Decreto Nº 33.251, de 2019
Decreto Nº 33.251, de 2019
Decreto Nº 33.251, de 2019
DECRETA:
CAPÍTULO ÚNICO
DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES DE
COMÉRCIO EXTERIOR E ÁREAS INCENTIVADAS
Seção I
Das Operações e Prestações destinadas ao Exterior
Nota: o parágrafo único acrescentado pelo inciso I, art. 1.º do Decreto n.º 33.456, de
2020, (DOE 03/02/2020), produzindo efeitos a partir da data de sua publicação.
Art. 3.º Para efeito de reconhecimento da não incidência de que trata esta
seção, a efetiva exportação para o exterior de mercadoria, bem ou serviço deverá ser
realizada no prazo de:
I – até 180 (cento e oitenta) dias contados da data de emissão da NF-e de
remessa com o fim específico de exportação;
II – até 90 (noventa) dias contados da data de emissão da NF-e de remessa para
formação de lote de exportação ou da NF-e de exportação direta.
§ 1.º Para fins de cumprimento do disposto no caput deste artigo, a
comprovação da exportação deverá ser feita na forma e condições estabelecidas em ato
normativo expedido pelo Secretário da Fazenda.
§ 2.º Em relação a produtos primários e semielaborados, o prazo de que trata o
inciso I do caput deste artigo será de 90 (noventa) dias, exceto quanto aos produtos
classificados na posição 2401 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM/SH), caso em
que o prazo é de 180 (cento e oitenta) dias.
§ 3.º Os prazos estabelecidos no caput e no § 2.º deste artigo poderão ser
prorrogados, uma única vez, por igual período, a critério do fisco, após análise de pedido do
interessado, formalizado no transcurso de sua vigência original.
§ 4.º Para fins de contagem de prazo, será considerada como data da efetiva
exportação a data do embarque da mercadoria para o exterior ou da sua transposição de
fronteira, desde que a exportação esteja averbada no Sistema Integrado de Comércio
Exterior (Portal SISCOMEX), via Declaração de Exportação (DE), Declaração
Simplificada de Exportação (DSE) ou Declaração Única de Exportação (DU-E), conforme
o caso.
Art. 4.º O estabelecimento que der saída de mercadoria, bem ou serviço com
destino ao exterior, nos termos desta seção, ficará obrigado ao recolhimento do ICMS
devido a este Estado, inclusive o relativo à prestação de serviço de transporte, quando for o
caso, com os acréscimos legais, inclusive multa, em qualquer um dos seguintes casos em
que não se efetivar a exportação:
I – decorridos os prazos fixados no caput e no § 2.º do art. 3.º, inclusive quando
prorrogados nos termos do § 3.º do mesmo artigo;
II – em razão de perda, furto, roubo, incêndio, calamidade, perecimento,
sinistro ou qualquer outra causa de dano da mercadoria ou bem, quando não reconhecidos
pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (SEFAZ) em parecer circunstanciado, na
forma da legislação vigente;
III – em virtude da reintrodução da mercadoria ou bem no mercado interno.
§ 1.º O estabelecimento remetente ficará ainda obrigado ao recolhimento do
imposto, na forma do caput deste artigo, nos casos em que houver descaracterização da
mercadoria remetida com o fim específico de exportação, em razão de industrialização,
beneficiamento ou rebeneficiamento, em qualquer de suas modalidades.
§ 2.º Não haverá exigência do imposto no caso de devolução ou retorno da
mercadoria ou bem remetido ao exterior, ao estabelecimento exportador ou remetente, da
mercadoria ou bem que saiu com destino ao exterior, nos prazos fixados no caput e no § 2.º
do art. 3.º, inclusive quando prorrogados nos termos do § 3.º do mesmo artigo.
