IEC e Regulamento de Reembolso Do IVA

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Quinta - feira, 11 de Novembro de 2021 Número 87

I SÉRIE

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO
O PRESIDENTE

Decreto Presidencial n.º 07/2021

GOVERNO

Decreto Lei n.º 27/ 2021


Código do Imposto Especial sobre Consu-
mo- IEC.

Decreto n. º 14/ 2021


Regulamento de Reembolso do Imposto
Sobre Valor Acrescentado-IVA.
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O PRESIDENTE A adopção de um Código de Imposto Especial Sobre


o Consumo (CIEC), a par da aprovação do Código do
Decreto Presidencial n.º 07/2021 Imposto Sobre o Valor Acrescentado (CIVA) no orde-
namento jurídico são-tomense, aportará maior sistema-
Considerando a necessidade de proceder-se à nome- tização e uniformização ao sistema fiscal em sede da
ação do Assessor para Assuntos Diplomáticos e Rela- tributação do consumo, actualmente objecto de varia-
ções Externas do Presidente da República, cargo criado dos regimes dispersos por legislação extravagante.
ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 01/2021;
A consagração de um imposto especial sobre o con-
No uso da competência prevista no artigo 84.º da Lei sumo encontra a sua justificação última não tanto na
n.º 1/2003, Constituição da República, de 29 de Janei- necessidade de potenciar receitas para o financiamento
ro, conjugado com o artigo 83.º da Lei 05/97, Estatuto das despesas públicas, mas sobretudo na necessidade
da Função Pública, alterada pela Lei n.º 2/2018, de 05 de tributar de forma agravada o consumo de bens e
Março de 2018; produtos considerados nocivos ou não tão necessários à
sociedade.
Nestes termos,
Nestes termos, o Governo, no âmbito da autorização
O Presidente da Republica decreta: legislativa concedida pela Assembleia Nacional, atra-
vés da Lei n.º 17-2021, nos termos do número 1 do
Artigo 1.º artigo 100.º e no uso das faculdades conferidas pela
Da Nomeação alínea d) do artigo 111.º, ambos da Constituição da
República, decreta o seguinte:
É nomeado para exercer as funções de Assessor para
Assuntos Diplomáticos e Relações Externas do Presi- Artigo 1.º
dente da Republica, o Senhor Luís Guilherme d'Olivei- Aprovação
ra Viegas.
É aprovado o Código do Imposto Especial sobre
Artigo 2.º Consumo - IEC, que se publica em anexo o presente
Entrada em Vigor Decreto lei e que dele faz parte integrante.

O presente Presidencial entra imediatamente em vi- Artigo 2.º


gor. Entrada em Vigor

São Tomé, aos 10 de Novembro de 2021. O presente Decreto-Lei entra em vigor após a sua
publicação.
O Presidente da República, Carlos Manuel Vila No-
va Visto em conselho de Ministros em São Tomé, aos
27 de Outubro de 2021.- Primeiro-Ministro e Chefe do
Governo, Jorge Lopes Bom Jesus; Ministro das Infra-
GOVERNO estruturas e Recursos Naturais, Osvaldo António Cra-
vid Viegas D`Abreu; Ministro do Planeameneto Finan-
Decreto Lei n.º 27/ 2021 ças, e Economia Azul, Engrácio do Sacramento Soares
da Graça; Ministra dos Negócios Estrangeiros, Coope-
Código do Imposto Especial sobre Consumo- IEC ração e Comunidades, Edite dos Ramos da Costa Ten
Jua; Ministro da Presidência do Conselho de Ministros,
Preâmbulo C.S e Novas Tecnologias, Wuando Borges Castro de
Andrade; Ministra da Justiça Administração Pública e
No quadro da reforma da tributação indirecta em Direitos Humanos, Ivete da Graça dos Santos Lima
curso no país e na sequência da aprovação do Código Correia; Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvol-
do IVA (Imposto Sobre o Valor Acrescentado), torna- vimento Rural, Francisco Martins dos Ramos; Ministra
se necessário proceder a aprovação do Código do Im- da Educação e do Ensino Superior, Julieta Izidro Ro-
posto Especial sobre o Consumo. drigues; Ministro dos Assuntos Parlamentares, Refor-
ma do Estado e Descentralização, Cílcio Pires dos
Santos; Ministro do Turismo e Cultura, Aerton do Ro-
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sário Crisóstomo; Ministro da Saúde, Edgar Manuel i) e os produtos de charcutaria excepto chouriços,
Azevedo Agostinho das Neves; Ministro do Trabalho, salsicha e fiambre.
Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adl-
lander Costa de Matos; Ministro da Juventude, Des- 3- A tabela a que se refere as alíneas do número an-
porto e Empreendedorismo, Vinício Teles Xavier de terior faz parte integrante do presente Código.
Pina.
Artigo 2. °
Promulgado em 09 de Novembro de 2021. Incidência objectiva

