Licao 3
Licao 3
Licao 3
LIÇÃO 3
A Bíblia Como Literatura
Quando falamos com alguém, queremos que essa pessoa nos compreenda.
Assim, fazemos os possíveis para tornarmos de fácil a compreensão das ideias
que queremos transmitir. Por outras palavras, sabemos que o que dizemos e
como dizemos formam um conjunto. Tal como o discurso, a literatura é eficaz
quando o escritor transmite as suas ideias com clareza.
Os escritores da Bíblia escolheram as palavras e dispuseram-nas para
atingirem o seu objectivo. Se estudarmos de que modo os escritores expressaram
as suas ideias, isso irá ajudar-nos no estudo da Bíblia. Compreenderemos
melhores expressões como “Eu sou a videira e vós os ramos”. Veremos melhor a
ideia central de uma passagem bíblica. Poderemos compreender melhor os
objectivos do escritor quando identificarmos o seu estilo ou maneira de se
expressar.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
1. Literal ou 2. Figurativa?
a) O semeador
b) O inimigo
c) A boa semente
d) Joio
e) Trigo e joio juntos
f) O joio recolhido g) O trigo sozinho
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
_____________e) 2 Crónicas 1:7-12, a ideia de que por Salomão ter agido, Deus
também agiu.
ESTILOS LITERÁRIOS
Objectivo 3: Reconhecer os principais estilos literários usados na Bíblia.
História
A Bíblia é a história do trato de Deus com os homens. Assim, é um relato
escrito do que aconteceu na vida de certas pessoas. O Espírito Santo guiou os
autores na escolha de certas pessoas e acontecimentos para compartilharem
connosco. Ao lermos esses relatos, podemos melhorar a nossa relação com Deus.
Podemos edificar a nossa fé, lendo e aprendendo com as suas lutas e vitórias.
Por exemplo, quando lemos a tarefa que Deus ordenou a Gideão e o conflito
interior deste, podemos aprender a reverência a Deus e vencer o nosso receio das
outras pessoas e do fracasso (veja Juízes 6 e 7). O maior relato é o do próprio
Cristo. Seguindo o Seu exemplo, podemos viver em obediência à vontade de
Deus.
Há histórias em toda a Bíblia. Os livros que são fundamentalmente históricos
são os que vão de Josué a Ester, no Velho Testamento e os de Mateus a Actos no
Novo. De Génesis a Deuteronómio, há uma mistura de história e de profecia.
Profecia
Na história bíblica, Deus usa certos homens chamados profetas para falar
directamente ao povo. Eles declaravam a vontade e o propósito de Deus. Falavam
profeticamente. Essas profecias proclamavam a verdade para cumprimento
imediato e prediziam a verdade para um cumprimento futuro. Algumas dessas
profecias ainda não se cumpriram. Predizem acontecimentos que só se darão no
fim dos tempos. Os livros de Ezequiel, Daniel e Apocalipse contêm muitas dessas
profecias por cumprir.
É útil estudar primeiro as profecias que já se cumpriram e que o Novo
Testamento explica. O livro de Actos, por exemplo, refere-se ao cumprimento de
muitas profecias do Velho Testamento. Entre essas, temos a do derramamento do
Espírito Santo, o sofrimento e rejeição de Cristo, a salvação dos gentios e a
dureza de coração dos homens em compreenderem o Evangelho.
Embora o significado de algumas profecias seja de difícil compreensão, por
conter muitos símbolos, precisamos de as estudar para obtermos um melhor
entendimento do plano de Deus. Os últimos 17 livros do Velho Testamento, os
Salmos e o Apocalipse contêm importantes passagens proféticas.
Poesia
Na poesia, expressamos profundas emoções, utilizando um determinado ritmo
e dispondo a escrita em versos. Enquanto a história narra acontecimentos reais ou
acções humanas, a poesia revela o que o homem pensa e o modo come ele sente
– feliz, triste, desesperado ou alegre. A poesia usa uma grande porção de
linguagem figurada. Não pode ser interpretada literalmente como a história. Assim,
quando lemos Job, os livros poéticos de Salmos, Provérbios, Eclesiastes e
Cantares de Salomão e outras passagens poéticas espalhadas pela Bíblia, temos
de analisar o uso da linguagem figurada.
Paralelismo
Ouve as minhas palavras
Ouve o meu clamor
Contraste
A preocupação pode roubar-te a felicidade
Mas palavras suaves podem alegrar-te
Epístolas
É fácil identificar as epístolas ou cartas. Começam com uma saudação, têm
uma mensagem central e terminam com saudações de despedida. O corpo central
da epístola pode relacionar-se com a resposta a perguntas mencionadas numa
outra carta. Assim, é bom recordar que uma epístola é uma resposta a uma
necessidade específica. Não fornece um ensino completo sobre qualquer tópico.
O apóstolo Paulo escreveu 13 das epístolas do Novo Testamento. Vários
outros autores escreveram as restantes 8. Ao estudarmos estas cartas e
compararmos os seus ensinamentos, recebemos orientação para a nossa fé e
nova vida em Cristo.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BÊNÇÃOS