§ 3.º A devolução ou retorno da mercadoria ou bem de que trata o § 2.º deste
artigo deverá ser comprovada:
I – pelos documentos legais caracterizadores do efetivo trânsito do retorno da
mercadoria, na hipótese de ainda não ter sido exportada para o exterior; ou
II – pela Declaração de Importação (DI), Declaração Simplificada de
Importação (DSI) ou outro documento equivalente, especificando o número da Declaração
Única de Exportação (DU-E) ou da Declaração de Exportação (DE) e respectivo Registro
de Exportação (RE), ou ainda da Declaração Simplificada de Exportação (DSE) da
operação de exportação originária, e pelos documentos legais caracterizadores do efetivo
trânsito de retorno da mercadoria, na hipótese de ter sido reintroduzida no País por motivo
de devolução de venda realizada para o exterior.
§ 4.º O valor do imposto a ser recolhido na forma deste artigo deverá compor a
sua própria base de cálculo.
Subseção I
Da Remessa de Mercadoria com o Fim Específico de
Exportação (Exportação Indireta)
Art. 7.º Nas remessas destinadas aos seguintes consórcios, conforme previsto
na legislação em vigor, a não incidência somente se aplica às saídas internas:
I – consórcio de exportadores;
II – consórcio de fabricantes formados para fins de exportação;
III – consórcio de microempresas deste Estado, organizados pelo Serviço
Brasileiro de Apoio à Pequena e Microempresa (SEBRAE).
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, a operação ou prestação
deverá ser acompanhada pela respectiva NF-e e pelo instrumento constitutivo do consórcio,
do qual conste o remetente como membro, admitida a cópia reprográfica do referido
instrumento, autenticada em cartório de registro público de documentos.
Subseção II
Da Remessa de Mercadoria para Formação de Lote de Exportação
Seção II
Das Operações de Importação com a Incidência do ICMS
Subseção I
Dos Procedimentos Para Fins de Importação
Subseção II
Das Remessas Expressas Internacionais
Art. 11. Aplica-se o disposto nos arts. 784 a 787 do Decreto n.º 24.569, de
1997, inclusive no que se refere ao ICMS Substituição Tributária e ao Adicional do ICMS
para o FECOP, quando incidentes, à mercadoria ou bem contido em encomenda aérea
internacional transportada por empresa de courier ou a ela equiparada.
§ 1.º A desoneração do ICMS prevista no parágrafo único do art. 784 do
Decreto n.º 24.569, de 1997, poderá ser solicitada ao fisco deste Estado por empresa de
courier, observado o disposto no art. 13 deste decreto.
§ 2.º Aplicam-se em caráter suplementar, no que couber, à mercadoria ou bem
de que trata o caput deste artigo, as disposições do Convênio ICMS n.º 60/18, de 26 de
julho de 2018, ou de outro convênio que venha a disciplinar a matéria.
§ 3.º Considera-se empresa de courier aquela habilitada por meio de Ato
Declaratório Executivo (ADE) expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB), nos termos da legislação federal pertinente.
§ 4.º A empresa de que trata o caput deste artigo deverá estar regularmente
inscrita no cadastro de contribuintes do ICMS deste Estado.
§ 5.º A empresa de courier, na condição de responsável solidária, deve efetuar o
pagamento do ICMS incidente sobre as mercadorias ou bens contidos em remessas
expressas internacionais.
§ 6.º O recolhimento do ICMS relativo às importações processadas por
intermédio do “SISCOMEX REMESSA” será efetuado para este Estado por meio de
GNRE ou DAE individualizado para cada remessa, em nome do destinatário, com a
respectiva identificação da empresa de courier responsável pelo recolhimento.
§ 7.º A critério do fisco, por meio de Regime Especial de Tributação, o
recolhimento do ICMS de que trata o § 6.º poderá ser efetuado, em nome da empresa de
courier, em relação a diversas remessas, em um único documento de arrecadação.
§ 8.º O ICMS devido a que se refere o § 6.º será recolhido nos seguintes prazos:
I – antes da retirada da mercadoria do recinto aduaneiro, na hipótese de empresa
de courier habilitada na modalidade COMUM nos termos da legislação federal;
II – até o 21.º (vigésimo primeiro) dia subsequente ao da liberação da remessa
informada no “SISCOMEX REMESSA”, na hipótese de empresa de courier habilitada na
modalidade ESPECIAL nos termos da legislação federal.
