Instalações Elétrica - AV 02docx

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 22

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO – CAMPUS IMPERATRIZ


BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTICA

Carlos Henrique Cristiano Silva


Gabriel Amorim Holanda
João Pedro Freitas Gonzaga

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Avaliação 02

Imperatriz
2023
1. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 1
Para realizar o dimensionamento do transformador, poste, condutores, eletrodutos de
entrada e disjuntor de projetor geral em baixa tensão, foram utilizadas as seguintes
especificações técnicas da Equatorial Energia:
• NT.002 – Fornecimento de energia elétrica em média tensão (13,8 kV, 23,1 kV,
34,5 kV);
• NT. 004 – Fornecimento de energia elétrica a edificações em múltiplas unidades
consumidoras.
O dimensionamento foi feito por meio da demanda de cargas, logo, as Tabelas 1 e 2
mostram o levantamento de carga presente em cada quadro de distribuição geral,
respectivamente, na instalação.

Tabela 1: Levantamento de carga do quadro de distribuição geral 1


Potência Potência Carga Carga Carga Carga
Cargas Quantidade FP FD unitária unitária Instalada Demanda Instalada Demanda
(W) (VA) (kW) (kW) (kVA) (kVA)
Lâmpadas 15 0,9 1 40 44,44 0,6 0,67 0,6 0,67
TUGs 10 1 1 100 100 1 1 1 1
Ar
condicionado 15 0,9 1 3600 4000 54 60 54 60
30000 BTU’s
Geladeira 2 1 0,75 300 300 0,6 0,6 0,45 0,45
Forno
1 0,9 1 1200 1333,33 1,2 1,33 1,2 1,33
micro-ondas
Cafeteira
1 1 1 750 750 0,75 0,75 0,75 0,75
elétrica
Computador 8 0,9 0,37 300 333,33 2,4 2,67 0,89 0,99
Total 60,55 67,02 58,89 65,19
Fonte: Dos Autores (2023).

