Pedogeografia

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Introdução

A pedogeografia é uma disciplina que se dedica ao estudo dos solos e sua


distribuição geográfica, abrangendo aspectos de formação, evolução e interação com
os fatores ambientais. Compreender a pedogeografia é fundamental, uma vez que os
solos desempenham um papel essencial em diversos processos ecológicos e
socioeconômicos, incluindo a agricultura, a conservação da biodiversidade e a gestão
da água.
Além disso, a análise pedogeográfica permite a identificação de padrões e tendências
que podem ser fundamentais para o planejamento territorial e a mitigação dos
impactos ambientais. Este trabalho visa explorar os conceitos e metodologias da
pedogeografia, abordando as relações entre solos e fatores como clima, relevo e
vegetação.
Ao investigar a diversidade dos solos e suas características, pretendemos destacar a
importância dessa disciplina para a sustentabilidade e o desenvolvimento responsável
dos recursos naturais em um mundo em constante mudança.

Objetivos
Geral:

 Analisar a pedogeografia, destacando sua importância na compreensão da


formação, distribuição e características dos solos, além de suas implicações para a
sustentabilidade e a gestão dos recursos naturais.

Específicos:

 Investigar os principais fatores que influenciam a formação dos solos, incluindo


clima, relevo e vegetação, e sua inter-relação na pedogeografia.

 Avaliar o papel dos solos na agricultura e na conservação ambiental,


identificando práticas de manejo que promovam a sustentabilidade.

 Discutir as implicações sociais e econômicas da pedogeografia na gestão de


recursos naturais, considerando as necessidades das comunidades locais.
Metodologia
A metodologia utilizada na realização deste trabalho foi baseada em pesquisas
e levantamentos de materiais bibliográficos através de uma literatura actualizada e
especializada que forneceu subsídios teóricos, como a utilização de livros,
medianteaplicação de instrumentos de pesquisa com a finalidade de obter informações
precisas na construção e efectivação do presente trabalho.
Fundamentação teorica

Pedogeografia

A Pedogeografia é o ramo das ciências físico-geográficas que estuda a pedosfera, ou


seja, a ciência dos solos quanto à formação, desenvolvimento e repartição territorial.

Evolução do solo
É um processo complexo que começa com a pedogênese inicial em que ocorre a
erosão. O solo começa a formar-se quando a matéria orgânica incorpora matérias
inorgânicas de fragmentos da rocha-mãe, os materiais de degradação física, química e
biológica, os movimentos migratórios ascendentes e descendentes e começam a
desenhar os extractos sobrepostos; são os horizontes e tanto mais diferenciados
quanto mais o solo é evoluído.
Quando um solo atinge o seu equilíbrio, isto é, quando a sua evolução atinge o auge
no respectivo clima, diz-se que o solo atingiu o pedoclímax climático.

Nas zonas de clima desértico ou semidesérticas ocorrem migrações. ascendentes


provocadas por uma forte insolação e a evaporação realiza-se através da toalha
freática uma subida de águas ricas em substâncias solúveis de óxidos de alumínio e
hidróxido de ferro. Estas substâncias precipitam-se à superfície, formando crostas
salinas e couraças ferruginosas.

As migrações descendentes são as mais comuns no processo de formação dos solos.


Ocorrem em regiões com elevada pluviosidade e associam-se à lixiviação dos catiões
(Ca, Al, Mg, Na) que migram sob forma de sais solúveis. Os coloides (argilas,
compostos húmicos, hidróxidos de ferro e alumínio) migram sob forma de compostos
e depositam-se nos níveis do interior, associando-se lixiviação e à acidificação.
Perfil do solo

É a diferenciação progressiva em camadas do solo também conhecidos por horizontes.


Constitui uma espécie de sobreposição dos horizontes desde a rocha-mãe até à
superfície. Nos solos evoluídos ou maduros ocorrem cinco (5) horizontes: O, A, B, C
e R.

