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Estudo do comportamento ao cisalhamento de vigas de concreto com

fibras sintéticas armadas com barras de polímero reforçado com fibra


de vidro e basalto
Study of the shear behavior of concrete beams with synthetic fibers reinforced with glass
and basalt fibers reinforced polymer bars

Isabela Oliveira Duarte (1); Nádia Cazarim da Silva Forti (2); Lia Lorena Pimentel (2); Ana
Elisabete Paganelli Guimarães de Avila Jacintho (2)

(1) Mestra, Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP


(2) Professora Doutora, Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologia - PUCCAMP

Resumo
Compreender o comportamento mecânico das barras de polímero reforçado com fibras, assim como o
desempenho em elementos estruturais associados a outros materiais, é de fundamental importância para
a confiabilidade de sua aplicação no mercado nacional. Deste modo, o objetivo deste trabalho é analisar a
substituição total da armadura de cisalhamento por macrofibra sintética, em vigas de concreto armado
com barras longitudinais de polímero reforçado com fibra de vidro (GFRP) e basalto (BFRP). Em uma
primeira etapa do estudo, foi realizada a caracterização do comportamento mecânico das barras de GFRP
e BFRP por meio do ensaio de resistência à tração e módulo de elasticidade. Posteriormente, para cada
material, foram ensaiadas 2 vigas sem armadura transversal, com e sem adição de macrofibra de
polipropileno no teor de 1% em volume de concreto. A partir dos resultados, pôde-se observar que a
adição de fibra proporcionou maior capacidade de carga para mesma abertura de fissura, com uma
contribuição máxima de 56%, para a viga armada com barras de GFRP. Entretanto, a substituição total
dos estribos de GFRP e BFRP por macrofibras de polipropileno no teor de 1% não foi suficiente para
alterar o modo de ruptura frágil por cisalhamento.
Palavra-Chave: Barras de GFRP. Barras de BFRP. Comportamento ao cisalhamento. Concreto com fibra.

Abstract
Understanding the mechanical behavior of fiber reinforced polymer bars, and its performance in structural
elements is of fundamental importance for the reliability and use of this new material in the national market.
The objective of this work is to analyze the total replacement of shear reinforcement by synthetic
macrofiber, in reinforced concrete beams with longitudinal bars of glass fiber reinforced polymer (GFRP)
and basalt (BFRP). In a first stage of the study, the characterization of the mechanical behavior of the
GFRP and BFRP bars was carried out by means of tensile strength and Young’s modulus. Subsequently,
for each material, 2 beams without transverse reinforcement were tested, with and without the addition of
polypropylene macrofiber at a content of 1% by volume of concrete. From the results, it could be observed
that the addition of fiber provided greater load capacity for the same crack opening, with a maximum
contribution of 56%, for the beam reinforced with GFRP bars. However, the total replacement of the GFRP
and BFRP stirrups by polypropylene macrofibers in the 1% content was not enough to change the shear
brittle failure mode.
Keywords: GFRP bars. BFRP bars. Shear behavior. Fiber reinforced concrete.

