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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO

ISPOC-HUAMBO

CURSO: DIDÁCTICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Reflita e distinga a Educação na Antiguidade Oriental e na


Antiguidade Clássica sem deixar de referir as fornas
educativas em Esparta e em Atenas.

Clara de Fátima Xiaia

HUAMBO–OUTUBRO 2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DO HUAMBO

CURSO: DIDÁCTICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

TRABALHO DE PESQUISA NA DISCIPLINA DE PEDAGOGIA


GERAL

Reflita e distinga a Educação na Antiguidade Oriental e na


Antiguidade Clássica sem deixar de referir as fornas educativas
em Esparta e em Atenas.

Autora:

Clara de Fátima Xiaia

1ºAno

Turma: 119M

O DOCENTE

________________________

Alberto Praia

HUAMBO–OUTUBRO 2024

2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................4

1⁰CAPÍTULO–A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ORIENTAL E NA


ANTIGUIDADE CLÁSSICA...............................................................................5

1.1 Educação na Antiguidade Oriental..............................................................5

1.2 Educação na Antiguidade Clássica.............................................................5

1.2.1 Comparação entre Atenas e Esparta.......................................................6

1.2.2 Reflexões.................................................................................................7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................9

3
INTRODUÇÃO
A educação, enquanto prática social e cultural, variou significativamente ao longo
das civilizações antigas, refletindo os valores, crenças e necessidades de cada
sociedade. A Antiguidade Oriental, que abrange civilizações como a egípcia, a
mesopotâmica, a chinesa e a indiana, era marcada por um sistema educacional
voltado principalmente para a formação de escribas, sacerdotes e burocratas,
com um forte vínculo com a religião e a administração do Estado. Já a
Antiguidade Clássica, englobando a Grécia e Roma, trouxe uma nova concepção
de educação, centrada no desenvolvimento do indivíduo e na formação de
cidadãos capazes de participar da vida pública e intelectual, destacando-se o
valor da filosofia, das artes e do debate.

Neste contexto, reflectir sobre as distinções entre a educação em Esparta e


Atenas nos permite entender como essas sociedades moldaram seus sistemas de
ensino de acordo com suas estruturas sociais e culturais, gerando modelos
distintos de formação e transmissão do conhecimento.

4
1⁰CAPÍTULO–A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ORIENTAL E NA
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
1.1 Educação na Antiguidade Oriental
Antiguidade Oriental é o período da história que é contado a partir do
desenvolvimento da escrita, a 3.500 anos a.C, durou até a queda do Império
romano do ocidente em 476 da era cristã e este período da história está dividido
em Antiguidade Oriental( que inclui a Civilização Egípcia, Mesopotâmica como os
hebreus, Fenícias e Persa; e a Antiguidade Clássica ou Ocidental que inclui os
Gregos e os Romanos.

Na Antiguidade Oriental, a educação estava fortemente ligada às estruturas de


poder e religião. Em civilizações como o Egito e a Mesopotâmia, o foco era a
formação de escribas e sacerdotes, figuras essenciais para a administração do
Estado e a preservação do saber. Os escribas aprendiam a escrita cuneiforme (na
Mesopotâmia) e hieroglífica (no Egito), e sua educação envolvia o domínio de
textos legais, administrativos e religiosos. 1

A transmissão do conhecimento era feita de maneira rigidamente controlada, com


a finalidade de perpetuar o estatuto social e religioso. O currículo era limitado e
voltado à prática, concentrando-se em temas como matemática básica, leitura de
textos sagrados e a escrita. A educação, portanto, era privilégio de uma pequena
elite, enquanto o restante da população aprendia apenas as habilidades
necessárias para suas funções diárias.2

Na China antiga, o confucionismo também teve grande influência na educação,


focando na moralidade, no respeito às hierarquias e na preparação para o serviço
público. A educação indiana, por sua vez, estava mais conectada aos Vedas e ao
ensino religioso, formando sacerdotes e líderes espirituais.3

1.2 Educação na Antiguidade Clássica


Em contraste, na Antiguidade Clássica, especialmente na Grécia, a educação
passou a ser vista como uma ferramenta de desenvolvimento integral do ser
humano. O ideal grego de "paideia" visava formar cidadãos completos, capazes

1
Durant, W. (1978)
2
Coulon, G. (2001).
3
Marrou, H. I. (1976).

5
de pensar criticamente e participar ativamente na vida política. Na Atenas do
período clássico, o modelo educacional se baseava em três pilares principais:

 Ginástica (para o desenvolvimento físico),


 Música (incluindo poesia e artes) e
 Gramática (compreendendo a leitura e a escrita).

