a seguir ilustra os caminhos
das conseqüências previstas e imprevistas na burocracia.
Introdução a Administração
A primeira colocação da abordagem humanística - a Escola das Relações Humanas - teve em Elton Mayo (1880-
1949) e Kurt Lewin (1890-1947) seus principais precursores. Trata-se da abordagem mais democrática e liberalizante
ocorrida na T.A. e teve muitos seguidores. Surgiu como uma teoria de oposição e combate à Teoria Clássica, alicerçada
sobre as obras de Taylor e Fayol, cuja hegemonia cobria soberana as três primeiras décadas deste século.
O administrador típico da Teoria Clássica - eminentemente técnico e voltado para os aspectos lógicos da
Disposta a democratizar e humanizar a administração das empresas e fortalecer e reforçar seus pontos
de vista, a Escola das Relações Humanas negou ou omitiu todos os conceitos desenvolvidos e afirmados pela
Teoria Clássica – como os de organização formal, autoridade e responsabilidade, hierarquia, unidade de
comando, estudos de tempos e movimentos, eficiência, departamentalização, princípios gerais de
administração etc. – para substituí-los por outros conceitos desenvolvidos a partir da Psicologia e Sociologia
Industrial – tais como organização informal, motivação e necessidades humanas básicas, dinâmica de grupo
comunicação, liderança etc .
organização - cedeu lugar ao administrador típico dessa nova abordagem - eminentemente humanista e voltados para os
aspectos psicológicos e sociológicos da organização.
Os planos de incentivo salarial, baseados apenas na motivação por salário foram substituídos pelo incentivo
social e simbólico, fundamentado na concepção do homem social. Segundo essa concepção, o homem é motivado
basicamente por recompensas sociais e simbólicas, pois as necessidades psicológicas do ser humano são mais
importantes do que a necessidade de ganhar mais dinheiro. A partir da experiência de Hawthorne (1927-1932) surgem
inúmeras pesquisas para comprovar cientificamente algumas conclusões e afirmações de autores humanistas.
Num sentido amplo, a Escola das Relações Humanas representa uma reação saudável contra a ênfase no
trabalho programado, no controle hierárquico rígido e no alto grau de especialização do trabalhador, aspectos
característicos do taylorismo e da teoria tradicional da administração.
Um dos principais objetivos do movimento humanista foi quebrar o excessivo controle hierárquico e encorajar
a espontaneidade dos trabalhadores. Os autores humanistas são unânimes quanto a um diagnóstico básico: as grandes
organizações tendem a bloquear o crescimento e o desenvolvimento das pessoas, levando à apatia, desmotivação, greves
etc.
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Introdução a Administração
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A Escola das se origina a partir da experiência de Hawthorne que foi realizada da seguinte forma:
1〝
.Fa s e:grupo de observação e grupo de controle para conhecer o efeito da iluminação na produtividade.
2〝
.Fa s e:grupo experimental e grupo de controle para conhecer os efeitos de mudanças nas condições de trabalho:
- Estabelecer a capacidade de produção em condições normais.
- isolamento do grupo experimental na sala de provas.
- Separação do pagamento por tarefas do grupo experimental.
- Intervalos de 5 minutos na manhã e na tarde.
- Aumento dos intervalos de descanso para 10 minutos.
- Três intervalos de 5 minutos pela manhã e o mesmo pela tarde.
- Retorno a dois intervalos de 10 minutos (manhã + tarde).
- Saída do trabalho às 16:30 hs. e não mais às 17:00 hs.
- Saída do trabalho às 16:00 horas.
- Retorno à saída às 17:00 horas.
- Semana de 5 dias com sábado livre.
- Retorno às condições do 3o. período.
3〝
.Fa se: Início do Programa de Entrevistas.
4〝
.Fa se:Experiência: Análise da organização informal do grupo.
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- O nível de produção é resultante da integração social
- Comportamento social dos empregados.
- Recompensas e sanções sociais.
- Grupos informais.
- Relações humanas.
- Importância do conteúdo do cargo.
- Ênfase nos aspectos emocionais.
2.10.1. Apr
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• Oposição cerrada à Teoria Clássica.
• Inadequada visualização dos problemas de relações industriais.
• Concepção ingênua e romântica do operário.
• Limitação do campo experimental.
• Parcialidade das conclusões.
• Ênfase nos grupos informais.
• Enfoque manipulativo das relações humanas.
2.
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A segunda abordagem humanística - a Teoria Comportamental - surgiu com um livro de Herbert A. Simon: “O
Comportamento Administrativo”, publicado em 1947, onde o autor desenvolve uma teoria das decisões, salientando que
a decisão é muito mais importante do que a execução que a sucede. A partir daí, as empresas são visualizadas como
sistemas de decisões, onde as pessoas percebem, sentem, decidem e agem, definindo seus comportamentos em relação
às situações enfrentadas. A administração não pode deixar de lado estes aspectos comportamentais.
A abordagem comportamental descende diretamente da Escola das Relações Humanas e mantém a tradição de
deixar os aspectos estruturais em segundo plano, para se dedicar completamente aos aspectos comportamentais. Essa
abordagem procura desenvolver e comparar estilos de administração capazes de potenciar as motivações individuais
existentes nos participantes das organizações e reduzir as diferenças e conflitos entre os objetivos organizacionais e os
objetivos individuais.
Os estudos mais modernos da teoria comportamental têm conduzido às teorias motivacionais, que serão
abordadas mais adiante.