Trabalho de Projeto de Filosofia

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Filosofia da ciência

Primeira Parte

Introdução

O conhecimento é o ato ou efeito de conhecer, ou seja, é a capacidade humana de entender, apreender


e compreender as caraterísticas essenciais do objeto de estudo.

Entre os vários tipos de conhecimento, vamos refletir acerca do conhecimento científico, se é objetivo, o
que é que o distingue dos outros tipos de conhecimento, se o cientista é objetivamente racional ou se
interfere noutros fatores mas mais concretamente qual o melhor método científico para obter os
melhores resultados.

Não há ciência sem técnica. O uso de instrumentos técnicos no âmbito do desenvolvimento tecnológico
foi muitas vezes subordinado aos interesses económicos e políticos e o otimismo do cientismo não só
trouxe vantagens, como também aspetos negativos.

Aspetos positivos da ciência: aumento da esperança de vida das pessoas, melhores cuidados de saúde,
reprodução medicamente assistida

Aspetos negativos: intervenções que põem em risco a vida e a identidade dos seres humanos, efeitos
dos alimentos transgénicos e alterações climáticas.

A ciência alcançou um estatuto superior ao de outras formas de conhecimento e enquanto sociedade


acreditamos que este é seguro e fiável. (caso das vacinas por exemplo)

A evolução da investigação científica e da tecnologia levou ao debate de inúmeras questões que nos
fazem refletir acerca do valor, riscos e limites da própria ciência:

-Quais os limites da ciência? até onde podemos ir? Qual a responsabilidade dos cientistas na descoberta
das suas teorias e invenções técnicas? Quais os riscos para o homem e para a natureza do uso indevido
da tecnociência?

Será a verificação o critério de demarcação entre ciência e pseudociência?

Devo esclarecer que com o conceito de verificação pretendo significar a confirmação experimental de
uma hipótese científica e com o conceito de ciência refiro-me apenas às ciências empíricas.

A abordagem do tema da demarcação entre a ciência e a pseudociência deve-se a 2 fatores:

1. A importância de clarificar a confusão que por vezes se instala nas pessoas a respeito do que é
e do que não é ciência; E porque é que surge esta confusão?
2. Devido à multiplicação e popularidade de práticas como a astrologia ou a parapsicologia que se
apresentam com o estatuo de ciência sem que, na verdade, o sejam.

O nosso trabalho tem como principal objetivo refletir acerca de questões epistemológicas.
Indutivismo

Definição: de acordo com este método, o conhecimento científico deve basear-se na


observação, indução/formulação de hipóteses e experimentação. Deste modo, a observação
feita deve ser neutra, objetiva e imparcial.

Método: Mais concretamente, segundo esta perspetiva, a construção do conhecimento inicia-


se pela observação dos factos ou fenómenos, que deve ser repetida várias vezes, com método
e rigor. De seguida, é elaborada uma teoria através da indução, tentando relacionar os
fenómenos observados. Assim, é generalizada a relação encontrada entre os factos, formando
uma teoria, que é testada através da experimentação em que se acumulam casos positivos
para apoiar a validade da mesma. Por último, se a teoria for confirmada empiricamente, passa
a ser considerada uma lei científica.

Princípios:

 Indução: é possível inferir enunciados universais através de factos singulares.


 Acumulação: o conhecimento científico resulta da acumulação de factos bem
estabelecidos que não se contradizem.
 Confirmação: articula o número de vezes que a teoria foi verificada com a sua
plausibilidade.

Critério da Verificabilidade: uma teoria é considerada científica quando é possível verificá-la


empiricamente.

Críticas ao indutivismo:

 Princípio da Uniformidade: decorre do hábito daquilo que observamos na natureza e


leva ao problema da indução
 Problema da indução: a indução é uma mera crença de que os fenómenos observados
se repitam como esperado.
 Problema da Observação: a observação nunca é totalmente neutra e objetiva, sendo
afetada por pressupostos teóricos e expectativas.

Assim, David Hume indica que, apesar da indução construir o conhecimento científico, esta
não o justifica.

Falsificacionismo:
O falsificacionismo, ideia proposta por Popper, tem como regra base de que todas as
teorias científicas são falsas. O falsificacionismo rejeita que as teorias científicas sejam
empiricamente verificáveis. Para Popper uma hipótese para vir a ser considerada credível é
necessário falsificá-la.
Na visão de Popper as teorias científicas diferem das não-científicas na medida em que
não são falsificáveis.
Exemplo:
A “existência de Deus” não pode ser falsificada, logo não constitui um enunciado de
caracter científico.
“Todos os gatos têm pelos” esta ideia pode ser falsificada, logo constitui enunciado de
carácter científico.

Conclusão:
Do confronto de ambas as perspetivas resulta que nenhuma delas detém toda a verdade.
Ambas têm aspetos positivos e aspetos negativos. Assim, relativamente ao indutivismo, esta
teoria, para além de valorizar a intenção positiva da prática científica, traduz melhor aquilo
que se passa nos laboratórios, onde os cientistas procuram validar, confirmando
empiricamente, as suas teorias. Quanto ao facto de haver teorias verdadeiras e, por isso,
consensualmente aceites, aí tem razão o falsificacionismo, uma vez que nada garante que no
futuro não venham ser realizadas experiências que as refutem, obrigando ao seu abandono.

Quanto ao falsificacionismo, consideramos que esta teoria tem razão quando considera que é
impossível verificar empiricamente a verdade de proposições universais, facto que invalida a
verificação experimental como critério de cientificidade. Esta perspetiva tem também razão
quando considera que as teorias científicas nunca perdem o seu carater de conjeturas, uma
vez que o facto de ainda não terem sido refutadas e, por isso, serem quase consensualmente
aceites, não significa que não venham a ser refutadas no futuro. (são provisórias)

Por outro lado, o falsificacionismo falha não apenas quando pretende expulsar o raciocínio
indutivo da prática científica, como também quando pretende ser a tradução do modo como
no laboratório a ciência efetivamente se processa. Para concluir, achamos que

Fontes:
https://www.bing.com/ck/a?!
&&p=cdac484107b3be43JmltdHM9MTY3MzU2ODAwMCZpZ3VpZD0yNjQ2YjhjMi03MzZhLTZhYzItMmQxZi1hOGFkNzJmOTZiYTUm
aW5zaWQ9NTM3NQ&ptn=3&hsh=3&fclid=2646b8c2-736a-6ac2-2d1f-
a8ad72f96ba5&psq=filosofia+da+ciencia+11+ano&u=a1aHR0cHM6Ly9zaWdhcnJhLnVwLnB0L2ZkdXAvZW4vcHViX2dlcmFsLnNob3d
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