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1

Ali Muinde Dido Muinde


Elerto Carolina Comẻ
Filadélfia De Carmen Jaquissone
Milton Miranda Timane
Osvaldo Eduardo António Nkondia

Licenciatura em ensino de inglês com habilidades em português

Esfera Emocional, Sentimental e volitiva da personalidade

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
2

Ali Muinde

Elerto Carolina Henrique Comé

Filadelfia De Carmen Jaquissone

Milton Miranda Timane

Osvaldo Eduardo António Nkondia

Esfera Emocional, Sentimental e Volitiva da Personalidade

Licenciatura em Ensino de Inglês com Habilitações em Português

Trabalho de carácter avaliativo de Psicologia


Geral a ser apresentado a faculdade de
ciências sociais e letras, no curso de
Licenciatura em ensino de Inglês 1⁰ semestre
do 1⁰ ano, Orientado por:

Docente: MA.Perlo Miquidade António


Rabeca

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
3

Índice

Introdução......................................................................................................................4

Esfera Emocional, Sentimental e Volitiva da Personalidade.........................................6

1. Sentimento.................................................................................................................6

1.1 Emoção.................................................................................................................7

1.2 Vontade................................................................................................................7

2. As Bases fisiológicas da emoção...........................................................................8

2.1. Funções de emoção.............................................................................................9

2.2 Características das emoções................................................................................9

2.3 Teorias das Emoções............................................................................................9

2.4. Tipos de Emoções.............................................................................................10

2.5. Perturbações das emoções.................................................................................11

3. Bases fisiológicas dos sentimentos......................................................................11

3.1. Funções de sentimentos.....................................................................................12

3.2. Características dos Sentimentos........................................................................12

3.3 Tipos de Sentimentos.........................................................................................13

3.4. Perturbação de Sentimentos..................................................................................14

4. Bases fisiológicas da vontade..................................................................................15

4.1. Características da Vontade................................................................................15

4.2. Tipos de Vontades.............................................................................................15

4.3 Teorias da Vontade............................................................................................16

4.4 As perturbações da vontade...............................................................................16

5. Diferenças entre emoções humanas dos animais.................................................18

Conclusão.....................................................................................................................20

Referências bibliográficas............................................................................................21
4

Introdução

O presente trabalho da cadeira de Psicologia Geral, tem como tema Esfera Emocional,
Sentimental e Volitiva da Personalidade. Dizer que Além dos actos reflexos, os
organismos respondem com actos voluntários, ou até mesmo com actos impulsivos,
como pronta reacção a um estímulo externo. Uma personalidade é tanto mais evoluída e
perfeita, quanto mais elevados são os sentimentos que assumem a força dos motivos e
impedem o agir.

Quanto aos aspectos de organização do trabalho, esta organizado como regem as


normas de organização de um trabalho científico vigentes nesta Universidade,
Introdução onde estão abordados os conteúdos do trabalho, desenvolvimento que
compreende detalhadamente os assuntos, a conclusão onde se encontra a síntese do
trabalho e por último a referência bibliográfica.
5

Esfera Emocional, Sentimental e Volitiva da Personalidade

“O Homem sente, pensa e deseja” (1905b, p.258), diz PIZZOLI ao explicar a esfera
volitiva. As sensações, quando transformadas em memórias, ideias e sentimentos, não
completam ainda o “ciclo funcional” como produto, progridem em reacções que são os
movimentos, “última fase da onda nervosa produzida pelos estímulos externos e
internos” (p.258).

Além dos actos reflexos, os organismos respondem com actos voluntários, ou até
mesmo com actos impulsivos, como pronta reacção a um estímulo externo. Uma
personalidade é tanto mais evoluída e perfeita, quanto mais elevados são os sentimentos
que assumem a força dos motivos e impelem o agir.

Conceitos-Chave

1. Sentimento
Os sentimentos podem ser definidos como os estados e as reacções que o corpo
humano são capazes de expressar diante dos acontecimentos que os indivíduos
vivenciam.

