1 - Tga
1 - Tga
1 - Tga
A análise térmica é definida como “um grupo de técnicas por meio das quais as
propriedades de uma substância ou de uma mistura são determinadas em função do
tempo ou da temperatura, enquanto que a amostra é submetida a um programa de
temperatura controlado, sob uma atmosfera específica.
Termoplásticos
Blendas e
Elastômeros
Compósitos
Termofixos
Análise Aditivos e
Térmica cargas
Cerâmicas Revestimentos
Metais
Análise térmica – Abordagem geral
Tipos de estudos que podem ser desenvolvidos com materiais poliméricos com análise térmica
Estabilidade
Térmica Desidratação
Coeficiente ou
de dilatação determinação
de umidade
Voláteis, teor
Polimerização
de cinzas e
e cura
resíduos
Mudança de Cinética de
reação
estado
Análise
térmica
Grau de Reações de
cristalinidade oxidação
Calor Composição
específico de materiais
Identificação Determinação
de entalpia qualitativa
Massa requerida
Esta técnica permite conhecer as alterações que a temperatura pode provocar em uma amostra,
permitindo estabelecer:
A faixa de temperatura em que um material apresenta composição química fixa, definida e constante.
A quantificação de resíduos.
TG quase-isotérmica
• Dessorção
massa • Absorção
Fonte: TA instruments
Ex: Poli(fluoreto de vinilideno)
Análise termogravimétrica H F
Informações obtidas da curva de decomposição térmica de C C
um material
n
Patamar inicial H F
(massa constante)
X a - b: substância é termodinamicamente
Ti PVDF
estável
100
a b
90 b: corresponde a Ti (inicial) - inicia-se o
processo de decomposição com a liberação
80
de um componente volátil
70 Variação de massa
volátil Z
Massa (%)
Δm
m (%)= 𝑥100 Teor de Umidade de 4,5%
m0
Substâncias Reações de
Umidade Combustão, etc.
voláteis decomposição
Nas curvas de termogravimetria derivada, as curvas são registradas a partir das curvas de TG, e
correspondem à derivada primeira da variação de massa em relação ao tempo (dm/dt) ou ainda em
relação a temperatura (dm/dT) :
dm/dt = f (t ou T)
dm/dT = f (T ou t)
• Essa curva pode ser obtida por diferenciação eletrônica ou manual da curva de TG.
Análise termogravimétrica
Curva de decomposição térmica de um material – registro da decomposição térmica (TG) e da derivada
da curva de decomposição térmica.
As informações contidas na curva de DTG
podem assim ser resumidas:
DrTG/(dm/dT)
70
Permite a pronta determinação da temperatura em
Massa (%)
60
que a taxa de variação de massa (velocidade) é
50
40
máxima (Tpico), e fornece informações adicionais para a
30 Ti e Tf.
20
10
A área do pico sob a curva DTG é diretamente
Tpico
0 proporcional a variação de massa.
100 200 300 400 500 600 700
o
Temperatura ( C) A altura do pico de DTG a qualquer temperatura
fornece a razão de variação de massa naquela
temperatura.
Uso das curvas de DTG para separação de reações sobrepostas
DTG (dm/dT)
começa.
Amplificador Transdutor
transferido para a função de converter a variação
unidade controladora, que de massa em sinal elétrico.
além de receber os dados,
os transfere para o Unidade
computador. Controladora
Forno
O computador então Computador
registra e interpreta os Forno que aquece a
Amostra
sinais gerando gráficos amostra a uma taxa
de análise térmica. controlada e atmosfera
Análise de Dados Célula de medida apropriada.
Registro Programador de
temperatura Controlador de
Atmosfera
Microbalança Computador
Forno Programador de
temperatura
Equipamento - Exemplos
Equipamento - Exemplos
Sample carrier
Tubo protetivo
Radiation shield
Sistema de evacuação
Purga 1
Purga 2
Protetivo
Sistema de
balança
Forno
Uma ampla variedade de fornos está disponível. Cada forno opera em uma faixa de temperatura
específica, dentro dos limites de -150 e 2400 oC, dependendo dos materiais utilizados na sua construção.