§ 9.º Fica isenta do ICMS a remessa expressa internacional devolvida ao
exterior, na forma da legislação federal pertinente, desde que a declaração relativa à
importação apresente a situação final “Devolvida/Declaração Cancelada” e não seja devido
o pagamento do Imposto de Importação.
§ 10. A empresa de courier enviará, semestralmente, por meio eletrônico, as
informações contidas no “SISCOMEX REMESSA”, referentes a todas as remessas
expressas internacionais, tributadas ou não, destinadas a este Estado, nos prazos a seguir:
I – para remessas com chegada ao País entre janeiro e junho, até 20 (vinte) de
agosto do ano vigente;
II – para remessas com chegada ao País entre julho e dezembro, até 20 (vinte)
de fevereiro do ano subsequente.
§ 11. As informações de que trata o § 10 devem conter, no mínimo:
I – dados da empresa informante: CNPJ, razão social;
II – dados do destinatário: CPF ou CNPJ ou número do seu passaporte, quando
houver, nome ou razão social e endereço;
III – dados da mercadoria ou bem: número da declaração, data de desembaraço,
valor aduaneiro da totalidade dos bens contidos na remessa internacional, descrição da
mercadoria ou bem;
IV – dados relativos aos tributos: valor recolhido do Imposto de Importação,
valor recolhido do ICMS e sua respectiva data do recolhimento, número do documento de
arrecadação.
§ 12. Em substituição ao envio por meio eletrônico de que trata o caput do § 10,
a empresa de courier poderá disponibilizar, em sistema próprio, consulta às informações
previstas no § 11.
§ 13. A circulação de bens e mercadorias a que se refere este artigo deverá ser
realizada com o acompanhamento dos seguintes documentos:
I – conhecimento de transporte aéreo internacional (AWB);
II – fatura comercial;
III – comprovante de recolhimento do ICMS nos termos do inciso I do § 8.º
deste artigo ou declaração da empresa de courier de que o recolhimento do ICMS será
realizado nos termos do inciso II do § 8.º deste artigo.
§ 14. Ato normativo expedido pelo Secretário da Fazenda disciplinará a forma
como os documentos e informações previstas nos §§ 10 e 12 serão encaminhados ou
disponibilizados à SEFAZ.
Subseção III
Da Base de Cálculo do ICMS
Nota: o §9.º com nova redação determinada pelo art. 2.º do Decreto n.º 34.454, de 2021
(DOE 13/12/2021), produzindo efeitos a partir de 1.º de setembro de 2019.
§ 9.º A despesa com despachante de que trata a alínea “a” do inciso I do § 8.º
pode ser comprovada por meio de Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA), Guia de
Recolhimento de Honorários (GRH), ou nota fiscal de serviço.
Redação original:
§ 9.º A despesa com despachante de que trata a alínea “a” do inciso
I do § 8.º deve ser comprovada através de Recibo de Pagamento a
Autônomo (RPA) ou Guia de Recolhimento de Honorários (GRH)
no momento da liberação da mercadoria no posto fiscal.
Seção III
Dos Procedimentos nas Operações sem a Exigência do ICMS
Subseção I
Das Disposições Gerais
Subseção II
Do Sistema de Controle das Operações de Comércio Exterior (SISCOEX)
Art. 14. Fica instituído o Sistema de Controle das Operações de Comércio
Exterior (SISCOEX) para operacionalizar a análise e aplicação do tratamento tributário do
ICMS incidente nas operações de importação, bem como o controle de obrigações
tributárias nas operações de comércio exterior, sendo utilizado para:
I – o cálculo do imposto devido nas operações de importação;
II – a emissão, análise e visto da GLME, em formato eletrônico, nos casos de
não exigência do ICMS nas operações de importação, de acordo com o disposto no art. 13;
III – o controle das obrigações tributárias decorrentes de operações de
importação;
IV – o controle das obrigações tributárias decorrentes das operações de saída de
mercadorias para o exterior previstas no art. 1.º;
V – o controle das obrigações tributárias decorrentes de operações de saída de
mercadorias para áreas incentivadas da Zona Franca de Manaus (ZFM) e Áreas de Livre
Comércio (ALC), de acordo com o art. 25;
VI – o controle das obrigações tributárias decorrentes de operações de remessa
de mercadorias ou bens para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará,
realizadas na forma do art. 36.
