Panganai Acm
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O Presente trabalho e de
carácter Avaliativo a ser
Entregue na Cadeira de
Antropologia Cultual de
Moçambique no
departamento de Ciências,
Tecnologia ,Engenharia e
Matemática no Curso de
Química.
Docente :MA. Samuel
António Sousa.
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Universidade Rovuma
2023
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
EVOLUÇÃO DA MENTE..............................................................................................................8
Conclusão......................................................................................................................................12
Referencia Bibliográfica................................................................................................................13
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Introdução
O presente resumo tem como abordagens fundamental sobre O homem que era considerado
como um animal hierarquicamente estratificado, uma espécie evolutivo, em cuja definição cada
nível — orgânico, psicológico, social e cultural — tinha um lugar designado e incontestável.
Para ver o que ele realmente era tínhamos que suportar os achados das várias ciências relevantes
— antropologia, sociologia, psicologia, biologia — uns sobre os outros como em muitos padrões
de maior e quando isso fosse feito, a importância cardinal do nível cultural, o único que é distinto
ao homem, surgir naturalmente, com seu direito próprio, como o faria o que ele teria que nos
contar sobre o que ele era realmente.
O ser físico do homem evoluiu, através dos mecanismos usuais de variação genética e selecção
natural, até o ponto em que sua estrutura anatómica chegou a menos à situação em que hoje o
encontramos: começou então o desenvolvimento cultural.
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NO que concerne ao estudo do homem, pode ir-se até mais adiante, penso eu, no argumento de
que a explicação consiste, muitas vezes, em substituir quadros simples por outros complexos,
enquanto se luta, de alguma forma, para conservar a clareza persuasiva que acompanha os
quadros simples. O avanço Científico comummente consiste numa complicação progressiva do
que alguma vez pareceu um conjunto de após ocorrer essa espécie de desencanto que a
inteligibilidade e, dessa forma, o poder explanatório, chega à possibilidade de Substituir o
enredado, mas incompreensível, pelo enredado, mas compreensível, ao qual Lévi-Strauss se
refere.
Whitehead uma vez ofereceu às ciências naturais a máxima "Procure a simplicidade, mas
desconfie dela"; para as ciências sociais ele poderia ter oferecido "Procure a complexidade e
ordene-a". Noções lindamente simples e que agora parece uma noção insuportavelmente
simplista. É após ocorrer essa espécie de desencanto que a inteligibilidade e, dessa forma, o
poder explanatório, chega à possibilidade de substituir o enredado, mas incompreensível, pelo
enredado, mas compreensível, ao qual Lévi-Strauss se refere.
O estudo da cultura se tem desenvolvido, sem dúvida, como se essa máxima fosse seguida. A
ascensão de uma concepção científica da cultura significava, ou pelo menos estava ligada a, a
derrubada da visão da natureza humana dominante no iluminismo — uma visão que, o que quer
que se possa falar contra ou a favor, era ao mesmo tempo clara e simples — e sua substituição
por uma visão não apenas mais complicada, mas enormemente menos clara.
Tendo procurado a complexidade e a encontrado numa escala muito mais grandiosa do que
jamais imaginaram, os antropólogos embaralharam-se num esforço tortuoso para ordená-la.
A perspectiva iluminista do homem era, naturalmente, a de que ele constituía uma só peça com a
natureza e partilhava da uniformidade geral de composição que a ciência natural havia
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descoberto sob o incitamento de Bacon e a orientação de Newton. Algumas de suas leis talvez
sejam diferentes, mas existem leis; parte da sua imutabilidade talvez seja obscurecida pelas
armas rodilhas da moda local, mas ela é imutável.
Uma citação que faz Lovejoy (cuja análise magistral estou seguindo aqui) transcrevendo um
historiador iluminista, Mascou, apresenta a posição com a rudeza útil que muitas vezes se
encontra num autor menor o cenário (em períodos e locais diferentes) é alterado, de fato, os
atores mudam sua indumentária e aparência; mas seus movimentos internos surgem dos mesmos
desejos e paixões dos homens e produzem seus efeitos nas viciasse-ta- dês dos reinos e dos
povos.1essa perspectiva não deve ser desprezada e, a despeito da minha ligeira referência à
"derrubada um momento atrás, não se pode dizer que ela tenha desaparecido do pensamento
antropológico contemporâneo.
