Planejamento Familiar
Planejamento Familiar
Planejamento Familiar
Ginecobstetrícia e Pediatria
AULA 03 Planejamento Familiar
▪ Para o exercício do direito ao planejamento familiar, devem ser oferecidos todos os métodos e
técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida
e a saúde das pessoas, garantindo a liberdade de opção.
Introdução
• Questionamentos
▪ É acessível para todos?
• Papel da enfermagem
▪ Acolher o casal;
▪ Comportamentais
▪ Barreira
▪ Hormonais
▪ Definitivos
Comportamentais
• Método Ogino-Knaus (Ritmo, Calendário ou tabelinha)
Este método baseia-se em um ciclo menstrual regular (28 dias) e constante;
Para utilizar esse método a mulher precisa acompanhar seu ciclo por, pelo menos, 6 meses;
Técnica:
A- Verificar o número de dias do ciclo (do 1º dia do ciclo ao dia que antecede a menstruação seguinte);
B- Verificar o ciclo mais curto e o mais longo;
C- Calcular a diferença entre eles. Se a diferença for maior que 10 dias, a mulher não deve utilizá-lo;
D- Início do período fértil=Período mais curto subtraindo 18. Fim do período fértil= Período mais
longo subtraindo 11;
E- Abstenção de relação desprotegida durante esse intervalo.
Comportamentais
Benefícios:
Periodicidade: Pontos negativos:
▪ Ausência de efeitos secundários;
▪ Primeiro retorno depois de um mês; ▪ Não protege quanto às IST’s;
▪ Favorece o conhecimento sobre a
▪ Retornos subsequentes a cada 6 meses. ▪ Alta taxa de falha.
fisiologia reprodutiva;
Exemplo:
25 (ciclo mais curto) – 18 = 7
34 (ciclo mais longo) – 11 = 23
Técnica:
A- Verificar a temperatura pela manhã antes de qualquer atividade e registrar em papel quadriculado
fazendo pontos até formar um gráfico;
B- Verificar a ocorrência de aumento persistente da temperatura;
C- Reconhecer mudança de, no mínimo, 0,2ºC entre a última baixa e três altas é indicação de
ovulação. O período fértil termina na manhã do 4º dia de temperatura elevada.
Primeira consulta
▪ Retornos mensais nos primeiros 6 meses;
▪ Retorno 12 meses após o início;
▪ Retornos subsequentes anuais.
Pontos negativos:
▪ Não protege quanto às IST’s;
▪ Alta taxa de falha.
Benefícios:
▪ Ausência de efeitos secundários;
▪ Favorece o conhecimento da
fisiologia reprodutiva.
• Método muco cervical ou Billings
Este método fundamenta-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação das
características do muco cervical e a sensação por ele na vulva.
O muco no início é espesso e grumoso. À medida que aproxima-se o período fértil, ele torna-se
transparente, elástico e fluido, semelhante à clara do ovo.
Técnica:
A- Observar a presença ou ausência de muco e analisar seu aspecto.
B- Ao término da menstruação pode começar a fase seca – Relação sexual em noites alternadas;
Pontos negativos:
▪ Não protege quanto às IST’s;
▪ Alta taxa de falha.
Benefícios:
▪ Ausência de efeitos secundários;
Parâmetros: Dor abdominal, sensação de peso nas mamas e dor, variação de humor e libido,
entre outros.
Técnica:
A- Registrar diariamente os dados sobre o muco, temperatura e sintomas;
B- Identificar o início do ciclo por meio de calculo de ciclos, método de ovulação Billings
(muco) e a combinação de ambos;
C- Identificar o término por meio de temperatura basal (após 4 dias de elevação), 4º noite
após o ápice do muco e combinação de ambos ou o que ocorrer por último.
Primeira consulta
▪ Retornos semanais durante o 1º mês;
▪ Retorno quinzenais até o 3º mês;
▪ Retornos mensais até o 6º mês;
▪ Retornos subsequentes semestrais.
Pontos negativos:
▪ Não protege quanto às IST’s;
▪ Alta taxa de falha.
