Plano de Aula Iii - Ied
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1.2 SANÇÃO
PORTANTO:
INTERNA
-- Sanções de ordem moral:
SOCIAL
Sanção das regras morais não estão, entretanto, organizadas. As internas são o
remorso, o arrependimento, o amargo exame de consciência. E as sociais, acham-se
difusas no espaço social: é a crítica e a condenação, que a infração suscita; é a opinião
pública que se forma sobre a conduta reprovada; são todos os sistemas de autodefesa
da sociedade, que, aos poucos, eliminam da convivência o indivíduo que não obedece
aos preceitos de ordem moral.
SANÇÃO É GÊNERO DO QUAL, A SANÇÃO JURÍDICA É ESPÉCIE. A QUAL SERÁ
CARACTERIZADA E DISTINTA DAS DEMAIS, PELA SUA PREDETERMINAÇÃO E
ORGANIZAÇÃO
2. NORMA JURÍDICA
NORMA REGRA
NORMA LEI
NORMA
INSTITUTO JURÍDICO
RAMO JURÍDICO
ORDEM OU
ORDENAMENTO JURÍDICO
- NACIONAIS
- ESTRANGEIRAS (Normas de direito de outro que podem ser aplicadas no
ordenamento)
- DIREITO UNIFORME (legislação padrão mediante tratado)
b) quanto à fonte;
- LEGISLATIVAS
- CONSUETUDINÁRIAS
- JURISPRUDENCIAIS (No direito brasileiro não é considerado uma fonte formal)
- GENÉRICAS
- INDIVIDUALIZADAS (ESTATUTO DA ORDEM DOS ADVOGADOS L 8.906/94)
d) quanto à hierarquia;
- CONSTITUCIONAIS
- COMPLEMENTARES (regulamenta matéria constitucional no plano
infraconstitucional, forma de aprovação: art. 69 da Lei Maior, por maioria absoluta)
- ORDINÁRIAS (leis, medidas provisórias, leis delegadas)
- REGULAMENTARES (decretos)
- INDIVIDUALIZADAS (testamentos, sentenças judiciais, contratos etc)
e) quanto à sanção;
f) quanto à qualidade;
FONTES DO DIREITO:
- Savigny (1840, v. 1:9) no início do século XIX, o qual procura distinguir entre a lei
(enquanto um ato do Estado) e seu sentido, isto é, seu espírito, que para ele repousa
nas convicções comuns de um povo (o chamado “espírito do povo’’: Volksgeist). Essa
distinção permite-lhe separar o centro emanador dos atos formais de concretização ou
realização do direito, sendo fonte o “espírito do povo’’ e os atos estatais o instrumento
de realização.
Paulo Nader, cintado Dupasquier diz que Esta palavra provém do latim, fons, fontis e
significa nascente de água. No âmbito de nossa Ciência é empregada como metáfora,
como observa Du Pasquier, pois “remontar à fonte de um rio é buscar o lugar de onde
as suas águas saem da terra; do mesmo modo, inquirir sobre a fonte de uma regra
jurídica é buscar o ponto pelo qual sai das profundidades da vida social para
aparecer na superfície do Direito”.
MATERIAIS: as fontes materiais são constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas
que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do
Direito, como a Moral, a Economia, a Geografia, entre outros.
Hübner Gallo divide as fontes materiais em diretas e indiretas. As fontes indiretas são
identificadas com os fatos jurídicos, enquanto as fontes diretas são representadas
pelos órgãos elaboradores do Direito Positivo, como a sociedade, que cria o Direito
consuetudinário, o Poder Legislativo, que elabora as leis, e o Judiciário, que produz a
jurisprudência.
Próprias e Impróprias;
Estatais e Não-Estatais;
Principais e Acessórias
As fontes diretas (próprias, puras ou imediatas) são aquelas cuja natureza jurídica é exclusiva
de fonte/nascedouro (lei, costumes e princípios gerais de direito). Essa espécie de fonte tem
como como única finalidade servir como modo de produção do direito para a concretização do
justo.
Fontes Indiretas (Impróprias ou impuras) são as que assumem a função de fontes de direito
por excepcionalidade, como a doutrina, a jurisprudência e os costumes. Saliente-se que tal
característica não exclui sua finalidade de servir como método de interpretação legal.
