Relatório Exp 04 Caracterizaçào Tio2
Relatório Exp 04 Caracterizaçào Tio2
Relatório Exp 04 Caracterizaçào Tio2
Relatório Experimento 04
CARACTERIZAÇÃO DO ÓXIDO DE TITÂNIO
Figura 4: Curva de Análise Termogravimétrica e Análise Térmica Diferencial da amostra de TiO2 antes
de calcinar. Condições de análise: 20 °C/min em atmosfera de ar sintético.
Analisando a Figura 4, referente a amostra de TiO2 antes de calcinar, observa-se uma perda de
massa que pode ser atribuída à remoção de água presente na amostra, que ocorre em temperaturas
baixas (até 200 °C). A baixa de massa na entre 200 °C e 500 °C sugere que a amostra apresenta
poucos compostos orgânicos ou que a maior parte destes já se decompuseram em temperaturas
inferiores a 200 °C. Posteriormente, não é observado uma perda significativa na massa, o que indica a
formação de fases estáveis, como por exemplo, as fases cristalinas, pois sabe-se que a fase anatase
se forma em temperaturas próximas de 500 °C. Pela curva de DTA é possível verificar dois pontos
importantes, próximo de 400 °C que pode ser atribuído à formação da fase anatase que é a fase do
TiO2 com menor densidade e maior área superficial, enquanto a rutilo é a fase mais estável com maior
densidade e menor área superficial. O segundo ponto, é próximo de 700 °C, este evento é menos
intenso que o anterior e pode ser atribuído à transformação da fase anatase em rutilo que gera um
aumento na densidade e na força do material.
De acordo com a Figura 5, referente a amostra de TiO2 após calcinar, a curva de TGA mostra
uma perda de massa muito baixa durante toda a análise, isto porque a amostra já foi calcinada a 500
°C, de forma que grande parte de de resíduos orgânicos e água já foram retirados da amostra. Essa
perda de massa residual pode estar relacionada à remoção de água adsorvida na superfície ou entre
as partículas do TiO2 que não foi completamente removida na calcinação anterior a 500 °C. A curva de
DTA mostra um pico próximo de 600 °C, que pode ser atribuído à transformação da fase anatase para
a fase rutilo. Como o TiO2 já foi calcinado a 500 °C, nesta análise a fase anatase estava presente
desde o início e essa curva serve para visualizar de forma mais precisa a conversão para a fase rutilo.
Figura 7: Difratograma de Raios X para o TiO2 sintetizado após calcinação a 500 °C.
Pelo difratograma da Figura 6, é possível perceber que não há presença de picos definidos de
forma que não é possível verificar se há fase cristalina no material, isso se justifica pela não etapa de
calcinação desta amostra, que garante a formação dos cristais, e elimina impurezas devido à elevada
temperatura, de forma que na amostra provavelmente também haviam impurezas e água.
Analisando o difratograma da Figura 7, conforme a ficha catalográfica ICSD 84-1286 e
também os difratogramas da Figura 8 como referência, os picos de difração observados em 2θ ≈
25,32°, 27,46° são atribuídos às fases anatase e rutilo do TiO2, respectivamente assim como os
demais picos presentes no difratograma que são característicos de ambas as fases cristalinas de TiO2,
anatase e rutilo. No entanto, devido à resolução limitada da imagem e sobreposição de alguns picos
de fases distintas, a identificação precisa de cada pico é prejudicada. Contudo, avaliando
minuciosamente os picos de maior intensidade foram identificados para cada uma das fases. A
calcinação a 500 °C promove o aumento da proporção da fase anatase em relação ao rutílio no TiO2,
pois essa fase cristalina é predominante em temperaturas maiores do que 700 °C. Apesar de que
essa temperatura não foi alcançada, a fase rutílio permanece presente, evidenciando que a obtenção
de cristais exclusivamente na fase anatase não foi alcançada. Isso confirma a presença de cristais nas
fases rutilo e anatase no material.