O Presidente da República, Carlos Manuel Vila No- O Imposto Especial sobre o Consumo incide sobre
va. os bens referidos no artigo anterior, produzidos no
território nacional, importados e introduzidos no con-
sumo, ainda que provenientes de actividades ilícitas.
CÓDIGO DO IMPOSTO ESPECIAL SOBRE
CONSUMO Artigo 3. °
Incidência subjectiva
CAPÍTULO I
Disposições Gerais 1- São sujeitos passivos do Imposto Especial sobre o
Consumo as pessoas singulares ou colectivas e outras
Artigo 1. ° entidades que:
Âmbito e objecto
a) Pratiquem operações de produção, quaisquer
1- O imposto especial sobre consumo é um imposto que sejam os processos ou meios utilizados;
de natureza indirecta, incidente numa única fase, sobre
determinados bens produzidos, importados ou introdu- b) Procedam a importação de bens;
zidos no território nacional, de acordo com as normas
constantes deste código. c) Procedam a arrematação ou venda de bens em
hasta pública.
2 - O presente Código estabelece o Regime do Im-
posto Especial Sobre o Consumo (IEC), o qual abran- 2- Consideram-se, igualmente, sujeitos passivos de
ge: Imposto Especial Sobre o Consumo:

a) As bebidas alcoólicas; a) As pessoas singulares ou colectivas que, em si-


tuação regular ou irregular, introduzam no con-
b) Os refrigerantes as bebidas adicionadas de açú- sumo produtos sujeitos a Imposto Especial so-
car ou outros edulcorantes, nos termos da bre o Consumo;
tabela do Anexo I;
b) As pessoas ou entidades que se encontrem na
c) O tabaco e seus derivados, nos termos da tabela posse de bens sujeitos a Imposto Especial so-
do Anexo I; bre o Consumo detidos para fins comerciais,
que não tenham sido objecto de tributação.
d) O fogo-de-artifício, nos termos da tabela do
Anexo I; 3- Para efeitos da alínea b) do número 2, conside-
ram-se detidos para fins comerciais os bens re-
e) Os artefactos de joalharia e de ourivesaria, nos lativamente aos quais a Direcção dos Impostos
termos da tabela do Anexo I; e a Direcção das Alfândegas tenham motivos
suficientes para presumir essa qualidade face a
f) As aeronaves, as embarcações de recreio e as qualquer dos seguintes critérios, quando devi-
motorizadas, nos termos da tabela do Anexo I; damente fundamentados:

g) As armas de fogo, nos termos da tabela do a) Os motivos da detenção;


Anexo I;
b) O estatuto comercial do detentor;
h) Os caldos de galinha, de vaca e outros tipos;
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c) O local onde se encontram os produtos; tetadas pelos Serviços de Fiscalização e cons-


tem de mapa de arrolamento junto em alto de
d) A forma e os meios utilizados para o seu trans- notícia legalmente elaborado.
porte;
CAPÍTULO II
e) Qualquer documento relativo aos produtos em Isenções e Suspensão do Imposto Especial Sobre
detenção; o Consumo

f) A natureza dos produtos; Artigo 5.º


Isenções
g) A quantidade e apresentação comercial dos
produtos; Estão isentos do Imposto Especial Sobre o Consu-
mo:
h) A inexistência de selos, marcas ou outros sinais
aduaneiros, quando legalmente exigidos. a) Os bens exportados, quando a exportação seja
feita pelo próprio produtor ou entidade vocaci-
4- O imposto constitui encargo dos adquirentes dos onada para o efeito reconhecida nos termos da
bens sujeitos a Imposto Especial Sobre o Consumo. lei;

Artigo 4.º b) Os bens importados pelas representações di-


Facto gerador de imposto plomáticas e consulares, quando haja recipro-
cidade de tratamento e, bem assim, os bens im-
1- Constituem factos geradores do Imposto Especial portados pelas Organizações Internacionais;
Sobre o Consumo:
c) As matérias-primas para a indústria nacional e
a) A produção de bens; os bens destinados ao uso em estabelecimentos
de saúde, desde que devidamente certificados
b) A importação de mercadorias, seja qual for a pelo ministério que superintende a actividade e
sua origem; pela declaração de exclusividade;

c) A arrematação ou venda em hasta pública rea- d) Os bens destinados a fins laboratoriais e de in-
lizadas pelas estâncias aduaneiras ou quaisquer vestigação científica;
outros serviços públicos.
e) Os bens de uso pessoal, tal como definido na
2- Para efeitos de Imposto Especial Sobre o Consu- legislação aduaneira;
mo, consideram-se bens produzidos no país os produ-
tos aí produzidos ou manufacturados, bem como aque- f) Os bens destinados ao consumo como provi-
les cujo processo de produção teve o seu termo em sões de bordo em aeronaves e embarcações de
território nacional. tráfego internacional;

