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MÓDULO 0

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A partir da percepção da importância atribuída a Internet e as Redes de


Computadores, a disciplina de Fundamentos de Redes de Comunicação
situa-se entre aquelas de grande relevância para a formação de um
profissional da área de Tecnologia de Informação.

Objetivo desta disciplina é capacitar o aluno a realizar a montagem de


uma rede com configuração básica preparando os cabos e interligações
dos equipamentos previamente analisados e analisar seu funcionamento.

Consta na ementa desta disciplina os conhecimentos introdutórios das


redes e tipos de ligações, incluindo protocolos, roteadores, adaptadores.
Também são abordadas as características de dispositivos utilizados nas
redes de comunicação com computadores e os meios de transmissão
utilizados. Por fim, uma abordagem sobre tecnologias de redes locais, a
pilha de protocolos TCP/IP e os padrões de comunicações.

O conteúdo programático encontra-se assim disposto:

• Modulo 1 – Evolução e conceitos de redes de dados e comunicação

• Modulo 2 – Topologias de rede

• Modulo 3 – Transmissão da informação

• Modulo 4 – Meios físicos de transmissão e Dispositivos de Rede

• Modulo 5 – Modelo OSI

• Modulo 6 – Modelo TCP/IP e Protocolos de Rede

• Modulo 7 – Endereçamento IP e Camada de Enlace

• Modulo 8 – Protocolos de comunicação de longa distância

• Módulo 9 – Estudos Disciplinares

Os módulos de 1 a 8 apresentarão a exposição do conteúdo mencionado


em seu título e será acompanhado de uma série de exercícios com o
objetivo de proporcionar uma verificação de sua própria aprendizagem.

O módulo 9, dedicado aos estudos disciplinares, constará de exercícios


com maior grau de dificuldade, visando proporcionar aos alunos uma
verificação de aprendizagem com uma profundidade considerável.

A avaliação será obtida por meio de duas provas (NP1 e NP2). A prova
NP1 refere-se aos conteúdos abordados nos módulos 1 a 4. A prova NP2
refere-se aos conteúdos abordados nos módulos 1 a 8, ou seja, todo o
conteúdo da disciplina. Da mesma forma a Prova SUB também abordará
todo o conteúdo da disciplina.
A bibliografia básica da disciplina é composta pelos seguintes títulos:

• FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-


Down. AMGH, 2013.

• HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed.


São Paulo: Érica, 2011.

• OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios,


tecnologias e protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC,
2013.

A bibliografia complementar da disciplina é composta pelos seguintes


títulos:

• MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

• CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

• TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo Pearson,


2011.
• FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores.
4.ed. Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

• MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

MÓDULO 1

EVOLUÇÃO E CONCEITOS DE REDES DE DADOS E COMUNICAÇÃO

1.1 Histórico das Redes de Comunicação

A vida em sociedade tem sido cada vez mais reinventada pelas


ferramentas tecnológicas. Uma delas sem dúvidas é o aparato da
comunicação de dados, que estendeu e fortaleceu a capacidade do homem
moderno se comunicar, criando novas interações sociais, comerciais e
pessoais. Este fato, toca em uma necessidade crucial do ser humano: a
interação com o outro.

Com uso das redes sociais, com a comunicação quase que instantânea,
com o crescimento assustador da Internet, com o uso dos smartphones,
com computação nas nuvens, Internet das Coisas (IoT), dentre outros, é
praticamente impossível dissociar a maneira em que vivemos de tantas
ferramentas tecnológicas de redes.
Antes, existiam inúmeras limitações, que fez com que as sociedades
recorressem a diversas formas de transmissão da informação. Desde do
sinal de fumaça, até as pinturas nas cavernas, as práticas de
esteganografia (arte de esconder ou camuflar a informação), dentre
outras já vistas, as pessoas sempre recorreram a inovações em vista de
facilitar as suas atividades de diárias que dependiam de um processo de
comunicação.

No entanto, com o uso da física e o trabalho de grandes inventores que


as redes e telecomunicações se desenvolveram. Foi por volta de 1843 que
o físico norte americano Samuel Morse (1791-1872) inventou o telégrafo
e um código de comunicação utilizado, conhecido como código Morse. O
telégrafo foi o primeiro equipamento de transmitia informações em
códigos por meio da eletricidade.

Já em 1875, Alexander Graham Bell (1847 - 1922), com a invenção do


primeiro sistema telefônico com transmissão elétrica inteligível da voz,
através de fio, motivou diversos estudos, trabalhos e inovações em
transmissão da informação. Algumas inovações surgidas após o trabalho
Graham Bell foram:

• 1888 – Heinrich Rudolph Hertz (1857-1894) apresenta o seu trabalho a


respeito das propriedades das ondas eletromagnéticas e sua transmissão.

• 1893 – Primeira transmissão de voz via rádio através de ondas


eletromagnéticas na Av. Paulista (São Paulo) pelo Padre Landell de Moura
(1861-1928)

• 1897 – Transmissão de Sinais Telegráficos sem fio por Marchese


Gugliemo Marconi (1874 - 1937);

• 1898 – Desenvolvimento de um Sistema de Comunicação de Rádio para


navios russos por Aleksandr Stepanovick Popov (1859-1905);

• 1957 – Lançamento do primeiro satélite artificial (Sputnik), pelos


Russos, proporcionando a comunicação de sinais de voz e de televisão.

A partir deste e de outros inventos as tecnologias em telecomunicações e


telefonia foram se desenvolvendo proporcionando grandes ganhos para a
sociedade moderna no início do século passado.

Após a criação dos primeiros computadores, no início da segunda metade


do século passado, começou-se a pensar em uma maneira de transmitir
dados de uma máquina para a outra. Até então, a comunicação
estabelecida na época era apenas para a transmissão de voz, de sinais de
televisão e de códigos.

No final da década de 1960 a Agência de Projetos e Pesquisas Avançadas


do Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou aquela que é
considerada praticamente a primeira rede de computador e precursora da
Internet, chamada de ARPANET.
A ARPANET operava com a tecnologia de comutação por pacotes e por
meio de dispositivos conhecidos como IMPS (Interface Message
Processors), Processadores de Mensagens de Interface. Os primeiros IMPs
foram instalados nas Universidades da Califórnia, Stanford e Utah nos
EUA. Em 1972 já eram aproximadamente 15 nós (pontos interconectados)
de rede.

Ainda na década de 1970 nos EUA, foi desenvolvido o padrão Ethernet


para transmissão de dados. Este padrão conseguia a “façanha” de
transmitir informações a uma velocidade de incríveis 2,94 Mbps, por meio
de um cabo coaxial, conectando 256 estações de trabalho.

A tecnologia da ARPANET interligava servidores a uma distância


considerável e a Tecnologia Ethernet interligava computadores localmente
situados. Estas tecnologias associadas ao conjunto de protocolos TCP/IP
foram o subsídio para o desenvolvimento da Internet que surgiu
praticamente na década de 1980 e se popularizou de forma assustadora
na década de 1990.

Hoje com a ubiquidade da Internet, o uso de smartphone, com a Internet


das Coisas, com a popularização de ferramentas tecnológicas, compras
online, uso de aplicativos interligados em rede, observa-se o tamanho e a
proporção alcançada pela Tecnologia de Comunicação de Dados.

Hoje com a ubiquidade da Internet, o uso de smartphone, com a Internet


das Coisas, com a popularização de ferramentas tecnológicas, compras
online, uso de aplicativos interligados em rede, observa-se o tamanho e a
proporção alcançada pela Tecnologia de Comunicação de Dados.
Cada vez mais estão se descobrindo novas formas de utilização da
Internet. Aumentam-se os limites do que é possível, bem como os
recursos da Internet e a função que ela exerce em nossas vidas.
Menciona-se muito nos dias de hoje a Internet de Todas as Coisas (IoE -
Internet of Everything), reunindo pessoas, processos, dados e tudo o que
torna as conexões em rede mais relevantes e valiosas. Ela está
transformando informações em ações que criam novos recursos,
experiências mais enriquecedoras e oportunidades econômicas sem
precedentes para indivíduos, empresas e países.

O conceito de qualquer dispositivo, para qualquer conteúdo, de qualquer


forma é uma tendência líder global que exige alterações significativas na
forma como os dispositivos são usados. Essa tendência é conhecida como:
Traga seu próprio dispositivo (BYOD – Bring Your Own Device).