Estatais - como o próprio nome já orienta, são emanadas por determinação e poder do Estado,
como as leis em geral, a jurisprudência, os princípios gerais de direito, convenções
internacionais.
Fontes Principais – caracterizam-se como lei em sentido geral e amplo, não deixando espaço
para o juiz julgar com base em qualquer outra fonte. A lei é a expressão máxima do direito.
Fontes Acessórias - somente em caso de expressa omissão legal é que o juiz poderá decidir
com base nas fontes acessórias, quais seja, os costumes, a doutrina, a jurisprudência e os
princípios gerais de direito.
Fontes Principais – caracterizam-se como lei em sentido geral e amplo, não deixando espaço
para o juiz julgar com base em qualquer outra fonte. A lei é a expressão máxima do direito.
Fontes Acessórias - somente em caso de expressa omissão legal é que o juiz poderá decidir
com base nas fontes acessórias, quais seja, os costumes, a doutrina, a jurisprudência e os
princípios gerais de direito.
I – FONTES DO DIREITO
• No sistema romanista, a lei prepondera como o centro gravitador do Direito. Tal tradição
preponderou definitivamente após a Revolução Francesa, quando a lei passou a ser a única
expressão do direito nacional. Neste sistema, a codificação tem um papel fundamental.
• Deve-se observar que esse sistema inglês seja costumeiro, na acepção estrita da palavra, mas
jurisprudencial.
CONCEITOS IMPORTANTES:
Vigência.
Para que a norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e nele
produza efeitos, indispensável é que apresente validade formal, isto é, que possua
vigência. Esta significa que a norma social preenche os requisitos técnico-formais e
imperativamente se impõe aos destinatários. A sua condição não se resume a vacatio
legis, ou seja, ao decurso de tempo após a publicação, em se tratando de Jus scriptum.
Assim, não basta a existência da norma emanada de um poder, pois é necessário que
satisfaça a determinados pressupostos extrínsecos de validez. Se o processo de
formação da lei foi irregular, não tendo havido, por exemplo, tramitação perante o
Senado Federal, as normas reguladoras não obterão vigência.
Efetividade.
Este atributo consiste no fato de a norma jurídica ser observada tanto por seus
destinatários quanto pelos aplicadores do Direito. No dizer de Luís Roberto Barroso, a
efetividade “... simboliza a aproximação, tão íntima quanto possível, entre o dever ser
normativo e o ser da realidade social”
Eficácia.
Atributo eficácia significa que a norma jurídica produz, realmente, os efeitos sociais
planejados. Para que a eficácia se manifeste, indispensável é que seja observada
socialmente. Eficácia pressupõe, destarte, efetividade.
Legitimidade.
Inúmeros são os questionamentos envolvendo o atributo legitimidade. O seu estudo
mais aprofundado se localiza na esfera da Filosofia do Direito Via de regra, o ponto de
referência na pesquisa da legitimidade é o exame da fonte de onde emana a norma. Se
aquela é legítima esta também o será. Fonte legítima seria a constituída pelos
representantes escolhidos pelo povo ou então por este próprio, no exercício da
chamada democracia direta.
VALIDADE DA NORMA JURÍDICA (REALE JR – CAPÍTULO X)
A validade de uma norma de direito pode ser vista sob três aspectos: o da validade
formal ou técnico-jurídica (vigência), o da validade social (eficácia ou efetividade) e o
da validade ética (fundamento).
1) órgão competente
2) ter o órgão competência (ratione materiae)
3) legitimidade do procedimento, o que, na técnica do Direito norteamericano, se
denomina due process of law, ou devido processo legal, conforme previsto no
art. 5º, inciso LIV, da Constituição. (Ex.: Regimento Interno da Câmara que
regulamento o procedimento adotado para elaboração de uma Lei)
Há leis que entram em choque com a tradição de um povo e que não correspondem
aos seus valores primordiais. Isto não obstante, valem, isto é, vigem.
Leis que embora não reconhecidas, têm eficácia compulsória. Os tribunais não podem
recusar aplicação às normas em vigor.