A noção de que os homens são homens sob quaisquer disfarces e contra qualquer pano de fundo
não foi substituída por "outros costumes, outros animais" A enorme e ampla variedade de
diferenças entre os homens, em crenças e valores, em costumes e instituições, tanto no tempo
como de lugar para lugar, é essencialmente sem significa- cado ao definir sua natureza. Consiste
em meros acréscimos, até mesmo distorções, sobrepondo e obscure-1 cendo o que é
verdadeiramente humano — o constante, o geral, o universal — no homem. O problema com
esse tipo de perspectiva, além do fato de isso soar cómico vindo de alguém tão profundamente
inglês como Johnson ou tão francês como Racine, é que a imagem de uma natureza humana
constante, independente de tempo, lugar e circunstância, de estudos e profissões, modas
passageiras e opiniões temporárias, pode ser uma ilusão, que o que o homem é pode estar tão
envolvido com onde ele está, quem ele é e no que ele acredita, que é inseparável deles. É
precisamente o levar em conta tal possibilidade que deu margem ao surgimento do conceito de
cultura e ao declínio da perspectiva uniforme do homem.
Não existem, não podem existir, bastidores onde possamos ver de relance os atores de Mascou
como "pessoas reais", perambulando em suas roupas comuns, afastados de suas, profissões,
revelando com uma candura natural seus desejos espontâneos e paixões não-incitadas.
variada em sua essência como em sua expressão. E com esta reflexão começam a se afrouxar
alguns ancoradouros filosóficos bem amarrados, iniciando-se uma jornada em águas bem
perigosas. porque, se nos descartamos da noção de que o Homem, com letra maiúscula, deve ser
visto "por trás", "debaixo", ou "além" dos seus costumes, e se a substituímos pela noção de que o
homem, sem maiúscula, deve ser visto "dentro" deles, corre-se o perigo de perder por completo a
perspectiva do homem. Mas tivemos também, e mais comummente, tentativas de evitar a ambas
procurando nos próprios padrões culturais os elementos definidores de uma existência humana
qual, embora não constante na expressão, é ainda diferente no carácter . As tentativas de localizar
o homem no conjunto dos seus costumes assumiram diversas direcções, adotarantácticas
diversas; mas todas elas, ou virtualmente todas, agiram em termos de uma única estratégia
intelectual ampla: a que eu chamarei, de forma a ter uma arma a brandir contra ela, de concepção
"estratigráfica" da relações entre os factores biológico, psicológico, social e cultural na vida
humana. A principal razão pela qual os antropólogos fogem das particularidades culturais
quando chegam à questão de definir o homem, procurando o refúgio em universais sem sangue, é
que, confrontados como o são pelo enorme diversidade do comportamento humano, eles são
perseguidos pelo medo do historicismo, de s perderem num torvelinho de relativismo cultural tão
convulsivo que poderá privá-los de qualquer apoio fixe.
Isso significa dizer novamente que era estratigráfico. O ser físico do homem evoluiu, através dos
mecar mós usuais de variação genética e selecção natural, até o ponto em que sua estrutura
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O CRESCIMENTO DA CULTURA E A
EVOLUÇÃO DA MENTE
A expressão "a mente em seu próprio lugar", que os teóricos poderiam construir, não é
verdadeira, pois a mente não é sequer um "lugar “o conceito da "mente" tem desempenhado um
curioso papel duplo. Termos tais como introspecção, compreensão, pensamento conceptual,
imagem, ideia, sentimento, reflexão, fantasia, e assim por diante, foram estigmatizados como
metalistas, "isto é, contaminados pela subjectividade da consciência", e sua utilização foi
castigada como um fracasso lamentável do esforço científico.
No que concerne ao conceito da mente, essa situação é extremamente infeliz, uma vez que uma
noção extraordinariamente útil e para a qual não há um equivalente preciso, a não ser talvez o
arcaico "psique", é transformada num abantesma. Um dos métodos sugeridos com mais
frequência para reabilitar a mente como um conceito científico útil é transformá-la num verbo ou
num particípio. "Mente é mentalizar, a reacção de um organismo como um todo, como uma
unidade coerente... [uma perspectiva que] nos liberta do jugo verbal de uma metafísica estéril e
paralisante e nos deixa livre para semear e colher num campo que dará frutos".
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Além disso, dentro de um quadro conceptual geral como esse, é possível discutir os
determinantes biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais da vida mental do homem
simultaneamente sem fazer qualquer hipótese reducionista. Isso acontece porque, como a
capacidade para alguma coisa, ou a inclinação para fazer alguma coisa, não são entidades ou
execuções, elas simplesmente não são susceptíveis de redução. Tudo que se pode fazer na análise
da habilidade é mostrar de que maneira ela é (ou não é) dependente de vários factores, tais como
a complexidade do sistema nervoso, o desejo de exibição reprimido, a existência de instituições
sociais como circos ou a presença de uma tradição cultural de imitar a falta de jeito com o
propósito de satirizar.