 Horizonte O: Camada orgânica superficial, constituído por folhas e detritos


vegetais e animais, bem como por substâncias húmicas acumuladas na superfície.
 Horizonte A: É um horizonte superficial, rico em matéria orgânica e
empobrecido em matérias solúveis que sofrem processos migratórios e são
arrastados para níveis mais baixos ou horizontes inferiores: B e C.
 Horizonte B: Horizonte de acumulação de matéria mineral vinda do horizonte
superficial. Por vezes acumulam-se substâncias salinas, ou couraças ferruginosas
de processos migratórios ascendentes.
 Horizonte C: Constituído por material mineral não consolidado situado abaixo
dos horizontes A e B acima da camada da rocha-mãe.
 Horizonte R: Camada mineral de material consolidado, que constitui substrato
rochoso continuo ou praticamente continuo, a não ser pelas poucas e estreitas
fendas que pode apresentar (rocha-mãe).]

Todos os solos que ao longo da sua evolução formam horizontes A, B e C bem


diferenciados e nas condições duráveis e estáveis de clima e drenagem, são
conhecidos por solos maduros, enquanto que os solos que se desenvolvem em
condições especiais ou adversas de clima, drenagem e vegetação são conhecidos por
solos não evoluídos.
Textura e estrutura do solo

A fragmentação das rochas da qual resulta a formação do solo, é um processo não


planificado. Por vezes, os fragmentos de rocha são grandes noutras vezes pequenos.
Assim, a textura do solo é variável podendo apresentar partículas de grande diâmetro,
como pedras, ou partículas finais como areias e os limos.

Além do tamanho das partículas que constituem o solo, este também pode ser
avaliado pela forma como os seus constituintes se encontram aglutinados, ou seja,
pela sua estrutura. Alguns solos têm os seus constituintes bastantes juntos, formando
uma camada pouco permeável à água, enquanto outros têm os seus componentes
dispersos e são mais permeáveis.

Classificação dos solos

Pela importância dos solos na economia dos estados, vários cientistas dedicaram-se
ao estudo deste importante recurso. Dokuchaiev e Glinka, (russos), Buchafour
(francês) e Marbut e Kellog, da escola americanas foram alguns estudiosos que se
debruçaram sobre os solos e que apresentaram propostas de classificação.
De um modo geral, todos os trabalhos têm como factor mais importante na
classificação dos solos, o clima e seus elementos.
O pedólogo Dokuchaev distingue três (3) tipos de solos: zonais, azonais e intrazonais.

 Solos zonais: São aqueles que se formam em boas condições de precipitação,


drenagem, acção prolongada do clima e da vegetação.
 Solos intrazonais: São aqueles que se formam em condições especiais: presença
de grandes quantidades de sais, ou calcário como rocha-mãe e drenagem também
especial.
 Solos azonais ou imaturos: Têm perfil pouco desenvolvido, onde não se notam
as diferenciações entre os horizontes A, B e C.

De modo geral, A classificação do pedólogo Dokuchaiev é válida para solos virgens


pouco comuns, devido acção da agricultura que interfere nos horizontes
Factores da pedogênese
Dos vários estudos sobre a origem e desenvolvimento dos solos, destacam-se os
trabalhos de Dokuchaiev, pedólogo russo tido como o pai da pedologia que
considerou o solo como um produto de um processo natural, histórico, em que é
notável a interacção de vários factores:

 Rocha-mãe
 Topografia do terreno
 Clima do lugar
 Organismos vivos
 Idade ou tempo do lugar.