Guerra de Espadas em Cruz das Almas - Estatuto do Desarmamento (LEI No 10.826, DE
22 DE DEZEMBRO DE 2003) e a proibição da guerra de espadas se baseou no Artigo 16,
que trata da posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Ação Civil Pública – MP/BA de 2011. Ratificado no STF (Relatoria de Carmem Lucia)
Efeito do Desuso: O desuso envolve a percepção, por parte dos cidadãos, de que a norma
não possui mais eficácia fática, pois, dadas as transformações sociais, os fatos considerados
por ela permitidos, proibidos ou obrigatórios não mais ocorrem.
É correto os Juízes decidirem contra a lei sob a argumentação do desuso de uma norma?
E no COMMON LAW?
Uma norma jurídica consuetudinária jamais surge com validade formal, pois a sua vigência
formal é uma resultante de uma prática habitual, isto é, da eficácia de um comportamento.
O Direito, consoante outra lição de Stammler, deve ser, sempre, “uma tentativa de
Direito justo”, por visar à realização de valores ou fins essenciais ao homem e à
coletividade. fundamento é o valor ou fim objetivado pela regra de direito. É a razão
de ser da norma, ou ratio juris. Impossível é conceber-se uma regra jurídica
desvinculada da finalidade que legitima sua vigência e eficácia.
1.1 CONCEITUAÇÃO:
A palavra justo, vinculada à justiça, revela aquilo que está conforme, que está adequado. A
parcela de ações justas que o Direito considera é a que se refere às riquezas e ao mínimo ético
necessário ao bem-estar da coletividade.
“A Justiça absoluta é “um bonito sonho da humanidade”, uma utopia.” Hans Kelsen
A ideia de justiça faz parte da essência do Direito. Para que a ordem jurídica seja legítima, é
indispensável que seja a expressão da justiça (ou a tentativa de sê-la)
INTERDEPENDÊNCIA: o Direito depende da justiça para cumprir o seu papel, a justiça necessita
também de se corporificar nas leis, para se tornar prática.
- Justiça convencional é a que decorre da simples aplicação das normas jurídicas aos casos
previstos por lei. [...] convencional, porque fruto apenas de uma convenção social, sem
qualquer outro fundamento.
- A justiça substancial se fundamenta nos princípios do Direito Natural. Não se contenta com a
simples aplicação da lei. É a justiça verdadeira, que promove efetivamente os valores morais.
[...] Pode estar consagrada ou não em lei.
- Justiça Distributiva: Esta espécie apresenta o Estado como agente, a quem compete a
repartição dos bens e dos encargos aos membros da sociedade.
Ex.: Contratos de compra e venda, em que o comprador paga o preço equivalente ao objeto
recebido; Salário equivalente ao trabalho e etc.
Contraponto de Hobbes: “valor de todas as coisas contratadas é medido pelo apetite dos
contratantes, portanto o valor justo é o que eles acham conveniente oferecer”
- Justiça Social: Finalidade da justiça social consiste na proteção aos mais pobres e aos
desamparados, mediante a adoção de critérios que favoreçam uma repartição mais
equilibrada das riquezas.
Papa João Paulo II; Nas Carta Encíclica Centesimus Annus amplia a esfera do débito social, não
o circunscrevendo à dimensão das riquezas: “É estrito dever de justiça e verdade impedir que
as necessidades humanas fundamentais permaneçam insatisfeitas e que pereçam os homens
por elas oprimidos. Além disso, é necessário que esses homens carentes sejam ajudados a
adquirir conhecimentos, a entrar no círculo de relações, a desenvolver as suas aptidões, para
melhor valorizar as suas capacidades e recursos”
As ações afirmativas consolidam a ideia de justiça social, surgiram na década de 1960, nos
Estados Unidos da América, com o objetivo de proporcionar aos afro-descendentes
oportunidades de inclusão social, uma vez que recebiam tratamento discriminatório em
relação aos de raça branca.
CONCEITO: Conjunto organizado das condições sociais, graças às quais a pessoa humana pode
cumprir seu destino natural e espiritual. [...] o primeiro dos bens comuns aos homens é a
própria existência da sociedade, a existência de uma ordem em suas relações sociais.
A justiça é um valor compreensivo que absorve a ideia de bem comum. A justiça geral e a
distributiva, associadas à justiça social, atendem plenamente às exigências do bem comum.