1.2 Sistema Básico de Comunicações

Um sistema de comunicações é um conjunto de componentes,


equipamentos e meios físicos em vista de se obter o enlace (link) de
comunicações entre dois pontos distantes. Integram um sistema básico
de comunicações: fonte da informação; transmissor; canal; receptor;
usuário da informação. A Figura 1.1 mostra o desenho deste sistema
básico de comunicações.
Figura 1.1 - Sistema Básico de Comunicações

Fonte: Adaptado de Soares Neto (2010, p.19)

A fonte da informação é aquela que gera a mensagem (informação) a ser


transmitida. Em um sistema de comunicação de telefonia, por exemplo,
seria a pessoa que fala ao telefone. O usuário da informação é aquele a
quem se destina a mensagem (informação). Recorrendo mais uma vez ao
sistema de comunicação de telefonia, seria a pessoa que escuta algo em
seu aparelho telefônico.

O transmissor e o receptor são os elementos formados a partir de circuitos


elétricos e eletrônicos que proporcionam a transmissão (transmissor) e a
recepção (receptor) do sinal. Em alguns sistemas de comunicação há
dispositivos que transmitem e recebem, sendo chamados de
transceptores. Um bom exemplo é o telefone celular que transmite e
recebe.

O canal, também conhecido por canal de comunicação, é o meio físico


situado entre o transmissor e o receptor por onde transitam os sinais da
informação. Em um sistema de comunicação de telefonia seria o par de
fios metálicos.

Os principais tipos de sistemas de comunicações são:

• Sistema de Telefonia Fixa – sistema que utiliza a comunicação via cabos


de pares metálicos para a transmissão de voz.

• Sistema de Comunicações por fibras ópticas – sistema que utiliza como


canal um cabo de fibra de vidro para a transmissão da informação por
meio de um sinal de luz. Para formar este sistema é necessário que o
canal possua duas fibras ópticas (uma para a transmissão ou para
recepção).

• Sistemas de Telefonia Celular – sistema de comunicações sem fio,


constituído de equipamentos móveis de rádio que se comunicam com uma
Estação Rádio Base (ERB) dentro de uma área conhecida como Célula.
• Sistema de Comunicação por Radiodifusão em Broadcasting – sistema
de comunicação sem fio que proporcionam a transmissão de sinais de TV,
rádio AM e FM.

• Sistemas de Comunicação Via Satélite – sistema de comunicações em


rádio caracterizados pela existência de um equipamento em órbita,
chamado satélite que emite e recebe ondas eletromagnéticas.

Mais do que a comunicação de voz, estes sistemas proporcionam a


transmissão de dados. Este entendimento é importante, porque, nos dias
de hoje, com o uso da Internet, tudo (voz, imagens, vídeos, etc) tem sido
transformado em dados. Os sistemas de telefonia fixa têm sofrido muitos
impactos e tem sido gradativamente substituidos por sistemas via
Internet que convertem a voz no Protocolo de Internet (IP) é famoso VoIP.

Assim, estes sistemas têm cooperado para o crescimento das Redes de


Computadores, que interligam smartphones, impressoras, servidores,
caixas eletrônicos, equipamentos domésticos, dentre outros,
proporcionando compartilhamento de dados, de recursos e uma
administração centralizada.

1.3 Classificação das Redes de Computadores

As Redes de Computadores podem ser classificadas de diversas formas:


quanto a sua abrangência; quanto ao modelo computacional; quanto ao
tipo de comutação; quanto a garantia da entrega de dados; quanto a
previsibilidade de funcionamento; quanto ao método de transmissão;
quanto a topologia; quanto ao método de transmissão; quanto a
arquitetura; quanto a pilha de protocolos.

Quanto a abrangência, é possível considerar a seguinte classificação:

• PAN (Personal Area Network) – conhecida como Rede Pessoal, tem


abrangência curta, com poucos metros de distância, como por exemplo o
bluetooth;

• LAN (Local Area Network) – conhecida como Rede Local, fornece


acesso a usuários e dispositivos finais em uma área geográfica pequena.
A tecnologia mais popular de LAN é a Ethernet. Geralmente as LANs
apresentam largura de banda (velocidade) superior as das WANs.

• WLAN (Wireless Local Area Network) – conhecida como Rede Local


Sem Fio, é semelhante a uma LAN, mas interconecta sem fio usuários e
terminais de uma área geográfica pequena.

• MAN (Metropolitan Area Network) – conhecida como Rede


Metropolitana, abrange uma área física maior que uma LAN, porém
menor que uma WAN, como por exemplo, uma cidade.

• WAN (Wide Area Network) – conhecida como Rede de longa distância,


fornece acesso a outras redes em uma grande área geográfica. As WANs
geralmente interligam as LANs.
• SAN (Storage Area Network) – é uma rede projetada para suportar
servidores de arquivos e fornecer armazenamento de dados,
recuperação e replicação. Envolve servidores de alto desempenho, vários
conjuntos de discos (chamadas blocos) e tecnologia de interconexão
Fibre Channel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.


Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios, tecnologias e


protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,


2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOUZA, L. B. de. Redes de computadores: guia total. 1.ed. São Paulo:


Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.
SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.
1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.

MÓDULO 2

TOPOLOGIAS DE REDE

2.1 Topologias e Arquiteturas de Redes

Considerados as topologias de rede como um arranjo ou relacionamento


de dispositivos de rede e as suas interconexões. Seja LAN, WAN, em outra
classificação das Redes, as topologias podem se subdividir em topologias
lógicas e topologias físicas.

A topologia física refere-se às conexões físicas e identificação de


dispositivos finais e intermediários, bem como as suas interconexões. A
topologia lógica refere-se a maneira encontrada pelas redes para a
transferência das informações entre a origem e o destino.

Embora alguns confundam os termos arquitetura de rede e topologia de


redes, eles são diferentes. A arquitetura refere-se ao projeto e desenho
de tecnologias que suportam a infraestrutura, além dos procedimentos,
serviços e padrões, ou protocolos, que favorecem o fluxo da informação
nas redes de comunicação.

2.2 Características das Arquiteturas de Redes

Entre as características básicas das arquiteturas das redes de dados,


quatro despontam como as mais importantes nos dias de hoje. São elas:
Tolerância a falhas; Escalabilidade; Qualidade de Serviço (QoS);
Segurança.

A primeira característica, tolerância a falhas, nos remete ao projeto de


uma rede cujos os impactos decorrentes das falhas são os menores
possíveis. São sistemas de comunicações dotados de redundância, de
modo que a indisponibilidade de um determinado canal de comunicação
não impede a transmissão dos dados, porque rapidamente outro link
(enlace) pode ser formado e operado, sem muitas vezes a percepção do
usuário.

A segunda característica é a escalabilidade. Esta se refere a capacidade


de uma arquitetura de rede aceitar e abrigar o crescimento de hosts
(estações) sem que o seu desempenho seja afetado.

A terceira característica é a Qualidade de Serviço (QoS), uma exigência


cada vez maior em um desenho de redes. Isto porque os dados são
originados das mais diversas aplicações possíveis, carregando as vezes
não somente um texto, mas a própria voz e um vídeo. Assim, percebe-se
uma necessidade de priorização de determinado tipo de dados para
cooperação com a Qualidade dos Serviços prestados por uma rede de
computadores.

Quarta e não menos importante característica de uma arquitetura de


redes é a segurança. Esta desponta com uma das principais preocupações
de praticamente todos os responsáveis pela área de Tecnologia da
Informação das Organizações. Isto porque todo o “ouro” da informação
das empresas encontra-se armazenado em sistemas e aplicativos que
funcionam em redes. Assim, qualquer vulnerabilidade destas redes pode
acarretar sérios prejuízos, tais como:

• Indisponibilidade nas redes que impedem que ocorram comunicações e


transações, com consequente perda de negócios;

• Roubo ou uso indevido de propriedade intelectual;

• Informações pessoais ou privadas que são comprometidas ou se tornam


públicas sem o consentimento dos usuários;

• Direcionamento errado e perda de fundos pessoais ou comerciais;

• Perda de dados importantes que geram um trabalho significativo para


serem substituídos, ou que sejam insubstituíveis.

Por isso é importante, no projeto e desenho das redes de comunicação, a


preocupação com a segurança que por ser em infraestrutura ou na
informação propriamente dita. A segurança da infraestrutura de rede nos
remete a segurança física dos dispositivos que oferecem conectividade à
rede e a prevenção do acesso não autorizado ao software de
gerenciamento neles presente. A segurança das informações se refere à
proteção das informações contidas nos pacotes transmitidos pela rede e
das informações armazenadas nos dispositivos ligados à rede.