3. Constituem, igualmente, factos geradores do Im- g) Os produtos vendidos a bordo de embarcações


posto especial sobre o consumo: ou aeronaves de tráfego internacional;

a) A cessação ou violação dos pressupostos das h) Os produtos que beneficiem da aplicação de


isenções previstas no Código do Imposto Espe- um regime suspensivo de direitos aduaneiros;
cial Sobre o Consumo;
i) Os produtos vendidos em lojas francas.
b) A detenção para fins comerciais em território
nacional nas situações previstas no n.º 2 do ar- Artigo 6. °
tigo 3.º. Suspensão do Imposto Especial Sobre o
Consumo e prestação de garantias
4. É ainda devido o imposto que resulte da constata-
ção de faltas nas existências dos produtores ou 1. A importação de produtos sujeitos a Imposto Es-
importadores dos bens, quando estas sejam de- pecial Sobre o Consumo só pode beneficiar da suspen-
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são do referido imposto quando sujeita ao regime adu- mercialização, segundo a prática usual para este
aneiro suspensivo, com aplicação das obrigações e ou para produtos idênticos;
procedimentos inerentes ao respectivo regime.
b) Se realiza a importação, segundo as normas
2. Para admissão de suspensão do imposto na produ- aduaneiras.
ção, a Direcção dos Impostos deve impor aos benefici-
ários a obrigação de constituir garantias bastantes para 3. Para efeitos do número 1, entende-se ainda que
a salvaguarda dos créditos de imposto e outras presta- constitui introdução no consumo de bens sujeitos ao
ções, nos termos da legislação em vigor. imposto:

CAPÍTULO III a) A saída desses produtos de um regime de sus-


Determinação da Matéria Colectável penção;

Artigo 7.º b) O fabrico desses produtos fora de um regime


Base de cálculo do imposto de suspeição;

1- O valor tributável sujeito a Imposto Especial So- c) A importação desses produtos quando se não
bre o Consumo é: encontrem em regime de suspeição.

a) Para os bens produzidos no país, o preço de 4. O imposto especial sobre o consmo é ainda exigí-
venda à porta da fábrica; vel:

b) Para os bens importados, o valor aduaneiro; a) Na arrematação ou vendas realizadas pelas es-
tâncias aduaneiras ou quaisquer outros serviços
c) Nas arrematações ou vendas realizadas pelas públicos, no momento em que tais actos forem
estâncias aduaneiras ou quaisquer outros servi- praticados;
ços públicos, o valor pelo qual tiverem sido
efectuadas; b) Nos casos previstos no n.º 2 do artigo 3.º, no
momento da constatação do não pagamento do
d) Nos casos previstos no n.º 2 do artigo 3.º, o Imposto Especial Sobre o Consumo sobre os
preço de venda ao público ou, não sendo este bens introduzidos no consumo ou detidos para
conhecido ou determinável, o valor de mercado fins comerciais.
dos bens.
CAPÍTULO IV
2- Quando os valores constantes dos documentos Liquidação
que determinam a sujeição ao Imposto Especial Sobre
o Consumo não sejam expressos em moeda nacional, Artigo 9.º
proceder-se-á a sua conversão nos termos previstos no Competência para liquidação
Código Geral Tributário.
A liquidação do Imposto Especial Sobre o Consumo
Artigo 8.º compete:
Exigibilidade do imposto
a) Aos produtores, nos casos dos bens produzidos
O Imposto Especial Sobre o Consumo é exigível no no país;
momento em que se verifica a introdução dos bens no
consumo ou no da constatação das faltas a que se refere b) Às estâncias aduaneiras, no caso da importação
o número 4 do artigo 4.º deste diploma. de bens;

2. Considera-se que houve introdução no consumo c) Ao serviço que realizar a arrematação ou venda
dos bens sujeitos ao imposto quando: em hasta pública;

a) O produto fabricado, sai da unidade ou cadeia de d) À Direcção dos Impostos, nos restantes casos.
produção e está em consições normais de co-
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Artigo 10.º 3. No momento da submissão da declaração referida