EQUIDADE
Rui Barbosa: Tratar os iguais de formas iguais e tratar os desiguais de formas desiguais na
medida das suas desigualdades.
- Posições ecléticas:
São Tomas de Aquino: apesar de considerar todas as leis injustas ilegítimas, reconhece
validade naquelas cujo mal provocado não chega a ser insuportável. Pensava que a não
observância de uma lei injusta pode, às vezes, dar origem a um mal maior, daí a necessidade
da tolerância nesses casos. Mas, uma vez incompatível o preceito jurídico com a natureza e
dignidade humanas, não deverá ser cumprido, pois nem Direito será.
John Rawls: há normalmente um dever (e, para alguns, também uma obrigação) de acatar leis
injustas desde que não excedam certos limites de injustiça”. O autor de Uma Teoria da Justiça
parte do princípio de que as “Leis injustas não estão todas no mesmo nível”. A resistência se
mostra razoável quando a lei injusta se distancia de “padrões publicamente reconhecidos... Se,
todavia, a concepção vigente de justiça não for violada, a situação será outra”
Hans Kelsen: Nega a existência das leis injustas, por considerar que a justiça é apenas relativa.
Fiel à sua teoria pura, Kelsen só concebe como injustiça a não aplicação da norma jurídica ao
caso concreto.
Leis injustas são validas até que o órgão competente declare o contrário, mas sua aplicação
mediante aos princípios gerais do direito de forma a se adequar aos anseios vigentes.
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO
Heterointegração: Que se faz com a aplicação de normas que não participam da legislação,
como é a hipótese, por exemplo, do recurso às regras estrangeiras.
Lacunas da Lei
É um dado fornecido pela experiência que as leis, por mais bem planejadas, não logram
disciplinar toda a grande variedade de acontecimentos sociais.
Ex.: Podemos citar a terceirização trabalhista. Na falta de norma legal, o TST editou a súmula
331 para suprir a lacuna existente, que regula o instituto em nosso ordenamento jurídico.
B) AXIOLÓGICA: Na lacuna axiológica há lei para o caso concreto, porém sua aplicação se
revela injusta ou insatisfatória.
C) ONTOLÓGICA: A lacuna ontológica há lei para o caso concreto, porém a norma está
desligada da realidade social, de modo que não tem aplicação prática.
Ex.: art. 1º da Lei 9.958/2000 introduziu na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT o 625-D, o
qual determina a submissão das demandas trabalhistas à Comissão de Conciliação Prévia.
O STF através da ADI 2139/DF, afastou a necessidade por inviabilidade ao acesso a justiça:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 1º A 4º DO
ART. 625-D DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT,
ACRESCIDO PELA LEI N. 9.958, DE 12.1.2000. COMISSÃO DE
CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP. SUPOSTA OBRIGATORIEDADE DE
ANTECEDENTE SUBMISSÃO DO PLEITO TRABALHISTA À COMISSÃO
PARA POSTERIOR AJUIZAMENTO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
INTERPRETAÇÃO PELA QUAL SE PERMITE A SUBMISSÃO
FACULTATIVAMENTE. GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA. INC. XXXV
DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO JULGADA
PARCIALMENTE PROCEDENTE PARA DAR INTERPRETAÇÃO
CONFORME A CONSTITUIÇÃO AOS §§ 1º A 4º DO ART. 652-D DA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT. 1. O Supremo Tribunal
Federal tem reconhecido, em obediência ao inc. XXXV do art. 5º da
Constituição da República, a desnecessidade de prévio cumprimento
de requisitos desproporcionais ou inviabilizadores da submissão de
pleito ao Poder Judiciário. 2. Contraria a Constituição interpretação
do previsto no art. 625-D e parágrafos da Consolidação das Leis do
Trabalho pelo qual se reconhecesse a submissão da pretensão à
Comissão de Conciliação Prévia como requisito para ajuizamento de
reclamação trabalhista. Interpretação Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de
24/08/2001. Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão -
Página 1 de 78 conforme a Constituição da norma. 3. Art. 625-D e
parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalhos: a legitimidade
desse meio alternativo de resolução de conflitos baseia-se na
consensualidade, sendo importante instrumento para o acesso à
ordem jurídica justa, devendo ser estimulada, não consubstanciando,
todavia, requisito essencial para o ajuizamento de reclamações
trabalhistas. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada
parcialmente procedente para dar interpretação conforme a
Constituição aos §§ 1º a 4º do art. 625-D da Consolidação das Leis do
Trabalho, no sentido de assentar que a Comissão de Conciliação
Prévia constitui meio legítimo, mas não obrigatório de solução de
conflitos, permanecendo o acesso à Justiça resguardado para todos
os que venham a ajuizar demanda diretamente ao órgão judiciário
competente.