Na arquitetura de redes os três requisitos fundamentais são:


confidencialidade; integridade; disponibilidade. A confidencialidade é o
requisito que aponta para o sigilo das informações que trafegam pelas
redes de comunicação. A integridade remete a inteireza da informação,
ou seja, a sua completude. A disponibilidade a robustez da infraestrutura
de redes que se apresenta como sempre disponível e assegurando ao
usuário o acesso aos serviços.

As Arquiteturas de redes podem ser, de modo geral, classificadas como


ponto-a-ponto ou cliente/servidor. Na arquitetura de rede cliente/servidor
a principal característica é a existência de um dispositivo conhecido por
servidor, que é responsável pelo controle centralizado dos recursos de
rede, conferindo mais segurança e confiança na comunicação de dados.
Na arquitetura ponto-a-ponto, também conhecida por peer-to-peer, não
há a presença de servidores, gerando maior facilidade nos processos de
configuração, além de um menor custo na implementação e menor
complexidade.
Na arquitetura ponto-a-ponto não há tanta escalabilidade, além de não
ser indicada no desenho de redes com um grande número de hosts, sendo
recomendada quando existem processos simples de comunicação em uma
rede, como transferência de arquivos, ou compartilhamento de
impressoras. Uma desvantagem em redes ponto-a-ponto é que todas os
hosts podem ser comportar como clientes ou como servidores,
acarretando lentidão nos processos.

2.3 Tipos de Topologias

Seja de WAN, seja de LAN, as topologias podem ser classificadas em


físicas (conexão física propriamente dita) e lógicas (modo como os dados
trafegam em uma rede de comunicação).

Em uma WAN, as topologias físicas podem ser do tipo:

• Ponto a ponto – é a mais simples e mais encontrada, consistindo em um


enlace entre dois pontos;

• Hub e spoke – também conhecida como estrela, caracteriza-se por


possuir um ponto central que interconecta outros locais por meio de
enlaces ponto a ponto;

• Malha – também percebida como uma topologia de alta disponibilidade,


apresenta-se como um desenho de redes, em que todos os pontos estão
interligados a todos os pontos.

A Figura 2.1 retrata as topologias físicas de WAN.


Figura 2.1 – Topologias Físicas de WAN Fonte: Adaptado de Souza (2009)

Em uma LAN, as topologias físicas podem ser do tipo:

• Estrela – nesta os dispositivos finais são interconectados a um


dispositivo intermediário central, conhecido também pelo nome de
Concentrador. Esta é a topologia física mais comum e utilizadas nas Redes
Locais;

• Barramento – nesta todos os dispositivos finais são encadeados entre si


e terminados de alguma forma em cada extremidade. Não são necessários
dispositivos intermediários exercendo o papel de Concentradores de Rede;

• Anel – nesta os dispositivos finais são conectados ao seu respectivo


vizinho formando um anel. Ao contrário da topologia em barramento, o
anel não precisa ser terminado.

A Figura 2.2 retrata as topologias físicas de LAN.


Figura 2.2 – Topologias Físicas de LAN

Fonte: Adaptado de Souza (2009)

As topologias lógicas podem ser:

• Meio físico compartilhado – a característica mais latente é possibilidade


de transmissão, por parte de um dispositivo final, a qualquer momento
com um mecanismo de contenção do meio físico, de modo a não haver
uma colisão. A colisão ocorre quando mais do que um dispositivo final
transmite ao mesmo tempo;

• Anel – Apenas uma estação pode transmitir de cada vez. Deste modo,
os dispositivos que desejam transmitir devem aguardar sua vez, evitando,
assim as colisões. Normalmente utiliza-se o método de passagem de
token.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.


Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios, tecnologias e


protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,


2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOUZA, L. B. de. Redes de computadores: guia total. 1.ed. São Paulo:


Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.
MÓDULO 3

TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO

3.1 Conceitos básicos de transmissão da informação

No processo de comunicação, os sinais transmitidos podem ser digitais


ou analógicos. Os sinais analógicos assumem infinitos valores em um
espaço de tempo. Os sinais digitais assumem valores definidos em um
espaço de tempo.

Mesmos sabendo que o “mundo” é analógico (som, imagem, voz), as


comunicações digitais são mais seguras que as analógicas. Os sinais
digitais são facilmente armazenados em modernas memórias e os
analógicos não, além da eficiência na transmissão digital ser maior do
que na analógica. A Figura 3.1 mostra os sinais analógico e digital.

Figura 3.1 – Sinais Analógico (a) e Digital (b).


Fonte: Adaptado de Soares Neto (2010)

As comunicações entre o transmissor e o receptor podem acontecer de


três formas:

• Simplex – comunicação é unidirecional, ou seja, obedece apenas a


uma direção.

• Half-duplex – comunicação bidirecional, o meio de comunicação sendo


o mesmo, não é possível transmitir e receber ao mesmo tempo.

• Full-duplex – comunicação bidirecional transmitindo e recebendo os


dados simultaneamente.

A transmissão de um sinal analógico por ondas eletromagnéticas ou


elétricas constantes usadas no ar ou em cabos na transmissão de uma
informação cuja variação é contínua em relação a um tempo. Pode
variar conforme a amplitude, fase e frequência do sinal analógico.
Apresenta limitações pela largura da banda ou velocidade da
comunicação por estar sujeito a interferências no sinal.
A transmissão analógica foi inicialmente utilizada em sistemas de
telefonia na faixa de frequência de 4kHz. Estes sistemas de telefonia
analógicos são extremamente limitados para a comunicação de dados. O
baixo custo é a principal vantagem de um sistema de telefonia
analógico.

A transmissão digital ocorre por meio de uma sequência de pulsos com


amplitude fixa geralmente representada pelos números 0 ou 1. A maior
parte das tecnologias de longa distância trabalha diretamente com
transmissão digital. Esta transmissão utiliza modens digitais efetuando
uma técnica conhecida como modulação.

Também é possível classificar a transmissão como síncrona e assíncrona.

A transmissão síncrona é a transmissão de informações de uma única


vez em blocos determinado pelo sinal de clock de sincronismo. Isso
significa dizer que essas informações não podem ser transmitidas a
qualquer momento para emissor só no tempo certo determinado pelo
relógio (clock) interno do receptor.

A transmissão assíncrona é aquela onde não há um controle por nenhum


mecanismo de sincronização pelo receptor. As informações são enviadas
em sequência de um byte (conjunto de 8 bits) que contêm uma
indicação de início e fim de cada agrupamento.

Os principais processos de comunicação são: modulação, multiplexação


e codificação.

A modulação é o processo pelo qual uma onda portadora é alterada


segundo as características de um sinal que precisa ser transmitido a um
destino. Na modulação o sinal elétrico da informação modifica pelo
menos um parâmetro da onda portadora: amplitude, frequência ou fase.
A onda portadora modulada viaja no canal de comunicação
transportando os sinais da informação.

A modulação pode ser classificada em:

• Modulação Analógica – ocorre quando os sinais analógicos da


informação atuam sobre uma onda portadora também analógica.

• Modulação Digital – ocorre quando uma portadora de pulsos interage


com os sinais analógicos da informação

A multiplexação é o processo utilizado quando se deseja transmitir em


um único meio, sinais oriundos de diferentes fontes. É uma técnica que
otimiza a infraestrutura de uma rede permitindo que um único canal de
comunicação seja compartilhado por vários outros simultaneamente.

A multiplexação pode se dividir em:

• FDM (Frequency Division Multiplexing): é a divisão da frequência total


de transmissão por canal em vários subcanais em várias frequências.
Essa técnica é utilizada em sistemas de portadora analógica.
• TDM (Time Division Multiplexing): é a técnica mais adequada para a
transmissão de sinais digitais dividindo em canais e subdivididos em
espaços de tempo chamados de Frames ou quadros. Os frames são
subdivididos em slots que possuem um tamanho variável.

A codificação é um sistema utilizado por sistemas de sinais digitais no


processo de conversão de sinais. A modulação é intensamente utilizada
por sistemas de transmissão analógicos e a codificação é extremamente
utilizada em sistemas digitais.

3.2 Efeitos indesejáveis na transmissão da informação

Os sinais que são transmitidos em um sistema de comunicação estão


sujeitos a diversos efeitos indesejáveis. Os principais são:

• Interferência – sinal de origem humana que invade o canal de


comunicação atrapalhando e dificultando o processo de comunicação.

• Ruído – sinais aleatórios de origem natural que provoca efeitos


indesejáveis nos canais de comunicação.