Permite a pesagem contínua da amostra em função da temperatura, ou seja, a medida que ela é
aquecida ou resfriada.
Platina
• Fácil limpeza, pode ser reutilizada
• Não porosos
• No entanto, podem formar ligas com metais
Alumina
• Pode ser utilizado com materiais corrosivos/inorgânicos
• Permite o uso de maiores quantidades de amostras
• Pode ser reutilizada
Alumínio
• Pode ser utilizado apenas uma vez (descartável)
• Baixo custo
Cadinhos de paredes profundas são boas para massa • Baixas temperaturas (<600°C)
maior e materiais de baixa densidade
No compartimento
do forno
Próxima a Na amostra
amostra
Tipos de termopares
Termopares a base de metais Termopares a base de metais de transição
Ar sintético
Oxidativa
Atmosfera
oxigênio
Dióxido de
Corrosiva
enxofre - SO2
Hdrogênio
Redutora
amônia
Proteger o compartimento da balança dos voláteis liberados durante a decomposição térmica da amostra;
Evitar a condensação desses produtos na parte fria do sistema, principalmente na haste de sustentação.
Materiais com propriedades ferroelétricas (apresentam à capacidade de reagir a um campo elétrico. Estes
materiais são atraídos por ímãs)
Características necessárias:
• Transição aguda (bem definida);
• Baixa energia envolvida na transição;
• Transição não pode ser afetada pela atmosfera;
• Transição reversível;
Massa/volume
Características da
amostra
Forma física da amostra
Fatores que afetam os
resultados de TGA
Taxa de aquecimento
Fatores
instrumentais
Atmosfera do forno: tipo e
vazão do gás (tanto o de
arraste como o protetivo);
Efeito da massa da amostra
Dependendo das características entalpias das reações, é possível o desvio pronunciado
das nas curvas de TG.
O aumento da taxa de aquecimento desloca os eventos térmicos para temperaturas mais altas.
Fluxo de gás muito elevado pode ocasionar uma maior variação de massa, pois pode
balançar o prato da balança.
Fonte: Lucas et al., 2001; Canevaloro Jr., 2007
Efeito da atmosfera
O efeito do tipo de gás nas curvas de TGA dependerá do tipo de reação e da natureza dos
produtos formados
(oxidativa) (inerte)
PU (ar)
PU Nitrogênio
2
1
100
100
0
0
80
80 -1
-2
DTG/(%/min)
DTG/ (%/min)
-2
Massa (%)
Massa (%)
60 320 60
-4 380 -3
315
40 40 -4
380 -6
-5
20
20
466 -8 -6
0 460
100 200 300 400 500 600 700 0 -7
o
200 400 600
Temperatura ( C) o
Temperatura ( C)
Estabilidade a oxidação
Polímeros
Os polímeros orgânicos Cerâmicas
têm temperaturas de como silicatos, que são
utilização muito mais estáveis até 2000 a
baixa, na faixa de 100 a 3000°C.
200 °C.
C-C 347
C-Cl 340
C-F 486
C-H primario 431
C-H secundario 410
C-H terciario 390
C-O 358
O-CO 460
Curvas de TG obtidas sob atmosfera dinâmica de N2, utilizando massa
C=0 745
de amostras de ~ 5mg de vários polímeros:
Polietileno
H H
C C PEAD
H H
PEBD
Ex: ligações C-H em átomos de carbono terciários ou defeitos nas cadeias poliméricas
Todas as formas de iniciação (calor, luz, radiação, etc) implicam em fornecer energia
para o rompimento de uma ligação
Ruptura de ligações em
Degradação sem cisão de
grupos reativos na
cadeias
extremidade da cadeia.
