Cuidados Paliativos

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TÓPICOS
1. História e como está no mundo e no Brasil;
2. Definições: DAVs, testamento vital (TV), mandato duradouro (MD);
3. TV: Definição, objetivos, quem faz, quando fazer e legalidade;
4. MD: Definição, objetivos, quem faz, quando fazer e legalidade;
5. Critérios para se fazer uma DAV;
6. DAV é o conselho da medicina;
7. DAVs e a enfermagem;
8. DAVs e a autonomia dos pacientes;
9. Direito a qualidade de vida;

RESPOSTAS

1: As diretivas antecipadas de vontade, tiveram origem no direito estadunidense, país


em que a doutrina se ocupou de tecer conceitos, estabelecer regras, limites e promover a
sua regulamentação. Posteriormente, o instituto ganhou popularidade na Europa, onde
assumiu novas particularidades, incorporando características culturais próprias de cada
Estado. Atualmente, vários países, em diversos continentes, já regulamentaram as
diretivas antecipadas, como Austrália, Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda,
Uruguai e Argentina, entre outros. No Brasil ainda não houve a normatização do
documento, mas o Conselho Federal de Medicina já reconheceu sua importância em
algumas resoluções.

2: DAVs: A Diretiva Antecipada de Vontade diz respeito à manifestação de vontade de


forma antecipada, em relação aos cuidados e tratamentos para momentos em que a
pessoa está incapacitada de se manifestar.

TV: O testamento vital é um documento no qual a pessoa determina quais os


procedimentos médicos aos quais desejaria ou não ser submetida no caso de ser
acometida de doença grave e/ou terminal, numa situação em que esteja incapacitada de
tomar suas próprias decisões

MD: O Mandato duradouro é uma diretriz antecipada de vontade, elaborada através de


um documento, onde o indivíduo pode nomear uma pessoa (terceiro) de confiança que
irá decidir os cuidados, procedimentos médicos, tratamentos e tudo que envolve a
pessoa do paciente.
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3: O testamento vital, também chamado de Diretivas Antecipadas de Vontade, é um


documento no qual a pessoa determina quais os procedimentos médicos aos quais
desejaria ou não ser submetida no caso de ser acometida de doença grave e/ou terminal,
numa situação em que esteja incapacitada de tomar suas próprias decisões, pode garantir
que as equipes médicas não realizem procedimentos que a pessoa considere intoleráveis
ou humilhantes em sua fase final da vida, permitindo que ela possa terminar seus dias de
forma digna e compatível com suas crenças.

Objetivos: O testamento vital prestigia a autonomia do paciente, garantindo-lhe o direito


de escolher sobre como deseja ser tratado no limite da morte, de modo a evitar que seja
submetido a procedimentos médicos desproporcionais que prolongam o seu sofrimento
em estado terminal, sem trazer benefícios. Pode ser feita por qualquer pessoa, a
qualquer tempo, desde que a mesma seja maior de idade e esteja lúcida.

Legalidade: Segundo a Resolução 1.995/2012 do CFM, o cumprimento do testamento


vital é obrigatório, porém, nada impede que a equipe médica recuse-se a cumpri-lo, se
entender que ele vai de encontro a suas crenças, a sua consciência ou ao modo como
interpreta o exercício da Medicina, nos termos do Código de Ética Médica e, ainda, da
própria Resolução 1.995. Quanto à recusa da aplicação do testamento vital pela família
do testador, o art. 2º, § 3º, da Resolução 1.995/2012, dispõe que:“As diretivas
antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico,
inclusive sobre os desejos dos familiares.”

4: O mandato duradouro é uma procuração em que uma pessoa designa outra para agir
em seu nome e tomar decisões em seu nome caso ela se torne incapaz de fazê-lo no
futuro. Geralmente, é usado para questões relacionadas à saúde e finanças.

A legalidade do mandato duradouro pode variar de acordo com a legislação de cada país
ou jurisdição. Em muitos países, existem leis específicas que regem os mandatos
duradouros, estabelecendo requisitos e procedimentos para sua criação e validade. Por
exemplo, nos Estados Unidos, a maioria dos estados tem leis que permitem a criação de
um mandato duradouro de cuidados de saúde (healthcare power of attorney) e um
mandato duradouro financeiro (financial power of attorney). Essas leis geralmente
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exigem que o documento seja assinado e testemunhado por pessoas qualificadas, e


podem exigir que seja registrado em algum órgão competente.

No Brasil, o mandato duradouro é conhecido como mandato "ad negotia" ou


"procuração ad judicia et extra". Ele pode ser concedido mediante escritura pública ou
instrumento particular com firma reconhecida. A legislação brasileira também
estabelece que o mandato duradouro pode ser revogado a qualquer momento pelo
outorgante, desde que esteja em pleno gozo de suas faculdades mentais.