• Atenuação – perda de potência de um sinal ao se propagar por um


canal de comunicação.

• Distorção – alteração da forma do sinal, devido a atenuação imposta


às diferentes frequências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores.


4.ed. Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios, tecnologias


e protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,
2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOUZA, L. B. de. Redes de computadores: guia total. 1.ed. São Paulo:


Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.

MÓDULO 4

MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO E DISPOSITIVOS DE REDES

4.1 Introdução dos meios físicos de transmissão e dos dispositivos


de redes

Uma rede é um conjunto de módulos processadores capazes de trocar


informações e compartilhar recursos, interligados por um sistema de
comunicação (meios físicos e protocolos). Uma rede de computadores
baseia-se nos princípios de uma rede de informações que, por meio de
hardware e software, torna-a mais dinâmica para atender as suas
necessidades de comunicação.

As redes de computadores são compostas por: protocolos, meios físicos,


mensagens e dispositivos.

Os protocolos são as regras que os dispositivos de rede usam para se


comunicarem. Os principais tipos de protocolos são: Protocolos de
Aplicação; Protocolos de Transporte; Protocolos de Redes; Protocolos de
Enlace.

Os meios de comunicação são os meios de transporte que permitem a


transmissão de dados. Também são conhecidos como canais de
comunicação. Eles dividem-se em:
• Meios Confinados ou Guiados – quando o sinal está confinado em um
cabo.
• Meios Não-confinados ou Não-guiados – quando o sinal se propaga pelo
ar, por meio de ondas eletromagnéticas.

A mensagem é aquilo que se deseja transmitir entra a origem e o destino.


A formação, codificação e formatação da mensagem obedece a regras,
conhecidas como protocolos. Os dispositivos são os elementos
responsáveis pela transmissão, recepção e encaminhamento de dados.

4.2 Dispositivos de Redes

Os dispositivos são os elementos responsáveis pela transmissão, recepção


e encaminhamento de dados. Para o funcionamento de uma rede são
necessários dispositivos para que haja o transporte de dados e uma
comunicação adequada entre os diversos equipamentos. Eles estão
divididos em:

• Dispositivos Finais

• Dispositivos Intermediários

Os dispositivos finais de rede são aqueles que mais próximos das pessoas,
chamados de dispositivos finais ou hosts. Esses dispositivos formam a
interface entre os usuários e a rede de comunicação subjacente. Um
dispositivo de host é a origem ou o destino de uma mensagem transmitida
pela rede, como mostrado na animação.

Bons exemplos de dispositivos finais são: Computadores, Impressoras de


rede, Telefones VoIP, Terminal TelePresence, Câmeras de segurança e
Dispositivos móveis.

Nas redes modernas os dispositivos finais podem atuar como um cliente,


um servidor ou ambos. Praticamente o software instalado no computador
determina a função que o computador reproduz. Os Servidores são hosts
que têm um software instalado que os permite fornecer informações,
como email ou páginas Web, a outros hosts na rede. Cada serviço exige
um software de servidor separado. Por exemplo, um host exige que o
software do servidor Web forneça serviços à rede.

De outra forma, os clientes são computadores host que têm um software


instalado que os permite solicitar e exibir as informações obtidas do
servidor. Um exemplo de software cliente é um navegador, como o
Internet Explorer.

Os dispositivos intermediários são aqueles que se interconectam a


dispositivos finais, fornecendo conectividade e funcionam em segundo
plano para garantir que os dados fluam pela rede. Esses dispositivos
conectam os hosts individuais à rede e podem conectar várias redes
individuais para formar uma rede interconectada.

Os dispositivos intermediários podem ser classificar em:

• Acesso à rede (switches e pontos de acesso sem fio)

• Interconexão (roteadores)

• Segurança (firewalls)

A placa de rede é a responsável pela conexão do computador à rede.


Qualquer computador que se interligue a uma rede necessita de uma placa
de rede. Cada placa de rede possui um endereço específico, conhecido
como Endereço MAC.

O HUB é um equipamento responsável por repetir, amplificar ou regener


um sinal para toda a rede. O hub foi o primeiro equipamento utilizado para
implementar redes de computadores locais com topologia em estrela.

O switch tem algumas características parecidas com o HUB. No entanto,


encaminha as informações apenas a informação para o endereço de
destino. Essa diferença é possível pela construção e armazenagem de uma
tabela interna dos endereços MAC.

O roteador é o dispositivo que interconecta diferentes segmentos de redes


que podem estar em um mesmo prédio ou a milhares quilômetros. Ele
encaminha pacotes de dados entre as redes de computadores, decidindo
o melhor caminho para o tráfego da informação roteando os seus pacotes,
além de poder limitar o tamanho do domínio de broadcast.

4.3 Tipos de meios físicos de transmissão

Os meios físicos de rede, também conhecidos como canais de


comunicação, são os meios de transporte que permitem a transmissão de
dados.

Estes meios são peças fundamentais no processo de comunicações nas


redes de computadores. Por isso que em sua determinação é necessário
a adoção de critérios tais como: velocidades suportadas, imunidade a
ruído, taxa de erros, disponibilidade, confiabilidade, atenuação e limitação
geográfica.

Os meios físicos podem ser classificados em confinados e não-confinados.


Os meios físicos confinados são os cabos coaxiais, de pares metálicos e os
cabos ópticos. Os meios físicos não confinados são aqueles que utilizam
comunicações sem fio, por exemplo: comunicação via satélite, enlaces de
micro-ondas, bluetooth e radiodifusão de um modo geral.

Os projetos destes meios físicos são considerados como investimentos de


longo prazo e para que ele seja adequado devem ser considerados os
seguintes fatores: custo, escalabilidade, confiabilidade e gerenciamento.
A partir destes fatores e dos diferentes tipos de meio físico com suas
diferentes características e benefícios, devem-se ser avaliados alguns
critérios para a sua escolha. Dentre eles a distância que o meio físico
consegue carregar um sinal com êxito, o ambiente no qual o meio físico
deve ser instalado, a quantidade de dados e a velocidade na qual eles
devem ser transmitidos e o custo de meio físico e instalação.

Ao trabalhar com meios físicos confinados em redes locais (LAN), é


necessário seguir um conjunto de normas que visam estruturar melhor o
projeto de meios físicos. As principais normas utilizadas são as editadas
pelas organizações EIA e TIA. Quando estes padrões são seguidos, afirma-
se que o cabeamento utilizado é estruturado. Os principais objetivos do
cabeamento estruturado são:

• Implementar um padrão genérico para ser seguido por fornecedores


diferentes dos cabos de telecomunicação;

• Estruturar um sistema de intra e interpredial com produtos de


fornecedores distintos;

• Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistemas distintos de


cabeamento.

Os meios físicos utilizados no cabeamento estruturado são os cabos de


pares trançados e os cabos ópticos.

O cabeamento estruturado está dividido nos seguintes subsistemas:

• Cabeamento horizontal – interconexão entre a área de trabalho até a


sala de telecomunicações. É composto por cabos, terminações mecânicas,
patch cords e ponto de consolidação ou saída para múltiplos usuários.
• Cabeamento vertical – interconexão entre a sala de telecomunicação,
sala de equipamentos e entrada de serviço. É composto por conexões
cruzadas, terminações mecânicas e patch cords.

Ainda sobre o cabeamento utilizado como meio físico de comunicação em


redes computadores, as seguintes regras precisam ser seguidas para uma
passagem de cabos:

• Os cabos constituídos material metálicos precisam passar por caminhos


diferentes dos cabos da rede elétrica.

• É desejável evitar a passagem por áreas muito movimentadas.

• O trabalho precisa ser executado por técnicos especializados.

• Os cabos de fibras ópticas não podem receber o mesmo tratamento que


o cabo de cobre recebe.

4.4 Cabo Coaxial


O cabo coaxial foi o primeiro tipo de meio físico de rede utilizado em uma
LAN. Este cabo é utilizado para comunicações de vídeo conhecido também
como cabo BNC.

O cabo coaxial é constituído por um fio de cobre condutor, revestido por


uma camada com um material isolante coberto por uma blindagem de
alumínio ou cobre para proteger o fio de interferências externas. Com essa
composição, o cabo coaxial é mais indicado para longas distâncias,
suportando velocidades de megabits por segundo sem a necessidade de
regeneração do sinal.

Os principais tipos de cabos coaxiais dividem-se em cabos coaxiais finos


e cabos coaxiais grossos.

