Hilario Franco Junior

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Hilario Franco Junior nasceu em 3 de junho de 1949, em São Paulo Brasil E

um historiador e professor brasileiro, amplamente reconhecido por seus estudos sobre


a Idade Média. Ele é autor de diversos livros sobre o tema, sendo um dos mais
influentes medievistas do Brasil.

Franco Junior possui uma formação sólida em História, com graduação,


mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). Sua pesquisa e
produção acadêmica têm foco na história medieval, especialmente em temas
relacionados à cultura, sociedade e religiosidade do período.

Um de seus livros mais conhecidos é "A Idade Média: Nascimento do


Ocidente", que explora as origens da civilização ocidental a partir de uma análise
detalhada do período medieval. Neste livro, ele aborda questões como o papel da
Igreja, as estruturas sociais, as relações de poder e a formação cultural que deram
origem ao que hoje chamamos de civilização ocidental.

Além de sua carreira como autor, Hilário Franco Junior também é professor
universitário, tendo lecionado em várias instituições de ensino superior no Brasil. Sua
contribuição para os estudos medievais no Brasil é significativa, tanto por suas
publicações quanto por seu trabalho na formação de novos historiadores.

A Idade Media para os Renascentistas e Iluministas

Para os renascentistas e iluministas, a Idade Média foi muitas vezes vista de


forma negativa, e essa percepção influenciou profundamente a maneira como esse
período histórico foi interpretado e caracterizado.

Durante o Renascimento (séculos XIV a XVI), intelectuais, artistas e


escritores buscaram reviver e emular as culturas da Grécia e Roma antigas. Eles se
viam como os "renovadores" do conhecimento clássico e, nesse processo, passaram a
desprezar o período que os antecedeu. A Idade Média foi então rotulada pelos
renascentistas

A espiritualidade medieval, com suas catedrais góticas, santos, lendas e


mitos, fascinavam os românticos. Eles viam o período como cheio de mistério e
profundidade espiritual.

Essa Idade Media dos escritore, músicos, romanticosera e tão preconceituosa


quanto os renascentistas e iluministas.
Jules michelet (91798-18740) define-a como aquilo que amamos aquilo que
nos amamentou quando pequenos nosso pai nossa mae, aquilo que nos cantava tão
docemente no berço.

Em sua obra “Histoire de France”, Michelet enfatiza o papel do povo comum


na história, em contraste com a ênfase tradicional nas figuras de poder e nas
instituições. Para ele, a Idade Média foi um período em que as instituições feudais e a
vida comunitária eram fundamentais, e ele destacou a importância das classes
populares e dos movimentos sociais.

O movimento romântico também se refletiu na arquitetura e nas artes, com o


revivalismo gótico. Construções de igrejas neogóticas, literatura gótica e música
inspirada na Idade Média.

.Michelet acreditava que a história era moldada pelo "espírito do povo" e que
a Idade Média refletia uma época de fervor e paixão popular.

Idade Media para o século XX

. Não podemos dizer que o século XX sabe o início ou término da idade


média.

A historiografia é um produto cultural, que como qualquer outro resulta de um


complexo conjunto de condições, materiais e psicológicas do ambiente individual e
coletivo, que havia nascer
......A história é filha de seu tempo por isso cada época tem sua Grécia sua idade
média e seu renascimento. Seguindo uma perspectiva muito particularista, às vezes
política às vezes religiosa às vezes econômica.

Os elementos fundamentais da idade média herança, Romana clássica,


herança germânica e cristianismo.

O cristianismo por sua vez, foi o elemento que possibilitou a articulação entre
romanos e germanos, forjou a unidade espiritual essencial para a civilização medieval,
isso foi possível devido ao próprio caráter da igreja, que negava o aspecto importante
da civilização Romana como a divindade do imperador a hierarquia social ou
militarismo, de outros ela era um prolongamento da moralidade com seu caráter
universalista, com o cristianismo transformado em religião do estado, com latim que
por intermédio da evangelização foi levado à religião antes e inatingíveis.
A alta idade média, a igreja que pelo seu poder sagrado considerava-se a
única e verdadeira herdeira do império romano em contrapartidas, carolíngios
entregaram um vasto bloco territorial italiano a Inglaterra que dessa forma se
corporificou e ganharam condições de se tornar uma potência política, dando força da
lei do antigo costume de pagamento do dízimo a igreja os carolíngios vincularam na
definitivamente a economia agrária da época, ocorrendo certa recuperação
econômica, iniciou-se então uma expansão territorial cristã sobre as regiões pagã

A idade media central

A "Idade Média Central" é um termo que se refere ao período intermediário da


Idade Média, geralmente compreendido entre os séculos XI e XIII. Esse período é
marcado por transformações significativas em diversos aspectos da sociedade
europeia, incluindo o fortalecimento das instituições, o crescimento econômico e
cultural.