Tabela 2: Levantamento de caga do quadro de distribuição geral 2


Cargas Quantidade FP FD Potência Potência Carga Carga Carga Carga
unitária unitária Instalada Demanda Instalada Demanda
(W) (VA) (kW) (kW) (kVA) (kVA)
Lâmpadas 20 0,9 1 40 44,44 0,8 0,8 0,89 0,89
TUGs 15 1 1 100 100 1,5 1,5 1,5 1,5
Ar 15 0,9 1 3600 4000 54 54 60 60
condicionado
30000 BTU’s
Projetor 4 1 1 250 250 1 1 1 1
Slide
Computador 10 0,9 0,37 300 333,33 3 1,11 3,33 1,23
Total 60,3 58,41 66,72 64,62
Fonte: Dos Autores (2023)
Para calcular os fatores de demanda, a geladeira, o forno micro-ondas, a cafeteira
elétrica, computador e projeto slide foram considerados como equipamentos de
eletrodoméstico, devido à falta de informação presentes das especificações técnicas tidas como
base para o dimensionamento.
A partir das Tabelas 1 e 2, obtém os parâmetros geral da instalação, como a carga
aparente, ativa e reativa, tanto como carga instalada como carga de demanda; e o fator de
potência geral da instalação. O fator de potência é obtido a partir da razão da carga ativa de
demanda em relação a carga aparente de demanda. Tais parâmetros estão mostrados na Tabela
3.
Tabela 3 – Parâmetros gerais da instalação
Carga Aparente (kVA) Ativa (kW) Reativa (kvar) Fator de potência
Instalada 133,74 120,85 57,29 -
Demanda 129,81 117,3 55,6 0,904
Fonte: Dos Autores (2023)
Por meio da tabela 4 da NT.002 da Equatorial, o transformador trifásico escolhido para
tal instalação foi de 150 kVA, o qual apresenta uma demanda a ser contratada mínima e máxima
de 75 kW e 150kW, respectivamente.
Assim, a partir da tabela 10A da NT.002 da Equatorial, pode-se dimensionar o elo
fusível necessário para a subestação aérea. Para um transformador trifásico de 150 kVA,
operando em média tensão (13,8 kV), o elo fusível escolhido pela Equatorial é de 5K.
Para os demais dimensionamentos, como o eletroduto de entrada, condutores e o
disjuntor de baixa tensão, podem ser escolhidos por meio da tabela 11 na NT.002 da Equatorial.
Para um transformador trifásico com potência de 150 kVA, o diâmetro do eletroduto
utilizado pela Equatorial é de 65 (2 ½)”; os condutores utilizados são de cobre com revestimento
de XLPE ou HEPR 0,6/1kV de 95mm² para os três condutores de fase e 50mm² para o condutor
neutro; o disjuntor utilizado apresenta uma corrente nominal de 250 A.
Para a escolha do tamanho poste, utiliza-se a tabela 5 da NT.002. Para um transformador
trifásico de 150 kVA, o posto utilizado é um poste duplo T de 600daN e 11 metros de
comprimento.
2. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 2
Para resolver esta questão foram usadas as seguintes especificações técnicas:
• ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétrica em baixa tensão;
• NT.001 – Fornecimento de energia elétrica em baixa tensão;
• NT.004 – Fornecimento de energia elétrica a edificações em múltiplas unidades
consumidoras.
A questão 2 solicita a utilização do critério de carga instalada para o dimensionamento
dos disjuntores e condutores dos circuitos terminais de toda a instalação, onde cada
equipamento das Tabelas 1 e 2 devem ser considerados como circuitos diferentes, com exceção
dos ar condicionados, em que terá apenas um por circuito.
A tabela 4 mostra a divisão de circuitos do quadro de distribuição geral 1, em que mostra
a descrição do circuito, a tensão, a carga instalada em kVA, a corrente de projeto IP em A, a
seção do condutor utilizado, o máximo de corrente suportada por tal seção de condutor IZ, o
máximo de corrente suportada pelo condutor dada um fator de temperatura Iz’ e a corrente
nominal do disjuntor a ser utilizado e a sua curva de atuação.
Para calcular a corrente de projeto é utilizado a equação (1),
𝑆
𝐼𝑃 = (1)
𝑘 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝐹𝑃
onde 𝑆 é a potência em VA, 𝐹𝑃 é o fator de potência e o 𝑘 é um constante de condição em que:
para circuitos monofásicos a 2 fios, 𝑘 = 1; para circuitos trifásicos a 3 fios, 𝑘 = √3.
A tabela 5 mostra a divisão de circuitos do quadro de distribuição geral 2 da mesma
forma que a tabela 4.
Para todos os circuitos, foi considerado o método de instalação B1, todos os cabos
condutores são de PVC. Todos os circuitos estão operando em temperatura ambiente de 35°C,
logo, por meio da tabela 40 da ABNT NBR 5410:2004, o fator de temperatura para o cabo PVC
é de 0,94.

Tabela 4: Divisão de cargas do quadro de distribuição geral 1


Carga Curva
Tensão Seção IZ Iz’ Disj.
Circuitos Descrição Instalada Ip (A) de
(V) (mm²) (A) (A) (A)
(kVA) atuação
1 Lâmpadas 220 0,67 3,03 1,5 17,5 16,45 6 B
2 TUGs 220 1 4,55 2,5 24 22,56 6 B
3 Geladeira 220 0,6 2,73 2,5 24 22,56 6 B
Forno micro- B
4 220 1,33 6,06 2,5 24 22,56 10
ondas
Cafeteira B
5 220 0,75 3,41 2,5 24 22,56 6
elétrica
6 Computadores 220 2,67 12,12 2,6 24 22,56 16 B
Ar C
7 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
8 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
9 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
10 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
11 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
12 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
13 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
14 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
15 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
16 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
17 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
18 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
19 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
20 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
21 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Fonte: Dos Autores (2023).

Tabela 5: Divisão de circuitos do quadro de distribuição geral 2.


Carga Curva
Tensão Seção IZ Iz’ Disj.
Circuitos Descrição Instalada Ip (A) de
(V) (mm²) (A) (A) (A)
(kVA) atuação
1 Lâmpadas 220 0,89 4,05 1,5 17,5 16,45 6 B
2 TUGs 220 1,5 6,82 2,5 24 22,56 10 B
5 Projetor Slide 220 1 4,55 2,5 24 22,56 6 B
6 Computadores 220 3,33 15,14 2,5 24 22,56 16 B
Ar C
7 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
8 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
9 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
10 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
11 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
12 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
13 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
14 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
15 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
16 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
17 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
18 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
19 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
20 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Ar C
21 condicionado 220 4 18,18 4 32 30,08 20
30000BTU’s
Fonte: Dos Autores (2023).