O cabo coaxial fino foi utilizado no início das redes locais em topologia de
barramento, mas com o desenvolvimento das topologias anel e estrela
esse cabo passou a ser substituído pelos cabos UTP. Foi padronizado pela
IEEE como 10 Base 2 e é, muitas vezes, descrito como RG-58, com uma
impedância de 50 Ohms.

Utilizando o cabo coaxial fino é possível chegar até o comprimento


máximo de 185 metros, com 30 conexões e velocidade máxima de
transmissão de 10 Mbps. Para conectar a um computador é necessária a
utilização de um conector chamado de BNC “T”.

Comparado ao cabo coaxial grosso, o cabo coaxial fino é mais maleável,


fácil de instalar e possui maior imunidade a ruídos eletromagnéticos de
baixa frequência.

O cabo coaxial grosso é utilizado em redes de computadores industriais


com distância superior a 200 metros ou havia interferência
eletromagnética. Este possui uma impedância de 75 Ohms devido à dupla
blindagem, esse cabo foi utilizado também na transmissão de voz e
imagens analógicas e, em backbones devido ao alto custo das fibras
ópticas.

As principais características do cabo coaxial grosso são: velocidade


máxima de transmissão 10 Mbps; alcance máximo do cabo 500 metros;
comporta no máximo 100 computadores no barramento com distância
entre as estações de 2,5 metros ou múltiplos; aplicado em rede Ethernet
ou Token Ring.

4.5 Cabo de Par Metálico

O cabo de par trançado é composto por 1, 2 ou 4 pares de fios enrolados


de dois em dois formando uma camada isolante. Essa medida mantem as
suas propriedades elétricas ao longo do fio e reduz o nível de interferência
eletromagnética.
Estes cabos são encontrados em redes domésticas e corporativas
interligando modems, computadores, roteadores, hubs e demais ativos de
rede.

Sua transmissão suporta sinais analógicos ou digitais e sua largura de


banda é de 10/100/1000 Mbps que pode variar conforme o meio onde
está inserido. Contudo, há cabos UTP que alcançam a velocidade de 10
Gbps sendo utilizados em backbones interligando roteadores em redes
distintas.

Os cabos de pares trançados dividem-se em sem blindagem e com


blindagem.

Os cabos de pares trançados sem blindagem são conhecidos como cabos


UTP e são constituídos de quatro pares de fios enrolados revestidos com
uma capa de plástico – PVC. É um dos cabos mais utilizados,
principalmente o de categoria 5e, devido a facilidade de manuseio, baixo
preço, transmissão de dados de até 100 Mbps a uma distância máxima de
100 metros. Como desvantagem esse cabo pode sofrer interferências
eletromagnéticas externas quando instalado próximos a fios de rede
elétrica e motores, por exemplo.

Os cabos de pares trançados com blindagem, como o próprio nome


sugere, possuem uma blindagem além da cobertura de plástico em seus
pares. Essa blindagem é uma capa metálica com imunidade a ruídos que
é instalada em cada par. Contudo, o custo desse cabo é mais elevado
sendo indicado para ambientes com interferência eletromagnética.

Os cabos de pares trançados se dividem nas seguintes categorias:

• Categoria 1: são os cabos telefônicos utilizados para o tráfego de voz,


mas não dados.

• Categoria 2: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até


4Mbps. Possui 4 pares de fios.

• Categoria 3: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até 16


Mbps. Possui 4 pares de fios.

• Categoria 4: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até 20


Mbps. Possui 4 pares de fios.

• Categoria 5: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até 100


Mbps. Possui 4 pares de fios.

• Categoria 5e: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até 1


Gbps. Possui 4 pares de fios. Visualmente não possui diferença.

• Categoria 6: certifica cabos UTP com transmissão de dados de até 10


Gbps. Possui 4 pares de fios.

• Categoria 7: ainda em criação, permitindo velocidade de até 40 Gbps.


• Categoria 7a: ainda em criação, permitindo velocidade de até 100 Gbps.

4.6 Cabo de fibra Optica

Neste tipo de meio, os dados são transportados na forma de sinais


luminosos – fótons. É um meio seguro de transmitir os dados, pois, não
transportam sinais elétricos minimizando problemas de segurança e de
ruídos/interferência.

A transmissão em cabo de fibra óptica ocorre sob o princípio da reflexão


da luz através de aparelhos que transformam sinais elétricos em pulsos
de luz – fótons. Cada fóton representa um código binário, 1 ou 0.

É constituído de material dielétrico, em geral muito fino de sílica ou vidro,


transparente flexível e de dimensões reduzidas, além de ter em sua
construção mais três elementos:

• Núcleo central de vidro – ocorre a transmissão da luz que possui alto


índice de refração.

• Casca – material vidro que serve de camada para envolver o núcleo com
índice de refração inferior.

• Revestimento – cobertura de plástico fino para proteger o revestimento


interno

As principais vantagens das fibras óticas são:

• Imune a interferências eletromagnéticas: essa característica permite a


instalação em ambientes com ruídos e próximos a cabos elétricos.

• Alcance a grandes distâncias: devido a baixa atenuação e a baixa taxa


de erro permite alcançar distância de 100Km.

• Alta velocidade: operam na casa dos Terabytes.

Existem dois tipos de fibra sendo a principal diferença o diâmetro do


núcleo alterando a forma como as informações são transmitidas. São elas:
fibras multimodo e fibras monomodo.

4.7 Redes sem fio

As redes sem são um meio de se comunicação de dados extremamente


flexível, que pode ser utilizado com uma extensão, ou uma alternativa as
redes locais cabeadas. São largamente utilizadas no mercado,
principalmente as normas para LAN sem fio que foram desenvolvidas pelo
IEEE e pertencem ao grupo 802.11.

Para que uma rede sem fio funcione são necessários três componentes:
Adaptador de rede sem fio compatível

• Pontos de acesso (access point)

• Faixa de frequência de trabalho

Os principais benefícios das redes sem fio são: mobilidade; rápida e


simples instalação; escalabilidade; redução de custos na instalação;
solução completa para qualquer tipo de rede.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.


Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios, tecnologias e


protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,


2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOUZA, L. B. de. Redes de computadores: guia total. 1.ed. São Paulo:


Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.
SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e
meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.

MÓDULO 5

MODELO OSI

5.1 Padronizações em Rede

Os padrões podem ser classificados em padrões de facto e padrões de


jure. Os padrões de facto são aqueles que não foram reconhecidos por
uma organização ou comitê ao serem lançados por uma pessoa ou
comunidade. Os padrões de jure são protocolos reconhecidos legalmente
ou por organizações.

Um produto sem padronização recebe o nome de facto e, ao ser


padronizado por uma organização altera seu status para de jure. Os
padrões de jure tem as suas especificações submetidas a um corpo
avaliador no formato RFC (Request For Change) até a sua versão final
aprovada.

Os principais órgãos padronizadores são:

• IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineers)

• ANSI (American Nacional Standars Organization)

• ISO (Internacional Organization for Standardization)

• ITU- T (Internacional Telecomunication Union)

• IEC (Internacional Eletrotechnical Commission)

• EIA (Eletronic Industries Alliance)

O IEEE é a maior organização do mundo sem fins lucrativos constituídos


por engenheiros elétricos e eletrônicos que promove a criação,
desenvolvimento, integração, compartilhamento e conhecimento
aplicado a ciência e tecnologias da eletricidade e da informação. Para
cada padrão IEEE existe um grupo de trabalho que desenvolve e
aprimora os padrões e inovações.

Outra organização é a ANSI que foi criada em 1918, a ANSI é um órgão


sem fins lucrativos de padronização americanos com 1000 membros
associados entre empresas, organizações, agências do governo e
instituições internacionais. A padronização da rede FDDI feito pela ANSI
pode ser considerada com uma das maiores contribuições para a
indústria de redes. Atua nas especificações de padrões eletrônicos em
parceria com a IEC (Internacional Electrotecnical Commission) e
representa os Estados Unidos da América junto à organização ISO.

A ISO é uma das maiores organizações internacionais de padronização


atuando em diversas áreas de desenvolvimento tecnológico. É
constituída por diversas organizações de diferentes países. Na área de
comunicação e redes de computadores, sua maior contribuição foi à
padronização do Modelo de Referência OSI (Open System
Interconnection) no ano de 1984.

5.2 Histórico e Origem do Modelo OSI

Este modelo de redes foi desenvolvido entre o final da década de 1970 e


o ano de 1984, a fim de interconectar sistemas abertos e segmentar a
“problemática” das redes de computadores em camadas.