Vigora o postulado da plenitude da ordem jurídica, pelo qual o Direito Positivo é pleno
de respostas e soluções para todas as questões que surgem no meio social.
“Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes
e os princípios gerais de direito. “
NOÇÕES GERAIS DE ANALOGIA:
A analogia desenvolve o princípio lógico ubi eadem ratio ibi eadem legis dispositio esse
debet (onde há a mesma razão, deve-se aplicar a mesma disposição legal).
Ainda aqui o juiz, ou o simples intérprete, se mantém cativo ao Direito Positivo, pois
não poderá agir com liberdade na escolha da norma jurídica aplicável. A sua função
será localizar, no sistema jurídico vigente, a hipótese prevista pelo legislador e que
apresente semelhança fundamental, não apenas acidental, com o caso concreto.
CONCEITO
“Não se trata, como pretendem alguns, dos princípios gerais do direito nacional, mas,
sim, dos elementos fundamentais da cultura jurídica humana em nossos dias; das
ideias e princípios, sobre os quais assenta a concepção jurídica dominante; das
induções e generalizações da ciência do direito e dos preceitos da técnica”
DIREITO PÚBLICO: é aquele que reúne as normas jurídicas que tem por matéria o Estado, suas
funções e organização, a ordem e segurança internas, com a tutela do interesse público tendo
em vista a paz social, o que se faz com a elaboração e a distribuição dos serviços públicos,
através dos recursos indispensáveis à sua execução. Não devemos esquecer que o Direito
Público, cuida também, na ótica internacional, das relações entre os Estados.
DIREITO PRIVADO é aquele que reúne as normas jurídicas que tem por matéria os particulares
e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são privados, tendo por fim a
perspectiva individual.
DIREITOS DIFUSOS: aqueles cujos titulares não podem ser especificados – os direitos
indivisíveis – EXEMPLO: todos indeterminadamente estão sujeitos à publicidade enganosa; o
direito de respirar ar puro é de todos etc.
Necessidade de ampliação da tutela do direito:
DIREITO ESPACIAL disciplina o uso do espaço cósmico e dos corpos celestes pelos Estados
soberanos da Terra, fixando a responsabilidade civil pelos danos causados a bens e pessoas na
superfície terrestre, com a queda de sondas, de foguetes ou de satélites, e os direitos e
deveres, e regime jurídico dos astronautas e dos controladores em terra dos vôos espaciais.
DIREITOS NUCLEAR é o que disciplina o uso de energia atômica, pra fins pacíficos ou militares.
Nos Estados Unidos quando uma pessoa está sob custódia policial, os agentes são obrigados a
dizer "você tem o direito de ficar em silêncio (...)", ou seja, a jurisprudência (Miranda rights),
com respaldo na 5ª emenda da Constituição norte-americana, no caso, estabelece a norma
(normas agendi) que, por consequência, traz um direito de agir ou não (facultas agendi).
Um paralelo pode ser traçado entre a diferença "LAW" (lei) e "RIGHT" (direito). No primeiro
caso, a lei concreta, é o direito objetivo, no segundo, a faculdade de agir, é o subjetivo.
De modo geral, o direito objetivo são as normas criadas pelo Estado (normas agendi), cujo
seus descumprimentos, geralmente, acarretam em uma sanção. Por outro lado, o direito
subjetivo é, segundo Francisco Amaral, “o poder que a ordem jurídica confere a alguém de
agir e de exigir de outrem determinado comportamento”.
Importante observar que, embora seja um decreto, a norma tem status de lei ordinária.
Trata-se de um conjunto de normas que se aplica a todo o Direito (e não apenas ao Direito
Civil).
Em verdade, é uma norma que não regula comportamento, mas regula a própria
lei (aplicação, interpretação, etc.).