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1. Introdução
O setor da construção civil possui grande influência no desenvolvimento econômico e
social de um país, porém ainda se destaca como um grande gerador de impactos
ambientais. Em função da crescente preocupação com as interferências negativas que
esse setor causa no meio ambiente, novas alternativas são desenvolvidas buscando
promover estruturas mais duráveis, que consumam menos recursos naturais e gerem
menos resíduos. A utilização de barras de polímeros reforçados com fibras é um
exemplo de técnica que vêm sendo estudada a fim de promover maior durabilidade às
estruturas de concreto armado. Por possuírem maior resistência à ambientes agressivos
(não sofrerem corrosão) proporcionam maior vida útil às estruturas que os empregam, e
a diminuição de gastos com manutenção e consequentemente menor geração de
resíduos.
As barras de FRP são constituídas por fibras contínuas envolvidas em uma matriz
polimérica. As fibras mais utilizadas em compósitos de FRP para a construção civil são
as fibras de vidro, carbono, aramida, e mais recentemente, as fibras de basalto. Dentre
as principais características das barras de FRP destaca-se a alta relação
resistência/peso, baixa condutividade térmica e o fato de não sofrerem corrosão. Além
disso, por serem constituídas por fibras não condutoras e apresentarem bom isolamento
elétrico e magnético, as barras de FRP se destacam em locais sujeitos a ação de
campos magnéticos, como hospitais e qualquer ambiente que possua aparelhos
elétricos sensíveis (REIS et al., 2009).
No entanto, quando submetidas à tração, as barras de FRP não apresentam
comportamento plástico, caracterizando o comportamento elástico-linear até a ruptura.
Além disso, devido ao baixo módulo de elasticidade das barras de GFRP e BFRP,
elementos estruturais de concreto armado com essas barras longitudinais apresentam
fissuras com maiores aberturas e profundidade do que estruturas armadas com aço. As
fissuras profundas diminuem a contribuição do concreto na resistência ao cisalhamento,
enquanto as fissuras com maiores aberturas diminuem as contribuições de
intertravamento dos agregados e tensões residuais de tração. A adição de fibras
descontínuas é uma alternativa para aumentar a capacidade de cisalhamento e
ductilidade do concreto em estruturas armadas com barras de FRP (AWADALLAH et al.,
2014).
Diversos estudos foram realizados a fim de analisar a contribuição da adição de fibras
descontínuas no comportamento ao cisalhamento de vigas armadas com barras de FRP.
A pesquisa realizada por Awadallah et al. (2017) estudou o comportamento ao
cisalhamento de vigas de concreto reforçado com fibras de aço e armado com barras
longitudinais de BFRP, com e sem estribos de aço. As variáveis analisadas foram o teor
de fibra de aço (Vf = 0,3%, 0,6% e 1,2%) e com e sem armadura mínima de
cisalhamento. O estudo experimental mostrou que a adição de fibra de aço melhorou no
controle de fissuração, a resistência final ao cisalhamento e a ductilidade das vigas
ensaiadas, e alterou o modo de ruptura das vigas para um comportamento mais dúctil. A
adição de 0,6% de fibra de aço aumentou a capacidade de carga das vigas em 37,5%,
enquanto o aumento da adição de 0,6% para 1,2% aumentou a capacidade de carga
das vigas em 18%.
Dev et al. (2020) analisaram o efeito da adição de macrofibra sintética de poliolefina
(PO) e uma combinação híbrida de fibras de aço e PO no comportamento ao
cisalhamento de vigas de concreto armado com barras longitudinais de GFRP. Os
resultados indicaram que tanto as fibras sintéticas quanto as híbridas melhoraram a
resistência ao cisalhamento, o comportamento pós- fissuração, e promoveram pseudo-
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ductilidade às vigas armadas com GFRP. As fibras híbridas foram mais eficientes em
melhorar o desempenho geral em termos de rigidez pós-fissuração, resistência residual
à tração na flexão e absorção de energia. Porém, essa tendência foi observada apenas
para vigas com alta dosagens de fibra, de 1% em volume de concreto. Em baixos teores
de fibra (0,35%), embora a ductilidade e a absorção de energia tenham aumentado, não
foi observado aumento na resistência ao cisalhamento devido à adição de fibras.
Assim, este trabalho propõe analisar, por meio de ensaios experimentais, a substituição
total da armadura de cisalhamento por fibra sintética em vigas de concreto armado com
barras de polímero reforçado com fibras de vidro (GFRP) e polímero reforçado com
fibras de basalto (BFRP). A adição de macrofibras sintéticas à matriz de concreto tem o
intuito de diminuir a fissuração do concreto, além de colaborar na resistência ao
cisalhamento.

2. Materiais e programa experimental


Neste trabalho foi avaliada a substituição total da armadura de cisalhamento por
macrofibra sintética, em vigas de concreto armado com barras de GFRP e BFRP,
submetidas à flexão no ensaio a quatro pontos.
No total, foram moldadas 4 vigas, sendo 2 vigas armadas com barras de GFRP e 2 vigas
armadas com barras de BFRP. Para cada material, foram ensaiadas 2 vigas sem
armadura transversal (com e sem adição de macrofibra).
O dimensionamento das vigas armadas com barras poliméricas seguiu as orientações
da norma ACI 440.1R-15 (2015) e da Prática Recomendada IBRACON/ABECE (2021).

2.1. Caracterização dos materiais


A caracterização dos agregados foi realizada de acordo com as normas apresentadas
na Tabela 1.

Tabela 1 - Caracterização dos agregados miúdo e graúdo.