§ 1.º A utilização do SISCOEX não implica em reconhecimento da veracidade e
da legitimidade das informações prestadas pelo contribuinte, que ficarão sujeitas a posterior
homologação pelo fisco.
§ 2.º Ato normativo expedido pelo Secretário da Fazenda disciplinará os
procedimentos e funcionalidades que serão executados por meio do sistema SISCOEX.
Subseção III
Do Portal Único do Comércio Exterior (PUCOMEX)
Subseção IV
Da Importação de Bens sob o
Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária
Subseção V
Da Importação de Mercadorias sob o
Regime Aduaneiro Especial de Drawback
Subseção VI
Da Suspensão do ICMS nas Importações sob o amparo do
Regime Aduaneiro Especial de Depósito Afiançado (DAF)
Seção IV
Das Saídas de Mercadorias para a Zona Franca de Manaus e
Áreas de Livre Comércio
Art. 23. Na saída dos produtos beneficiados com a isenção de que trata o art.
22, será emitida NF-e, que será objeto de controle pela SUFRAMA.
§ 1.º Os documentos relativos ao transporte das mercadorias não poderão ser
emitidos de forma a compreender mercadorias de mais de um remetente.
§ 2.º O contribuinte indicará na NF-e, além dos requisitos exigidos pela
legislação pertinente, o número de inscrição na SUFRAMA do estabelecimento
destinatário.
Art. 26. A formalização do ingresso dos produtos nas áreas de que trata esta
Seção dar-se-á no sistema de controle eletrônico da SUFRAMA, mediante os
procedimentos previstos no Convênio ICMS n.º 23/08, de 4 de abril 2008, ou em outro que
venha disciplinar a matéria.
Art. 30. O estorno do crédito de que trata o § 4.º do art. 22 será efetivado por
ocasião da comprovação do ingresso dos produtos, devendo o contribuinte informar, no
campo “Observações” do livro Registro de Apuração do ICMS, o número das notas fiscais
relativas às operações beneficiadas com a isenção.
Art. 31. Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de
emissão da NF-e de remessa de mercadorias, sem que tenha sido recebido, pelo fisco deste
Estado, informação quanto à comprovação do seu ingresso nas áreas incentivadas, a
SEFAZ/CE iniciará procedimento fiscal, exigindo do contribuinte remetente,
alternativamente, a entrega dos seguintes documentos:
I – Declaração de Ingresso;
II – parecer exarado pela SUFRAMA em pedido de vistoria técnica;
III – comprovante de recolhimento do imposto, com os acréscimos legais
cabíveis;
IV – comprovação do internamento decorrente de conclusão de vistoria
extemporânea realizada pela SUFRAMA;
V – comprovante do registro do internamento na SUFRAMA como evento na
NF-e.
§ 1.º Caso a saída da mercadoria beneficiada com a isenção de que trata o art.
22 fique sujeita à vistoria técnica ou extemporânea na SUFRAMA, o procedimento de que
trata o caput deste artigo ficará suspenso até a apresentação do parecer de que trata o inciso
II ou da comprovação do internamento de que trata o inciso IV, observado o prazo
decadencial do ICMS dentro do qual o crédito tributário poderá ser constituído.
§ 2.º Na hipótese de o remetente apresentar qualquer dos documentos de que
tratam os incisos do caput deste artigo, o agente do fisco deverá adotar providências com
vistas à obtenção da confirmação, pela SUFRAMA, da legitimidade do referido documento.
§ 3.º O ingresso na Zona Franca de Manaus e nas Áreas de Livre Comércio não
será aceito, para fins de isenção do ICMS, quando o produto for destinado a órgãos
públicos ou a consumidor final, contribuinte ou não do ICMS.
Art. 32. O não atendimento, pelo remetente, do disposto no art. 31, ensejará o
lançamento de ofício para cobrança do ICMS, com os devidos acréscimos legais.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, o valor do ICMS deverá
compor a sua própria base de cálculo.