Estas reacções ou estados do corpo humano são coisas comuns a todos os seres
humanos e podem ser manifestados tanto para acontecimentos recentes quanto para algo
que seja revivido por meio de lembranças activadas pela memória.

Este processo que activa a memória é realizado pela parte do cérebro que processa os
sentimentos e é chamada de sistema límbico.

A dinâmica dos sentimentos é algo que vem sendo estudado pelas correntes
psicológicas, tendo diferentes teorias em relação ao complexo objeto de estudo. Por
exemplo, o medo é um tipo de sentimento onde se supõe que há riscos, ameaças ou
perigos directos ou indirectos para a pessoa.
6

Desta forma, os sentimentos incorporam muitas caracterizações e diversos modos de se


apresentar, pois ora podem indicar algo bom e positivo, ora podem demonstrar coisas
ruins.

Os sentimentos também podem ser reconhecidos de uma pessoa para outra. É a


chamada empatia. Ela não precisa necessariamente que a outra pessoa tenha a mesma
reacção ou tenha o mesmo estado e pode variar dependendo da competência em lidar
com a situação.

Refere-se ao estado do EU que não pode ser controlado pela vontade. É


provocado por nossas representações e pelos estímulos procedentes do
mundo exterior ou alterações sobre vidas no interior do organismo.
(SCHNEIDER apud GAUQUEIN,1987). Na perspectiva de SARAIVA
(1973:220), ’’sentimentos são os estados afetivos complexos resultantes
da combinação de elementos emocionais e representativos, de moderada
intensidade e relativamente estáveis. É um estado mais durável que
comporta prolongamento e motrizes’’.

1.1 Emoção

A emoção é uma reacção imediata a um estímulo emocional competente, isto é, ela está
relacionada com alguma coisa que mexe com você, podendo provocar uma sensação
agradável ou desagradável.

Assim, desde o início dos tempos, as emoções tem uma grande importância na vida
humana. Quando, por exemplo, o homem enfrentava um animal, a capacidade de agir
em fracções de segundos era o que determinava ser devorado ou não.

A emoção segundo DAVIDOFF (2001:369) “refere-se a estados


intrínsecos caracterizados por pensamentos, sensações, reacções
fisiológicas e comportamento expressivo específico”. Para DORON e
PAROT (2001:270) “é o estado particular do organismo que sobrevêm
em condições bem definidas, acompanhada de uma experiencia
subjectiva e de manifestação somáticas essenciais”.

1.2 Vontade
7

A Vontade é a necessidade física ou emocional que o indivíduo sente de fazer algo. É


um apetite, um gosto, um prazer, uma disposição de ânimo. Ex.: vontade de
comer, vontade de beber, vontade de chorar etc.

Segundo DORON (2001:776) “é uma propriedade de carácter de


um indivíduo que se define pelo grau de forca o qual este
prossegue uma actividade orientada para um fim”.

Para PETROVICKY (apud GAUQUEIN, 1987: 433) a “vontade é


regulação consciente e auto-regulação pelo homem da sua
actividade e conduta orientada para superar as dificuldades a
quando da consecução dos objectivos colocados”.

Em concordância com DAVIDOFF (2001:504), os psicólogos contemporâneos ao


debruçar a personalidade11 querem referir-se “aqueles padrões relativamente
consistentes e duradouros de percepção, pensamento, sentimento e comportamento que
dão as pessoas identidade distinta.

2. As Bases fisiológicas da emoção


Na perspectiva de DORON e PAROT (2001) “o sistema límbico ao longo da evolução
do cérebro humano adquire três (3) componentes sobrepostos como o mais antigo,
situado na parte ínfero-posterior”, o seguinte em uma posição intermediária e o mais
recente sobre outros três:
 Cérebro intermediário (paleopálio) - Cérebro intermédio ou paleopálio (dos
velhos mamíferos), é formado pelas estruturas do sistema límbico.

