Grandes Navegações
Grandes Navegações
Grandes Navegações
Objetivos
- Observar as marcas sociais e culturais da colonizao portuguesa
no Brasil e em Angola.
- Reconhecer a existncia de trocas entre os dois pases
independentes da mediao de Portugal.
- Desenvolver noes de temporalidade ao analisar textos e
documentos
variados.
Contedos
- O tringulo Portugal, Brasil (colnia) e frica.
- As diferenas dos processos histricos simultneos na frica e no
Brasil, mediados pelos interesses portugueses.
- As trocas comerciais atuais entre Angola e Brasil e as marcas sociais
e culturais dos processos da colonizao no Brasil e em Angola.
Anos
7 e 8.
Tempo estimado
Quatro aulas.
Material necessrio
Mapa
Rotas pelas quais os escravos eram trazidos da frica para o Brasil
Reproduo
Documento histrico nmero 9 do livro O Trato dos Viventes Formao do Brasil no Atlntico Sul, de Luiz Felipe de Alencastro (544 pgs.,
Companhia das Letras, tel. 11-3707-3500, 65,50 reais), que retrata Jinga, uma
guerreira angolana inimiga dos portugueses e seus seguidores. Reproduo
Desenvolvimento
Preparao
importante explicar aos alunos que, quando o Brasil comeou a ser colonizado
por Portugal, Angola no passava pelo mesmo processo. Eles devem saber ainda
que Portugal mantinha relaes comerciais para obter escravos na regio e
tambm que a colonizao efetiva se deu naquele pas no sculo 19.
1 etapa
Divida a classe em quatro grupos e distribua para cada um deles um
dos materiais. Todos devem fazer uma anlise sobre as relaes reveladas entre
Angola e Brasil e socializar as concluses com apresentaes para toda a turma.
Nesse momento, devem mencionar a poca a que se refere cada documento e
decidir
coletivamente
se,
na
data,
ambos
eram
colnias.
2 etapa
Proponha que a turma elabore, coletivamente, uma classificao para
o tipo de relao mantido entre as duas naes nos perodos retratados pelos
materiais. Medeie uma discusso para ajudar os alunos a relacionar os perodos
aos tipos de relaes comerciais.
3 etapa
Proponha a elaborao de um texto individual em torno das questes:
refletindo sobre as relaes entre Brasil e Angola e do papel de Portugal, como
explicar o que une esses pases? E o que Portugal teve a ver com isso?
Avaliao
Verifique se a turma consegue expressar em textos diferentes
temporalidades. Todos precisam deixar clara a compreenso de que houve um
perodo em que Brasil era colnia de Portugal, mas Angola no e que, em outra
poca, Angola foi colnia de Portugal, quando o Brasil j era independente.
Devem ter entendido tambm as relaes comerciais que surgem quando
nenhuma dessas naes colnia portuguesa. Pea uma primeira verso do
texto, apresente esses pontos, devolva a produo e oriente a reescrita.
Uma viagem no tempo e no espao
Investigao sobre a vida de marinheiros nas caravelas faz com que
alunos de 4 ano aprendam sobre a transformao social e tecnolgica
na Grande So Paulo. ali que ela relaxa, curte a casa e cuida dos quatro
cachorros, trs gatos e dos muitos ps de frutas que cultiva no quintal.
O que levar?
MATERIAL NECESSRIO
Relatos de viagens da poca ("O dia-a-dia nas caravelas de
Colombo", do livro Histria, Tantas Histrias, e outros presentes em Viagem
Terra do Brasil), textos informativos sobre as navegaes do sculo 16 ("A aposta
contra a morte", Superinteressante, abril de 1999, "Navegando rumo ao Oriente",
Folha de S. Paulo, de 27 de maro de 1999) e sobre viajantes contemporneos
("Na companhia de aventureiros", NOVA ESCOLA, dezembro de 1998),
retroprojetor, imagens de caravelas, papel pardo, canetas hidrocor, lpis de cor,
pincis e mapa-mndi.
DESENVOLVIMENTO
1 ETAPA
Pergunte o que motivou os antigos navegadores a atravessar
oceanos e a arriscar a vida ao passar meses e s vezes anos longe de casa? O
que eles precisavam para passar tanto tempo fora e para chegar ao destino? A
turma embarcaria nessa aventura? Forme grupos de quatro alunos, distribua o
material de desenho e pea que todos imaginem como eram as caravelas,
colocando inclusive o que havia dentro delas e explicando o porqu de cada item.