Momento da liquidação no número anterior o sujeito passivo deve fazer prova
da entrega do imposto liquidado nas facturas ou docu-
A liquidação é realizada: mentos equivalentes nos Cofres do Tesouro Público
mediante o preenchimento do campo correspondente
a) Quando competir aos produtores, no acto do ao número da respectiva guia de pagamento.
processamento das facturas ou documentos
equivalentes; Artigo 13.º
Perdas ou faltas admissíveis
b) Quando competir às estâncias aduaneiras, no
acto do desalfandegamento; 1. Consideram-se perdas ou faltas admissíveis:

c) Quando competir aos serviços referidos na alí- a) As resultantes de caso fortuito ou de força
nea c) do artigo anterior, no momento em que maior, desde que não tenha havido negligência
for efectuado o pagamento ou, se este for par- grave e sejam comunicadas à Administração
cial, na primeira prestação; Fiscal para efeitos de confirmação e apuramen-
to, até ao 5.º dia útil seguinte ao da sua ocor-
d) Quando competir à Direcção dos Impostos, lo- rência;
go que efectuada a fixação do imposto.
b) As resultantes de destruição de produtos, sob-
CAPÍTULO V fiscalização dos serviços competentes da Ad-
Taxas ministração Fiscal.

Artigo 11.º 2. Para efeitos da alínea a) do número anterior, deve


Taxas aplicáveis ser feita prova suficiente da perda irreparável dos pro-
dutos junto da Administração fiscal, sob pena de os
As taxas do Imposto Especial Sobre o Consumo cor- produtos serem considerados como fabricados, saídos
respondem às constantes da tabela anexa ao presente da fábrica e introduzidos no consumo, dando lugar à
Código. liquidação e pagamento do Imposto Especial Sobre o
Consumo correspondente.
CAPÍTULO VI
Pagamento CAPÍTULO VII
Penalidades
Artigo 12.º
Entrega do imposto Artigo 14.º
Penalidades
1. Os sujeitos passivos referidos nas alíneas a) e c)
do n.º 1 e no número 2.º do artigo 3.º do presente Códi- A violação das obrigações previstas no presente Có-
go submetem, no portal da Direcção dos Impostos, até digo é punida nos termos do Código Geral Tributário.
ao dia 10 do mês seguinte àquele à que a operação
respeitar, uma declaração electrónica, conforme mode- CAPÍTULO VIII
lo oficial a aprovar por despacho do Ministro que tutela Disposições Finais
a área das finanças e, com base nos elementos constan-
tes da mesma, procedem a entrega do Imposto Especial Artigo 15.º
Sobre o Consumo devido de acordo com o volume de Facturação e contabilidade
operações realizadas no mês anterior e ao imposto.
1. É obrigatória a emissão de factura ou documento
2. A entrega do Imposto Especial sobre o Consumo equivalente, nos termos previstos no Regime Jurídico
deve ser efectuada pelas pessoas ou entidades obriga- das Facturas e Documentos Equivalentes e no Regula-
das a liquidá-lo nos termos dos artigos 9.º e 10.º do mento de Sistema de Facturação, Comunicação e Tra-
presente diploma até ao dia 10 do mês seguinte ao da tamento Electrónicos dos Dados das Facturas, aprova-
verificação do facto gerador. dos pelos Decretos Lei 9/2016 e 14/2019,
relativamente às operações tributáveis previstas no
presente Código.
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2. A contabilidade dos sujeitos passivos do Imposto


Especial Sobre Consumo deve estar organizada de
modo a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco
dos elementos necessários ao correcto cálculo do im-
posto, permitir o seu controlo imediato e evidenciar
todos os dados referidos no presente Código.

Artigo 16.º
Competência para fiscalização e garantias dos
contribuintes

1. O cumprimento das obrigações impostas por este


Código é fiscalizado pela Direcção dos Impostos e pela
Direcção Geral das Alfândegas no âmbito das respecti-
vas competências.

2. Às garantias dos contribuintes são aplicadas as


normas constantes do Código Geral Tributário.

Artigo 17.º
Aplicação e interpretação

1. Aos termos aduaneiros utilizados no presente Có-


digo são aplicáveis as definições correspondentes da
legislação aduaneira.

2. A incidência de outros impostos indirectos, desig-


nadamente o Imposto sobre o Valor Acrescentado,
sobre os bens sujeitos ao Imposto Especial de Consu-
mo não obsta à aplicação deste Imposto sobre os mes-
mos.

Artigo 18.º
Legislação subsidiária

Aos casos omissos são subsidiariamente aplicadas as


disposições constantes do Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado, desde que não se revelem contrá-
rias ao disposto no presente Código.

Artigo 19.º
Norma revogatória

Ficam revogadas todas as disposições normativas que


contrariem o disposto no presente diploma.
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N.º 87 – 11 de Novembro de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE 1293

Decreto n.º 14/ 2021 Artigo 3.º


Solicitação de reembolso
Regulamento de Reembolso do Imposto Sobre
Valor Acrescentado-Iva 1. Sempre que se verifique crédito a favor do sujeito
passivo, o reembolso do imposto sobre o valor acres-
Preambulo centado deve ser solicitado por transmissão electrónica
de dados na declaração periódica, através do portal da
Estando previsto nos termos do Código do IVA o re- Direção dos Impostos (Fazenda Non), conforme dis-
embolso do imposto enquanto característica intrínseca posto no artigo 37.º do Código do Imposto sobre o
à natureza deste tributo; Valor Acrescentado.