O OSI foi criado pela ISO (Internacional Organization for


Standardization) que é uma das maiores organizações internacionais de
padronização, atuando em diversas áreas de desenvolvimento
tecnológico. A ISO é constituída por diversas organizações de diferentes
países.

Os principais benefícios trazidos pelo modelo OSI são:

• Auxilia na elaboração do protocolo

• Estimula a competição

• Impede que mudanças em uma camada afetem outras

• Prover uma linguagem comum

5.3 Camadas do Modelo OSI

As camadas do modelo OSI são:

• Camada 7 (Aplicação): comunicação do usuário por meio de


aplicativos.

• Camada 6 (Apresentação): formatação dos dados.

• Camada 5 (Sessão): gerenciamento de sessões.

• Camada 4 (Transporte): transporte das informações.

• Camada 3 (Rede): endereçamento lógico e roteamento.

• Camada 2 (Enlace): endereçamento físico e comutação.


• Camada 1 (Física): padrões físicos.

Estas camadas definem o modo pela qual as informações “descem” até


os dispositivos de hardware e “sobem” até os aplicativos. Cada camada
é independente da outra em suas funções e responsabilidades. As
camadas permitem que o OSI seja um modelo modular, facilitando o
projeto e o desenvolvimento das redes.

As camadas de aplicação, apresentação e sessão são consideradas as


camadas superiores do modelo OSI, pelo fato de serem as mais
próximas do usuário e por terem o dado como PDU.

A camada de aplicação fornece a interface entre as aplicações que


utilizamos para a comunicação e a rede subjacente pela qual nossas
mensagens são transmitidas. Esta é a camada de acesso do usuário final
à rede, consistindo em um conjunto de aplicativos e serviços que provê
a interação usuário-máquina.

A camada de apresentação é aquela que responde as solicitações da


camada de aplicação e encaminha solicitações de serviço para a camada
de sessão. Esta é a responsável pela sintaxe e semântica dos dados
transmitidos, bem como pela conversão e formatação dos dados.

A camada de sessão é responsável pelo estabelecimento, gerenciamento


e finalização de sessões entre a entidade transmissora e a receptora.

A camada de transporte habilita a comunicação de múltiplas aplicações


na rede ao mesmo tempo em um único dispositivo. Ela também
assegura que, se necessário, todos os dados sejam recebidos
confiavelmente e em ordem pela aplicação correta, empregando
mecanismos de tratamento de erros.

A camada de Rede é responsável pelo endereçamento lógico dos


dispositivos de rede e pelo roteamento dos pacotes.

A camada de enlace é responsável por gerenciar o circuito de


transmissão implementado na camada física. Ela também é responsável
por realizar detecção e correção de erros.

A camada física codifica os dígitos binários que representam quadros da


camada de Enlace de Dados em sinais e transmitir e receber esses sinais
através do meio físico - fios de cobre, fibra óptica e sem fio -, que
conecta os dispositivos de rede. Ela é também responsável por criar o
sinal elétrico, óptico ou micro-ondas que representa os bits em cada
quadro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.
FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:
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TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,


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TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


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SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.
MÓDULO 6

MODELO TCP/IP E PROTOCOLOS DE REDE

6.1 Modelo TCP/IP

O Modelo TCP/IP, também conhecido como Modelo DoD (Departamento


de Defesa Norte Americano), foi criado para atender a necessidade de
criação da Rede de Computadores da ARPA (Agência de Pesquisas e
Projetos Avançados Do Departamento de Defesa).

É um modelo aberto e relativamente simples concebido como projeto em


1970, que traduz toda a problemática das redes em quatro camadas:
camada de aplicação, camada de transporte, camada da internet e
camada de acesso a rede.

A camada de aplicação do modelo TCP/IP também é conhecida como


camada de processo. Ela lida com aplicativos e dispositivos de origem e
destino, sendo a camada mais próxima do usuário.

A camada de transporte também é conhecida como camada de host-a-


host. Ela gerencia o fluxo de informações entre dispositivos, gerenciando
o tipo de transmissão (orientada ou não orientada a conexão).

A camada de internet também é conhecida como camada de rede. É nesta


camada que é executada no processo de roteamento de pacotes. O mais
popular protocolo das redes de computadores também integra esta
camada, IP (Internet Protocol).

A camada de acesso à rede é responsável por gerenciar a transmissão da


informação no meio físico. Ela reúne as funções das camadas de enlace e
física do modelo OSI.

6.2 Protocolos de Camada de Aplicação

A camada de aplicação fornece a interface entre as aplicações que


utilizamos para a comunicação e a rede subjacente pela qual nossas
mensagens são transmitidas. Esta é a camada de acesso do usuário final
à rede, consistindo em um conjunto de aplicativos e serviços que provê a
interação usuário-máquina.

Na camada de aplicação especificamente operam uma série de protocolos,


dentre eles:

• Telnet – aplicação de acesso remoto desenvolvida em 1969. O seu nome


é derivado das palavras Telephone Network. Em 1977 foi liberado para
uso público tornando-se padrão mundial para acesso remoto.

• FTP/TFTP – São protocolos de transferência de arquivos, criados em


1980. O FTP é mais confiável e mais devagar. O TFTP é um pouco menos
confiável e mais rápido.
• SMTP – é o protocolo padrão para envio de e-mails através da internet.
Tem uma operação relativamente simples e foi criado nos anos de 1980.

• POP3 – é um protocolo utilizado no acesso remoto a uma caixa de correio


eletrônico.

• HTTP – é um protocolo criado nos anos de 1990, com a finalidade de


comunicar dados na internet.

• DNS – criado em 1984, o serviço DNS baseia-se na arquitetura cliente-


servidor e tem a função primordial de traduzir nomes para endereços
lógicos de rede.

• DHCP – criado em 1993, o serviço permite as configurações dinâmica


de elementos conectados a uma rede.

6.3 Protocolos de Camada de Transporte

A camada de transporte habilita a comunicação de múltiplas aplicações na


rede ao mesmo tempo em um único dispositivo. Ela também assegura
que, se necessário, todos os dados sejam recebidos confiavelmente e em
ordem pela aplicação correta, empregando mecanismos de tratamento de
erros.

Nesta camada os dados são encapsulados nos segmentos, sendo este


último a sua PDU.

Os propósitos da camada de transporte são:

• Rastrear a comunicação individual entre as aplicações na origem e


destino.

• Segmentar dados e gerenciar cada segmento.

• Reagrupar os segmentos em fluxos de dados de aplicação.

• Identificar as diferentes aplicações.

Dentre estes propósitos, o principal é efetuar a


segmentação/reagrupamento e a multiplexação. Os principais tipos de
transporte são: orientado a conexão e não orientado a conexão.

No transporte orientado conexão, afirma-se que a transmissão é confiável,


porque a segmentação e reagrupamento ocorre de modo organizado,
além de trabalhar com os mecanismos de janelamento, correção de erro,
confirmações e controle de fluxo. Por este motivo ele é mais lento. O
protocolo orientado a conexão desta camada é o TCP.

No transporte não orientado a conexão não há a confiabilidade do anterior,


porque este efetua segmentação e reagrupamento, mas não de modo
organizado. Não há mecanismos de janelamento, correção de erro,
confirmações e controle de fluxo. Por este motivo é mais rápido. O
protocolo não orientado a conexão desta camada é o UDP.

6.4 Protocolos de Camada de Rede

A camada de Rede é a camada 3 do modelo OSI, conhecida também por


camada da internet no modelo TCP/IP. É responsável pelo endereçamento
lógico dos dispositivos de rede e pelo roteamento dos pacotes.

O primeiro propósito desta camada é o endereçamento lógico, também


conhecido como endereço IP, que é um número formado por 32 bits que
identificam a rede e o host.

É nesta camada que também o roteamento, que é o processo de


determinação do melhor caminho. Pode ser classificado em: estático
(configurado manualmente pelo administrador de redes) e dinâmico
(configurado por meio de um protocolo de roteamento).

O principal protocolo da camada de rede é o Internet Protocol (IP) é o


responsável pelo encapsulamento dos segmentos camada de transporte.
O IP possui baixo overhead (cabeçalho) e é sem conexão, utilizando o
serviço de “Melhor Esforço”, além de opera independente do meio físico.

A versão 4 mais utilizada nos dias de hoje. No entanto a versão 6 já está


fortemente propagada pela Internet.

O IP é considerado um protocolo sem conexão porque não requer troca


inicial de informações de controle para estabelecer uma conexão entre as
extremidades antes do envio dos pacotes.