 Cérebro racional (neopálio) - Também chamado cérebro superior ou racional


(dos velhos mamíferos), correspondem a maior parte dos hemisférios cerebrais
(formado por um tipo de córtex mais recente, denominado neocórtex) e alguns
grupos neuronais sub corticais.

 Cérebro primitivo (arquipálio) - Arquipálio ou cérebro primitivo é


constituído pelas estruturas do tronco cerebral, tronco, cerebelo, ponte e
mesencéfalo, pelo mais antigo núcleo da base, o globo palito e pelos bolbos
olfactoriais (DORON e PAROT, 2001).
8

2.1. Funções de emoção


As emoções fazem parte das nossas das nossas experiencia diárias, ela é a primeira
manifestação quando nascemos, através do choro. Elas têm as seguintes funções:
 Alertar um perigo;
 Proporcionar a hipótese de criar laços com os outros, desempenhando um papel
importante na vida em sociedade;
 Influenciar na tomada de decisões;
 Alterar o nosso comportamento;
 Fornecem a outros informações sobre o nosso estado interno.

2.2 Características das emoções

 As emoções têm como característica o modo como estão ligadas às ideias, aos
valores, aos princípios e aos juízos complexos que só os seres os racionais
podem ter, possuem ainda as seguintes características:
 Tem origem numa causa, num objecto;

 São reacções corporais específicas, observáveis;


 São publicas e voltadas para o exterior;
 São automáticas e inconscientes;
 Polaridade: podem ser negativas ou positivas;
 São versáteis: variam em intensidade e são de breve duração;
 Relacionam-se com o tempo: as emoções têm princípio e um fim (LOUREIRO
e tal., s/d.

2.3 Teorias das Emoções

Segundo VALE (1992:134), distingue duas teorias das emoções:


 Teorias Psicológicas ou Intelectualistas: ”esta teoria afirma que o processo
emotivo começa, normalmente, pela percepção de uma situação. Ela apenas
9

ajuíza a percepção da situação mas não determina, só por si, a emoção.


Defendem o senso comum segundo o qual depois da representação seguem-se
imediatamente a emoção”.
 Teorias Periféricas ou Fisiológicas: ”esta defende que a emoção não resulta
imediatamente depois da consciência da situação, mas do modo da reacção do
indivíduo, as consciências das reacções orgânicas não bastam só por si para
determinar as emoções”.

2.4. Tipos de Emoções

Há diversos tipos de emoções mas aqui destacaremos algumas mais abrangentes:


Medo, cólera, alegria, tristeza, piedade, felicidade, remorso, admiração, amor,
ódio, culpa, vergonha etc.
As emoções podem verificar-se como: experiências emocionais (quando o indivíduo
sente a emoção), comportamento emocional (quando é levado, pelo sentimento, a fazer
algo), além de se notarem também alterações fisiológicas que correspondem ou são
provocadas directamente pela própria emoção: ficar "corado" de vergonha, ficar
"branco" de susto, ter batidas do coração aceleradas por causa do medo. Como salienta:
DAVIDOFF (1983), ’’podemos destacar as seguintes emoções:
raiva, ira, cólera, ansiedade, hedónica, prazer, medo, vergonha,
desprezo, interesse, culpa, etc.’’

As emoções (ira, raiva e cólera) geralmente são acompanhadas por tendências ou


comportamentos agressivos com sucesso ou fracasso. As tendências ou comportamentos
agressivos como respostas a determinadas emoções, podem ter suas raízes na
aprendizagem ou meio social em inserção.
A hedónica caracteriza se sempre por uma tonalidade agradável, pela posse daquilo que
a provoca e por uma sensação de que dura pouco. É a emoção menos estudada.