Convindo definir a disciplina do reembolso, clarifi- 2. Após a solicitação do reembolso o sujeito passivo
cando de forma inequívoca as regras que de que de- fica impedido de proceder o reporte do crédito na de-
pendem o exercício deste direito por parte do sujeito claração do período seguinte pela respectiva importân-
passivo e o dever de o reconhecer por parte da adminis- cia até a comunicação da decisão que recair sobre o
tração fiscal; pedido.

Estando iminente a entrada em vigor do IVA e ur- Artigo 4.º


gindo a necessidade de se completar o processo de Requisitos para a concessão do reembolso
aprovação da legislação atinente a sua aplicação;
A concessão de qualquer reembolso depende da ve-
Convindo salvaguardar a flexibilidade necessária à rificação cumulativa dos seguintes requisitos:
realização de eventuais ajustes legais que se venham a
mostrar pertinentes em matéria do reembolso do IVA a) Inexistência de divergências entre o valor dos
com a entrada em vigor do imposto; campos da declaração periódica e os corres-
pondentes valores comunicados através do sis-
O Governo da República Democrática de São Tomé tema e-factura;
e príncipe, ao abrigo do artigo 111.º da Constituição da
República, decreta o seguinte: b) Não se encontrar o sujeito passivo em situação
de incumprimento declarativo em sede de IVA;
CAPÍTULO I
Disposições Comuns c) Ter comunicado todas as facturas emitidas no
período ou períodos anteriores;
Artigo 1.º
Objecto d) Existência de conta bancária de que o sujeito
passivo seja titular;
O presente regulamento estabelece as regras relati-
vas ao reembolso do imposto sobre o valor acrescenta- e) Não constar dos campos do imposto dedutível
do a que os sujeitos passivos e outras entidades tenham sujeitos passivos que tenham cessado ou sus-
direito. pendido a actividade no período corresponden-
te ao reembolso;
Artigo 2.º
Âmbito de aplicação f) Entrega de elementos, quando solicitados pelos
serviços, necessários para se aferir a legitimi-
O presente regulamento aplica-se aos sujeitos passi- dade do crédito.
vos enquadrados no regime geral do Imposto Sobre o
Valor Acrescentado, às missões diplomáticas e consu- Artigo 5.º
lares e o seu pessoal, às organizações internacionais Suspensão do prazo de concessão de reembolso
com estatuto diplomático e outras entidades.
1. A não verificação dos requisitos previstos no arti-
go anterior determina a suspensão dos prazos de con-
cessão do reembolso e de contagem dos juros indemni-
zatórios previstos no número 6 do artigo 23.º do
Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, pelo
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período decorrido entre a data de notificação e a regu- recção dos Impostos reembolsa o valor remanescente
larização nela requerida. ao sujeito passivo.

2. Sempre que se verifique a suspensão referida no 4. Só poderá ser solicitado o reembolso nos cinco
número anterior, o sujeito passivo é notificado para anos seguintes à constituição do direito ao reembolso
regularizar a falta ou entregar elementos adicionais, no nos termos legais.
prazo de 15 dias, a contar da data da notificação, sob 5. O prazo de caducidade referido no número quatro
pena do indeferimento do reembolso e consequente conta-se desde o início do ano civil seguinte àquele em
reporte do crédito para a conta corrente. que se tiver constituído o direito ao reembolso.

3. Quando não se verifiquem as condições de dedu- CAPÍTULO II


tibilidade, deve proceder-se a correcção do valor a Pagamento
reembolsar ou do excesso a reportar, ou ainda, efectu-
ar-se a liquidação oficiosa nos termos do disposto no Artigo 8.º
artigo 50.º do Código do Imposto Sobre o Valor Acres- Reembolso em numerário
centado.
1. O reembolso em numerário é efectuado por trans-
4. Suspende-se ainda o prazo de concessão do reem- ferência bancária, devendo o sujeito passivo indicar na
bolso e dos juros indemnizatórios quando exista auto declaração de início ou de alteração de actividade a
de notícia por indícios de ilícito tributário, para com- conta e a instituição bancárias por si tituladas para efei-
provação e posterior transmissão da notícia do ilícito to de crédito.
que se afigure necessária ao desenvolvimento de dili-
gências no âmbito do procedimento tributário. 2. A titularidade da conta bancária mencionada no
número anterior deve ser confirmada por documento
Artigo 6.º bastante da instituição bancária indicada pelo sujeito
Regime especial de reembolso passivo, aquando da submissão, por via electrónica, da
respectiva declaração de início ou alteração de activi-
1. As entidades que realizem exclusivamente expor- dade.
tações nos termos previstos no artigo 20.º do CIVA,
podem solicitar o reembolso no período imediato à Artigo 9.º
realização das operações, sem prejuízo do disposto no Reembolso por certificado de crédito fiscal
n.º 5 do artigo 23.º do CIVA.
1. O reembolso pode, a pedido do contribuinte, ser
2. O imposto cujo reembolso for solicitado por sujei- emitido por certificado de crédito fiscal efectuado por
tos passivos que realizem operações isentas com direito crédito em conta corrente do sujeito passivo no sistema
à dedução nos termos estipulados no artigo 20.º do integrado de gestão tributária, e é concedido no prazo
CIVA é restituído no prazo de 30 dias a contar da data de 45 dias a contar do recebimento da respectiva solici-
de recepção do pedido de reembolso. tação pela Direcção dos Impostos.