(1) Exemplos:
PE, PP, PS
Poliéster, poliamida (podem também sofrer
hidrólise)
PC
(2)
Não se observa redução da massa molar média, mas uma mudança acentuada das propriedades químicas e físicas.
A reação é autocatalítica e se propaga formando uma sequência de ligações duplas conjugadas (C=C alternadas a
C-C)
O efeito macroscópico mais evidente é a mudança de cor (cor avermelhada para o PVC com degradação).
Degradação térmica de polímeros
Degradação do PVC (sem cisão das cadeias)
1° Estágio A degradação do PVC,é um
processo autocatalítico, que
Formação de HCl com 65%
conversão libera o HCl, que é tóxico e
corrosivo.
Propagação
O macrorradical peroxila (R’-O-O.) reagirá com outra cadeia
ou segmento da cadeia, abstraindo um H e formando um
hidroperóxido e um novo radical alquila.
Polímero com tem um maior levando a uma maior restrição aos com maior probabilidade
baixo grau de grau de movimentos macromoleculares e uma de quebra de ligações
cristalinidade emaranhamento menor dissipação da energia térmica químicas.
Determinação de umidade
Determinação de umidade
Determinação direta do teor de água livre e ligada
(a)
(b)
Plastificante
DOP
Alta Interação entre
os dipolos
Determinação quantitativa de cargas em compósitos
Em um compósito, o teor de negro de fumo pode ser determinado por TGA, uma vez que
este componente não degrada em atmosfera inerte.
% de negro de fumo
Liberação de solvente
Curvas de TG/DTG obtidas a 10 oC/min e sob atmosfera de N2 (até 500 oC) e de ar (entre 500
e 900 oC) de um compósito (dispersão)
Fonte: Canevaloro Jr., 2007
Determinação quantitativa em compósitos
Determinação da fração de revestimento (polímero condutor) incorporado em fibras de sílica amorfa
60,70%
30 0,82
40 x x
10 0,88
20
Fibra de silica
PPy/FSA
PPy (30 -10)/(x-10) = (0,82-0,88)/(0,86 -0,88)
0 X= 17 % de PPy incorporado na fibra de sílica
100 200 300 400 500 600 700
o
Temperatura ( C)
100
95
90
85
80
Massa (%)
75
70
65
60
Grafeno
55 Grafite
Negro de Fumo
Nanotubo
50
100 200 300 400 500 600 700
Temperatura (°C)
Referências
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DE PAOLI, M.A.; Degradação e Estabilização de Polímeros. Artliber, 2009
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3171-1
HATAKEYAMA, T.; QUINN, E F.X. Thermal Analysis Fundamentals and Applications to Polymer Science. Second Edition.
John Wiley & Sons Ltd, 1999
LENG, YANG Materials Characterization Introduction to Microscopic and Spectroscopic Methods. JohnWiley & Sons
(Asia) Pte Ltd, 2008
LUCAS, E. F.; SOARES, B. G.; MONTEIRO, E.: Caracterização de Polímeros: Determinação de Peso Molecular e Análise
Térmica, E-paper 2001.
MOTHÉ, C.G.; AZEVEDO, A. D., Análise Térmica de Materiais, Artliber Editora, 2002.
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NIKOLAIDIS, A.K.; ACHILIAS, D.S.; Thermal Degradation Kinetics and Viscoelastic Behavior of Poly(Methyl
Methacrylate)/ Organomodified Montmorillonite Nanocomposites Prepared via In Situ Bulk Radical Polymerization.
Polymers 2018, 10, 491; doi:10.3390/polym10050491
K.I. Park, M. Xanthos Study on the degradation of polylactic acid in the presence of phosphonium
ionic liquids. Polymer Degradation and Stability 94 (2009) 834–844
Contato
E-mail: [email protected]
Telefone: (48) 3721-3389
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