Benefícios:
▪ Ausência de efeitos secundários;
Para colocá-lo corretamente, a mulher deve Com o dedo indicador, ele deve Para retirá-lo, segure as bordas do anel
encontrar uma posição confortável (em pé ser empurrado o mais externo fazendo um movimento de
com um dos pés em cima de uma cadeira, profundamente possível para torção para manter o esperma dentro do
alcançar o colo do útero. preservativo.
sentada com os joelhos afastados, agachada
ou deitada).
O anel externo deve ficar 3cm Puxe-o delicadamente para fora da
para fora. vagina, jogando-o no lixo.
O anel móvel deve ser apertado e
introduzido na vagina. Não deve ficar torcida.
Método de Barreira
Benefícios:
Redução do risco de transmissão do HIV e outras IST’s;
Ausência de efeitos sistêmicos;
Auxiliar na prevenção do câncer de colo uterino.
Efeitos secundários:
Alergia ao poliuretano ou ao lubrificante
Método de Barreira
• Diafragma
É um método anticoncepcional de uso feminino que consiste num anel flexível,
coberto no centro com látex ou silicone em forma de cúpula que se coloca na
vagina cobrindo completamente o colo uterino e a parte superior da vagina,
impedindo a penetração dos espermatozoides no útero e trompas.
▪ Para maior eficácia do método, antes da introdução, colocar na parte côncava,
creme espermicida.
▪ Pode ser colocado minutos ou horas antes das relações sexuais.
Efeitos secundários:
Reação alérgica à borracha;
Reação alérgica ao espermicida;
Irritação;
Fissuras;
Microfissuras;
Aumentando o risco de IST’s.
Benefícios:
Ausência de efeitos sistêmicos;
Auxilia na prevenção de câncer de colo
uterino.
Hormonais Orais
• Combinados
São componentes que contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio,
semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher.
As pílulas combinadas atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar
alterações nas características físico-químicas do endométrio e do muco cervical.
Efeitos secundários: Benefícios:
Alterações de humor; Evita a gestação;
Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico; Redução da doença inflamatória pélvica (DIP);
Cefaleia; Redução da frequência de cistos funcionais de ovário;
Tontura; Redução da doença benigna da mama;
Mastalgia; Redução da anemia.
Sangramento intermenstrual;
Acidente vascular cerebral; Infarto do miocárdio;
Trombose venosa profunda
• Somente progestogênio
São comprimidos que contêm uma dose muito baixa de progestogênio, que promove o
espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozoides e inibindo a
ovulação em aproximadamente metade dos ciclos menstruais.
Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas não-lactantes, seu uso é
contínuo após o término da cartela. Portanto, não deve haver interrupção entre uma cartela e
outra.
B- A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente
no mesmo horário.
C- Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova cartela, independentemente, do
dia de início do fluxo menstrual.
E- Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando deve ocorrer o sangramento, não sendo
necessário haver interrupção.
• Se esquecer 2 ou mais dias? Continuar o uso e associar um método de barreira ao ter relações
sexuais
Hormonais injetáveis
• Combinado
Os anticoncepcionais injetáveis combinados contêm uma associação de estrogênio e
progestogênio. Devem ser administrados por via Intramuscular (I.M) mensalmente.
Administrar ate o 5º dia de menstruação.
Efeitos secundários:
Amenorreia;
Sangramento irregular; Aumento de peso;
Cefaleia;
Alterações de humor;
Nervosismo.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
▪ São artefatos em forma de T, feitos de polietileno aos quais podem ser adicionados cobre ou
hormônios que, inseridos na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva.
▪ Pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que haja certeza de
que a mulher não esteja grávida, que ela não tenha mal formação uterina e não existam
sinais de infecção.
possui a combinação dos hormônios progesterona e estrogênio, que atravessam a pele e são
liberados na corrente sanguínea.
O uso correto dos adesivos faz com que o processo de ovulação seja interrompido, além de
mudar a espessura do muco cervical, impedindo que o espermatozoide possa alcançar os óvulos.