O sistema feudal estava no auge. A sociedade era organizada em torno de


relações.

Houve avanços na agricultura, como a rotação de culturas e o uso do arado


pesado, que aumentaram a produtividade. Isso levou a um crescimento populacional
significativo.

As cidades começaram a crescer em importância como centros de comércio


e produção artesanal. Feiras e mercados.

A Igreja Católica continuava a ser uma força dominante na sociedade. A partir


do final do século XI, começaram as Cruzadas, expedições militares organizadas pela
Igreja para retomar a Terra Santa do controle muçulmano. Essas campanhas tiveram
impactos profundos na Europa e no Oriente Médio, influenciando o comércio, a cultura
e a política.

Conflitos entre senhores feudais eram comuns, mas também houve guerras
significativas entre reinos, como a Guerra dos Cem Anos (que começaria no final da
Idade Média Central).
Embora tenha havido crescimento econômico, a Idade Média Central também
enfrentou desafios como a fome e surtos de doenças, que poderiam devastar
populações locais.

A idade media para os medieval

A religião era o eixo central da vida medieval. A Igreja Católica moldava a


visão de mundo, a moral, e a prática cotidiana. A vida na Terra era vista como uma
preparação para a vida eterna,

O calendário medieval era pontuado por repetir atos ocorridos na origem do


tempo, dai a, importância do ano novo

.Que era uma retomada do tempo no seu começo isto é uma repetição da
cosmogonia com ritos de expulsão de demônios e de doenças que teve a sua primeira
rejeição no judaísmo, que vê em Deus, não uma divindade criadora de gestos
arquétipos, mas uma personalidade que intervém na história. O cristianismo ,
desenvolveu essa ideia de caráter linear, da história com ponto de partida Gênesis
(inicio) ,mas não ao infinito pois há um tempo escatológico que só Deus conhece
limitando o desenrolar da história isto é da passagem humana pela terra o cristianismo
reinterpretou a história sentindo o peso inclusive da mentalidade cíclica, daí a liturgia
cristã baseia-se na repetição periódica e real de eventos essenciais como Natividade
paixão e ressurreição de Jesus, ao participar da reprodução do evento, Divino o fiel
volta ao tempo em que ele ocorreu ou seja a cristianização das camadas populares
não aboliu a teoria cíclica, pelo contrário influenciou o cristianismo erudito e reforçou
certas categorias do pensamento mítico. Acreditavam que estavam caminhando para
os fins dos tempos os terrores do ano 1000 foram uma criação historiográfica, pois não
houve nenhum sentimento especial e generalizado de que o mundo fosse acabar
naquele momento (Apocalipse).

Catástrofes naturais ou políticas eram frequentemente, interpretadas como


indícios da chegada do anticristo, porém carregado de esperança no iminente triunfo
do Reino de Deus nesse sentido a visão do mundo medieval trazia implícita em si a
concepção de um tempo médio precedendo a nova era tempo monolítico, dividido em
várias fases, na sétima fase os homens descansaram no seio de Deus assim,
pensavam muitos do santo (santo Agostinho, santo Isidoro de Sevilha, Fernão Lopes)
também teve sucesso na concepção trinitária da história surgida no século XI
. Com o João esgoto Erigena e que teve seu maior representante no monge
cisterciense Joaquim de Fiorie, para este a Era do Pai ter-se-ia caracterizado pelo
temor servil a lei divina, a Era do Filho pela sabedoria, fé e obediência humilde, a do
Espírito Santo (que começaria em 1260) pela plenitude do conhecimento, do amor
universal e da Liberdade espiritual. Qualquer que fosse a divisa temporal a dotada
reconhecia-se que o suceder das fazes acabaria com a Parusia, quando a Historia
enquanto tal deixaria de

As estruturas demográfico

O surgimento da demografia histórica a menos de cinco décadas enriqueceu


consideravelmente o Arsenal do historiador, nas tarefas de compreensão do passado
e os medievalistas, não poderiam é claro ficarem diferentes a ela.

Sem dúvida a idade média estava na etapa que os especialistas chamam de


antigo regime demográfico, típico das sociedades agrárias, pré-industriais, alta taxa de
natalidade e alta taxa de mortalidade, em razão disso o conjunto de certos fatores
(estiagem, enchentes, epidemias e etc.) por poucos anos seguidos alterava o quadro
demográfico, elevando a taxa de mortalidade ou ausência dela.