Seção V
Das Operações com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE-Ceará)
Art. 33. Ficam isentas do ICMS as operações internas de saída dos bens e
mercadorias abaixo mencionados, quando destinadas a estabelecimentos autorizados a
operar na Zona de Processamento de Exportação (ZPE-Ceará), na forma da Lei Federal n.º
11.508, de 20 de julho de 2007, para utilização em processo de industrialização de produtos
a serem exportados:
I – máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos ou usados,
destinados à instalação industrial, desde que incorporados ao ativo imobilizado, observado
o disposto no § 3.º deste artigo;
II – matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem
destinados a integrar o processo produtivo.
§ 1.º O tratamento tributário previsto neste artigo aplica-se às importações de
bens e mercadorias originários de países-membros da Organização Mundial do Comércio
(OMC), quando realizadas pelos estabelecimentos autorizados a operar na ZPE-Ceará,
exceto importações por conta e ordem de terceiros cujo adquirente não seja estabelecido na
ZPE-Ceará e importações por encomenda.
§ 2.º Na hipótese de importação de bens usados, o tratamento tributário a que se
refere este artigo será aplicado somente quando se tratar de conjunto industrial que seja
elemento constitutivo da integralização do capital social do importador.
§ 3.º Nas operações de importação de que tratam os §§ 1.º e 2.º, deverão ser
observadas, no que couber, as normas previstas nos arts. 13 a 15 e em ato normativo
expedido pelo Secretário da Fazenda.
§ 4.º O tratamento tributário previsto neste artigo aplica-se também:
I – à prestação de serviço de transporte que tenha como origem o local de
desembarque de produto importado do Exterior, e como destino o estabelecimento
localizado na ZPE-Ceará;
II – ao diferencial de alíquotas, nas:
a) aquisições interestaduais de bens destinados ao ativo imobilizado;
b) prestações de serviços de transporte dos bens de que trata a alínea ‘a’ deste
inciso.
§ 5.º O benefício previsto no inciso I do § 4.º deste artigo alcança, igualmente,
as prestações decorrentes de mudança de modalidade, de subcontratação ou despacho.
Nota: o § 6.º com nova redação determinada pelo art. 1.º do Decreto n.º 33.901, de
2021 (Republicado no DOE 10/03/2021), produzindo efeitos a partir da data de sua
publicação.
Redação original:
§ 6.º A fruição dos benefícios previstos neste artigo implica o
estorno dos créditos relativos às operações envolvendo os bens de
que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, ainda que em
operações interestaduais, bem como aos relativos às demais
prestações no processo industrial.
Nota: o art. 33-A acrescentado pelo art. 2.º do Decreto n.º 34.221, de 2021 (DOE de
03/09/2021), produzindo efeitos até 31 de dezembro de 2050.
Art. 34. Somente poderá instalar-se na ZPE-Ceará a pessoa jurídica que assuma
o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de
exportação para o exterior de, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua receita bruta total
de venda de bens e serviços, nos termos do art. 18 da Lei Federal n.º 11.508, de 20 de julho
de 2007.
§ 1.º A receita bruta de que trata o caput deste artigo será considerada depois de
excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre as vendas.
§ 2.º O percentual de receita bruta de que trata o caput deste artigo será apurado
a partir do ano-calendário subsequente ao do início da efetiva entrada em funcionamento do
projeto, em cujo cálculo será incluída a receita bruta auferida no primeiro ano-calendário de
funcionamento.
Nota: o § 2.º com nova redação determinada pelo inciso II, art. 1.º do Decreto n.º
33.456, de 2020, (DOE 03/02/2020), produzindo efeitos a partir da data de sua
publicação.
Redação original:
§ 2.º O não cumprimento de um dos registros elencados nos incisos
do § 1.º deste artigo implicará a descaracterização do benefício para
efeitos de fruição da isenção prevista no art. 33, ensejando o
lançamento de ofício do imposto devido, com os acréscimos legais
cabíveis.
Nota: o parágrafo único com nova redação determinada pelo inciso III, art. 1.º do
Decreto n.º 33.456, de 2020, (DOE 03/02/2020), produzindo efeitos a partir da data de
sua publicação.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, os agentes do fisco
estadual poderão requisitar à ZPE CEARÁ e às empresas ali instaladas informações
relativas às operações realizadas com o benefício previsto nesta Seção, observadas as
disposições estabelecidas na legislação estadual.