Dimensão máxima Módulo de Massa específica
Agregado Ensaio Norma
característica (mm) finura (g/cm³)
Determinação da
composição NBR 7211 (2019) [6]
Areia granulométrica 2,36 1,88 2,61
Determinação da
NBR 16916 (2021) [7]
massa específica
Determinação da
composição NBR 7211 (2019) [6]
Brita granulométrica 19,00 6,99 2,82
Determinação da
NBR 16917 (2021) [8]
massa específica

O cimento utilizado na pesquisa foi do tipo CPV-ARI, de massa específica de 2,99 g/cm³.
Para a produção do concreto foi utilizado o aditivo superplastificante à base de
policarboxilato, o ADVA CAST 525 (foi desenvolvido para dar maior trabalhabilidade).
Nesta pesquisa foi utilizada a macrofibra de polipropileno KraTos Macro (KORDSA,
2021). A fibra é apresentada na Figura 1, e suas propriedades na Tabela 2.

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Figura 1 - Macrofibra de polipropileno KraTos Macro.

Tabela 2 - Propriedades da fibra utilizada.


KraTos Macro Características e propriedades
Classe da fibra EN 14889-2 Classe II
Material Polipropileno
Massa específica (g/cm³) 0,91
Comprimento (mm) 54-40
Resistência à tração (MPa) 550
Resistência aos álcalis Excelente
Resistência à corrosão Excelente
Temperatura de fusão (°C) 160

O traço unitário em massa utilizado para o concreto foi de 1:2,02:2,5:0,5. Sua dosagem
se encontra na Tabela 3 e apresenta a quantidade de material consumido para 1 m³ de
concreto com e sem adição de fibra.

Tabela 3 - Dosagem de concretos com e sem adição de fibra.


Cimento Água Agregados (kg/m³) Aditivo Fibra
Concreto (kg/m³) (kg/m³)
(kg/m³) (kg/m³) Areia Brita
Sem fibra 400,8 200,4 809,6 1002,0 - -
Com fibra 396,8 198,4 801,6 992,0 - 9,1

Os ensaios realizados para a caracterização do concreto, junto aos resultados obtidos


são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 - Caracterização dos concretos com e sem adição de fibras.


Resultados dos ensaios
Norma Ensaio Concreto sem Concreto com Concreto sem Concreto com
fibra vigas fibra vigas fibra vigas fibra vigas
GFRP GFRP GFRP GFRP
Consistência pelo abatimento de
NBR 16889/2020 [10] 180 140 200 140
tronco de cone (mm)
Resistência à compressão do
NBR 5739/2018 [11] 40,20 45,25 42,37 36,39
concreto (MPa)
Resistência à tração por flexão
NBR 12142/2010 [12] 5,83 5,60 5,93 5,64
do concreto (MPa)
Módulo de elasticidade do
NBR 8522/2017 [13] 34,22 30,98 32,72 30,59
concreto (GPa)

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A Tabela 5 apresenta o resultado de resistência à tração por flexão, de acordo com a
norma ABNT NBR 16940, para cada concreto com fibra produzido.

Tabela 5 - Resultado do ensaio de resistência à tração na flexão (ABNT NBR 16940 (2021).
Resistência à tração por flexão (MPa)
ConcretoGFRP-CF
fL fR1 fR2 fR3 fR4 fR1/fL fR3/fR1
Média (MPa) 5,37 3,21 4,09 4,41 4,48 0,60 1,38
Desvio padrão
0,32 0,27 0,38 0,34 0,33 - -
(MPa)
CV (%) 6,00 8,52 9,40 7,59 7,38 - -
ConcretoBFRP-CF
fL fR1 fR2 fR3 fR4 fR1/fL fR3/fR1
Média (MPa) 4,40 2,86 3,50 3,64 3,48 0,65 1,27
Desvio padrão
0,36 0,28 0,54 0,46 0,41 - -
(MPa)
CV (%) 8,15 9,68 15,39 12,62 11,85 - -

A caracterização das barras de GFRP e BFRP foi realizada por meio do ensaio de
resistência à tração e modulo de elasticidade, com base na norma ASTM
D7205/D7205M-06 (2021). Os resultados são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 - Resultado da caracterização das barras de GFRP e BFRP.