Rocha-mãe

Também conhecida por rocha-matriz constitui um dos factores na formação do


solo, tomando em conta a sua natureza; composição química e estrutura.
A rocha-mãe sofre degradação física como resultado da acção prolongada da
temperatura. As rochas sofrem descamação ou fissuração graníticas, adquirem uma
textura arenosa com grãos finos de quartzo e argila e são elementos essenciais no
processo de formação do solo.
Com a decomposição química das rochas e com a presença de água, desenvolve-se
uma nova composição que vai definir os níveis de acidez, a capacidade de absorção e
a fertilidade do solo.
O grau de acidez de um solo está ligado à concentração de iões H+ e exprime-se
por pH que pode ser:

 Ácido – pH < 6 solos húmidos;


 Neutro – pH = 7;
 Básico – pH > 7 solos calcários.

A acidez influencia na distribuição da vegetação. As espécies calcícolas não suportam


solos com uma acidez abaixo de 6, e as calcífugas são repelidas nos solos com acidez
acima de 6.
Topografia

O relevo do lugar é um agente da formação do solo, define a exposição das


encostas ao sol, a radiação solar, a luz e por consequência as diferenciações nos níveis
de temperatura, precipitação e luz solar, assim como do tipo de cobertura vegetal.

Clima

A maioria dos pedólogos com estudos relevantes sobre os solos destacam o papel do
clima na formação do solo. O clima actua desde a gênese até à fase da maturidade do
solo através da temperatura, humidade, precipitação, vento, etc.
A temperatura é responsável pela degradação física das rochas e a água participa na
dissolução, hidrólise e processos migratórios das matérias orgânicas e inorgânicas
contribuindo desta forma para a formação do perfil do solo.

Abertura vegetal

A matéria orgânica provém da vegetação: folhas, ramos, caules, frutos, raízes


mortas e também de animais mortos ou ainda de microrganismos, embora os animais
representem uma pequena parte dos componentes biológicos que participam na
formação do solo.
A microfauna (bactérias) participa na fragmentação da rocha e na sua mistura com a
matéria mineral realizam a degradação e a síntese, tornando os elementos minerais
solúveis. O anidrido carbónico, o amoníaco, os nitratos e os fosfatos elaboram, a
partir dos produtos saídos desta mineralização, corpos quimicamente complexos
denominados compostos húmicos.

A concentração de húmus, que representa a principal característica do solo,


depende do clima, natureza da rocha-mãe e cobertura vegetal que também define as
características e a sua actividade biológica. Com base nisso distinguem-se várias
categorias de solos:

 Solos de grande actividade biológica (minhocas, artrópodes, bactérias, fungos)


formam-se em ambientes de humidade média e temperatura elevada. São solos
bem arejados, com predomínio de carbonatos de cálcio e azoto vegetal abundante.
São típicos de climas temperados com floresta de folha caduca.

 Solos de húmus intermédio entre solos de grande e pouca actividade biológica,


com uma decomposição de matéria orgânica média. São solos biologicamente
pouco activos, típicos das florestas boreais de coníferas em que à sua superfície
há uma camada de matéria orgânica não decomposta ou matéria orgânica bruta
turfa.

Tempo do lugar

A duração da formação do solo pode ser longa ou curta, geralmente, os solos maduros
formam-se em condições duráveis de acção prolongada de clima e drenagem,
enquanto os solos imaturos formam-se em tempo curto, o que não permite o
desenvolvimento do solo e a diferenciação dos seus perfis.

Distribuição geográfica dos Solos Zonais

Solos ferralíticos

É o tipo de solo zonal mais comum na zona intertropical. Caracteriza-se por uma
alteração profunda da rocha-mãe acompanhada de libertação de óxidos de ferro, de
alumínio e sílica, a que se segue uma intensa lixiviação. A sílica libertada limita a
formação de argila por recombinação com alumínio.
Devido presença de óxidos de ferro, os solos ferralíticos apresentam coloração
avermelhada, são solos profundos, lixiviados e pobres nas zonas tropicais. O calor e a
evaporação provocam a subida de óxidos que formam couraças lateriticas.
Terras vermelhas tropicais

Estes solos desenvolvem-se nas regiões tropicais, nos planaltos do Brasil, nas
savanas da África Oriental, no Decão, no Ceilão e na Asia das monções asiáticas, com
uma estação seca bem marcada e temperatura elevada durante todo o ano. As chuvas
da estação húmida causam a lixiviação, mas o solo é rico em húmus e minerais. São
solos férteis, mas a desfloração e a exposição excessiva ao sol e ao vento esgotam o
solo muito rapidamente.