Artigo 7.º 2. O certificado de crédito fiscal é atribuído ao sujei-


Requisitos gerais to passivo em formato electrónico e permite efectuar as
seguintes operações:
1. Sem prejuízo da manutenção do crédito, só são
consideradas as solicitações de reembolso que constem a) Pagamento de direitos aduaneiros e demais im-
de declaração periódica apresentada dentro do prazo posições;
conforme disposto no artigo 37.º do Código do Imposto
Sobre o Valor Acrescentado. b) Pagamento de outros impostos e acréscimos
legais quando devido.
2. Quando o sujeito passivo tenha qualquer dívida
tributária certa, líquida e exigível, o valor do reembolso 3. A concessão de reembolso por certificado de cré-
é compensado na proporção da dívida. dito fiscal determina a transferência do correspondente
valor da conta de reembolso para a Conta Única do
3. Quando o valor a reembolsar seja superior ao va- Tesouro, num prazo máximo de 5 dias úteis.
lor da dívida tributária certa, líquida e exigível, a Di-
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4. O reembolso concedido por certificado de crédito a) O sujeito passivo não preencha qualquer das
fiscal deve ser utilizado pelo sujeito passivo dentro do condições previstas no artigo 4.º;
prazo de caducidade previsto no Código Geral Tributá-
rio. b) O imposto dedutível se referir a um sujeito
passivo com número de identificação fiscal
Artigo 10.º inexistente ou inválido;
Procedimentos
c) O crédito resultar de operação que não confira
1. Para dar cumprimento ao disposto no número 5 do direito à dedução ou o crédito resultar de viola-
artigo 24.º do Código do Imposto sobre o Valor Acres- ção das disposições do Código do Imposto So-
centado no que se refere a retenção de 15% do montan- bre o Valor Acrescentado;
te total do IVA colectado para garantir o reembolso, o
pagamento do IVA será efectuado na conta do Tesouro d) O fornecedor do sujeito passivo não tenha
criada em Bancos Comerciais designados pelas Direc- apresentado a declaração do IVA ou, tendo- a
ções do Impostos e do Tesouro, exclusivamente desti- apresentado, da avaliação desta resultar que
nada a esse efeito. não tem a sua situação regularizada no que res-
peita ao IVA;
2. O Banco Comercial deverá, no prazo máximo de
24 horas a contar da data do pagamento do IVA pelo e) Seja solicitado depois de caducado o direito
sujeito passivo, transferir a percentagem de 15% do nos termos do artigo 7.º;
IVA colectado destinada ao reembolso para a extensão
da conta do Tesouro criada para o efeito nessa mesma f) Nos demais casos não permitidos por lei.
entidade bancária, devendo o restante valor ser transfe-
rido para o Banco Central dentro do mesmo período. 2. Para efeito do disposto no número anterior, a Di-
recção dos Impostos deve notificar o sujeito passivo
3. As contas referidas nos números anteriores serão para, no prazo de 15 dias, proceder à regularização das
criadas segundo os procedimentos legais previstos, situações que motivaram o indeferimento, ou demons-
sendo assinantes da conta referida no número 2, desig- trar que a falta não lhe é imputável.
nada Conta de Reembolso do IVA (CRIVA), o Direc-
tor do Tesouro e o Director dos Impostos ou seus subs- 3. Findo o prazo mencionado no número anterior
titutos designados em caso de ausência destes. sem que o sujeito passivo regularize a situação que
motivou o indeferimento do reembolso, a Direcção dos
4. A ordem de transferência para efeitos de reembol- Impostos procede a anulação ou correcção do crédito.
so deverá ser assinada simultaneamente pelo Director
do Tesouro e pelo Director dos Impostos. Artigo 13.º
Prazo excepcional de concessão de reembolso
5. O Director dos Impostos e o Director do Tesouro
terão acesso ilimitado à referida conta para efeitos de 1. Nos casos em que o pedido de reembolso seja in-
consulta, podendo esta consulta ser feita a qualquer deferido com fundamento na alínea e) do artigo 4.º ou
momento, inclusive via internet banking ou por qual- na alínea d) do n.º 1 do artigo 12.º, impende sobre a
quer outra forma remota. Direcção dos Impostos um especial dever de ofício de
proceder a todas as diligências necessárias com vista ao
Artigo 11.º pagamento, pelo fornecedor do sujeito passivo, do cor-
Limite mínimo para o reembolso respondente imposto sobre o valor acrescentado em
falta.
Não há lugar a reembolso quando, em virtude de li-
quidação, ainda que adicional, reforma ou revogação 2. O especial dever de ofício referido no número an-
de liquidação, a importância a restituir seja inferior a terior traduz-se na obrigação de utilizar todos os meios
1/12 do valor mensal do salário mínimo nacional. legais de cobrança, incluindo os de cobrança coerciva,
ficando nestes casos a Direcção do Impostos obrigada a
Artigo 12.º despoletar os respectivos procedimentos imediatamente
Indeferimento do reembolso após os prazos de vencimento do pagamento do impos-
to.
1. O pedido de reembolso é indeferido quando:
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3. Nos quatro meses anteriores ao fim do prazo de f) Trabalhos imobiliários;


