Sugestao Do Dia - 11.02.11

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Highlights do Relatório Fundamentalista Baixe o App Empiricus para iPhone e iPad 11.fev.

2011
tble3/csan3/ciel3 (http://itunes.apple.com/us/app/research/id411718466) Edição 28

Porque não recomendamos as ações da Tractebel, apesar


da excelência operacional

Preferimos ficar de fora dos papéis da Tractebel, em função de um valuation pouco


atrativo, em nossa visão, dividend yield abaixo da média se comparado a outras utilities,
e riscos relacionados ao modelo de transferência com a controladora GDF Suez.
Reconhecemos a excelência operacional e o grande conhecimento do setor elétrico
por parte do management, que permite se aproveitar das oscilações do preço spot
com maestria; gostamos também da postura agressive, com a empresa assumindo
abertamente sua posição de player consolidador para os próximos anos. TBLE atua nos
ramos de geração e comercialização, com 6,4 GW de capacidade instalada. No
portfólio de energia contratada, o que se destaca é a participação no mercado livre,
marcado por maior volatilidade, abrindo possibilidade de se aproveitar de um preço
melhor.

Em 2010, 25% da energia contratada fora de clientes livres, e a estimativa é que o


número suba para 33% este ano.Notem que a atuação que maximiza a eficiência no
mercado livre não é trivial. A Tractebel foi uma das primeiras empresas do setor a
perceber as oportunidades abertas pela variação do preço spot de energia, em nosso
entendimento, de onde deriva uma das principais vantagens comparativas da
companhia, que consegue comprar energia a um preço mais baixo e vender no
momento de alta. No entanto, temos ressalvas quanto ao modelo de transferência dos
contratos entre a companhia e sua controlada GDF Suez, acarretando pagamento de
prêmio elevado no momento da transferência. Ademais, a 6,5x EV/Ebitda 2011 não
achamos o valuation atrativo se ponderado por estes riscos inerentes ao modelo de
negócio e considerando o pagamento de dividendos menos atrativos do que outras
utilities – payout estatutário de 30%, geralmente chegando aos 55% mínimos propostos
pela administração. O yield gira em torno de 4,5% - 5%, e não vemos aumentos
significativos à frente, visto o apetite para consolidação e os grandes investimentos
demandados pelos projetos no pipeline da empresa.

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1
Cosan: oportunidade de entrada após reação ao resultado
do quarto tri

As ações da Cosan reagiram negativamente à divulgação dos resultados relativos ao


terceiro trimestre fiscal de 2011. Às atuais cotações, os papéis oferecem um
excelente ponto de entrada, a despeito dos números abaixo de nossas expectativas e
da revisão do guidance. As margens abaixo do esperado, sobretudo por conta
do desempenho na operação de açúcar & álcool, evidentemente é notícia negativa, mas
longe de sobrepujar os elementos favoráveis associados ao call, em nossa avaliação. A
margem Ebitda marcou 8,7%, frente a 12,9% apresentado um ano antes. O desempenho
aquém do esperado se deveu basicamente à CAA, com margem Ebitda de 16,3%, muito
em função da deterioração da margem bruta. Projetamos margens mais favoráveis para
o nicho de açúcar e álcool já a partir do próximo trimestre, pela menor recomposição
de estoques e pela montagem de hedge a preços mais favoráveis.

Há que se pontuar ainda os bons números reportados pelos nichos de distribuição,


com os ganhos de escala e eficiência no nível dos postos já chegando às margens.
Voltando aos pontos negativos, tivemos uma revisão do guidance da companhia para o
próximo exercício, de forma a contemplar uma diminuição do volume de elevação
esperado para Rumo, por conta da menor disponibilidade de açúcar na região centro
sul, e um maior volume de lubrificantes, derivado dos ganhos de market share e do
aquecimento da economia. Vemos Cosan negociando a 6,5x EV/Ebitda 2011, o que nos
parece bem interessante para uma empresa com possibilidades amplas de crescimento
no ramo de açúcar & álcool e ganho de exposição a uma atividade de grande
previsibilidade dos fluxos de caixa– vemos espaço para as ações atingirem no médio
prazo a marca de R$ 34,00 com alguma facilidade.

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2
Cielo: Aula de sobrevivência no 4T10

Mais precisamente em 20 de dezembro de 2010, abrimos um call a longo prazo de


CIEL3, amparado na capacidade de pagar dividendos. De lá até aqui, o papel continuou à
mercê de terrorismos. Porém, a solidez dos fundamentos reitera nossa confiança,
principalmente após os números do 4T10. Pessoas atentas notaram que a Cielo
começou a se adaptar quando ainda se chamava Visanet, bem antes da abertura formal.
Mudou de marca, aumentou o call center, investiu em treinamento da equipe,
aprimorou conversas com seus principais clientes, etc...Tudo isso se reflete nas cifras
contemporâneas. Entre o 4T09 e o 4T10, a taxa líquida de desconto (MDR) caiu 15 bps
- como era de se esperar. Contudo, o lucro se conservou praticamente estável,
crescendo 0,6%! Um passe de mágica? Não exatamente. A base de estabelecimentos se
manteve resilitente. O volume de transações cresceu 20,4% no intervalo. As receitas
(operacional + pré-pagamento) avançaram 11,7%. Ou seja, existe top line!

Já dissemos e reafirmamos: entrar no Brasil não é tarefa fácil para o gringo que quer
brincar de acquirer. Elavon, First Data e Global Payments terão vida dura. Precisam de
autorização das bandeiras (que não querem canibalizar sua base consolidada) e
precisam de tropicalização do sistema (programar demora bastante). Dentro deste
contexto, apostamos que Cielo e Redecard manterão a liderança, com resquícios dos
tempos de duopólio. Vale o buy em CIEL3, especialmente pelo dividend yield de 9%
para 2011.

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3
Analistas Assistentes de Economista-chefe
Responsáveis Análise

Beatriz Nantes Paulo Gala


Rodolfo Amstalden - CNPI
Roberto Altenhofen
Felipe Miranda - CNPI

Disclosure
Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu
destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem
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confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão
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conteúdo.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos
financeiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o
debate entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver
suas próprias análises e estratégias.

Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos


financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da
Instrução CVM nº 483/10, que:

As recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e


foram elaboradas de forma independente.

+ Os analistas envolvidos na elaboração são titulares de valores mobiliários objetos do relatório de


análise, no caso da posição de Felipe Miranda, enquanto pessoa física, em INEP4 e Rodolfo Amstalden,
enquanto pessoa física, em ECOD3.

+ Os analistas Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden são sócios e participam dos lucros da Gestora
Galleas, que mantém em fundos e carteiras de valores mobiliários que administra ativos objeto de análise
por parte da Empiricus Research, podendo daí resultar conflito de interesses.

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