Solos desérticos

Solos arenosos vermelhos e pobres em húmus, ocorrem nos desertos quentes com fraca
precipitação e vegetação praticamente nula. Este tipo de solo é muito pobre. Só existem
em terras férteis nos oásis.

Terras cinzentas
Estes solos formam-se nos desertos continentais das regiões temperadas, onde
embora tenham fraco teor em húmus, acumulam produtos minerais que são trazidos
superfície por acção da capilaridade. Têm uma cor cinzenta Clara e são muito férteis
quando irrigados.

Solos castanhos

Estes solos desenvolvem-se nas regiões secas de ervas curtas. Formam-se onde a
precipitação anual é bastante fraca e, como tal, não são solos lavados. O horizonte A é
um horizonte acastanhado enriquecido em húmus, proveniente das ervas da cobertura
que ocorrem numa faixa estreita a Sul da estepe russa e nas áreas mais secas dos
EUA, nas pampas da Argentina e no vale da África do Sul.

Tchernozion

São os solos negros da estepe russa, das pradarias dos EUA e do Canadá e das
pampas da Argentina. Não são solos lavados, porque a precipitação é baixa e a
acumulação de ervas e gramíneas no horizonte A por vezes tem mais de 50 cm de
espessura. Devido à natureza aberta da vegetação e ao clima semidesértico,
particularmente na Rússia e nos EUA, têm sofrido muita erosão eólica quando a
lavoura destrói a cobertura vegetal. São muito férteis e correspondem às grandes áreas
de cultura do trigo no mundo.

Solos castanhos florestais

Solos mais ricos em húmus e menos ácidos, do tipo roga com destruição da vegetação
natural provoca mineralização e lixiviação e exposta a processos de erosão, que vertentes
das montanhas é particularmente grave. Este tipo de solo desenvolve-se por baixo da
floresta das regiões de clima temperado oceânico, como Inglaterra, França, Costa Sul da
Austrália e Norte da Nova Zelândia. São solos muito bons para a agricultura.

Solos cinzento-acastanhados podzólicos

Nos climas temperados moderados, a lixiviação não é tão severa e a cobertura


vegetal de árvore de folha caduca produz solos menos ácidos e mais ricos em húmus
do que as florestas de coníferas. São os solos intermédios entre os podzóis e as terras
castanhas e os solos castanhos florestais.

Solos podzólicos

Os climas frios e húmidos frescos que permitem o desenvolvimento de florestas de


coníferas, produzem um horizonte A rico em húmus, passando gradualmente a um
horizonte cinzento-esbranquiçado causado pela lixiviação ou lavagem dos minerais,
que se acumulam na base do horizonte B.
Estes solos são geralmente muito ácidos e de pouco rendimento agrícola.

Solos de tundra

Os solos de tundra desenvolvem-se em clima de fraca precipitação, temperatura


sempre baixa, subsolo permanentemente gelado, baixa evaporação, fraca vegetação,
solo empapado de água, horizontes fracos, com turfas e muita lama gelada no Inverno,
são solos pobres.
Solos intrazonais

Solos halomórficos ou salinas

Nos climas quentes ou noutras áreas onde o sal se acumula, quer por evaporação
das águas das superfícies líquidas, ou pela chegada à superfície de soluções por
capilaridade, pode formar-se uma crosta acinzentada salgada. Os solos salgados mais
comuns são os solonchak.

Solos de hidromórfico

Quando os solos estão empapados de água e o ar não pode circular, a matéria


orgânica altera-se apenas parcialmente e pode acumular-se e atingir grandes
espessuras. A turfa pode ser utilizada como combustível e indicador acerca do clima e
vegetação acerca do passado, este tipo de solo não pode ser cultivado, quando não for
drenado convenientemente.