Quanto à teoria do ponto crítico do aparecimento da cultura, ela postula que o desenvolvimento
da capacidade de adquirir cultura foi um tipo de ocorrência súbita, tudo-ou-nada, na filógina dos
primatas. Um bom exemplo de tal abordagem às considerações temporais está implícito naquela
que é, provavelmente, a espécie mais frequente de documentação científica invocada em apoio
da "diferença em espécie em vez de diferença em grau" como perspectiva da cultura humana: a
comparação do homem com seus parentes vivos mais próximos, os pongídeos, particularmente
os chimpanzés.
O homem pode falar, pode criar símbolos, pode adquirir cultura, cita o argumento, mas o
chimpanzé (e, por extensão, todos os animais menos dotados) não pode. Assim, o homem é
único nesse sentido e, no que concerne à mentalidade, "somos confrontados por uma série de
saltos, não uma ascensão contínua isso deixa passar o fato de que, embora os pongídeos possam
ser os parentes mais próximos do homem —e "próximo" é um termo muito elástico — e levando
em conta uma balança de tempo mais realista do ponto de vista evolutivo, eles não são realmente
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tão próximos, e o último ancestral comum seria, no mínimo, um macaco do alto Plioceno (e, no
máximo, do alto Oligoceno) e, desde essa ocasião, a diferenciação filética ocorreu com uma
rapidez sempre crescente por outro lado, uma negação da simples independência dos processos
sócio-cultural e biológico no pré-Homo sapiens não implica a rejeição da doutrina de unidade
psíquica, uma vez que a diferenciação filética dentro da linha do hominídeo cessou,
efectivamente, com a difusão do Homo sapiens no terminal Pleistoceno em praticamente todo o
mundo e a extinção de qualquer outra espécie de Homo porventura existente nesse período.
De uma forma geral, isso é muito verdadeiro, embora macacos, pombos e até mesmo polvos
possam às vezes desconcertar-nos com as coisas quase "humanas" que eles possui- em a
capacidade de aprender.
Assim, como o homem é "o animal mais emocional além de ser o mais racional", é necessário
um controle cultural muito cuidadoso dos estímulos de medo, raiva, sugestões, etc. — através de
tabus, da homogeneização do comportamento, da rápida "racionalização" de estímulos estranhos
em termos de conceitos familiares etc. — para impedir uma instabilidade afectiva continuada,
uma oscilação constante entre os extremos da paixão.
Com efeito, no que concerne ao homem, uma das características mais marcantes do seu sistema
nervoso central é a deficiência relativa com que é capaz de especificar o comportamento, só
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aluando dentro dos limites de parâmetros autógenos. Essa tendência parece representar uma
extensão lógica da justamente famosa variação cultural nas práticas sexuais do homem.
O termo "mente" refere-se a certo conjunto de disposições de um organismo. Isso, por sua vez,
significa que o pensamento humano é, basicamente, um ato aberto conduzido em termos de
materiais objectivos da cultura comum, e só secundariamente um assunto privado.
No sentido tanto do raciocínio orientado como da formulação dos sentimentos, assim como da
integração de ambos os motivos, os processos mentais do homem ocorrem, na verdade, no banco
escolar ou no campo de futebol, no estúdio ou no assento do caminhão, na estação de trem, no
tabuleiro de xadrez ou na poltrona do juiz.
Conclusão
Chegando ao fim do presente resumo conclui se que o homem é "o animal mais emocional além
de ser o mais racional", é necessário um controle cultural muito cuidadoso dos estímulos de
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Todavia, como o homem não pode actuar eficientemente na ausência de um grau bastante
elevado de activação emocional razoavelmente persistente, são igualmente essenciais
mecanismos culturais que assim sugerem a pronta disponibilidade de tipos constantemente
variados de experiências sensoriais que possam sustentar tais actividades.
Referencia Bibliográfica
'A. O. Lovejoy. Essays in the History ofldeas (Nova York, 1960), p. 173.
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2Ibid., p. 80.
14S. Freud, "The Interpretation of Dreams", trad. in The Basic Writings of Sigmund Freud, org.
por A. A. Brill (Nova York, 1938),
Universidade Rovuma
Extensão Cabo Delgado
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