A questão 2 pede também o dimensionamento dos disjuntores geral de cada quadro de


distribuição geral (QDG) e o disjuntor geral da instalação, todavia, por critério de demanda. As
tabelas 6 e 7 mostram a carga de demanda de cada circuito e consequentemente, a carga de
demanda total do QDG 1 e QDG 2, respectivamente.

Tabela 6 – Carga de demanda do QDG 1.


Carga
Circuitos Descrição Demanda
(kVA)
1 Lâmpadas 0,67
2 TUGs 1
3 Geladeira 0,45
4 Forno micro-ondas 1,33
5 Cafeteira elétrica 0,75
6 Computadores 0,99
7 Ar condicionado 30000BTU’s 4
8 Ar condicionado 30000BTU’s 4
9 Ar condicionado 30000BTU’s 4
10 Ar condicionado 30000BTU’s 4
11 Ar condicionado 30000BTU’s 4
12 Ar condicionado 30000BTU’s 4
13 Ar condicionado 30000BTU’s 4
14 Ar condicionado 30000BTU’s 4
15 Ar condicionado 30000BTU’s 4
16 Ar condicionado 30000BTU’s 4
17 Ar condicionado 30000BTU’s 4
18 Ar condicionado 30000BTU’s 4
19 Ar condicionado 30000BTU’s 4
20 Ar condicionado 30000BTU’s 4
21 Ar condicionado 30000BTU’s 4
Total (kVA) 65,19
Fonte: Dos Autores (2023)

Tabela 7 – Carga de demanda do QDG 2.


Carga
Circuitos Descrição Demanda
(kVA)
1 Lâmpadas 0,89
2 TUGs 1,5
5 Projetor slide 1
6 Computadores 1,23
7 Ar condicionado 30000BTU’s 4
8 Ar condicionado 30000BTU’s 4
9 Ar condicionado 30000BTU’s 4
10 Ar condicionado 30000BTU’s 4
11 Ar condicionado 30000BTU’s 4
12 Ar condicionado 30000BTU’s 4
13 Ar condicionado 30000BTU’s 4
14 Ar condicionado 30000BTU’s 4
15 Ar condicionado 30000BTU’s 4
16 Ar condicionado 30000BTU’s 4
17 Ar condicionado 30000BTU’s 4
18 Ar condicionado 30000BTU’s 4
19 Ar condicionado 30000BTU’s 4
20 Ar condicionado 30000BTU’s 4
21 Ar condicionado 30000BTU’s 4
Total (kVA) 64,62
Fonte: Dos Autores (2023)

Por meio da Eq. (1), as correntes de projeto para o dimensionamento do disjuntor geral
do QDG 1 e 2 são, respectivamente, 63,08 A e 62,53 A. Portanto, o disjuntor tripolar
recomendado para ambos quadros geral de distribuição apresenta a corrente nominal de 80 A
com curva de atuação C.
Além disso, os condutores utilizados da saída da proteção da subestação aérea para
dentro da instalação são cabos condutores XLPE de 16 mm² para as fases e para o neutro, para
ambos QDGs. O dimensionamento de tais condutores fora retirado da tabela 37 da NBR
5414:2004 e apresentando um fator de temperatura de 0,96, correspondente a uma temperatura
de 35°C em condutor XLPE.
Antes dos dois QDGs com os circuitos terminais, haverá um quadro geral de distribuição
com os mesmos disjuntores geral de cada QDG secundária e o disjuntor geral da instalação. Os
três disjuntores presentes nesse QDG apresentam uma curva de atuação do tipo D.
Para dimensionar o disjuntor geral da instalação, soma-se as cargas de demanda totais
de cada QDG e calcula-se a corrente de projeto por meio da Eq. (1). Assim, para uma carga de
demanda total de 129,81 kV, apresenta uma corrente de projeto de 119,53 A, portanto o disjuntor
tripolar recomendado é de 125 A.
A questão 2 solicita o diagrama unifilar da instalação, tal diagrama está anexado à
atividade.

3. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 3
A questão 3 solicita o dimensionamento do sistema de iluminação dos ambientes de da
edificação mostrada na figura 1. O dimensionamento deve ser pelo método de Lúmens, pelo
método de cavidades zonais e também, a partir de uma ferramenta web chamada Signify.
Para realizar tais métodos de dimensionamentos de sistema de iluminação, foram usadas
as seguintes referências:
• ABNT NBR ISSO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho
parte 1: inferior;
• Instalações elétricas industriais, 9ª ed., de João Mamede Filho, 2015.
Além disso, é dado pela questão, dois datasheets de lâmpadas de LED que podem ser
utilizados no projeto, tais são:
• Lâmpadas T8 da Avant, com potência de 9W e 18W e respectivamente, fluxo
luminoso de 910 lúmens e 1860 lúmens;
• Lâmpadas T8 HO da Avant, com potência de 40W e 65W e respectivamente,
fluxo luminoso de 3800 lúmens e 6000 lúmens;
Também, é dada três tipos de luminárias diferentes, tais são:
• Day-Brite CFI da Signify, tipo FDB high bay, o qual suporta lâmpadas T8 ou
T5HO;
• Day-Brite CFI da Signify, tipo IA all purpose, o qual suporta lâmpadas T5,
T5HO ou T8.
• Day-Brite CFI da Signify, tipo IA all purpose, o qual suporta lâmpadas T8 ou
T12 Slimline.
Para tal edificação foi considerada uma altura total de 4 metros e uma altura da fonte de
luz sobre o plano de trabalho de 3 metros.

Figura 1: Planta baixa da edificação

Fonte: Avaliação 02 (2023)

3.1. Método de lúmens


Para iniciar, o método de lúmens, é necessário calcular a refletância em cada cômodo
da edificação. A refletância média exprime as reflexões médias das superfícies do ambiente da
instalação. Ela é representa pela letra 𝐾 e a equação é dada por
𝐴×𝐵
𝐾= (2)
𝐻𝑙𝑝 × (𝐴 + 𝐵)
onde 𝐴 e B são, respectivamente, o comprimento e a largura do recinto, em metros; e 𝐻𝑙𝑝 é a
altura da fonte de lux sobre o plano de trabalho, em metros.
Assim, o índice de recinto K, calculado a partir da Eq. (2), de todos os cômodos é
mostrada na Tabela 8.

Tabela 8 – Índice de recinto de cada cômodo


Cômodos Comprimento (m) Largura (m) Área (m²) K
Área livre 1 5,7 1,85 10,55 0,47
Área livre 2 1 2 2 0,22
Salão comercial 4,55 11,14 50,69 1,08
WC 1 2,87 2,87 0,25
Hall 1,5 1,22 1,83 0,22

Fonte: Dos Autores (2023).


Em seguida, é necessário calcular o fluxo luminoso total do cômodo para se obter um
iluminamento média desejado no plano de trabalho. A equação (3) mostra o cálculo do fluxo
luminoso.
E×S
ψt = (3)
Fu × Fdl

onde ψ𝑡 é o fluxo total a ser emitido pelas lâmpadas, em lúmens; E é o iluminamento médio
requerido pelo ambiente a iluminar, em lux; S é a área do recinto, em m²; 𝐹𝑑𝑙 é o fator de
depreciação do serviço da luminária; e 𝐹𝑢 é o fator de utilização do recinto.
O iluminamento médio requerido para cada ambiente está mostrado na tabela 9, o qual
foram retirados da ABNT NBR ISO 8995-1.

Tabela 9 – Iluminamento médio requerido para cada ambiente


Cômodos Emin (lúmens)
Área livre 1 200
Área livre 2 200
Salão comercial 500
WC 200
Hall 150
Fonte: ABNT NBR ISO 8995-1:2013 (2013)

Os fatores de depreciação do serviço da luminária foram obtidos a partir da tabela D.3


da ABNT NBR ISSO 8995-1, em que foram considerados o salão comercial e o WC como
ambientes muito limpo e ciclo de manutenção de um ano; enquanto os cômodos restantes foram
considerados como ambientes com carga de poluição normal e ciclo de manutenção de três
anos. Tais fatores de depreciação do serviço da luminária (Fu) estão apresentados na tabela 10.

