Desing Grafico 3
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e Digital
Gestão do Design Gráfico
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Gestão do Design Gráfico
• Design Thinking;
• Planejamento Estratégico e Design Gráfico;
• Metodologia do Projeto de Design.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender os métodos de criação de soluções gráficas e as formas de gestão de projetos
de design gráfico.
UNIDADE Gestão do Design Gráfico
Design Thinking
Design Thinking é um conceito, atualmente muito conhecido, que surgiu dentro do
design e que tem como base o processo de criação dos designers, mas que serve para
qualquer área e pode ser usada para diversas finalidades, desde a criação de produtos e
serviços até a melhorias incrementais como ferramentas ou tecnologias.
De forma geral, o design thinking pode ser aplicado em qualquer cotidiano de qual-
quer empresa para a resolução de problemas. Algumas gigantes de diversos setores
adotaram essa abordagem, como a Apple, Sony, Nike e Procter & Gamble, as quais
têm tido resultados surpreendentes na última década.
Na realidade, essa é uma forma de pensar que ajuda a resolver diversos problemas
dos mais diferentes tipos e que une a sensibilidade do design, métodos para atender às
necessidades das pessoas e ao que é possível realizar tecnologicamente. É como uma
combinação de mindset com um plano de ação.
As vantagens da utilização do design thinking são várias, como a possibilidade de trans-
formar a forma com que as organizações desenvolvem produtos, serviços, processos, es-
tratégias e, além disso, permitem que as pessoas que não são designers usem ferramentas
criativas para resolver problemas, identificando também as melhores opções e tornando as
experiências muito mais eficazes.
Design thinking pode se resumir a uma junção entre o pensamento corporativo e o
pensamento criativo, combinando os desejos e as necessidades do público com as pos-
sibilidades de realizações tecnológicas.
Pense, por exemplo, num iPhone. O seu ponto forte não se limita à estética – a be-
leza, simplicidade e elegância são sim algumas características marcantes –, mas o que
torna esse um ótimo exemplo, é a sua usabilidade intuitiva e, principalmente, o fato de
suprir uma necessidade do usuário. É um produto focado no consumidor final.
O design thinking atende a uma necessidade real de quem usará o produto e é um
processo centrado no ser humano, não focando apenas no lado artístico do design. A abor-
dagem é “iterativa” – vai e volta trabalhando em cima de feedbacks com processos de ex-
pansão e de fechamento –, perfeito para se usar no planejamento estratégico. Para finalizar,
o design thinking pode ser dividido em 5 etapas fundamentais:
• Etapa 1 – Definição ou Imersão: O que se sabe sobre o problema? O que foi
levado em consideração de forma a ser um diferencial? Como esse produto/serviço
fará diferença na vida de seu usuário final? Qual será o valor que guiará a busca
pela solução desse problema?
Não pense somente na experiência, mas foque na sua visão específica sobre como
lidar com as pessoas. Faça um brainstorming com a mentalidade de criar o maior
número de opções diversificadas possível e saia do óbvio;
• Etapa 2 – Empatia ou Análise: Observe os usuários e o seu comportamento no
contexto de suas vidas. Interaja com eles usando entrevistas e faça uma imersão nos
hábitos dos seus usuários para entender suas experiencias.
Ouça atentamente e não julgue, apenas observe e interaja sem influenciar as ações,
circunstâncias e problemas deles;
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• Etapa 3 – Ideação: Nesta fase, serão sugeridas algumas soluções com base nas
pessoas que fazem parte do processo. As informações coletadas na etapa anterior
serão utilizadas para inspirar novas ideias eficientes.
Aqui você “monta o quebra-cabeça” das mais variadas formas;
• Etapa 4 – Protótipo: Quando você tira as ideias da mente e as coloca para o mun-
do físico, um esboço palpável da solução – seja por meio de uma parede de post-its,
atividades de atuação, um espaço físico, um objeto ou uma outra interface de forma
simples e com fácil aplicação.
Você precisa registrar o ponto inicial, o ponto zero (a situação atual do projeto) e o
ponto final, o destino desejado (o projeto finalizado). Ao iniciar essa “viagem”, muitos
problemas, desafios, mudanças e imprevistos surgirão pelo caminho e, com um plano
bem definido, você terá um mapa para orientá-lo a voltar para o seu trajeto sempre que
for necessário, mesmo que ocorram desvios que não foram previstos.
A análise da matriz SWOT é uma das ferramentas muito utilizadas para montar um
planejamento estratégico de empresas, o que pode ser muito útil também para o projeto
de design gráfico, em que você preenche, com os dados levantados no briefing inicial,
as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
Isso deixa claro que as coisas já não caminhavam bem, mesmo antes da pandemia de
2020, e já era necessária uma mudança na estratégia das empresas visando à inovação.