Ansiedade caracteriza se pela previsão do futuro perigoso do mundo real e imaginário,


tensão de aflição e pela vigilância do sistema nervoso simpático. Tem forte influência
sobre aprendizagem podendo afectar os processos fundamentais da memória como a
codificação, armazenamento e recuperação.
10

2.5. Perturbações das emoções

As perturbações emocionais podem manifestar-se de várias maneiras a saber:

 Ira - refere-se a fúria, ressentimento, indignação, aborrecimento, animosidade,


hostilidade, irritabilidade;
 Tristeza - refere-se a dor, pena, desanimo, melancólica, solidão, aborrecimento,
desespero, e quanto patológico, depressão profunda;
 Medo - refere-se a ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação,
consternação, receio, precaução, aflição, desconfiança, como psicopatológicos
fobia e pânico.
 Prazer - refere-se a felicidade, alegria, alivio, contentamento, satisfação, delícia,
divertimento, orgulho, gratificação, mania e grado.
 Amor - refere-se a aceitação, amizade, confiança, bondade, adoração e
fascinação.
 Raivas - são frustrantes insultuosos, mas também interpretados com
intencionais, injustificados e evitáveis.
 Surpresa - refere-se a choque, espanto, assombro e admiração.
 A versão - refere-se o desprezo, nojo, desagrado.
 Vergonha - refere-se a culpa, embaraço, desgosto, remorso, humilhação,
arrependimento e contrição.
 Felicidade - um bom ânimo melhora as percepções do mundo da s pessoas e sua
disposição para ajudar outras. (ROCHA e FIDALGO, 1998).

3. Bases fisiológicas dos sentimentos

Os processos fisiológicos que caracterizam os sentimentos estão relacionados com os


reflexos que podem ser condicionados ou incondicionados.

Os sentimentos de reflexo condicionado determina e fixam-se no córtex cerebral,


enquanto os reflexos incondicionados complexos se realizam através de gânglio
subtropicais dos hemisférios ópticos pertencentes a espinal medula e outros centros que
11

transmitem a excitação nervosa das secções superiores do cérebro para o sistema


nervoso vegetativo.

3.1. Funções de sentimentos

Sentimentos são estados afectivos mais estáveis e duráveis, provavelmente oriundos de


emoções correlatas que lhe são cronologicamente anteriores. A função sentimento é
uma função racional, ou seja, de julgamento, de avaliação. O sentimento regista a
qualidade e o valor específico das coisas.

Na óptica de SARAIVA (1974:56) “Os sentimentos começam com a


sensibilidade que é a capacidade de receber impressões e de ser afetado
pelos estímulos excitantes, de experimentar o prazer e a dor sob ponto
de vista físico e moral.”

3.2. Características dos Sentimentos

Os sentimentos apesar de serem fenómenos subjectivos, são conhecidos de natureza


estritamente determinada. Assim, na sua actividade prática e teórica a individuo precisa
dominar permanentemente seus sentimentos conter os impulsos emocionais (ROCHA e
FIDALGO, 1998), e possuem as seguintes características:

 Sentimentos Sensoriais

Estão localizados em determinadas partes sensíveis do corpo e se representam como a


dor e prazer. Esses sentimentos são mais abrangentes e não devem ser confundidos com
as sensações simples, dos cincos sentidos. Os sentimentos sensoriais têm algumas
características especiais: actualidade, localização, funcionam como sinal no sentido de
que algo está ocorrendo, não tem duração definida e falta lhes a intencionalidade, o que
não ocorre com sentimentos superiores

 Os Sentimentos Vitais

São o bem-estar e o mal-estar, o sentimento de saúde ou de inferioridade, os


sentimentos de vida ascendentes ou descendentes, a calma e a tensão a alegria, a tristeza
e angústia não espiritual pertencem ao organismo como totalidade. Ao contrário dos
anteriores, os sentimentos vitais não estão localizados corporalmente, neles existe
continuidade, duração e intencionalidade.