Tabela 10 – Fatores de depreciação do serviço da luminária em cada cômodo


Cômodos FU
Área livre 1 0,67
Área livre 2 0,67
Salão comercial 0,8
WC 0,8
Hall 0,67
Fonte: ABNR NBR ISO 8995-1:2013 (2013)

O fator de utilização de recinto é uma constante retirada do datasheet da luminária em


questão, ou seja, ela é diferente para cada tipo de variável. Como mostra a figura 2, em que
mostra a tabela de coeficiente de utilização. Tal tabela relaciona as refletâncias médias do piso,
parede e teto com o índice de recinto.
Pode-se observar que o índice de recinto da figura 2 são todos números inteiros,
enquanto que os índices de recintos dos cômodos, mostrados na tabela 8, são números
intermediários a dois números dos índices de recinto da figura 2. Portanto, para encontrar o
valor do fator de utilizado para tais valores de K, foi feito uma interpolação.
De acordo com Mamede (2015); para superfícies brancas, a refletância média é de 70%;
para superfícies claras, a refletância média é de 50%; e para superfícies escuras, a refletância
média é de 30%.
A tabela 11 mostra as refletâncias médias do teto, parede admitidas para cada cômodo
da edificação em questão.

Figura 2: Tabela de coeficientes de utilização da luminária FDB high bay com 6 lâmpadas

Fonte: Signify (2019)

Tabela 11 – Refletâncias médias admitidas à edificação


Refletâncias médias
Cômodos
Parede Teto
Área livre 1 50% 50%
Área livre 2 50% 50%
Salão comercial 50% 70%
WC 70% 70%
Hall 50% 70%
Fonte: Dos Autores (2023)
Assim, foi calculado o fator de utilizado para luminária e para cômodos, que apresenta
um índice de recinto K diferente. A luminária Day-Brite CFI da Signify, tipo FDB high bay
apresenta uma versão em que suporta seis lâmpadas e outra, que suporta quatro lâmpadas. Cada
versão possui uma tabela de coeficientes distintas.
Logo em seguida, é encontrado o fluxo luminoso total a ser emitido pelas lâmpadas, por
meio da Eq. (2). A Equação (3) mostra como calcular a quantidade de luminárias necessária em
um ambiente.
ψ𝑡
𝑁𝑙𝑢 = (4)
𝑁𝑙𝑎 × ψ𝑙
em que 𝑁𝑙𝑎 é a quantidade de lâmpadas por luminária, e ψ𝑙 é o fluxo emitido por lâmpada, em
lúmens.
Portanto, as tabelas 12 a 16 mostram o fator de utilização e o fluxo luminoso total para
cada tipo de luminária, em seguida é relacionada aos tipos de lâmpadas, a fim de encontrar o
número de luminária em determinado cômodo.

Tabela 12 – Fator de utilização, fluxo luminoso total e quantidade de luminárias na Área livre 1
Número de luminárias
T8HO T8HO
Luminárias 𝑵𝒍𝒂 FU 𝝍𝒕 T8 (9W) T8 (18W)
(40W) (65W)
910 lm 1860 lm 3800 lm 6000 lm
T8 or
T5HO (6 6 0,96 3280,47 0,6 0,29 0,14 0,09
lamps)
T8 or
T5HO (4 4 0,98 3213,52 0,88 0,43 0,21 0,13
lamps)
T5, T5HO,
2 0,88 3578,70 1,97 0,96 0,47 0,30
T8
T8, T12
2 0,94 3350,27 1,84 0,9 0,44 0,28
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023)

Tabela 13 – Fator de utilização, fluxo luminoso total e quantidade de luminárias na Área livre 2
Número de luminárias
T8HO T8HO
Luminárias 𝑵𝒍𝒂 FU 𝝍𝒕 T8 (9W) T8 (18W)
(40W) (65W)
910 lm 1860 lm 3800 lm 6000 lm
T8 or
T5HO (6 6 0,99 603,05 0,11 0,05 0,03 0,02
lamps)
T8 or
T5HO (4 4 1,01 591,10 0,16 0,08 0,04 0,02
lamps)
T5, T5HO,
2 0,91 656,06 0,36 0,18 0,09 0,05
T8
T8, T12
2 0,98 609,20 0,33 0,16 0,08 0,05
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023)