Aqui entra a abordagem do design thinking como uma excelente alternativa, porque o
mundo está em constante mudança e hoje temos muito mais informações, sendo a ve-
locidade das mudanças de comportamento dos consumidores muito mais frenética nas
últimas décadas do que nos dois mil anos anteriores.
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foco nas pessoas, mas traz uma estrutura com a visão de modelos estatísticos. Nesse,
como já vimos, as pessoas são analisadas de uma forma muito mais orgânica e interativa
para entender o que as pessoas pensam e quais são suas experiências.
Além do foco nas pessoas, algumas características bastante importantes que diferenciam
a pesquisa de mercado da abordagem em design thinking são as apontadas a Figura 1.
Tabela 1
Pesquisa de Mercado Design Thinking
Foco Modelos Estatísticos Análise Interativa
Objetivo Comportamento PROJETA novos produtos Comportamento INFLUENCIA novos produtos
Dados Entrevistas Estruturadas Conversas e formulários semi estruturados
Amostragem Estatísticas e sem viés Qualitativas além dos números
Informação Comportamento por experiências Estatística e Matemática
Para efeito didático, listaremos essas etapas primeiramente de forma linear para com-
preender todas as fases, aprofundando depois cada uma delas:
1. Investigação;
2. Geração de ideias;
3. Convergência das ideias;
4. Implementação.
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Investigação
Essa fase é iniciada pelo briefing, mas vai muito além dele. A etapa de investigação
basicamente é formada pela primeira e segunda fase do design thinking, já explicadas
anteriormente no curso.
Geração de Ideias
Essa etapa é chamada também de “pensamento divergente” por Tim Brown, designer
industrial britânico e autor do livro Design Thinking: uma Metodologia Poderosa Para
Decretar o fim das Velhas, de 2020, e será a etapa da geração de opções com as infor-
mações levantadas na fase anterior.
Pode ser iniciada com um brainstorm, o qual deve ser repetido mais de uma vez.
O seu objetivo aqui é multiplicar as opções para gerar novas escolhas, imaginando e
criando novos cenários, usando todas as suas habilidades para testar as suas ideias e
conceitos como esquetes manuais, mockups etc.
As escolhas ficam para a próxima fase. Nessa, é importante deixar a chance para as
possibilidades e algo inesperado surgir sem pressões e sem apressar o processo. Deve-se
seguir aqui uma máxima de Thomas Edison: “Se quiser ter uma boa ideia, tenha uma
porção de ideias”.
Implementação
Implementar é basicamente finalizar o projeto, fechar todas as pontas soltas e entre-
gar ao cliente e aos responsáveis pela linha de produção o seu projeto final.
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Os 2 pontos que são menos flexíveis nesse formato não linear são entre a divergência e
a convergência, pois você não deve fazer os 2 simultaneamente. Ser crítico e convergente
durante um processo de geração de ideias é algo que te impedirá de alcançar resultados
realmente inovadores, por exemplo. Deixe a criatividade fluir e seja criterioso depois.
Rodolfo Fuentes (2009), design uruguaio e autor do livro A prática do design grá-
fico – uma metodologia criativa”, afirmou sobre o design moderno: “Temos muita
tecnologia, pouca metodologia e nada de filosofia”. Em outras palavras, ele quis dizer
que qualquer um pode usar o Corel Draw, o Photoshop ou qualquer outro programa
de criação e edição de imagens. O que torna o designer um profissional realmente di-
ferenciado está sim no domínio prático de ferramentas, mas acima de tudo no domínio
teórico dos campos de estudo da profissão.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Design Thinking. Inovação em Negócios
VIANNA, M.; VIANNA, Y.; ADLER, I.; LUCENA, B.; RUSSO, B. Design thinking:
inovação em negócios. Design Thinking, 2012.
A Prática do Design Gráfico. Uma Metodologia Criativa
FUENTES, R. A prática do design gráfico: uma metodologia criativa. Rosari, 2006.
Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das
velhas ideias. Alta Books, 2020.
Vídeos
Product Design Thinking – Carrinho de supermercado
https://youtu.be/bgiL30vSH2Q
Por que o design thinking funciona?
https://youtu.be/jKf4zlw84uI
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Referências
BROWN, T. Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das
velhas ideias. São Paulo: Elsevier Editora, 2010.
MEGGS, P. B.; PURVIS, A. História do Design Gráfico. Tradução: Cid Knipel. 4. ed.
Rio de Janeiro: COSAC NAIFY, 2009.
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