Módulo de
Diâmetro nominal Resistência média à
Material Diâmetro efetivo (mm) elasticidade
(mm) tração (MPa)
(GPa)
GFRP 10,0 10,50 997,105 51,713
BFRP 10,0 10,10 1012,920 52,588

2.2. Substituição total da armadura de cisalhamento por fibra em vigas de


concreto armado com barras de GFRP e BFRP.
Para a identificação das vigas armadas ensaiadas foi criada uma nomenclatura em que
é indicado o material da armadura longitudinal (GFRP e BFRP) e o tipo de concreto (com
e sem adição de fibra). Como por exemplo: a viga GFRP-CF é uma viga armada com
barras longitudinais de GFRP e concreto com adição de fibras.
O dimensionamento das vigas armadas com barras de GFRP e BFRP foi realizado a
partir da definição das dimensões do elemento estrutural, da classe de resistência do
concreto (estimada em 40 MPa) e do arranjo de armadura longitudinal, composto por
cinco barras de 10 mm de diâmetro.
O arranjo de armaduras foi verificado por meio do dimensionamento orientado pela
norma ACI 440.1R-15 (2015) e pela Prática Recomendada IBRACON/ABECE (2021),
considerando os valores característicos das propriedades dos materiais, ou seja, sem
coeficientes de ponderação. Então, foram encontrados dois valores de momentos
nominais, e a partir deles, dois valores de cortantes nominais.

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Tabela 7 - Dimensionamento das vigas de acordo com a ACI 440.1R-15 (2015) e Prática
Recomendada (2021).
ACI 440.1R-15 (2015) Prática Recomendada (2021)
ID viga
Vn (kN) Smáx (cm) Vrd3 (kN) Smáx (cm)
GFRP-SF 82,20 7,49 89,36 9,75
GFRP-CF 82,20 7,49 89,36 9,75
BFRP-SF 80,34 7,86 87,39 12,29
BFRP-CF 80,34 7,86 87,39 12,29

As vigas possuem seção transversal de 15 cm por 30 cm, comprimento de 200 cm e vão


livre de 190 cm, sendo que ambas as cargas concentradas são aplicadas a 63 cm de
cada apoio. A relação entre a altura útil das vigas e o vão de cisalhamento (a/d) utilizada
foi de aproximadamente 2,5, para garantir a ruptura por cisalhamento.
A Figuras 2 apresenta a configuração das armaduras das vigas armadas com barras
longitudinais de GFRP e BFRP.

Figura 2 - Detalhamento da armadura de FRP.

2.1.1 Correlação de imagem digital


A técnica de correlação de imagem digital (DIC) consiste no registro e rastreamento de
imagens de superfícies de interesse, que necessitam ser previamente preparadas de
modo a apresentarem um conjunto padrão de pontos espaçados aleatoriamente. A partir
da imagem da superfície no ponto inicial de ensaio (imagem de referência), e da imagem
para uma determinada situação de carregamento e deformação de interesse, é feita a
comparação entre as imagens, analisando a mudança de posicionamento do conjunto
de pontos, e assim determina-se o campo de deslocamento e deformação na região
desejada (RESENDE, 2020).
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Neste trabalho, a técnica DIC foi utilizada para medir a abertura das fissuras presentes
nas vigas ensaiadas. Devido às vigas terem sido dimensionadas para romperem por
cisalhamento, as áreas de interesse analisadas correspondem às superfícies delimitadas
pelos cutelos de apoio e os pontos de aplicação de carga, totalizando duas áreas de
30cm x 63cm.
Os celulares empregados para registrar as fotos possuem câmera de 12MP de
resolução. Para o controle da velocidade de captura das fotos, utilizou-se o aplicativo
Lens Buddy, e definiu-se o intervalo de captura entre as fotos como sendo de 5
segundos. Para a realização da análise de correlação de imagens foi utilizado o software
GOM Correlate. A Figura 3 apresenta o posicionamento dos equipamentos para
obtenção das imagens durante o ensaio.

Figura 3 - Esquema do ensaio e posicionamento dos equipamentos para aplicação da técnica CID.

3. Resultados e discussão

A Tabela 8 apresenta o resultado dos ensaios das vigas armadas com barras de GFRP
e BFRP.
Tabela 8 - Dimensionamento das vigas de acordo com a ACI 440.1R-15 (2015) e Prática Recomendada
(2021).
ID viga Carga última (kN) Vn experimental (kN) Flecha máxima (mm) Modo de ruptura
Cisalhamento – ruptura
GFRP-SF 70,23 35,11 10,66
diagonal
Cisalhamento – ruptura
GFRP-CF 125,39 62,68 18,89
diagonal
Cisalhamento – ruptura
BFRP-SF 66,08 33,04 13,25
diagonal
Cisalhamento – ruptura
BFRP-CF 105,98 52,99 17,20
diagonal