Faa uma lista dos objetos citados e prenda-a no quadro. Esse registro ser til
para saber o que eles conhecem sobre o tema e para a avaliao final. Ao surgir
dvidas sobre a existncia de determinados itens, leia em voz alta textos que
tenham as informaes procuradas. Pea que, em casa, todos pesquisem junto
com os pais - em jornais, livros, revistas e internet - como era a vida no sculo 16.
2 ETAPA
Na aula seguinte, mantenha as equipes para ler e selecionar o
material pesquisado. Oriente a montagem de cartazes que tenham no somente
ilustraes, mas tambm textos informativos. Pendure-os na classe, pois eles
serviro de material de consulta para as atividades seguintes. Mostre imagens de
caravelas no retroprojetor e analise com os alunos como eram as embarcaes.
3 ETAPA
Entregue o material de arte para que os grupos desenhem novamente
uma embarcao antiga. Dessa vez, eles devem usar as informaes que foram
descobertas nas pesquisas. Solicite uma nova apresentao dos resultados para
que todos justifiquem as mudanas em relao primeira representao. Elabore
uma segunda lista dos objetos includos na nau, fixe-a ao lado da primeira e
discuta as diferenas. Fornea um texto sobre navegaes dos tempos atuais,
como as dos viajantes Amyr Klink e a famlia Schrmann, que aborde a tecnologia
dos barcos e o estilo de vida de quem hoje se aventura no mar. O que mudou
nesses sculos?
4 ETAPA
Em duplas, os estudantes devem elaborar um texto informativo sobre
as condies das viagens do sculo 16. O objetivo montar um livro com eles.
Organize os alunos de modo que um narre e outro escreva. Recolha as
produes e observe se h a redundncia de informaes, palavras repetidas e
erros ortogrficos. Coloque um por um no retroprojetor para fazer a reviso
AVALIAO
Compare os dois desenhos produzidos pelos grupos e os textos, observando se
as informaes ali representadas foram as colhidas durante a pesquisa.
CONSULTORIA
Flvia Aidar, selecionadora do Prmio Victor Civita Educador Nota 10.
Sade frgil
Mudanas tambm so perceptveis nas condies de sade e
higiene. H 500 anos, era comum, os marinheiros perderem os dentes vtimas do
escorburto, doena causada pela falta de vitamina C, presente em frutas e
verduras frescas, que raramente eram levadas nas viagens. As especiarias,
temperos originrios do Oriente, eram cobiadas na Europa por disfarar o gosto
da carne em putrefao. Nas caravelas, baldes e penicos serviam como vaso
sanitrio e os dejetos eram jogados ao mar. O banho, alis, no era hbito, pois
os europeus acreditavam que a pele suja protegia contra doenas.
Ao preparar uma boa seqncia de aulas, em que as atividades
favoreceram o envolvimento dos alunos, Iara instigou as crianas a investigar, a
ler e escrever, a discutir e a dividir o conhecimento com a escola, que teve acesso
produo final da turma. Assim, capitaneou a turma numa viagem no tempo e
no espao.
Palavra da especialista
Flvia Aidar, selecionadora do Prmio Victor Civita Educador Nota 10,
afirma que Iara Lopes soube dar o embasamento histrico necessrio para os
alunos compreenderem as noes fundamentais de tempo e espao. "Ao analisar
aspectos das antigas e das atuais navegaes, ela despertou o interesse pela
investigao sobre as mudanas que ocorrem na sociedade. E isso
importantssimo para o estudo da disciplina", analisa. Iara trabalhou com textos
atraentes para a faixa etria da turma. Ela destaca ainda a avaliao inicial, com o
uso de escritos sobre o mercador Marco Polo para despertar a curiosidade e com
a produo de desenhos como forma de expresso. Com as perguntas
elaboradas pela professora, os estudantes se transportaram para outra poca e
imaginaram a vida no passado. "As leituras revelaram costumes e modos de
pensar do perodo estudado e o contexto poltico, social e cultural, alm de
mostrar que os sujeitos so autores da histria", conclui Flvia.