Ele também é considerado de melhor esforço não possui a capacidade de


gerenciar e recuperar pacotes não entregues ou corrompidos, além de não
ser confiável, deixando para as Camadas Superiores a gerência da
Confiabilidade.

O pacote IP, PDU da camada de rede é composto pelo Segmento TCP


acrescido do cabeçalho IP. Os principais campos do cabeçalho IP são os
seguintes:

• Comprimento do Cabeçalho

• Prioridade

• Tempo de Vida

• Endereço IP de origem

• Endereço IP de destino

• Identificador do protocolo de transporte


• Flags de fragmento

• Identificador do pacote

Na versão 4 possui um endereço de 32 bits agrupados em grupos de 8


denominados octetos. Um endereço IP possui 4 octetos composto por
duas porções: host e rede.

A versão 6 nasceu em meados de 1990, no entanto o padrão foi publicado


em 1998. Surgiu devido ao esgotamento da quantidade de endereços IP
disponíveis na versão 4.

A versão 6 aumentou o número de endereços IP válidos de 4 bilhões para


mais de 134 trilhões. A quantidade de bits aumentou de 32 bits para 128
bits. O endereço IP na versão 6 é representado por números
hexadecimais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.


Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

OLIFER, N.; OLIFER, V. Redes de computadores: princípios, tecnologias e


protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson,


2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.
SOUZA, L. B. de. Redes de computadores: guia total. 1.ed. São Paulo:
Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.

MÓDULO 7

ENDEREÇAMENTO IP E A CAMADA DE ENLACE

7.1 Endereçamento IP

O endereço IP na versão 4 é formado por 32 bits, divididos em porção de


host e porção de rede. A figura 7.1 mostra a anatomia deste endereço.

Figura 7.1 – Anatomia do Endereço IP Versão 4

Fonte: Elaboração do Autor (2016)

Os endereços IP são divididos em classes, conforme pode ser visto no


Quadro 7.1.
Quadro 7.1 – Classe de Endereço IP Versão 4

Fonte: Elaboração do Autor (2016)

A classe A de endereçamento IP propõe a seguinte divisão:

• Porção de Rede: 1 octeto = 8 bits

• Porção de Host: 3 octetos = 24 bits

A classe B de endereçamento IP propõe a seguinte divisão:

• Porção de Rede: 2 octetos = 16 bits

• Porção de Host: 2 octetos = 16 bits

A classe C de endereçamento IP propõe a seguinte divisão:

• Porção de Rede: 3 octetos = 24 bits

• Porção de Host: 1 octeto = 8 bits

O intervalo de endereços em cada classe pode ser visto no Quadro 7.2.

Quadro 7.2 – Intervalo de Classes dos Endereços IP.

Fonte: Elaboração do Autor (2016)

Para rede em que precisamos atribuir endereços IP, encontramos três


tipos de endereços: Endereço de Rede; Endereço de Broadcast; Endereço
Válido para Host. O Quadro 7.3 traz um exemplo.
Quadro 7.3 – Endereços de Rede, Broadcast e Host.

Fonte: Elaboração do Autor (2016)

Deste modo, encontramos os endereços válidos para atribuição aos hosts


no Quadro 7.4.

Quadro 7.4 – Endereços Válidos

Fonte: Elaboração do Autor (2016)

Para uma melhor organização de endereços IP internamente, é comum o


uso de endereços privados que não são válidos para tráfego de pacotes
na internet. As faixas de endereços privados são as seguintes:

• Classe A: de 10.0.0.0 a 10.255.255.255 (10.0.0.0 /8)

• Classe B: de 172.16.0.0 a 172.31.255.255 (172.16.0.0 /12)

• Classe C: de 192.168.0.0 a 192.168.255.255 (192.168.0.0 /16)

7.2 Máscara de Rede e Sub-redes IP

O endereço IP na versão 4 é formado por 32 bits, divididos em porção de


host e porção de rede. A figura 7.1 mostra a anatomia deste endereço.

A máscara de rede é uma ferramenta utilizada para a distinção entre bits


de rede e bits de host. As máscaras de rede de cada classe são as
seguintes:

• Classe A: 255.0.0.0 ou /8
• Classe B: 255.255.0.0 ou /16

• Classe C: 255.255.255.0 ou /24

Devido a uma tendência ao esgotamento da faixa de endereços IP, foi


criado o processo de divisão em sub-redes. Este processo consiste em
dividir redes em porções menores chamadas de sub-redes. Para isto
precisamos “pedir emprestado” bits da porção de host para a porção de
rede. Deste modo geraremos sub-redes a partir destes novos bits.

Abaixo encontramos um exemplo desta divisão em sub-redes:

7.3 Roteamento IP

Roteamento é o processo de determinação do melhor caminho a ser


trilhado por um pacote em uma rede contendo roteadores interligados.
Este processo ocorre a partir do uso de métricas de roteamento, sendo
executado na camada de rede pelo roteador. Acontece a partir do
conhecimento de endereços IP de origem e de destino.

O roteamento pode ser classificado em:

• Roteamento Estático – consiste na configuração manual de roteadores


com informações sobre os caminhos que um pacote poderia trilhar.

• Roteamento Dinâmico – consiste na configuração de um protocolo de


roteamento que se encarrega de determinar os melhores caminhos.

Os principais protocolos de roteamento são:


• Protocolos de Vetor Distância

• Protocolos de Estado de Enlace

• Protocolos Híbridos

7.4 Camada de Enlace

A camada de enlace é responsável por gerenciar o circuito de transmissão


implementado na camada física. Ela também é responsável por realizar
detecção e correção de erros.

A Camada de Enlace isola de modo efetivo os processos de comunicação


nas camadas superiores a partir das transições de meio físico que podem
ocorrer fim-a-fim.

A Camada de Enlace divide-se em duas subcamadas:

• Controle Lógico do Enlace (LLC) – constitui a interface entre o método


de acesso ao meio e os protocolos da camada de rede, além de encapsular
os pacotes nos quadros.

• Controle de Acesso ao Meio (MAC) – é responsável pela conexão com o


meio físico e o endereço físico, também conhecido como endereço MAC.

A principal tecnologia utilizada na camada de enlace é a Ethernet.

A ethernet é o padrão adotado na maior parte das Redes Locais. Funciona


como um método de acesso ao meio por contenção que permite que hosts
compartilhem o meio físico, além de definir especificações paras as
camadas física e de enlace.

A ethernet surgiu na década de 1970 criado por estudantes da


Universidade do Hawaii que propunham interligar os computadores
espalhados pelas ilhas em um computador central na ilha de Honolulu.

Em 1978, foi criado um padrão para Ethernet chamado de DIX por um


consórcio criado entre as empresas Digital Equipment Company, Intel e
Xerox.

Os primeiros produtos com padrão Ethernet foram vendidos na década de


80, com transmissão de 10 Mbps com cabo coaxial grosso – thicknet com
uma distância de 2 quilômetros.

Em 1985, a IEEE desenvolveu o padrão 802, mas, para assegurar os


padrões da ISO/OSI alterou o projeto original Ethernet para 802.3.

O CSMA/CD é o método de acesso da Ethernet. Significa Acesso Múltiplo


por Portadora com Detecção de Colisão. Permite o compartilhamento do
meio físico, evitando que dois dispositivos transmitam simultaneamente
provocando uma colisão.
O CSMA/CD funciona da seguinte maneira:

1. Escuta o meio físico.

2. Transmite o sinal pelo meio físico.

3. Desocupação do meio físico.

4. Caso haja alguma colisão, os hosts envolvidos “forçam” a


percepção da colisão por parte de todos os dispositivos.

5. Os hosts aguardam um período tempo peseudo-aleatório antes de


voltar a transmitir. Este é o tempo de backoff.

O principal processo da camada de enlace é o switching. Este processo


consiste na comutação de quadros que acontece entre os hosts de uma
rede. Esta comutação provê uma segmentação dos domínios de colisão
de uma rede. É executado pelo Switch.

O Switch é um equipamento de rede que trabalha na camada de enlace.


Ele trabalha de modo inteligente, porque conhece os dispositivos que
estão ligados a sua porta. Tem a função de efetuar a comutação de
quadros. Ele trabalha baseado na Tabela MAC.

Os Switches armazenam o endereço MAC do host transmissor por meio


da análise de quadros recebidos em uma determinada interface e o
adiciona à sua tabela MAC, associando-o à interface na qual foi recebido.

Assim que um quadro é recebido em uma porta do switch, este verifica o


endereço MAC de destino e identifica a interface de saída por meio da
checagem em sua tabela MAC.