Com relação à carga última resistida pelas vigas, ao comparar as vigas com e sem
adição de fibras, GFRP-SF e GFRP-CF, nota-se que a adição de fibras descontínuas
gerou um aumento da capacidade de carga de 78,5%.
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Sobre as vigas armadas com barras de BFRP, a viga BFRP-CF apresentou aumento de
capacidade de carga de 60,4% em relação à viga BFRP-SF.
A Figuras 4 apresenta a comparação dos modos de ruptura das vigas armadas com
barras de GFRP e BFRP. As vigas armadas com barras de BFRP apresentaram o
mesmo comportamento das vigas armadas com GFRP. Quando comparadas às vigas
com e sem adição de fibras, observa-se que a adição das fibras não foi suficiente para
alterar o modo de ruptura frágil por cisalhamento.

Figura 4 - Comparação dos modos de ruptura das vigas armadas com barras de GFRP e BFRP.

As Figuras 5 e 6 apresentam as curvas de Carga versus Flecha das vigas armadas com
barras de GFRP e BFRP, respectivamente.

Figura 5 - Carga x Flecha das vigas armadas com GFRP.

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Figura 6 - Carga x Flecha das vigas armadas com BFRP.

Assim como foi observado por Said et al. (2016) as vigas armadas com barras de GFRP
e BFRP apresentaram comportamento bilinear até a ruptura. Isso é resultado das
propriedades mecânicas das barras de FRP, que exibem comportamento elástico linear
até a sua ruptura, quando submetidas à tração.
Para eliminar a variação da resistência à compressão do concreto, as cargas de
cisalhamento obtidas dos ensaios experimentais foram normalizadas de acordo com a
seguinte equação: , onde V é a carga de cisalhamento obtida no ensaio, b é a
largura da viga, d é a altura útil da viga e fc,m é a resistência à compressão média do
concreto. A Tabela 9 apresenta os resultados de resistência ao cisalhamento
normalizada para as vigas ensaiadas, e a Figura 7 apresenta as curvas de carga de
cisalhamento normalizada versus deslocamento.

Tabela 9 - Resultados de resistência ao cisalhamento normalizada.

ID viga fc,m * (MPa) VU experimental (kN)

GFRP-SF 49,20 35,11 0,042


GFRP-CF 45,25 62,68 0,078
BFRP-SF 42,37 33,05 0,042
BFRP-CF 36,39 52,98 0,073
*fc.m = resistência à compressão média do concreto

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Figura 7 - Curvas experimentais de carga de cisalhamento normalizada x deslocamento das vigas
armadas com barras de GFRP e BFRP

Ao se comparar as vigas de GFRP e BFRP sem adição de fibras, é possível observar


maior rigidez ao deslocamento vertical da viga armada com GFRP, enquanto para as
vigas com adição de fibras, não houve diferença na rigidez ao deslocamento. A
comparação também ilustra a proximidade dos resultados experimentais
independentemente do tipo de barra utilizada como armadura.
Para a medição da deformação da armadura, foram fixados extensômetros nas duas
barras longitudinais das extremidades, e assim feita a leitura da deformação em função
da carga aplicada. A Figura 8 apresenta a deformação das barras longitudinais
encontrada para as vigas armadas com GFRP.

Figura 8 - Carga x Deformação específica da armadura longitudinal das vigas de GFRP.

Todas as barras apresentaram o mesmo comportamento ao longo do ensaio. Observa-


se um primeiro estádio, em que o concreto é o principal responsável por resistir aos
esforços internos. Quando o carregamento ultrapassa 30 kN, a armadura passa a ser
mais solicitada.
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Inicialmente, a curva de deformação apresenta inclinação acentuada, sem acréscimo
significativo de deformação, representando a condição do concreto sem fissura. Neste
ponto, o concreto se encontra resistindo às tensões de tração. Após a fissuração, a
seção resistente do concreto diminui e as barras longitudinais são cada vez mais
solicitadas, de modo que é possível observar mudança na inclinação da curva de
deformação, que se mantém linear até a ruptura da estrutura. Este comportamento
também foi observado por Said et al. (2016), Tomlinson e Fam (20105) Abed & Alhafiz
(2019), Huang et al. (2021), Junaid et al. (2019) e El-Nemr et al. (2018).
A Figura 9 mostra a deformação da armadura longitudinal das vigas armadas com barra
de BFRP.