Tabela 14 – Fator de utilização, fluxo luminoso total e quantidade de luminárias no Salão comercial
Número de luminárias
T8HO T8HO
Luminárias 𝑵𝒍𝒂 FU 𝝍𝒕 T8 (9W) T8 (18W)
(40W) (65W)
910 lm 1860 lm 3800 lm 6000 lm
T8 or
T5HO (6 6 0,93 34065,86 06,24 3,05 1,49 0,95
lamps)
T8 or
T5HO (4 4 0,95 33348,68 09,16 4,48 2,19 1,39
lamps)
T5, T5HO,
2 0,84 37715,77 20,72 10,14 4,96 3,14
T8
T8, T12
2 0,91 34814,56 19,13 9,36 4,58 2,90
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023)

Tabela 15 – Fator de utilização, fluxo luminoso total e quantidade de luminárias no WC


Número de luminárias
T8HO T8HO
Luminárias 𝑵𝒍𝒂 FU 𝝍𝒕 T8 (9W) T8 (18W)
(40W) (65W)
910 lm 1860 lm 3800 lm 6000 lm
T8 or
T5HO (6 6 1,04 689,90 0,13 0,06 0,03 0,02
lamps)
T8 or
T5HO (4 4 1,06 676,89 0,19 0,09 0,04 0,03
lamps)
T5, T5HO,
2 0,98 732,14 0,40 0,20 0,10 0,06
T8
T8, T12
2 1,04 689,90 0,38 0,19 0,09 0,06
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023)

Tabela 16 – Fator de utilização, fluxo luminoso total e quantidade de luminárias no Hall


Número de luminárias
T8HO T8HO
Luminárias 𝑵𝒍𝒂 FU 𝝍𝒕 T8 (9W) T8 (18W)
(40W) (65W)
910 lm 1860 lm 3800 lm 6000 lm
T8 or
T5HO (6 6 1,03 397,77 0,07 0,04 0,02 0,01
lamps)
T8 or
T5HO (4 4 1,05 390,19 0,11 0,05 0,03 0,02
lamps)
T5, T5HO,
2 0,97 422,37 0,23 0,11 0,06 0,04
T8
T8, T12
2 1,04 393,94 0,22 0,11 0,05 0,03
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023)

Portanto, para o salão comercial, foi escolhido a luminária Day-Brite CFI da Signify,
tipo IA all purpose, o qual suporta duas lâmpadas T5, T5HO ou T8; a lâmpada escolhida foi
T8HO da Avant com 40W de potência, 3800 lúmens, emissão da cor branca com temperatura
de 6500K.
Para o restante dos cômodos, foi escolhido a luminária Day-Brite CFI da Signify, tipo
IA all purpose, o qual suporta lâmpadas T5, T5HO ou T8; a lâmpada escolhida foi a T8 da Avant
com 9W de potência, 910 lúmens, emissão da cor branca com temperatura de 6500K.
Em relação a disposição das lâmpadas, as lâmpadas devem estar com a mesma distância
uma da outra e, a distância da parede para a lâmpada deve ser a metade da distância de uma
lâmpada para a outra.
A tabela 17 mostra a quantidade de luminárias adotada que são colocadas por cômodo
e suas a disposições.
Tabela 17 – Quantidade de luminária adotada por cômodo e suas disposições.
Quantidade de Distância de uma lâmpada a
Distância da parede à lâmpada
Cômodos luminária outra
adotada X (m) Y (m) X (m) Y (m)
Área livre 1 2 - 2,85 0,95 -
Área livre 2 1 - - 1,00 0,50
Salão comercial 5 3,70 1,15 1,85 2,27
WC 1 - - 1,45 0,50
Hall 1 - - 0,60 0, 75
Fonte: Dos Autores (2023)
A figura 3 mostra uma planta baixa com a disposição das luminárias de cada cômodo
do edifício.

Figura 3: Disposição das luminárias de cada cômodo do edifício

Fonte: Dos Autores (2023).