 Os Sentimentos Anímicos ou Psíquicos


12

Pertencem ao eu sou formas sentimentais reactivas diante do mundo exterior. A tristeza


e alegria intencional e reactivas são claramente formas de sentimentos anímicos. Os
anímicos não estão ligados a percepção, mas sim ao sentido, ao significado e
apresentação daquilo que é percebido.

 Sentimento Espiritual

Trata-se sentimentos relativos ao núcleo da personalidade e sua atitude afetiva diante


determinada situação. Esses sentimentos derivam do núcleo da personalidade, do
próprio eu, ocasiona sentido pleno dos sentimentos, assim como as tendências
valorativas da pessoa. O desespero, o remorso, a paz, o amor, o arrependimento, o
perdão e a serenidade espiritual são exemplos desses sentimentos.

 Sentimento Metafísico

Refere-se ao âmago da personalidade, significado último do mundo no que consigne


propriedades serenas. Por exemplo: a esperança, serenidade.

3.3 Tipos de Sentimentos

De acordo com as pesquisas realizadas no âmbito da Psicologia, encontramos três (3)


tipos de sentimentos:

 Moral

Constitui a relação entre o homem, o mundo e a sociedade. Incluem as normas morais,


que regulam as condutas da personalidade em todas as esferas da vida social. As
diferentes formas de sentimentos morais podem ser: amor, compaixão benevolência,
bondade, humanismo, patriotismo, orgulha. Este tipo de sentimento funciona como
forca interna que impulsiona a realizar acções morais úteis a sociedade (SPRINTHALL,
SPRINTALL 1993:162).

 Intelectual
Reflectem as relações entre a personalidade e os processos do conhecimento, seus êxitos
e fracassos.
Segundo algumas pesquisas pode-se concluir que existe profundas relações entre os
processos mentais e emocionais que se desenvolvem de uma forma semelhante e
unidos.
13

O desenvolvimento dos sentimentos intelectuais ocorre em simultâneo com o


desenvolvimento da actividade cognitiva do homem que faz com que ele experimente
sucessos ou fracassos ligados a avaliação dos processos do conhecimento e seus
resultados. Fazem parte dos sentimentos intelectuais os interesses, surpresa,
admiração, curiosidade, duvida, hesitação, amor a verdade, alegria de descoberta.
 Estético

Reflectem e exprimem relações entre o sujeito e os diferentes factos da vida


representadas na arte (o belo, tragédia, comédia; …).
Estes sentimentos surgem nas avaliações que se fazem a obras de arte provocando o
reviver emocional. Representam o produto de desenvolvimento da cultura humana,
processos de formação de conhecimento. Fazem parte deste tipo de sentimentos o
humor.

3.4. Perturbação de Sentimentos


Segundo SANTROCK e YUSSEN citado por DAVIDOFF (1984:359) “todos nossos
sentimentos, apesar da sua inesgotável multiplicidade, se podem considerar
diversificação de um pequeno número de outros, que podemos considerar fundamentais:
Tristeza, ódio, inquietação, angústia”.
 Tristeza - Sentimento de impotência (e frustração) de homem, em face de um
bem que se perdeu e não se pode recuperar, ou de um bem se perdeu não se pode
alcançar. Exemplo: Marina esta triste porque não se julga amada (sonho
frustrado).
 Ódio - Oposto ao amor, e a versão pelo que consideramos ser o mal. E quando o
amor tem de exaltar do seu objectivo, o ódio visa denegri-lo. Designa, assim o
conjunto de tendências repulsivas e agressivas (zona do não) (SARAIVA,
1973:222).
 Inquietação - etimologicamente, a impossibilidade para o espírito de
permanecer tranquilo. Psicologicamente, sentimento de mal-estar causado pela
expectativa de acontecimentos desagradáveis. (Ibdem:223).
14

4. Bases fisiológicas da vontade


A vontade surgiu na actividade laboral do homem que determinara as leis da natureza e
que obteve, portanto, a possibilidade de altera-la de acordo com as suas exigências, ela
pode ser consciente ou inconsciente.
O próprio indivíduo tem a opção de escolher se faz determinado acto, julgando,
avaliando, sugerindo e opinando sobre suas próprias acções. A formação de um acto da
vontade tem basicamente, como condição a relação consciente.
Assim, o homem procura sempre satisfazer as suas necessidades, utilizando métodos
adequados para essa sua satisfação. O acto volitivo que deriva de impulso orienta-se
para um fim, tornando a finalidade consciente.