Solos calcários

Resultam da influência da natureza da rocha-mãe - o calcário. O tipo mais comum é


a rendzina, que tem um horizonte A geralmente muito delgado, que assenta
directamente sobre o horizonte C, ligeiramente alterado.
Nos climas secos com uma estação seca bem marcada, tal como nas regiões calcárias
vizinhas do Mediterrâneo, a escorrência lava os materiais insolúveis e leva-os para as
fissuras do calcário, onde se acumulam sob a forma de terra roça.

Solos azonais

Litossolos, regossolos e aluviais

O processo de formação deste tipo de solos é curto, pois a alteração da rocha-mãe


não chega a evoluir até formar um perfil completo; este processo ocorre nas zonas
montanhosas, dunas e loess.
É comum também nas zonas de afloramentos rochosos, à beira dos rios, próximo do
mar e nas zonas de lava vulcânica recente.
Importância dos solos
Os solos constituem a base da produção agrícola e o meio de produção para a maioria
da população do campo, obtendo-se alimentos básicos da produção e da matéria-
prima para as indústrias. O solo é suporte de toda a Biosfera, ao alimentar as plantas
que alimentam os animais.
No momento actual, em que a fome assola vários países do 3o Mundo, as questões
sobre o uso racional dos solos, preservação e conservação, são uma preocupação para
a humanidade.
É sobretudo o fenómeno da desertificação que constitui uma séria ameaça para a
manutenção da terra para as práticas agrárias.
Conclusão

A pedogeografia, ao explorar a formação, distribuição e características dos solos,


revela-se uma disciplina fundamental para a compreensão das complexas interações
entre os fatores ambientais e os ecossistemas.
Este trabalho destacou a importância de reconhecer a diversidade edáfica e suas
implicações para a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico. As
classificações de solos, como o Sistema Mundial de Classificação de Solos, oferecem
ferramentas valiosas para a gestão adequada dos recursos naturais, permitindo a
identificação de práticas de manejo que promovam a conservação e a produtividade.

Além disso, ao analisar a relação entre solos e atividades humanas, enfatizamos a


necessidade de um enfoque integrado que considere não apenas os aspectos técnicos,
mas também as dimensões sociais e econômicas. A promoção de práticas sustentáveis
de uso do solo é crucial para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos e
garantir o bem-estar das comunidades.

Assim, a pedogeografia se apresenta não apenas como um campo de estudo


acadêmico, mas como uma base essencial para a formulação de políticas e estratégias
que visem um futuro mais sustentável, refletindo a interdependência entre os seres
humanos e os recursos naturais. A continuidade da pesquisa nesta área é vital para
aprimorar nosso entendimento e promover uma gestão mais eficaz e responsável dos
solos em um mundo em constante transformação.
Referências bibliograficas

Bedrna, Z., & Jenčo, M. (2016). Pedogeografia. Zákonitosti priestorovej diferenciácie


pedosféry. Bratislava, Univerzita Komenského v Bratislave.

Vianello, G., Bentivogli, D., & Boschi, M. P. (2008). Radici della terra-Ecologia e
Geopedologia. Cappelli Editore.

Mičian, Ľ. (1977). Všeobecná pedogeografia. Univerzita Komenského.

De Brito, R. C., & Ponta, G. PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS SOLOS.

Bedrna, Z., & Jenčo, M. (2016). Pedogeografia: Zákonitosti priestorovej diferenciácie


pedosféry. Univerzita Komenského, Bratislava, 58.

Rampasekova, Z., & Nemcikova, M. (2008). Pedogeografia vo vyučovacom procese


ZŠ a SŠ. Geografická revue, 4(2), 411-417.

Vilček, J., & Zverková, M. (2015). Pedogeografia.

Você também pode gostar