SociolIA GENERÊ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

SERVIÇO SOCIAL

ANNE KAROLINE COUTO SANTOS

ELISA MARY MATOS LEITE

EMILLY PEREIRA SANTOS

LARYSSA SOARES DE JESUS

LAYSLA STEPHANE DE JESUS SANTOS

MARIA CLARA ARIMATEA BISPO

STEPHANY CATHARINA NUNES DOS SANTOS

SÃO CRISTÓVÃO
2024
ANNE KAROLINE COUTO SANTOS

ELISA MARY MATOS LEITE

EMILLY PEREIRA SANTOS

LARYSSA SOARES DE JESUS

LAYSLA STEPHANE DE JESUS SANTOS

MARIA CLARA ARIMATEA BISPO

STEPHANY CATHARINA NUNES DOS SANTOS

Trabalho apresentado à disciplina se Sociologia da Universidade federal de


Sergipe, como parte dos requisitos para obtenção de nota parcial/final na
disciplina.
Orientador: Eder Claúdio malta souza

SÃO CRISTÓVÃO
2024
1. Introdução
O conceito de gênero é construído socialmente e refere-se a
comportamentos, ações e pensamentos associados ao sexo biológico. A
sociedade frequentemente associa o gênero ao sexo biológico, embora nem
sempre uma pessoa se identifique com seu sexo biológico. Uma pessoa que
se identifica com o sexo atribuído ao nascimento é denominada cisgênero,
enquanto uma pessoa que não se identifica é chamada de transgênero ou
não binária.

2. Gênero e sua Dimensão Social e


Política
Compreender o gênero em sua dimensão social e política é fundamental,
pois ele se entrelaça com questões como raça, classe social e outras
categorias. Entender essas relações é crucial para abordar desigualdades de
gênero e a discriminação LGBTQIA+. A sociedade organiza as pessoas em
categorias como gênero, raça, etnia, classe social e orientação sexual,
influenciando quem tem mais poder e acesso a recursos e direitos. Essas
classificações sociais, criadas pela cultura, muitas vezes reforçam
desigualdades de poder e privilégio.

3. Gênero: Questão Cultural e não


Biológica
O gênero é mais uma construção cultural do que biológica. Os
comportamentos associados a homens e mulheres são aprendidos, não
inatos. Por exemplo, a agressividade é frequentemente vista como uma
característica masculina, enquanto a fragilidade é associada ao feminino.
Essas expectativas refletem normas culturais e não diferenças biológicas. A
construção social do gênero afeta a maneira como homens e mulheres são
tratados na sociedade, influenciando a forma como são vistos e valorizados.

4. Estudos Antropológicos sobre Gênero


Margaret Mead, uma renomada antropóloga, demonstrou em suas pesquisas
que os papéis de gênero podem variar significativamente entre diferentes
culturas. Em sociedades da Nova Guiné, como Arapesh, Mundugomor e
Tchambuli, os papéis de gênero eram diferentes das normas ocidentais,
provando que não há um padrão biológico fixo para o que significa ser
homem ou mulher.
5. Contribuições de John Money e o
Conceito de Gênero
O termo 'gênero' foi introduzido pelo psicólogo John Money na década de
1950, enquanto estudava bebês intersexuais. Ele procurava adaptar os
corpos às expectativas sociais, associando o gênero ao sexo biológico. Essa
perspectiva mostrou como as expectativas sociais influenciam a identidade
de gênero.

6. Interseccionalidade e Opressões
Múltiplas
O conceito de interseccionalidade, introduzido por Kimberlé Crenshaw em
1989, destaca como as experiências de mulheres negras são moldadas pela
intersecção de raça e gênero, entre outros fatores. Essa teoria enfatiza que
as opressões, como racismo e desigualdade de gênero, são institucionais e
sistemáticas, e não limitadas a ações individuais. A interseccionalidade
permite uma compreensão mais profunda das desigualdades, mostrando
que diferentes formas de opressão se acumulam e intensificam em
contextos específicos, como no caso de uma mulher negra de baixa renda.

7. Matriz Essencialista e Construtivista do


Gênero
A evolução teórica do conceito de gênero transita entre duas principais
abordagens: a essencialista e a construtivista. A matriz essencialista
defende que as identidades de gênero são determinadas biologicamente e
baseadas nas características físicas. Por outro lado, a matriz construtivista
sugere que a identidade de gênero é uma construção social, moldada por
normas e expectativas culturais. Essa perspectiva questiona quem define
essas normas e quais interesses políticos sustentam a superioridade do
masculino sobre o feminino.

8. O Papel do Serviço Social nas Questões


de Gênero
O Serviço Social desempenha um papel crucial na promoção da justiça
social e na defesa dos direitos humanos, especialmente nas questões de
gênero. Assistentes sociais trabalham na desconstrução de estereótipos, no
apoio a grupos vulneráveis como mulheres e pessoas LGBTQIA+, e na
formulação de políticas públicas que visam combater as desigualdades de
gênero. A interseccionalidade é uma abordagem central no trabalho do
Serviço Social, pois reconhece que as opressões de gênero se cruzam com
outras desigualdades, como raça e classe.
9. Mudanças Culturais e Inclusão
As mudanças culturais influenciam diretamente como os direitos das
minorias de gênero e sexuais são discutidos e protegidos. Uma sociedade
mais inclusiva e aberta torna visível a luta dessas minorias. Exemplo disso é
a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil em
2013, além de iniciativas educacionais que promovem a conscientização
sobre gênero e sexualidade.

10. Heterossexualidade Compulsória


O conceito de heterossexualidade compulsória foi popularizado pela filósofa
feminista Adrienne Rich, que o descreveu como uma expectativa social,
cultural e institucional de que todos os indivíduos são ou deveriam ser
heterossexuais. Essa imposição invisível marginaliza outras orientações
sexuais e força pessoas LGBTQIA+ a se adequarem às normas
heteronormativas, invisibilizando suas identidades e experiências. A
heterossexualidade compulsória atua como um mecanismo de controle
social, promovendo a ideia de que a relação entre homens e mulheres é a
única aceitável e natural. Para o Serviço Social, abordar a
heterossexualidade compulsória significa reconhecer as pressões sociais
que limitam a expressão das identidades sexuais e lutar contra as
desigualdades de gênero e sexualidade. Isso envolve apoiar políticas
inclusivas que promovam o respeito e o reconhecimento da diversidade
sexual, ao mesmo tempo que combatem a discriminação e a homofobia.

11. Considerações Finais


A compreensão do gênero, em suas diversas dimensões, é fundamental
para promover uma sociedade mais justa e equitativa. A crítica às
concepções tradicionais de gênero e a promoção de políticas inclusivas são
essenciais para garantir o respeito à diversidade e aos direitos das minorias
de gênero e sexuais. O Serviço Social desempenha um papel fundamental
na luta pela equidade, promovendo a desconstrução de estereótipos e o
empoderamento de grupos vulneráveis.

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