4.1. Características da Vontade

Para desenvolver a vontade é preciso começar pelo reconhecimento de que ela existe;
depois, que temos uma vontade; e, finalmente, que somos essa vontade. A partir disto é
necessários analisar cada um dos seus atributos. E possui as seguintes características:
 Força (Poder)
 Habilidade (Inteligência)
 Boa Direcção (amor)
 Significação Espiritual (Sentido da vida)

4.2. Tipos de Vontades


As vontades distinguem se em vontade de poder de iniciativa (na execução dos actos) e
vontade de poder de inibição exercendo uma censura ou espírito critico sobre os desejos
e paixões.
As acções volitivas dividem-se em: voluntarias e involuntárias, também podem ser
internas (subjectivas) e externas objectivas. A base da vontade são necessidades que dão
origem diferentes formas de motivos e manifestações.
O estudo geral do organismo influi na vontade, trata-se porem de factores externos que
condicionam a vontade, não é só a consciência do querer que constitui a vontade, é
antes da consciência de querer e querer como acto de consciência.
15

Exemplo: Quando temos fome temos vontade de comer diversas coisas.

Funções da Vontade
Graças à vontade, uma pessoa pode, por iniciativa própria, com base em uma
necessidade percebida, realizar acções em uma direcção pré-planejada e com uma força
pré-prevista. Além disso, ele pode organizar sua actividade mental de acordo e
direccioná-la. Por um esforço de vontade, pode-se conter as manifestações externas das
emoções ou mesmo mostrar exactamente o contrário. E de acordo com algumas
conseguimos destacar as suas funções:
Função estabilizadora manter a actividade no nível adequado em caso de interferência
externa ou interna.
Função de frenagem - manifestada na contenção de manifestações indesejadas de
actividade. Esta função na maioria das vezes atua em unidade com a estimulante. Uma
pessoa é capaz de inibir o surgimento de motivos indesejáveis, a realização de acções,
comportamentos que contradizem as ideias de um modelo, um padrão, e cuja
implementação pode questionar ou prejudicar a autoridade do indivíduo.
Função Estabilizadora – mantém a actividade no nível adequado em caso de
interferência externa ou interna.
Função de incentivo - é assegurada pela actividade humana, que gera a acção
específica do estado interno de uma pessoa, que surge no momento da própria acção
(Uma pessoa que precisa de apoio durante o seu discurso e chama outras pessoas de
mentalidade semelhantes a falar). Com uma pessoa que precisa receber a informação
necessária chama um amigo

4.3 Teorias da Vontade


 Teoria Fisiológica – defende que o estudo geral do organismo influencia na
vontade. Porem, trata-se de factores externos que condicionam a vontade, mais
não a constitui. Não é só a consciência do querer que constitui a vontade, é
antes da consciência do querer, e o querer como acto de consciência. Ex:
quando estamos doentes ficamos sem vontade de comer, conversar.
 Teoria Intelectualista – defende que todo acto voluntaria, é percebido de uma
representação ou ideia, e a volição depende exclusivamente dessa ideia.
Segundo Espinosa vontade e inteligência são uma só realidade porque para esta
16

teoria, a essência do acto voluntario esta na concepção e na deliberação.