Toda espécie inclusive humana, tem tendência natural a se multiplicar desde


que não haja obstáculos externos para isso, a história demográfica medieval é
exatamente a história da presença e auxencia desses obstáculos.

A Retração da Primeira Idade Media

Várias epidemias, como a peste, variola, malária e a peste, matou grande


parte da população. E o pouco conhecimento medica da época agrafou ainda mais a
situação.

Estados romanos desapareceram, o sul da franca e a Itália também foram


atingidos.

Muitas cidades foram abandonadas ou reduzidas em tamanho, Às pessoas


buscava uma vida rural, em busca da sobrevivência.

O período também foi marcado por variações climáticas secas, períodos


longos de chuva, que afetaram a produção agrícola, contribuindo para um período de
fome e escassez. Santo era o homem, que conseguia alimentos para seus,
concidadãos.
As invasões bárbaras, como as do franco, ostrogodos, vândalos, entre outros,
causaram destruição de cidades, aldeias, e, levando ao deslocamento de populações
e à diminuição, alimentar e de vida.

Essa retração demográfica teve um impacto profundo na estrutura social e


econômica da Europa, resultando em uma sociedade mais rural, fragmentada e com
menor densidade populacional.

A relativa recuperação da Alta idade média

Esse período foi marcado pelos carolíngios e a reorganização territorial


realizada por Carlos Magno.

Essa recuperação foi desigual no tempo e no espaço.

Em muitos locais a fome e a mortalidade continuavam acentuadas. No século


VIII, os homens comiam os excrementos uns dos outros, homens comiam homens,
irmãos comiam seus irmãos, as mães comiam seus filhos.

Em busca de um equilíbrio a sociedade, alto medieval fazia vários controles


de natalidade.

Reduzindo o número de crianças a 2% da população, através de métodos


anticonceptivos e abortivos, apesar de durante mente punida pela igreja. Apresentava
elevada porção de viúvos e celibatários naquela sociedade, devido a vário infanticídio
feminino, sacrificavam-se recém-nascidos do sexo feminino, para reduzir bocas para
serem alimentadas, quando adulto. O sexo feminino seria menos produtivo que o
masculino.

A mortalidade infantil masculina era maior que a feminina a taxa de


masculinidade era baixa em relação às mulheres.

Muita exploração agrária eliminava as crianças do sexo feminino, nas


grandes propriedades agrícolas com melhor condição, sustentavam maior
número de pessoas e a taxa masculina era menor que a feminina porem não
era necessário o sacrifício das mulheres.

A alta idade média se recuperava timidamente decorrente do fracasso do


império carolíngio e das invasões de muçulmanos, magiares e, sobretudo vikings,
provenientes da Escandinávia, que aproveitavam da grande navegabilidade dos rios
europeus para penetrar profundamente em territórios cristão.
Várias mortes causadas pelos invasores mortes indiretas, resultantes da
destruição das aldeias e Campos e a perda, populacional ocasionada pela
escravização de cristãos vendidos em regiões distantes.

Com o crescimento dos normandos os cristãos são vítimas de massacre de


pilhagens de devastação, de incêndios, causado pelos cruéis pagão, que devastavam
o país, massacrava os habitantes, capturando os camponeses, acorrentando-os e
enviando além do mar.

Expansão da idade média central

A expansão foi marcada por acentuados movimentos migratória.

Não havia uma ligação entre o homem e a terra habitada, Surgindo,

Quatro grandes tipos de migrações.

Migração habitual, migração colonial, migração extraordinária, migração sem


instalação.

O ritmo de crescimento populacional tornou-se mais rápido esse fenômeno


revela a necessidade de se criar, novas áreas cultivadas e se formar novas unidades
produtivas no setor básico da economia assim, paralelamente a expansão territorial
por meio de conquistas militares.

A cristandade Latina expandia-se também na área rural

Havia três tipos de arrodeamentos, o primeiro pelo alargamento dos terrenos


cultivados, ocupação da terra virgem e limítrofe realizada por nobres que desejavam
aumentar seu senhorio e por camponeses.

Crescimento populacional devido à ausência de pandemias, baixa


mortalidade.

Prova disso era a mudança nas arquiteturas religiosas construção de grande


cátedra, capelas rurais, para abrigar todo o rebanho de Cristo, na casa de Deus,
surgindo assim de ambulatório corredor curvo que saindo de uma nave lateral passa
pela capela na cabeceira da igreja e desemboca na outra nave lateral organizando
desta forma a passagem das multidões, de fiéis diante das relíquias sagradas
colocadas nas capelas.

A igreja tinha grande, influência política e na sociedade.