5:
 Qualquer pessoa que tenha igual ou maior de 18 anos ou que esteja emancipada
judicialmente;
 Estar lúcido e responsável pelos seus atos perante a justiça;
 Crianças e adolescentes, não estão autorizados e nem seus pais podem fazer em
nome de seus filhos;
 Menores de idade casados civilmente;
6: A Diretiva Antecipada de Vontade (DAV), muito conhecida também por testamento
vital, é um documento público que manifesta a vontade de uma pessoa com intenção de
regularizar acerca dos cuidados, ou seja, tratamentos e procedimentos médicos e
terapêuticos que deseja, ou não, ser submetida, caso esteja inconsciente por uma doença.
Atualmente, segundo resolução do CRM , o médico só pode praticar a ortotanásia
(prolongamento da vida mediante aplicação de cuidados paliativos para reduzir o
sofrimento e as dores das pessoas com quadro irreversível de saúde) mediante
autorização do paciente ou de seu representante legal.
Por isso que a DAV é de fundamental importância, pois, nesses casos, o médico levará
em consideração suas diretivas antecipadas de vontade, caso elas existam.
No Tabelionato de Notas, você faz a sua DAV e é possível determinar que a pessoa não
aceita submeter-se ao tratamento para prolongar sua vida de forma artificial. Também é
possível delegar um ou mais representantes, que tomem as decisões sobre os
tratamentos oferecidos.

7: O Brasil não possui regulamentação para essa decisão expressa em documento. Até o
presente momento, o Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução Nº 1.995,
de 09 agosto de 2012, foi o único a se manifestar a respeito da utilização das DAV
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como documento jurídico nos cartórios em todo território nacional, não havendo ainda
uma lei que regulamente sua utilização. Tendo em vista esse cenário e suas fragilidades
questionou-se: Como os profissionais enfermeiros percebem a utilização das DAV no
contexto atual brasileiro?

Atuar com as pessoas envolvidas no processo de terminalidade e também com suas


próprias emoções envolve questões difíceis, que extrapolam o saber técnico e remetem
diretamente ao comportamento e valores humanos. Nessa perspectiva, observou-se que
possíveis desgastes gerados no enfrentamento dessas situações podem ser amenizados
mediante a utilização das DAV, uma vez que se trata da expressão dos desejos do
paciente e como tais devem ser consideradas como um benefício no processo de
prestação de assistência à saúde.

Esse tipo de benefício foi evidenciado, tanto para os profissionais como para pacientes
e seus familiares. Entretanto, a situação, não é simples de ser enfrentada. Com o
propósito das DAV, surgem novas demandas. Sob esse aspecto, destacou-se o temor
legal, que suscita medo e incertezas, o que pode impedir o uso do instrumento, uma vez
que as DAV não estão juridicamente amparadas no Brasil, embora estejam
regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2012.

Além disso, percebeu-se nessa pesquisa que a ausência de um posicionamento claro


quanto ao uso do instrumento e/ou uma orientação do Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN) quanto às DAV faz com que os enfermeiros reflitam sobre o fato de não
estarem "assistidos" em situações específicas como esta. Mesmo quando informados
acerca da Resolução emitida pelo CFM, os enfermeiros as tomam como um possível
amparo apenas aos profissionais médicos. Para a enfermagem se sentir verdadeiramente
respaldada, carece a manifestação do COFEN mediante a emissão de Resolução própria,
voltada para os profissionais que exercem a enfermagem.

8: As Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV) dão ao paciente a oportunidade de ter


autonomia sobre o seu tratamento caso a sua doença o deixe inconsciente, evitando que
os profissionais da saúde realizem a distanásia (prolongamento do processo de morte,
ou uso de tratamentos que são inúteis diante do quadro clínico do paciente) contra a sua
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vontade, desta forma o paciente deixa claro quais tratamentos quer receber ou não no
final de vida, podendo assim escolher como quer partir.

9: O direito à qualidade de vida é um conceito que envolve garantir condições


adequadas e satisfatórias para que as pessoas possam viver de forma digna e plena. Ele
se baseia na ideia de que todos têm o direito de desfrutar de uma vida saudável, segura e
com bem-estar. A qualidade de vida abrange diversos aspectos, como saúde, educação,
moradia, alimentação, trabalho, meio ambiente, cultura e lazer. Isso significa que as
políticas públicas e os sistemas jurídicos devem se preocupar em proteger e promover
esses direitos, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O direito à qualidade de vida também inclui a promoção da igualdade e da não


discriminação, garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso a
recursos e benefícios sociais. Isso envolve a proteção dos direitos humanos e a
eliminação de desigualdades sociais, econômicas e de gênero.

Em resumo, o direito à qualidade de vida busca assegurar que todas as pessoas tenham
condições adequadas para desfrutar de uma vida digna e satisfatória, com acesso a
serviços essenciais, bem-estar físico e emocional, além de oportunidades de
desenvolvimento pessoal e social.
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BIBLIOGRAFIA

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/autocuratela-e-mandato-duradouro/533185136/
amp

https://centrodeoncologia.org.br/sua-saude/o-testamento-vital/#:~:text=O%20testamento
%20vital%2C%20tamb%C3%A9m%20chamado,tomar%20suas%20pr%C3%B3prias
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https://books.scielo.org/id/qdy26/pdf/mabtum-9788579836602-05.pdf

https://www.scielo.br/j/ean/a/c4t4GsLg38y59mdvcRrLYDs/?format=pdf&lang=pt

https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigo/60200/diretivas-antecipadas-de-vontade-
limites-e-aplicabilidade

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