Exemplo: a razão vence, mas não convence a agir.
 Teoria afectiva – esta defende que a vontade é um desejo absoluto que domina
todos os outros. Não há vontade sem desejo e sem motivação. Contudo, não
podemos reduzir a vontade a um simples desejo.
 Teoria existencialista - esta defende que a motivação irracional do
comportamento é influenciada pelos desejos e tendências, pois se a actividade
voluntária dependesse só desta motivação irracional, seria impróprio dos seres
racionais e nunca seria livre. É a deliberação que preside e orienta o conflito das
tendências, a natureza da vontade deve buscar se em motivação, de ordem
intelectual e afectiva.

4.4 As perturbações da vontade


De acordo com SARAIVA (1973:271), as perturbações da vontade tomam,
genericamente nome de abulias (do grego: boule = vontade, a = privação).
Relativamente, ao género abúlico pode-se determinar duas espécies, as gradações mais
diversas: a dos impulsivos e a dos indecisos.
A dos impulsivos – que atua sem reflectir, inconsiderada e, digamos,
irresponsavelmente.
A dos indecisos – que opostamente, por excesso de reflexão e temor da responsabilidade
não consegue passar a acção.
Na perspectiva de ROCHA e FIDALGO (1998:16), as perturbações da vontade se
podem considerar diversificação e manifestam se da seguinte maneira:
 Abolia - se manifesta por falta de iniciativa e de motivação e incapacidade de
tomar decisões. É característica dos estados depressivos.
 Afasia - consiste na perturbação linguagem provocadas por lesões nas áreas
cerebrais que controlam essa função a gravidade da situação depende em geral
da extensão da lesão sofrida.
 Afecto -sensação subjectiva e imediata que o indivíduo experimenta em relação
a um objecto, situação ou pessoa e que orienta o seu comportamento.
 Agnosia - perturbação grave de percepção que consiste na incapacidade de
interpretar os dados da sensibilidade. O indivíduo sente (vê, ouvi.) elementos
isolados mas não é capaz de reconhecer o todo (objecto, situação, pessoal).
Deve-se a lesão cerebral.
17

 Agorafobia - medo injustificado, fóbico dos espaços abertos. O afecto básico


dominante é a ansiedade intensidade não controlada e canalizada para esse tipo
de espaço é de um modo geral para espaços que não sejam familiares
(SARAIVA, 1973).
Após a abordagem do trabalho conclui-se que a realização de qualquer actividade
humana esta relacionada com vontade, sentimento e emoções. Visto que os sentimentos,
de forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas
situações que vivenciam. As emoções resultam das percepções dos estados corporais e
das mudanças orgânicas provocadas por estímulos particulares. Os estímulos produzem
alterações orgânicas que, por sua vez, geram emoções. E a vontade é a capacidade de
associar o livre arbítrio e o determinismo.
Contudo, as bases fisiológicas são as que um indivíduo deve ter em conta para regular o
seu comportamento, desta maneira pode tender a os entender e perceber quais são as
suas origens de um dado sentimento, emoção ou vontade e saber qual é o seu impacto
no processo de ensino e aprendizagem, nas relações sociais, sobre tudo no aspecto
afectivo emocional do indivíduo.

5. Diferenças entre emoções humanas dos animais


Tanto quanto características físicas corporais, como o formato dos ossos ou dos dentes,
o comportamento dos animais, evidenciados em suas expressões emocionais, são
características confiáveis para o estudo da evolução das espécies. Foi o que concluiu o
naturalista britânico Charles Darwin em estudo que resultou no livro “A expressão das
emoções nos homens e nos animais”, de 1872.
Na obra, Darwin propõe uma reflexão sobre as diferentes emoções manifestas pelos
animais por meio de suas expressões faciais e corporais. Com isso, o naturalista
examina e explica os movimentos expressivos do ponto de vista de sua funcionalidade
no processo de adaptação dos indivíduos ao meio. O estudo lhe forneceu uma oferta
ainda maior de evidências para fundamentar a teoria da evolução das espécies, aventada
por ele em sua obra seminal de 1859
“A origem das espécies por meio da selecção natural.”
Darwin descreve as expressões relativas a diferentes estados de humor comuns à
maioria dos animais – inclusive aos seres humanos. O objectivo do naturalista era
18