3.2. Método das cavidades zonais


O método das cavidades zonais leva em consideração as cavidades do teto, piso e
ambiente para encontrar a quantidade de luminárias necessária no ambiente. O processo é
bastante semelhante ao método de lúmens.
Primeiramente, deve-se calcular o fator de relação de cavidades para cada cômodo a
partir da Equação (5).
5 × (𝐴 + 𝐵)
𝐾= (5)
𝐴×𝐵
onde A e B são o comprimento e largura do recinto, respectivamente.
Portanto, o fator de relação de cavidades de cada cômodo do edifício é mostrado na
tabela 18.

Tabela 18 – Fator de relação de cavidades de cada cômodo do edifício


Cômodos Comprimento (m) Largura (m) Área (m²) K
Área livre 1 5,7 1,85 10,55 3,58
Área livre 2 1 2 2 7,5
Salão comercial 4,55 11,14 50,69 1,55
WC 1 2,87 2,87 6,74
Hall 1,5 1,22 1,83 7,43
Fonte: Dos Autores (2023)
Em seguida, é calculada as relações das cavidades zonais, onde
𝑅𝑐𝑟 = 𝐾 × 𝐻𝑙𝑝 (6)
𝑅𝑐𝑡 = 𝐾 × 𝐻𝑡𝑙 (7)
𝑅𝑐𝑝 = 𝐾 × 𝐻𝑝𝑝 (8)
onde 𝐻𝑙𝑝 é a altura, em metros, da luminária ao plano de trabalho, 𝐻𝑡𝑙 é a altura, em metros, do
teto ao plano das luminárias; e 𝐻𝑐𝑝 é a altura, em metros, do plano de trabalho ao piso
A tabela 19 mostra as relações das cavidades zonais de cada cômodo, em que 𝐻𝑙𝑝 , 𝐻𝑡𝑙 e
𝐻𝑐𝑝 são 3, 0, 1 metro de altura, respectivamente.

Tabela 19 – Relação das cavidades zonais de cada cômodo do edifício


Cômodos 𝑹𝒄𝒓 𝑹𝒄𝒕 𝑹𝒄𝒑
Área livre 1 10,74 0 3,58
Área livre 2 22,5 0 7,5
Salão comercial 4,65 0 1,55
WC 20,22 0 6,74
Hall 22,29 0 7,43
Fonte: Dos Autores (2023).
Assim, como no método de lúmens, é necessária calcular o fluxo luminoso total a ser
emitido pelas lâmpadas, em que é dada pela equação (3).
Para encontrar o valor do fator de utilização, é feito uma relação das refletâncias médias
com o valor de 𝑅𝑐𝑟 utilizando a tabela 2.11 do Mamede, 2015.
Todavia, tal tabela possui valores de 𝑅𝑐𝑟 de 0,0 a 5,0, o que impossibilita dimensionar o
sistema de iluminação de todos os cômodos, com exceção do salão comercial. Portanto, será
dado continuidade ao dimensionamento da iluminação por meio das cavidades zonais apenas
para o salão comercial.
A partir da tabela 2.11 do livro do Mamede, 2015, é possível obter o valor da refletância
efetiva da capacidade do piso (ρ𝑐𝑝 ) e do teto (ρ𝑐𝑡 ), relacionando os valores de refletâncias
médios admitidos na tabela 11.
Assim, para os valores de refletâncias médio de piso de 50% e de parede de 50%
relacionando com um 𝑅𝑐𝑝 de 1,55, encontra-se um ρ𝑐𝑝 de 0,39 (39%). Para os valores de
refletâncias médio do teto de 70% e de parede de 50% relacionando com um 𝑅𝑐𝑡 de 0, encontra-
se um ρ𝑐𝑡 de 0,7 (70%).
Encontrados os valores de refletância efetiva da capacidade do piso e do teto, utiliza-se
novamente as tabelas de coeficientes de utilização, como ilustrada na figura 2, de cada umas
das luminárias. Em seguida, é necessário a corrente de tal fator de utilização, pois as tabelas de
coeficientes de utilização têm como base um valor de refletância média de piso de 0,2 (20%),
sendo que encontramos um valor de 0,39 (39%). Assim, a partir da tabela 2.13 do Mamede,
2015, obtém-se o fator de correção e divide-se o fator de utilização encontrado pelo fator de
correção.
A tabela 20 mostra o fator de utilização de cada luminária (obtida por interpolação), o
fator de correção e o fator de utilização corrigido 𝐹𝑈′ .