Figura 9 - Carga x Deformação específica da armadura longitudinal das vigas de BFRP.

Em relação à deformação das barras longitudinais das vigas de BFRP, é possível


observar o mesmo comportamento apresentado pelas barras das vigas armadas com
GFRP. Em um primeiro estádio, o concreto é o principal responsável por resistir aos
esforços internos da viga. Quando o carregamento ultrapassa a carga de 25 kN, o
concreto começa a fissurar e em seguida a armadura passa a ser mais solicitada,
mantendo-se comportamento linear até o final do ensaio.
As curvas de carga x abertura de fissura foram obtidas por meio da análise de
correlação de imagem digital, como mostra a Figura 10. As Figuras 11 e 12 apresentam
os resultados das vigas armadas com barras de GFRP e BFRP, respectivamente.

Figura 10 - Leitura de abertura de fissura por meio da técnica de correlação de imagem digital (CID).

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Figura 11 - Gráfico Carga cortante x Abertura de fissura para as vigas armadas com barras de GFRP.

Por análise gráfica, é possível observar que a adição de fibras proporcionou uma
diminuição da abertura de fissura para uma mesma carga. Por exemplo, para a abertura
de 1 mm, as cargas resistidas pelas vigas foram de 32 kN para GFRP-SF e 50 kN para
GFRP-CF, mostrando um aumento de 56%;

Figura 12 - Gráfico Carga cortante x Abertura de fissura para as vigas armadas com barras de GFRP.

Com relação às vigas armadas com barras de BFRP, foi observado comportamento
semelhante. Para a abertura de 1 mm, as cargas resistidas pelas vigas foram de 27 kN
para BFRP-SF e 41,5 kN para BFRP-CF, mostrando um aumento de 54%.

Na Tabela 10 são comparados os resultados experimentais com os cálculos de cortante


resistente de acordo com as normas ACI 440.1R-15 (2015) e a ABNT NBR 16935
(2021), considerando-se os arranjos de armadura adotados e os valores médios das
propriedades das barras e dos concretos obtidos na caracterização dos materiais.

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Tabela 10 - Comparação dos resultados experimentais e do cálculo de cortante resistente de acordo com
a ACI 440.1R-15 (2015) e a norma ABNT NBR 16935 (2021).
ACI 440.1R-15 ABNT NBR 16935
ID viga (2015) (2021) Vn (kN) Vu, exp Vu, exp/Vn
Vc (kN) VRd,F (kN)
GFRP-SF 18,92 - 18,92 35,11 1,86
GFRP-CF - 75,49 75,49 62,68 0,83
BFRP-SF 17,28 - 17,28 33,04 1,91
BFRP-CF - 65,37 65,37 52,99 0,81

Com base nos resultados, é possível observar que a cortante resistente calculada pela
ACI 440.1R-15 (2015) subestimou a parcela de contribuição do concreto, Vc. A maior
diferença encontrada entre o cálculo teórico e experimental foi para a viga armada com
barras de BFRP, que apresentou resistência superior de 91%. Quando analisada a
parcela VRd,F, de acordo com a ABNT NBR 16935 (2021), nota-se que o cálculo teórico
superestimou a contribuição do concreto com fibra, uma vez que o resultado
experimental representou 83% e 81% do valor teórico, para as vigas armadas com
barras de GFRP e BFRP, respectivamente.
A Tabela 11 apresenta a comparação dos resultados experimentais com os cálculos de
cortante resistente de acordo com a Prática Recomendada IBRACON/ABECE (2021) e a
norma ABNT NBR 16935 (2021), considerando-se os arranjos de armadura adotados e
os valores médios das propriedades das barras e dos concretos obtidos na
caracterização dos materiais.

Tabela 11 - Comparação dos resultados experimentais e do cálculo de cortante resistente de acordo com
a Prática Recomendada IBRACON/ABECE (2021) e a norma ABNT NBR 16935 (2021).
Prática
ABNT NBR 16935
Recomendada
ID viga (2021) Vn (kN) Vu, exp Vu, exp/Vn
(2021)
Vc (kN) VRd,F (kN)
GFRP-SF 16,28 - 16,28 35,11 2,16
GFRP-CF - 75,49 75,49 62,68 0,83
BFRP-SF 16,59 - 16,59 33,04 1,99
BFRP-CF - 65,37 65,37 52,99 0,81