Por isso, inclusive, não fazia sentido manter a nomenclatura “Lei de Introdução ao Código
Civil”.
A Lei 13.655/18 incluiu alguns artigos com o objetivo de regulamentar regras específicas de
segurança jurídica no âmbito do Direito Público.
O Código de Processo Civil apresenta um rol de precedentes no art. 927 e a lei de introdução
vem, aos poucos, se adequando a este cenário.
Fala-se que, neste particular, o Brasil está se aproximando ao common law, na medida em que
valoriza, cada vez mais, os precedentes.
A LINDB regulamenta:
Segundo a LINDB, ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece
(art. 3° da LINDB).
Há três teorias:
Em outras palavras, a lei é obrigatória, pois foi instituída pelo ordenamento e o seu
respeito é essencial a manutenção da segurança jurídica.
1. a presunção legal;
2. a necessidade social.
A presunção legal, aqui, visa presumir o conhecimento da lei a partir da publicação no
diário oficial.
A necessidade social, aqui, visa dar garantia de eficácia para o ordenamento jurídico.
Significa que, a partir da vigência, a lei tem eficácia contínua até que outro revogue ou
modifique.
Assim, podemos concluir que, não se destinando à vigência temporária, a lei terá
vigor até que outra a modifique ou revogue (art. 2° da LINDB).
As leis orçamentárias, por exemplo, não dependem de revogação por norma posterior.
É o caso, por exemplo, do rito sumário no processo civil que, embora revogado,
permanece válido para processos que estavam em andamento (art. 1.046, §1°, CPC).
Trata-se de uma condição de vigência, já que, para ser aplicada, a lei precisa
ser conhecida.
45 dias após sua publicação em todo território nacional;
3 meses nos estados estrangeiros onde for admitida a sua
aplicabilidade
Na primeira, a vacatio legis vem definida na própria norma, ao passo que, na segunda ,
a vacatio legis é determinada por meio de uma segunda norma que nasce com essa
finalidade.
No caso de correção do texto, por nova lei, no período de vacatio legis, será preciso
recontar o prazo a partir da publicação da norma retificadora (art. 1°, §3°, LINDB).
1. expressamente declarar;
2. for incompatível com a lei vigente;
3. quando regulamentar toda a matéria da lei anterior.
A decisão do STF, por exemplo, tem, em regra, eficácia ex tunc, mas o STF pode
determinar eficácia ex nunc quanto entender conveniente.
1. O direito adquirido;
2. O ato jurídico perfeito;
3. A coisa julgada.
Tal proteção encontra-se tanto na Constituição (art. 5°, XXXVI, CF), como na LINDB (art.
6° da LINDB).
O direito relativiza princípios e regras, pois estamos vivendo a era de ponderação dos
princípios e valores.
Observe o que disciplina, por exemplo, o enunciado 109 da I jornada de direito civil:
A interpretação lógica, por sua vez, é aquela que utiliza regras de raciocínio lógico
para desvendar a norma.
A interpretação extensiva, por sua vez, entende-se que “o legislador disse menos do
que pretendia“.
Na interpretação restritiva, por sua vez, restringe o alcance e sentido por que o
legislador disse mais do que pretendia.
Antinomia
Caso as soluções sejam convergentes, ambas as normas devem ser aplicadas (Teoria
do Diálogo das Fontes).
Você pode estar se perguntando: “mas quais são os critérios adotados pela
legislação?“
São eles:
1. subsunção clássica;
2. subsunção moderna.
A primeira é o enquadramento do fato concreto ao conceito abstrato contido na
norma.
É, então, meio de verificar qual foi o fato e qual foi a norma jurídica.
A subsunção moderna, por sua vez, defende que o aplicador da lei deve observar,
além do fato e da norma, os valores (corrente moderna ou científica).
A soberania nacional;
A ordem pública;
Os bons costumes.
A decisão estrangeira, por evidente, precisa ser homologada pelo STJ (art. 105 da
CF/88).
Além disso, é preciso lembrar que “a lei do país em que domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e
os direitos de família (art. 7° da LINDB)“.
Além disso, caso decrete a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, deve indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas (art. 21 da LINDB).
Quando for o caso, a decisão deve “indicar as condições para que a regularização
ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se
podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos” (art. 21, parágrafo único,
LINDB).