caducidade referido no artigo 7.º, será reconhecido ao
sujeito passivo direito ao reembolso validamente cons- g) Aquisição de cigarro e tabaco;
tituído ainda que das diligências previstas nos números
anteriores não resulte o pagamento do imposto sobre o h) Materiais, ainda que fornecidos pelo dono da
valor acrescentado em falta. obra, para execução de trabalhos imobiliários.

4. O disposto no número anterior não se aplica Artigo 16.º


quando, nos casos previstos na alínea e) do artigo 4.º e Automóveis
na alínea d) do n.º 1 do artigo 12.º, se mostre, face às
circunstâncias do caso concreto, que o sujeito passivo 1. No caso de veículos automóveis, independente-
agiu com dolo ou negligência grosseira. mente de estarem em causa aquisições no mercado
nacional ou importações, a restituição do imposto é
Artigo 14.º concedida até aos seguintes limites:
Reclamação, recurso e impugnação
a) Os veículos automóveis necessários ao serviço
Da decisão de indeferimento cabe reclamação, re- oficial de cada entidade, de acordo com crité-
curso ou impugnação nos termos do Código Geral Tri- rios de razoabilidade definidos pelo Ministério
butário e do Código de Processo e Procedimento Tribu- dos Negócios Estrangeiros;
tário.
b) Até três veículos automóveis, para os chefes da
CAPÍTULO III missão diplomática;
Restituição do Imposto às missões Diplomáticas e
Consulares e às Organizações Internacionais com c) Um veículo automóvel para cada um dos de-
Estatuto Diplomático mais funcionários constantes da lista do corpo
diplomático, ou até dois veículos automóveis,
Artigo 15.º no caso de funcionário casado ou com família a
Imposto restituível seu cargo;

1. A Direcção dos Impostos procede à restituição do d) Um veículo automóvel para os cônsules de car-
Imposto sobre o Valor Acrescentado suportado nas reira, ou até dois veículos automóveis, no caso
aquisições de bens e serviços efectuadas no mercado de funcionário casado ou com família a seu
interno pelas: cargo;

a) Representações diplomáticas e consulares, bem e) Um veículo automóvel para os funcionários


como o seu pessoal; administrativos e técnicos de carreira que não
tenham em S. Tomé e Príncipe a sua residência
b) Organizações internacionais que gozem de es- permanente, o qual deverá ser adquirido ou
tatuto de imunidade diplomática, bem como o importado no prazo máximo de seis meses
seu pessoal. após a data da sua chegada.

2. O imposto relativo a aquisições de bens e serviços 2. Os proprietários dos veículos automóveis abran-
de uso pessoal não é restituível quando se refira a: gidos pelo benefício estabelecido no número anterior
devem solicitar à Direcção dos Impostos a liquidação
a) Bens alimentares, incluindo bebidas; do Imposto Sobre o Valor Acrescentado corresponden-
te ao preço de venda quando pretenderem efectuar a
b) Água, gás e electricidade; sua alienação.

c) Serviços alimentares e bebidas; 3. Para efeitos do disposto no número anterior, o va-


lor tributável não pode ser inferior ao que resulta da
d) Serviços de telecomunicações; aplicação ao preço de aquisição ou importação do veí-
culo, com exclusão do Imposto Sobre o Valor Acres-
e) Serviços de alojamento; centado, das seguintes percentagens:
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ou documento equivalente que certifique a aquisição


Anos decorridos após a aquisição Percentagem dos bens ou serviços.

