Pedogeografia
Pedogeografia
Pedogeografia
Objetivos
Geral:
Específicos:
Pedogeografia
Evolução do solo
É um processo complexo que começa com a pedogênese inicial em que ocorre a
erosão. O solo começa a formar-se quando a matéria orgânica incorpora matérias
inorgânicas de fragmentos da rocha-mãe, os materiais de degradação física, química e
biológica, os movimentos migratórios ascendentes e descendentes e começam a
desenhar os extractos sobrepostos; são os horizontes e tanto mais diferenciados
quanto mais o solo é evoluído.
Quando um solo atinge o seu equilíbrio, isto é, quando a sua evolução atinge o auge
no respectivo clima, diz-se que o solo atingiu o pedoclímax climático.
Além do tamanho das partículas que constituem o solo, este também pode ser
avaliado pela forma como os seus constituintes se encontram aglutinados, ou seja,
pela sua estrutura. Alguns solos têm os seus constituintes bastantes juntos, formando
uma camada pouco permeável à água, enquanto outros têm os seus componentes
dispersos e são mais permeáveis.
Pela importância dos solos na economia dos estados, vários cientistas dedicaram-se
ao estudo deste importante recurso. Dokuchaiev e Glinka, (russos), Buchafour
(francês) e Marbut e Kellog, da escola americanas foram alguns estudiosos que se
debruçaram sobre os solos e que apresentaram propostas de classificação.
De um modo geral, todos os trabalhos têm como factor mais importante na
classificação dos solos, o clima e seus elementos.
O pedólogo Dokuchaev distingue três (3) tipos de solos: zonais, azonais e intrazonais.
Rocha-mãe
Topografia do terreno
Clima do lugar
Organismos vivos
Idade ou tempo do lugar.
Rocha-mãe
Clima
A maioria dos pedólogos com estudos relevantes sobre os solos destacam o papel do
clima na formação do solo. O clima actua desde a gênese até à fase da maturidade do
solo através da temperatura, humidade, precipitação, vento, etc.
A temperatura é responsável pela degradação física das rochas e a água participa na
dissolução, hidrólise e processos migratórios das matérias orgânicas e inorgânicas
contribuindo desta forma para a formação do perfil do solo.
Abertura vegetal
Tempo do lugar
A duração da formação do solo pode ser longa ou curta, geralmente, os solos maduros
formam-se em condições duráveis de acção prolongada de clima e drenagem,
enquanto os solos imaturos formam-se em tempo curto, o que não permite o
desenvolvimento do solo e a diferenciação dos seus perfis.
Solos ferralíticos
É o tipo de solo zonal mais comum na zona intertropical. Caracteriza-se por uma
alteração profunda da rocha-mãe acompanhada de libertação de óxidos de ferro, de
alumínio e sílica, a que se segue uma intensa lixiviação. A sílica libertada limita a
formação de argila por recombinação com alumínio.
Devido presença de óxidos de ferro, os solos ferralíticos apresentam coloração
avermelhada, são solos profundos, lixiviados e pobres nas zonas tropicais. O calor e a
evaporação provocam a subida de óxidos que formam couraças lateriticas.
Terras vermelhas tropicais
Estes solos desenvolvem-se nas regiões tropicais, nos planaltos do Brasil, nas
savanas da África Oriental, no Decão, no Ceilão e na Asia das monções asiáticas, com
uma estação seca bem marcada e temperatura elevada durante todo o ano. As chuvas
da estação húmida causam a lixiviação, mas o solo é rico em húmus e minerais. São
solos férteis, mas a desfloração e a exposição excessiva ao sol e ao vento esgotam o
solo muito rapidamente.
Solos desérticos
Solos arenosos vermelhos e pobres em húmus, ocorrem nos desertos quentes com fraca
precipitação e vegetação praticamente nula. Este tipo de solo é muito pobre. Só existem
em terras férteis nos oásis.
Terras cinzentas
Estes solos formam-se nos desertos continentais das regiões temperadas, onde
embora tenham fraco teor em húmus, acumulam produtos minerais que são trazidos
superfície por acção da capilaridade. Têm uma cor cinzenta Clara e são muito férteis
quando irrigados.
Solos castanhos
Estes solos desenvolvem-se nas regiões secas de ervas curtas. Formam-se onde a
precipitação anual é bastante fraca e, como tal, não são solos lavados. O horizonte A é
um horizonte acastanhado enriquecido em húmus, proveniente das ervas da cobertura
que ocorrem numa faixa estreita a Sul da estepe russa e nas áreas mais secas dos
EUA, nas pampas da Argentina e no vale da África do Sul.
Tchernozion
São os solos negros da estepe russa, das pradarias dos EUA e do Canadá e das
pampas da Argentina. Não são solos lavados, porque a precipitação é baixa e a
acumulação de ervas e gramíneas no horizonte A por vezes tem mais de 50 cm de
espessura. Devido à natureza aberta da vegetação e ao clima semidesértico,
particularmente na Rússia e nos EUA, têm sofrido muita erosão eólica quando a
lavoura destrói a cobertura vegetal. São muito férteis e correspondem às grandes áreas
de cultura do trigo no mundo.
Solos mais ricos em húmus e menos ácidos, do tipo roga com destruição da vegetação
natural provoca mineralização e lixiviação e exposta a processos de erosão, que vertentes
das montanhas é particularmente grave. Este tipo de solo desenvolve-se por baixo da
floresta das regiões de clima temperado oceânico, como Inglaterra, França, Costa Sul da
Austrália e Norte da Nova Zelândia. São solos muito bons para a agricultura.
Solos podzólicos
Solos de tundra
Nos climas quentes ou noutras áreas onde o sal se acumula, quer por evaporação
das águas das superfícies líquidas, ou pela chegada à superfície de soluções por
capilaridade, pode formar-se uma crosta acinzentada salgada. Os solos salgados mais
comuns são os solonchak.
Solos de hidromórfico
Solos calcários
Solos azonais
Vianello, G., Bentivogli, D., & Boschi, M. P. (2008). Radici della terra-Ecologia e
Geopedologia. Cappelli Editore.