Os tipos de comutação efetuada pelos Switches são:

• Store and forward

• Cut-through

• Fragment Free

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores: Uma Abordagem Top-Down.


AMGH, 2013.
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.
Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

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Paulo: Érica, 2011.

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protocolos para o projeto de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC,


2009.

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2011.

TORRES, G. Redes de Computadores. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Terra,


2016.

MEDEIROS, J. C. de O. Princípios de Telecomunicações: teoria e prática.


São Paulo: Érica, 2012.

MORAES, A. F. de. Redes de computadores: fundamentos. 7.ed. São


Paulo: Érica, 2010.

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Érica, 2009.

SOARES NETO, V. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 2.Ed. São


Paulo: Érica, 2010.

SOARES NETO, V. Sistemas de Comunicação: serviços, modulação e


meios de transmissão.1. Ed. São Paulo: Érica, 2015.

SOARES NETO, V. Redes de Telecomunicações: Sistemas Avançados.


1.Ed. São Paulo: Érica, 2015.

MÓDULO 8

PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO DE LONGA DISTÂNCIA

8.1 Redes de Longa Distância

As redes WAN têm como principal característica abranger grandes regiões


geográficas, podendo envolver pontos entre as cidades, estados ou até
mesmo países. Possuem geralmente grande heterogeneidade de mídias
de transmissão. Além de trabalhar com velocidades inferiores às
velocidades com que estamos habituados nas redes locais.
Geralmente usuários domésticos, funcionários remotos e pequenos
escritórios utilizam uma tecnologia de WAN para estabelecer uma conexão
a um Provedor de serviços de Internet (ISP) para acessar a Internet. As
opções de conexão variam consideravelmente entre o ISP e a localização
geográfica. No entanto, as opções populares incluem o cabo de banda
larga, a linha de assinante digital de banda larga (DSL), WANs sem fio e
serviços móveis.

Outras tecnologias WAN conhecidas seriam: Linhas discadas e privativas;


ISDN; E1; X.25; Frame relay; ATM; MPLS.

As linhas discadas são as linhas telefônicas tradicionais utilizadas para


transmissão de voz. A linha privada é um enlace dedicado entre dois
pontos. O ISDN, também conhecido como Rede Digital de Serviços
Integrados (RDSI), é uma rede utilizada na última milha, ou seja, a
conexão do terminal telefônico com a central telefônica é toda baseada
em sinalização digital. Mesmo sendo digital, tem a mesma característica
que o serviço discado, ou seja, é necessário inicialmente realizarmos
discagem para o estabelecimento da conexão.

O X.25 foi uma das primeiras redes de pacotes comercialmente lançadas.


Elas são adequadas quando possuímos mídias de comunicação sujeitas a
erros, principalmente devido todo o controle de erros que o X.25 efetua.
Em geral estas redes permitem enlaces de até 64 Kbps, sendo
recomendada para alguns tipos de aplicação.

O frame relay é uma tecnologia que trabalha na camada 2 do modelo OSI,


com velocidades de até 45 Mbps, utilizada em muitas redes para interligar
aplicações do tipo LAN, internet e voz. Ele foi desenvolvido pela empresa
americana Tell Labs entre as décadas de 1980 e 1990, para substituir a
rede X.25, seu funcionamento é baseado na comutação de pacotes em
frames (quadros) ou pacotes (packets) que carregam um endereço para
determinar o seu destino.

Dentre outras tecnologias de WAN que mais se destacam é possível citar:

• Ethernet WAN e Metro Ethernet

• ATM (Asynchronous Transfer Mode)

• MPLS (Multi-Protocols Label Switching)

• VSAT (Very Small Aperture Terminal)

• Tecnologias DSL

• LTE / 3G
8.2 Tecnologias de WAN

Uma das mais conhecidas tecnologias de WAN é a família xDSL. Nas


tecnologias xDSL é fornecida uma conexão à Internet com alta largura de
banda, sempre ativa. Requer um modem de alta velocidade especial que
separa o sinal de DSL do sinal de telefone e fornece uma conexão Ethernet
a um computador ou a uma LAN. O DSL é executado em uma linha
telefônica, com a separação de linha em três canais. Um canal é usado
para chamadas telefônicas de voz. Esse canal permite que uma pessoa
receba chamadas telefônicas sem desconectar da Internet. Um segundo
canal é um canal mais rápido de download, usado para receber
informações da Internet. O terceiro canal é usado para enviar ou carregar
informações. Esse canal é geralmente um pouco mais lento que o canal
de download. A qualidade e a velocidade da conexão DSL dependem
principalmente da qualidade da linha telefônica e da distância do escritório
central da companhia telefônica. Quanto mais longe você estiver do
escritório central, mais lenta será a conexão. As principais tecnologias
são: Asymetric DSL (ADSL); Asymetric DSL 2 (ADSL 2); Asymetric DSL
2+ (ADSL 2+); Rate-adaptive DSL (RADSL); High-bit-rate DSL (HDSL);
Symetric DSL (SDSL); Multirate DSL (MDSL).

A Conexão Via Cabo é oferecida pelos provedores de serviços de


televisão a cabo, onde o sinal de dados de Internet é transportado no
mesmo cabo coaxial que transmite o sinal da televisão a cabo. É
fornecido uma conexão à Internet com alta largura de banda, sempre
ativa. Um modem a cabo especial separa o sinal de dados de Internet de
outros sinais no cabo e oferece uma conexão Ethernet a um computador
ou a uma LAN.

A tecnologia móvel celular fornece o acesso à Internet por meio da rede


disponível em um smartphone. Onde quer que você possa obter um sinal
de telefone celular, poderá obter acesso à Internet do celular. O
desempenho será limitado pelos recursos do telefone e da torre do
celular à qual ele está conectado. A disponibilidade de acesso à Internet
do celular é um benefício real nessas áreas que não teriam de outra
forma nenhuma conectividade à Internet, ou para àqueles que estão
constantemente em movimento.

O WIMAX é uma outra tecnologia de WAN em meio sem fio, desenvolvida


para oferecer acesso banda larga a distâncias típicas de 6 a 9 Km. A
exemplo do que ocorre no celular o WIMAX é implantado em células. Da
estação base é possível a transmissão para uma estação terminal que
fornece acesso a uma rede local (WiFi por exemplo) ou diretamente até
os dispositivos dos usuários.

A tecnologia ISDN significa (traduzido para a língua portuguesa) Rede


Digital de Serviços Integrados. Surgiu afim de suprir a necessidade de
largura de banda na transmissão de dados. Seu objetivo é realizar a
transferência de dados digitais mesmo em meios analógicos, como o loop
local entre uma residência e seu PSTN, pois, a utilização de sinais
analógicos possui diversos limitadores de velocidade de banda. O ISDN é
um serviço muito versátil, capaz de suportar tráfegos de som, vídeo e
dados, utilizando vários canais de comunicação diferentes em uma mesma
conexão. Alcança-se por meio dele, maior largura de banda do que a
conexão discada convencional de 56kbps.

Outra tecnologia de WAN é o frame relay. O Frame Relay é uma rede de


transporte implantada como infraestrutura em operadoras de serviço.
Rede de transporte significa a capacidade de transportar dados de
diferentes tipos e protocolos de forma transparente entre pontos finais.
Para os pontos finais, a rede Frame Relay é vista como enlaces
representados por circuitos virtuais (normalmente permanentes, ou PVC
– Permanent Virtual Circuit).

ATM (Modo de Transmissão Assíncrono) é uma tecnologia de comunicação


de dados de alta velocidade usada para interligar redes locais,
metropolitanas e de longa distância para dados, voz, áudio e vídeo.
Fornece um meio para enviar informações em modo assíncrono através
de uma rede de dados, dividindo essas informações em “Células”. As
células ATM são pacotes de tamanho fixo com um endereçamento próprio.
A criação destas células favorece o processo de comutação de pacotes,
que é adequado para o envio assíncrono de informações com diferentes
requisitos de tempo e funcionalidades, aproveitando-se de sua
confiabilidade, eficiência no uso de banda e suporte a aplicações que
requerem classes de qualidade de serviço diferenciadas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARISSIMI, A. Redes de Computadores: Volume 20 da Série Livros


Didáticos Informática UFRGS. Bookman, 2011.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 5.0: guia completo de estudo. Florianópolis:


Visual Books, 2014.

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AMGH, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4.ed.


Rio Grande do Sul: McGraw-Hill, 2010.

HAYAMA, M. M. Montagem de redes locais: prático e didático. 11.ed. São


Paulo: Érica, 2011.

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