A educação não era restrita apenas às classes mais altas, mas estendia-se a uma
parte significativa da população masculina, embora as mulheres e os escravos
estivessem excluídos.4

Entre os filósofos gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles foram figuras centrais na


reformulação do pensamento educacional, defendendo o valor do questionamento
filosófico, da lógica e do raciocínio para o desenvolvimento do indivíduo. Platão,
em especial, defendia uma educação em estágios, voltada para a formação de
líderes e guardiões da cidade ideal, como descrito em sua obra A República.
Aristóteles, por sua vez, introduziu a ideia de uma educação prática e teórica,
defendendo o equilíbrio entre virtude moral e o conhecimento intelectual.5

Em Roma, a educação sofreu forte influência grega, mas com um enfoque mais
prático, orientado para a preparação de cidadãos úteis para o império. O estudo
da retórica e do direito era fundamental para a formação de oradores e
administradores, refletindo o pragmatismo romano. A educação formal na Roma
antiga era, assim como na Grécia, destinada aos homens livres, enquanto os
escravos recebiam treinamento apenas para funções específicas.

Portanto, enquanto a Antiguidade Oriental privilegiava uma educação controlada e


restrita às elites religiosas e administrativas, com um foco prático e religioso, a
Antiguidade Clássica grega e romana ampliou a noção de educação, integrando a
formação ética, intelectual e cívica, buscando o desenvolvimento mais completo
do indivíduo e sua participação na vida pública.

1.2.1 Comparação entre Atenas e Esparta


As diferenças entre as formas educativas de Atenas e Esparta são marcantes.
Enquanto Atenas buscava formar cidadãos pensantes e criativos através de uma

4
Bowen, J. (2003).
5
Durant, W. (1978)

6
educação liberal que englobava artes e ciências, Esparta priorizava uma
formação militar rigorosa que visava garantir a segurança da cidade-estado.
Essas abordagens refletem as respectivas prioridades de cada sociedade: Atenas
valorizava o debate democrático e a cultura intelectual; Esparta focava na força
militar e na coesão social.
1.2.2 Reflexões
Ao falarmos sobre como era a educação na Antiguidade, estaremos a falar sobre
como os primeiros povos eram educados. .
Este conteúdo tem com objectivo ensinar sobre como era e educação na
Antiguidade, os primeiros povos que influenciaram na prática educacional e as
suas primeiras estruturas. A maior parte dessas civilizações se desenvolveu nas
margens do rio mediterrâneo.
Aristóteles a esse modelo nos alerta para os perigos de uma educação que
desconsidera o florescimento individual em nome da funcionalidade social ou
militar.
Essas reflexões apontam para uma questão essencial: o papel da educação na
formação do indivíduo e sua inserção no tecido social.6
 De um lado, a educação pode ser um instrumento de perpetuação de uma
ordem social hierárquica e estática, como nas sociedades orientais.
 De outro, ela pode ser uma via de emancipação, como em Atenas, onde se
incentivava o pensamento crítico e a participação ativa na vida política.
Esparta, por sua vez, nos lembra dos riscos de uma educação
excessivamente utilitarista, que sacrifica o desenvolvimento humano em
prol da funcionalidade social.

CONCLUSÃO
6
Bottéro, Jean _1995

7
Em síntese, a educação na Antiguidade Oriental e na Antiguidade Clássica reflete
as características essenciais das sociedades que as moldaram. No Oriente, a
educação era um instrumento de manutenção do poder e da ordem religiosa, com
um foco utilitário e restrito a uma elite governante e sacerdotal. Seu objetivo
principal era formar profissionais para a administração do Estado e a perpetuação
das tradições religiosas.

Portanto, essas diferenças não apenas definiram as identidades das respectivas


cidades-estado, mas também influenciaram profundamente o desenvolvimento
das civilizações ocidentais posteriores.

8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bottéro, Jean. Mesopotâmia: A Escrita, a Razão e os Deuses. São Paulo: Martins
Fontes, 1995.
- Cartledge, P. (2001). *Sparta and Lakonia: A Regional History 1300 to 362 BC*.
Routledge.
- Gordon, R. (2003). *The Ancient Egyptian Book of the Dead: The Book of Going
Forth by Day*. Chronicle Books.
Jaeger, Werner. Paideia: A Formação do Homem Grego. São Paulo: Marti
Marrou, H. I. (1976). História da Educação na Antiguidade. São Paulo: E.P.U.

Jaeger, W. (2001). Paideia: A Formação do Homem Grego. São Paulo: Martins


Fontes.

Bowen, J. (2003). Uma História da Educação Ocidental: Volume 1 – O Mundo


Antigo e Medieval. São Paulo: Martins Fontes.

Coulon, G. (2001). A Educação no Mundo Antigo. São Paulo: Loyola.

Durant, W. (1978). História da Civilização: Nossa Herança Oriental. Rio de


Janeiro: Record.

Guthrie, W. K. C. (1988). Os Sofistas. São Paulo: Edusp.

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