Primeiro e segundo 100 3. A solicitação de restituição efectuada por membro


Terceiro 75 ou funcionário das entidades mencionadas no número 1
do artigo 15.º deve ser visada e autenticada pelos che-
Quarto 50 fes da Missão.
Quinto 25
4. Na solicitação de restituição, deve indicar-se o
número de identificação fiscal do solicitante e os dados
4. Nos casos de falecimento do proprietário do veí- da conta bancária destinada ao crédito dos montantes a
culo e de acidente grave ou de furto de que resulte a restituir.
impossibilidade de recuperação da viatura devidamente
comprovados, o Ministro das Finanças, sob proposta Artigo 19.º
do Ministro dos Negócios Estrangeiros, pode dispen- Consulta prévia
sar, por despacho, do pagamento do Imposto Sobre o
Valor Acrescentado previsto no número 2. 1. A Direcção dos Impostos deve solicitar o parecer
do Ministério dos Negócios Estrangeiros, sempre que
Artigo 17.º haja dúvida sobre a idoneidade do pedido, a qualidade
Recusa de restituição do peticionário ou a existência de reciprocidade.

1. A Direcção dos Impostos pode recusar a restitui- 2. O parecer mencionado no número anterior deve
ção do Imposto Sobre o Valor Acrescentado suportado ser concedido pelo Ministério dos Negócios Estrangei-
nas aquisições de bens e serviços efectuadas no merca- ros à Direcção dos Impostos no prazo de 30 dias.
do interno, quando este exceda manifestamente as ne-
cessidades de consumo das entidades mencionadas no Artigo 20.º
número 1 do artigo 15.º Crédito em conta

2. A restituição do Imposto Sobre o Valor Acrescen- Após o deferimento do pedido, o montante da resti-
tado pode ainda ser recusada quando haja fundadas tuição é creditado pela Direcção dos Impostos na conta
razões para crer que os bens ou serviços a que se refere bancária indicada pelo peticionário e o facto é comuni-
o imposto a reembolsar não se destinam a consumo das cado ao solicitante.
entidades mencionadas no número 1 do artigo 15.º.
Artigo 21.º
3. Não há lugar a reembolso quando a importância a Imposto indevidamente restituído
restituir seja inferior a 1/12 do valor mensal do salário
mínimo nacional. 1. O imposto indevidamente restituído ou restituído
em excesso é deduzido às restituições solicitadas nos
4. A Direcção dos Impostos só restitui o Imposto so- períodos subsequentes, até à concorrência dos respecti-
bre o Valor Acrescentado em caso de reciprocidade de vos montantes.
tratamento.
2. A decisão relativa à dedução referida no número
Artigo 18.º anterior é notificada ao sujeito passivo, contando-se os
Solicitação de restituição prazos para a reclamação, recurso ou impugnação con-
forme previsto no Código Geral Tributário, a partir do
1. A solicitação de restituição é efectuada através de dia imediato ao da recepção da notificação com acuso
modelo próprio a aprovar pelo Ministro responsável de recepção.
pela área das Finanças, por transmissão electrónica de
dados, no Portal da Direção dos Impostos (Fazenda 3. Decorridos mais de 90 dias sobre a restituição in-
NON). devida ou em excesso sem que se verifique o disposto
no número 1 deste artigo, efectua-se a liquidação ofici-
2. A solicitação de restituição só pode ser efectuada osa pela importância devida.
dentro do prazo de um ano a contar da data da factura
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4. A Direcção dos Impostos não procede a qualquer


restituição do imposto à mesma entidade, enquanto não
forem efectuadas as liquidações nos termos do número
anterior.

CAPÍTULO IV
Disposições Finais

Artigo 22.º
Resolução de dúvidas

Sempre que na aplicação deste Regulamento se sus-


citem dúvidas ou omissões aplicam-se as normas do
Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

Artigo 23.º
Entrada em vigor

O presente Decreto entra em vigor após a sua publi-


cação.

Visto e aprovado no Conselho de Ministros em 20


de Outubro de 2021. - Primeiro-Ministro e Chefe do
Governo, Jorge Lopes Bom Jesus; Ministro do Plane-
amento, Finanças e Economia Azul, Engracio Sacra-
mento Soares da Graça; Ministro da Presidência do
Conselho de Ministros, C.S e Novas Tecnologias,
Wuando Borges Castro de Andrade; Ministro dos As-
suntos Parlamentares, Reforma do Estado e Descentra-
lização, Cílcio Pires dos Santos.

Promulgado em 09 de Novembro de 2021.

O Presidente da República, Carlos Manuel Vila No-


va.
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de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
tração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.

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