proporcionar a mais segura base para se generalizar as causas, ou origens, dos vários
movimentos de expressão.
O aspecto mais inovador do estudo de Darwin está na análise acerca das complexas
emoções e expressões do homem. Para ele, as expressões humanas são herdadas de
nossos antepassados, uma vez que se manifestam em indivíduos de diferentes culturas.
Logo, seriam a evidência de uma ancestralidade comum das espécies.
Para o naturalista, “sempre que determinadas mudanças nas feições e no corpo
exprimirem as mesmas emoções nas diferentes raças humanas, poderemos inferir, com
grande probabilidade, que estas são expressões verdadeiras, ou seja, que são inatas ou
instintivas. Expressões ou gestos adquiridos por convenção na infância provavelmente
difeririam tanto quanto diferem as línguas.”
Darwin dedicou especial atenção à expressão em crianças, “pois elas exibem um grande
número de emoções, com extraordinária intensidade”, e em loucos, “pois eles são dados
às mais intensas paixões e as manifestam sem nenhum controle.” A lista de emoções e
expressões humanas caracterizadas por Darwin a partir do estudo de fotografias e de
relatos obtidos juntos a contatos do Império Britânico espalhados por todo o planeta
resultou na seguinte classificação:
No livro “A expressão das emoções nos homens e nos animais”, Charles Darwin analisa
o comportamento emotivo em diferentes espécies, entre elas cavalos, cães, gatos e
primatas. Para ele, expandir o estudo para além dos humanos era fundamental para se
generalizar as origens dos diferentes movimentos expressivos, já que “ao observar
animais, estamos menos propensos a nos deixar influenciar pela nossa imaginação e
podemos estar seguros de que suas expressões não são convencionadas.”
Dentre os vários comportamentos pesquisados por Darwin nos animais, ele destaca as
diferentes maneiras de provocar medo em rivais ou inimigos, como a emissão de sons, o
eriçamento de pelos, o alargamento do corpo, o repuxo e a pressão das orelhas contra a
cabeça.
O riso também foi objecto de análise por parte do naturalista britânico. Ele identificou
as características que distinguem a expressão de prazer e alegria da expressão de afeição
em diferentes tipos de primatas. Na ilustração que segue, Darwin descreve como o riso é
demonstrado por um Cynopithecus, uma espécie de babuíno
19

Conclusão

Em jeito de conclusão é basilar que Alegria, medo, raiva, tristeza são alguns exemplos
de emoções. Estados que tem significativa importância no comportamento humano,
mas, o que necessariamente é uma emoção? Como podemos classificá-la? O Senso
Comum classifica as emoções e os sentimentos não apenas com facilidade, mas com
uma certa coerência, o que deixa os cientistas em uma desvantagem, pois os mesmos
20

buscam o que ocorre com precisão fisiológica, possíveis a olho nu. O estudo das
emoções é um tema arcaico, sendo trabalhado em diversas manifestações da cultura
como a arte, religião, filosofia e a ciência. O pensador francês René Descartes, aborda
em sua teoria sobre uma substância pensante (res cogitans) separada totalmente da
substância do mundo (res extensa), no qual pertence as emoções, caracterizado como
confusas e sem credibilidade com a verdade (ANTONIO et al., 2007).
Umas das tentativas de entender as emoções iniciaram em 1890, com William James
(1842) fundador da psicologia funcional, com o questionamento da originalidade do
medo, “uma pessoa corre do urso porque tem medo ou tem medo porque corre? ”.
Propunha que o sentimento consciente do medo é uma consequência das emoções
(LEDOUX; DAMASIO, 2014).

Referências bibliográficas

LOUREIRO,( 1976.) Filipe. Emoção, Sentimento e Afeto. Disponível em


http://pt.slideshare.net/guested634f/emoes-sentimentos-e-afecto. 24/03/2015/16h.
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