Tabela 20 – Fator de utilização, fator de correção e fator de utilização corrigido para cada luminária
Luminárias 𝑭𝑼 Fator de correção 𝑭′𝑼
T8 or T5HO (6 lamps) 0,615 1,03 0,6
T8 or T5HO (4 lamps) 0,625 1,03 0,61
T5, T5HO, T8 0,521 1,03 0,51
T8, T12 Slimline 0,551 1,03 0,53
Fonte: Dos Autores (2023)
Para calcular o fator de depreciação do serviço da iluminação (𝐹𝑑𝑙 ), é preciso calcular
os seguintes fatores:
• Fator de depreciação do serviço da luminária (𝐹𝑑 ): A partir da figura 2.32 do
livro do Mamede,2015 e, considerando um período de manutenção das
luminárias de 24 meses e que tais luminárias pertencem a categoria IV, o fator
de depreciação 𝐹𝑑 é 0,8, admitindo-se o ambiente limpo (L).
• Fator de depreciação das superfícies do ambiente devido à sujeira (𝐹𝑠 ): A partir
da figura 2.33 do livro do Mamede, 2015, obtém-se um percentual de sujeira de
18%, entrando-se com o valor de 24 meses e ambiente limpo. Logo, por meio da
tabela 2.15, o valor de 𝐹𝑠 é de 0,94 (94%).
• Fator de redução do fluxo luminoso por queima de lâmpada (𝐹𝑞 ): Como a vida
útil das lâmpadas de LED é de 25.000 horas (de acordo com seus datasheets), e
considerando que a cada 2 anos (17520 horas) elas serão substituídas. Assim,
𝐹𝑞 = 1 − (17520/2500) = 0,3
• Fator de depreciação do fluxo luminoso (𝐹𝑓 ): Por meio da figura 2.34 e a
lâmpadas serão trocadas depois de 2 anos, tem-se 𝐹𝑓 = 0,93(93%).
Portanto, a partir da multiplicação de tais fatores, obtém-se o fator de depreciação do
serviço de iluminação. Assim,
𝐹𝑑𝑙 = 𝐹𝑑 × 𝐹𝑠 × 𝐹𝑞 × 𝐹𝑓 = 0,81 × 0,94 × 0,3 × 0,94 = 0,21
O fluxo luminoso para cada luminária e, em seguida, relacionando com as lâmpadas de
LEDs estão mostradas na tabela 21. A tabela 21 mostra a quantidade de luminárias para cada
lâmpada e para cada luminária.

Tabela 21 – Número de luminárias para cada tipo de luminária para o salão comercial
Número de luminárias
Quantidade
𝝍𝒕 T8 T8 T8HO T8HO
Luminárias de 𝑭′𝑼 𝑭𝒅𝒍
(lúmens) (9W) (18W) (40W) (65W)
lâmpadas
910 1860 3800 6000
T8 or T5HO 6 0,615 0,21 201.150,79 18,02 8,82 8,82 5,59
(6 lamps)
T8 or T5HO 4 0,625 0,21 197.853,24 26,59 13,02 13,02 8,24
(4 lamps)
T5, T5HO, 2 0,521 0,21 236.647,99 63,62 31,14 31,14 19,72
T8
T8, T12 2 0,551 0,21 227.717,88 61,21 29,96 29,96 18,98
Slimline
Fonte: Dos Autores (2023).
Portanto, para o método das cavidades zonais, para o salão comercial, foi escolhido 6
luminárias de Day-Brite CFI da Signify, tipo FDB high bay com suporte para 6 lâmpadas; e a
lâmpada escolhida foi a T8HO com potência de 65W e fator de 6000 lúmens. A emissão de cor
da lâmpada é branca com temperatura de 6500K.

3.3. Plataforma web Signify

Como solicitado foi feito a comparação dos cálculos com o software pedido, nas
imagens abaixo estão a simulação com os comentários necessário.
• Área Livre 1:
Os cálculos se mostram condizentes com o software

• Área Livre 2:
Os cálculos não se mostram condizentes com o software
• Hall:
Os cálculos se mostram condizentes com o software
• Salão Comercial:
Os cálculos se mostram condizentes com o software
• WC:
Os cálculos se mostram condizentes com o software

Você também pode gostar