Redação original:
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste artigo, os agentes
do fisco estadual poderão, ainda, requisitar:
I – da ZPE-Ceará, o acesso aos dados do sistema de informática a
que se refere o art. 13 da Instrução Normativa RFB n.º 952, de 2 de
julho de 2009, ou outro ato que venha a substituí-la;
II – dos estabelecimentos localizados na ZPE-Ceará, o acesso aos
dados do sistema de informática a que se refere o art. 14 da
Instrução Normativa RFB n.º 952, de 2009, ou outro ato que venha
a substituí-la.
Seção VI
Das Disposições Finais
Art. 39. As vias originais ou cópias dos documentos impressos previstos neste
decreto como sendo de entrega obrigatória ao fisco deste Estado poderão ser remetidas em
formato digital, por intermédio dos sistemas SISCOEX ou VIPRO, na forma da legislação
pertinente, quando não for possível ao fisco obtê-las por meio eletrônico em outros sistemas
corporativos dos órgãos integrantes da Administração Pública.
Parágrafo único. A dispensa de que trata o caput deste artigo não desobriga o
contribuinte de apresentar os documentos em meio físico sempre que exigidos no prazo
decadencial estabelecido na legislação tributária.
Art. 40. Para efeito do disposto nos arts. 16 a 21, o lançamento do crédito
tributário referente ao ICMS, quando exigível, poderá ser efetuado no prazo estabelecido no
artigo 173, I, do Código Tributário Nacional, contado a partir do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o crédito tributário for exigível, pelo descumprimento do regime,
nos termos da legislação federal pertinente, e correspondente descumprimento da legislação
estadual referente às obrigações tributárias relativas ao ICMS.
Nota: O art. 41 com nova redação determinada pelo art. 1.º do Decreto n.º 35.554, de
2023, (DOE 30/06/2023), produzindo efeitos a parir da data de sua publicação.
Art. 41. Os benefícios previstos na legislação para as operações internas serão
estendidos para as operações de importação, desde que o país remetente seja signatário de
acordo internacional no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) do qual o
Brasil faça parte.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se inclusive no que se
refere ao destinatário jurídico da mercadoria ou serviço, identificado na Declaração de
Importação ou em outro documento equivalente, de que trata o §1.° do art. 9.° deste
Decreto.
Redação anterior:
Nota 1: o art. 41 fica restaurado tendo seus efeitos válidos até 31 de
dezembro de 2021, determinado pelo art. 2.º do Decreto n.º 33.620,
de 2020 (DOE 10/06/2020), produzindo efeitos a partir da data de
sua publicação.
O disposto não confere direito à restituição ou compensação de
importâncias já pagas a qualquer título. (ver Nota 2 abaixo)
Redação anterior:
Nota: O art. 41 com redação determinada pelo art. 1.º do Decreto
n.º 33.454, de 2020, (DOE 03/02/2020), fica com seus efeitos
postergados para 1°/01/2022.
Art. 41. Os benefícios previstos na legislação para as operações
internas serão estendidos para as operações de importação, desde
que o desembaraço aduaneiro se dê neste Estado e o país remetente
seja signatário de acordo internacional no âmbito da Organização
Mundial do Comércio (OMC) do qual o Brasil faça parte.
Nota 3: os efeitos do art. 41, cuja redação foi determinada pelo art.
1.º do Decreto n.º 33.454, de 2020, (DOE 03/02/2020), produzirá
efeitos a partir de 1.º de janeiro de 2024, conforme disposição do
Decreto n.º 34.454, de 2021 (DOE 13/12/2021).
O disposto não confere direito à restituição ou compensação de
importâncias já pagas a qualquer título.
Redação original:
Art. 41. Os benefícios previstos na legislação para as operações
internas serão estendidos para as operações de importação, desde
que o desembaraço aduaneiro se dê neste Estado e o país remetente
seja signatário de acordo internacional no âmbito da Organização
Mundial do Comércio (OMC) do qual o Brasil faça parte.
Art. 43. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeitos a partir de 1º de setembro de 2019.