Observa-se que a cortante resistente calculada pela Prática Recomendada


IBRACON/ABECE (2021), subestimou a contribuição do concreto, parcela Vc, de
maneira que a maior diferença encontrada entre o cálculo teórico e experimental foi para
a viga armada com barras de GFRP sem fibras, que apresentou resistência superior de
116%.Também foi realizada uma análise dos resultados experimentais e dos
dimensionamentos de acordo com a ACI 440.1R-15 (2015) e Prática Recomendada
IBRACON/ABECE (2021), considerando-se o arranjo de armadura longitudinal de cinco
barras de 10 mm de diâmetro e os valores médios das propriedades das barras e dos
concretos obtidos na caracterização dos materiais conforme apresenta a Tabela 12.

Tabela 12 - Comparação dos resultados experimentais e dimensionamentos de acordo com a ACI 440.1R-
15 (2015) e Prática Recomendada IBRACON/ABECE (2021)
Prática Recomendada (2021)
ABNT NBR 16935 (2021)
ID viga VU,exp ABNT NBR 16935 (2021)
Vn (kN) VU,exp / Vn VRd (kN) VU,exp / VRd
GFRP-CF 62,68 88,90 0,71 101,37 0,62
BFRP-CF 52,99 82,24 0,64 90,51 0,59
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Sobre as vigas armadas com barras de GFRP, ao se analisar a cortante resistente
obtida pelos dimensionamentos e pelos ensaios experimentais, observa-se que a
substituição total dos estribos por fibra não forneceu resistência suficiente para se atingir
as capacidades resistentes obtidas previstas nos dimensionamentos. A resistência da
viga GFRP-CF foi 29,5% inferior à cortante resistente obtida da ACI 440.1R-15 (2015) e
38,2% inferior à cortante calculada pela Prática Recomendada IBRACON/ABECE
(2021).
Sobre as vigas armadas com barras de BFRP, pôde-se observar comportamento
semelhante, em que a substituição total dos estribos por fibra não forneceu resistência
suficiente para atingir as capacidades resistentes obtidas nos dimensionamentos. A
resistência da viga BFRP-CF-SE foi 35,6% inferior à força cortante resistente obtida da
ACI 440.1R-15 (2015) e 41,5% inferior à força cortante calculada pela Prática
Recomendada IBRACON/ABECE (2021).

4. Conclusões
A compreensão do comportamento mecânico das barras de polímero reforçado com
fibras, assim como o seu desempenho em elementos estruturais, é de fundamental
importância para a confiabilidade e aplicação desse novo material no mercado nacional.
O estudo experimental realizado teve como objetivo analisar a substituição total dos
estribos de FRP por macrofibra polimérica no teor de 1% em volume de concreto, em
vigas de concreto armado com barras longitudinais de GFRP e BFRP. A partir dos
resultados, pôde-se obter as seguintes conclusões:
- Para as vigas analisadas dos dois materiais, GFRP e BFRP, a adição de fibra
proporcionou maior capacidade de carga para mesma abertura de fissura, com uma
contribuição máxima de 56%, para a viga GFRP-CF.
- A cortante resistente calculada pela ACI 440.1R-15 (2015) subestimou a
contribuição do concreto, parcela Vc. A maior diferença encontrada entre o cálculo
teórico e experimental foi para a viga armada com barras de BFRP, que apresentou
resistência superior de 91%.
- Quando analisada a parcela VRd,F, pela ABNT NBR 16935 (2021), nota-se que o
cálculo teórico superestimou a contribuição do concreto com fibra, uma vez que o
resultado experimental representou 83% e 81% do valor teórico, para as vigas armadas
com barras de GFRP e BFRP, respectivamente.
- O cálculo da cortante resistente pela Prática Recomendada IBRACON/ABECE
(2021) subestimou a contribuição do concreto, parcela Vc, de modo que a maior
diferença encontrada entre o cálculo teórico e experimental foi para a viga armada com
barras de GFRP, que apresentou resistência superior de 116%.
- Quando comparada a cortante resistente obtida pelos dimensionamentos e o
resultado experimental, observa-se que a adição de 1% de macrofibra de polipropileno
em substituição aos estribos não forneceu resistência suficiente para se atingir as
capacidades resistentes obtidas nos dimensionamentos.
- A substituição total dos estribos de GFRP e BFRP por macrofibras de
polipropileno no teor de 1% em volume de concreto não foi suficiente para alterar o
modo de ruptura frágil por cisalhamento.

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