Benefícios:
A colocação e retirada do produto são práticas;
Efeitos gastrointestinais são menores do que com os
métodos orais;
Para quem tem dificuldade de se lembrar diariamente
do anticoncepcional, a troca semanal pode ser um
benefício importante;
Com o bloqueio da ovulação, os sintomas
de TPM podem ser reduzidos Efeitos secundários:
Dor nas mamas;
Cefaleia leve;
Algum grau de retenção hídrica;
Inchaço;
Ganho de peso;
Alterações de humor ou apetite;
Irritação da pele no local da aplicação.
Técnica:
A- No primeiro dia da menstruação, cole o adesivo no abdômen, bumbum, parte externa
do braço ou na lombar;
C- No sétimo dia, troque o adesivo por um novo. Repita esse processo por mais duas
semanas, totalizando 21 dias ;
O implante possui uma elevada dose do hormônio progesterona, que é liberada gradualmente no sangue ao longo
de 3 anos, o que evita a ovulação. Dessa forma, não existem óvulos maduros que possam ser fecundados por um
espermatozoide, caso ocorra uma relação sexual desprotegida.
Além disso, este método também deixa o muco do útero mais espesso, o que dificulta a passagem dos
espermatozoides até as trompas de Falópio, o local onde normalmente acontece a fecundação.
Desvantagens: Benefícios:
Período menstrual irregular, Alta durabilidade;
especialmente nos primeiros tempos; Não interfere no contato íntimo.
Ligeiro aumento do peso;
Alto custo.
Esterilização
A esterilização é um método contraceptivo cirúrgico, definitivo, que pode ser realizado na mulher por meio da
ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária) e no homem, através da ligadura dos canais deferentes
(vasectomia).
Consiste, no homem, em impedir a presença dos espermatozoides no ejaculado, por meio da obstrução dos canais
deferentes. Na mulher, em evitar a fecundação mediante impedimento de encontro dos gametas, devido à
obstrução das trompas.
Laqueadura Tubária
São raras as complicações quando o ato é realizado por profissionais devidamente treinados. Podem ocorrer:
Hemorragia, infecção, perfuração uterina, lesão vesical, esgarçamento das trompas e embolia pulmonar.
Vasectomia
A taxa de complicações é baixa, sendo possível acontecer dor e edema, sem febre, epididimite congestiva,
hematoma, infecção.
Condições para realização
▪ Capacidade civil plena;
▪ Maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos;
▪ Prazo mínimo de 60 dias entre manifestação da vontade e o ato cirúrgico;
▪ Quando há risco à vida ou a saúde da mulher ou do futuro concepto testemunhado em relatório escrito e
assinado por dois médicos;
▪ Vontade expressa em documento escrito, lido e firmado após a informação a respeito dos riscos da
cirurgia;
▪ Que o procedimento não seja realizado antes do 42° dia após o parto ou abortamento, exceto nos casos de
comprovada necessidade, por no mínimo duas cesarianas anteriores ou quando a mulher for portadora de
doença grave de base e a exposição a um segundo ato anestésico ou cirúrgico, represente maior risco à sua
saúde;
▪ Em caso de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os
cônjuges.
Pílula do dia seguinte
O principal objetivo da pílula é bloquear a ovulação e com isso dificultar a incidência de
gravidez. Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência impede ou
retarda a liberação do óvulo, evitando a fertilização.
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, portanto deve ser utilizada somente
em último caso. Se for usado com muita frequência, cabe avaliar método contraceptivo em
uso.
O ideal é que a mulher tome a pílula o mais próximo possível da relação sexual desprotegida.
Mas ela tem até três dias (72 horas) para fazer isso.
Nas primeiras 24 horas, por exemplo, a eficácia da pílula é de 88%, e vai diminuindo conforme
os três dias passam.
Uso: camisinha estourada, Estupro, Esquecimento do anticoncepcional de uso
Efeitos secundários: Sangramento, cefaleia, náuseas e vômitos.
Enfermagem II:
Ginecobstetrícia e Pediatria
AULA 03 Planejamento Familiar