Aula 1 - Introdução À Parasito e Tricomoníase

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PARASITOLOGIA

Profa. Dra. Marcela Segatto do Carmo


Bibliografia Básica

• NEVES, D.P. Parasitologia humana. 12ª ed. São


Paulo: Atheneu, 2011.

• REY, L. Parasitologia. 4ª ed. São Paulo: Guanabara


Koogan, 2013.

• VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Veronesi: Tratado de


Infectologia. 3ª ed. São Paulo: ed. Atheneu, 2015.
Resumo

Protozoários do
sangue e tecidos Helmintos: Platelmintos e Ectoparasitas
Nematelmintos

Relação parasito/hospedeiro
Ciclo de vida
Doença e Epidemiologia
Diagnóstico e Tratamento da doença
Realidade
Conceitos

PARASITO: indivíduo que vive à custa do outro, da


sociedade – oportunismo

PARASITISMO: é a associação entre seres vivos,


em que existe unilateralidade de benefícios, sendo
um dos associados prejudicados pela associação.
Relação parasito/hospedeiro

Piolho parasitando um
homem
Os parasitos e as doenças

Leishmania chagasi
parasitando uma criança
Categorias taxonômicas e regras de
nomenclatura

Schistosoma mansoni

gênero epíteto específico

ESPÉCIE

Gênero: a primeira letra deve ser Maiúscula.


Epíteto específico: letra minúscula.

A espécie deve ser grifada ou escrita em itálico.


Vetores
• Vetor biológico: quando o parasito se
reproduz ou se desenvolve no vetor. Ex.:
Biomphalaria glabrata – vetor do S. mansoni.

• Vetor mecânico: quando o parasito não se


desenvolve no vetor, apenas o transporta. Ex.:
Tunga penetrans veiculando esporos de
Vetores

fungos, moscas veiculando cistos de amebas.

• Vetor inanimado ou fômite: quando o


parasito é transportado por objetos, tais como
lenços, seringas.
Ciclo biológico dos parasitos
Ciclo monoxênico: onde o parasito necessita de um
único hospedeiro para completar seu ciclo vital.

Hospedeiro
Mamífero
Ciclo biológico

Ingestão (Homem e cão)

Fezes
contaminadas

Ovo com
larva Ovo fértil
Ciclo biológico dos parasitos
Ciclo heteroxênico: onde o parasito necessita de
mais de um hospedeiro para completar seu ciclo vital.
Ciclo biológico

Leishmania spp. Hospedeiro


Mamífero
Inseto vetor (Homem e cão)
(Flebótomo fêmea)
Corte histológico
Diagnóstico

Imagem
Sorologia

Teste coprológico / Exame Clínico


EPF (exame parasitológico de fezes)
Tricomoníase

Profa. Marcela Segatto


Parasito:
Quatro
• Trichomonas vaginalis
espécies
• 1836 – paciente com vaginite;
encontradas • 1894 – uretrite homem.
no homem:

Comensais:
• T. tenax
• T. hominis
• Trichomitus fecalis
T. vaginalis -
morfologia
• 4-5 flagelos anteriores;
• Membrana ondulante;
• Axóstilo;
• Filamentos parabasais;
• Núcleo elipsóide;
T. vaginalis -
morfologia
• Célula polimórfica;
• Apresenta apenas a forma
trofozoíto;
• Hábitat: trato geniturinário
do homem e da mulher
• Lâminas e culturas:
elipsóides, piriformes ou
ovóides;
T. vaginalis - morfologia

Giemsa Papanicolau A fresco


Transmissão
• Sexual
• Transmissão não sexual é incomum:
• neonatal (parto);
• Roupas íntimas, vaso sanitário;
• água de banho;
• instrumentos ginecológicos

Monoxeno
Mecanismo da lesão epitelial
Sinais e sintomas
• Mulher
• Período de incubação: 3-20 dias
• Epitélio trato genital – ectocérvice
• Vaginite – corrimento fluido abundante, amarelo-
esverdeado, bolhoso e fétido
• Prurido ou irritação vulvovaginal;
• Dor e dificuldade nas relações sexuais;
• Dor ao urinar e aumento da frequência miccional;

Ao exame,
o ectocérvice uterino
apresenta um aspecto de
colpis macularis (descrito
como aspecto de
morango ou framboesa)
Sinais e sintomas
• Homem
• Normalmente assintomática
• Uretrite com fluxo leitoso
• Prurido uretral
• Corrimento claro e viscoso, antes da 1ª urina matinal
• Desconforto ao urinar
• Parasito permanece na uretra e talvez na próstata
• Complicações: prostatite, cistite e epididimite.
Diagnóstico
• Clínico: sintomas relatados e às vezes não
conclusivo.

• Imunológicos: não são rotineiramente utilizados

• Parasitológico: definitivo
Diagnóstico Parasitológico
• Exame direto a fresco
• Visualização dos movimentos do flagelo
• Leucócitos e células epiteliais dificultam o diagnóstico

• Preparações fixadas e coradas


• Colorações: Papanicolau, Giemsa, Leishman...

• Culturas
• Amostras:
• Amostra masculina: material uretral, sêmen ou urina.
• Amostra feminina: vagina – swab ou espátula/espéculo
• Preservação da amostra
*antes da coleta: 15 dias sem medicação tricomonicida
Epidemiologia
• T. vaginalis é patógeno mais encontrado entre as ISTs;

• Prevalência é maior entre mulheres e entre grupos de nível


socioeconômico mais baixo;

• São vulneráveis a altas temperaturas, mas vivem algumas


horas em altas condições de umidade:
• 48h no exudato vaginal
• 3h urina coletada
• 6h no sêmen ejaculado
• 24h em toalhas molhadas
Profilaxia
• O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as
relações sexuais;
• Uso individual de roupas íntimas;
• Esterilização dos aparelhos ginecológicos;
• Higiene em relação aos sanitários públicos;
• Tratamento dos doentes.
Tratamento
• Fármacos: metronidazol, tinidazol e secnidazol – V.O e/ou
vaginal
• As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não
apresentem sinais e sintomas.
• Gestantes – dar preferência ao tratamento tópico.

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