Grande recurso natural devido à recuperação das florestas e a área de cultivo
ser restrito predominando a natureza virgem.

A suavização do clima, ocorrendo um recuo do gelo nos mares e montanhas


do Norte e a abundância de água, nas regiões, que depois o deserto reconquistaria.
Com o tempo favorável para novas formas de cultivos e para eliminação de vírus e
difícil contaminação a população continua a crescer junto com a economia.

Inovações em técnicas agrícolas, como a nova atrelagem, dos animais, achar


a rua pesada e o sistema trienal, com isso aumentando a produção de alimentos.

Com a introdução de novos alimentos na dieta como leguminosas carnes e


peixes ovos e queijos a mortalidade feminina diminuiu contribuindo para valorização
da mulher na sociedade.

O ressurgimento da peste na baixa idade média

O aumento populacional acabou por ser elevado para as condições,


Europeu.

Durante o auge daquele, fenômeno tinha sido ocupado terras marginais de


menor, fertilidade que se esgotavam em poucos anos afetando a produtividade, desta
forma o equilíbrio frágil da produção e consumo foi afetado. Esse aumento tinha
implicado em derrubadas de grande extensão de florestas já que a madeira era o
principal, combustível e material de construção. Desta forma surgiu um desequilíbrio,
ecológico provocando mudanças no clima, elemento fundamental, para uma
sociedade agrária. Chuvas torrenciais atingiram a maior parte da Europa ao norte dos
Alpes nos locais de grande devastação florestal, quedas de temperatura
comprometeram a produtividade dos alimentos. Elevando o preço dos cereais.

O canibalismo tornou-se comum, a fome fazia grande quantidade de vítimas.


Com fome muitas pessoas vagavam buscando o que comer levando consegue a
epidemia houve uma contaminação rigorosa. Com o surgimento da peste conhecida
por peste negra 60% a 80% das pessoas atingidas por ela morriam, após três ou
quatro dias a pneumonia, transmitida de homem a homem, tinha uma mortalidade de
100%, fazendo sua vítima depois de dois dias. A peste atingiu a todos matando mais
que a primeira e a segunda guerra mundial.
A Idade Media Marcada pela queda do Império Romano do Ocidente e pelo
surgimento de vários reinos bárbaros na Europa. A economia era predominantemente
agrária, e a vida urbana e o comércio estavam em declínio.

Caracterizada por uma recuperação econômica, crescimento das cidades e


aumento do comércio. A sociedade feudal se estabilizou, e a influência da Igreja
Católica se fortalece.

A Igreja Católica: Tinha um papel central na vida medieval, tanto na esfera


espiritual quanto na política. Monastérios e mosteiros eram centros de aprendizado e
conservação do conhecimento.

O período foi marcado por várias guerras, incluindo as Cruzadas, que eram
expedições militares para recuperar Jerusalém e outros territórios sagrados.

Marcada pela fome, peste, morte e desolação, a idade media também nos
deixa, a arte que fala por si e contam a historia um futuro não pode ser construído sem
um passado, sem registros deixados. Com suas arquitetura ,pinturas ,livros, filósofos,
cristianismo.

No pouco que aos olhos do século 20 eles sabiam muito foi aprimorado e
criado através dos rascunhos deixados pela idade media.
como a "Idade das Trevas" ("Saeculum obscurum"), uma era marcada pelo
suposto declínio da cultura, da arte e do conhecimento, em contraste com a "luz" que,
segundo eles, havia sido redescoberta.

Essa visão negativa foi reforçada pela percepção de que a Idade Média foi
dominada por superstição, uma forte influência religiosa, e a ausência de
desenvolvimento.

Os pensadores do Iluminismo, no século XVIII, também tinham uma visão


crítica da Idade Média, muitas vezes em termos ainda mais severos. Para os
iluministas, que promoviam a razão, o progresso, e a ciência, a Idade Média era vista
como um período de obscurantismo, marcado pela ignorância, pela tirania da Igreja
Católica e pela repressão ao pensamento livres, um período em que a razão foi
suprimida em favor da fé cega e das superstições, e onde o progresso humano foi
atrasado pela estrutura feudal e pela autoridade religiosa.

Os românticos, que floresceram no final do século XVIII e início do século


XIX, tiveram uma visão bastante diferente da Idade Média em comparação com os
renascentistas e iluministas. Para muitos pensadores, escritores e artistas do
movimento romântico, a Idade Média foi idealizada como uma era de beleza, mistério
e nobreza, contrastando com o racionalismo e a industrialização de sua própria época.
Idealização e Nostalgia, Espiritualidade e Mistério:

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