Ex-Ante: Nationally Determinated Contribution

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

Classificação: Documento Ostensivo

Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Assunto: Análise ex-ante do Programa de Garantia a Crédito para


Eficiência Energética (Programa FGEnergia)

Objetivo: Formalizar objetivos e indicadores para monitoramento e


avaliação de efetividade

1. Introdução

O Plano Decenal de Energia 2030 (PDE 2030), elaborado pela Empresa de


Pesquisa Energética (EPE), projeta, no horizonte de 10 anos, uma taxa de 2,2% a.a.
para o crescimento da demanda de energia em geral e de 3,1% a.a. para o
crescimento da demanda de energia elétrica. Estima-se que os ganhos de eficiência
energética possam contribuir para o atendimento de cerca de 17 milhões de
toneladas equivalentes de petróleo (tep) em 2030, cerca de 7% do consumo final
energético brasileiro observado em 2019.

Entretanto, um estudo desenvolvido em 2018 pela American Council for an


Energy-Efficient Economy, verificou que o Brasil captura apenas 36,5% de seu
potencial de eficientização, o que representa um desperdício de oportunidade,
tendo em vista o alto potencial que a eficiência energética representa para a
economia de recursos naturais e financeiros e para o cumprimento, pelo país, de
suas metas de NDC (Nationally Determinated Contribution, compromisso de
redução de emissões de gases de efeito estufa no âmbito do Acordo de Paris).

A despeito da existência de enorme potencial para projetos de eficiência


energética no Brasil, estudos apontam que as barreiras ao financiamento a esse
tipo de projeto dificultam o desenvolvimento do segmento. Dentre os principais
entraves, destaca-se o baixo nível de conhecimento sobre o tema e a falta de
garantias reais, principalmente nos casos de micro, pequenas e médias empresas
(MPME).

Nesse contexto, o BNDES constituiu, no final de 2021, um programa de garantia a


créditos para eficiência energética, chamado de FGEnergia. O FGEnergia foi
idealizado com o intuito de permitir a flexibilização de exigência de garantias reais
nos financiamentos a eficiência energética e promover a difusão de conhecimento
acerca do tema de eficiência energética de forma a reduzir a percepção de risco
do segmento, o que deve resultar na ampliação do acesso a crédito e no aumento
da quantidade de projetos de investimento neste segmento.

Por meio do Produto BNDES Garantia Automática, o BNDES concederá garantia


parcial a obrigações pecuniárias assumidas por MPMEs e consolidadas em
carteiras de crédito por instituições financeiras. Para implementação do FGEnergia,
os recursos deverão ser captados com provedores de recursos nacionais e
internacionais de fomento a iniciativas voltadas à sustentabilidade e que apoiem
produtos de finanças verdes. A primeira captação deverá ser realizada com o
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), cuja gestão é
exercida pela Eletrobras, restringindo o escopo do FGEnergia à eficiência
energética elétrica, permitindo o teste do instrumento. Captações subsequentes
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

poderão ampliar e diversificar o alcance do Programa, no âmbito do largo espectro


do conceito de eficiência energética como a busca do melhor uso das fontes de
energia disponíveis.

O Macroprocesso de Monitoramento e Avaliação de Efetividade do BNDES,


atualizado pela Resolução DIR nº 3.824, de 18/11/2021, prevê atividades de
monitoramento e autoavaliação de resultados para as formas de apoio nas quais a
efetividade esperada é fruto de um conjunto de operações que concorrem para
um mesmo objetivo. Nesses casos, a análise ex-ante deve ser realizada por meio
do Quadro de Teoria da Mudança, contendo, no mínimo, público-alvo, problema,
causa, solução, insumos, atividades, produtos e objetivos formulados como
efetividade esperada. Associados ao Quadro de Teoria da Mudança devem ser
apresentados, ainda, os indicadores de eficácia e efetividade que serão utilizados
para monitorar o apoio, o prazo e periodicidade para o levantamento desses
indicadores e o momento de se realizar a autoavaliação de resultados.

Assim, a presente nota tem como objetivo estruturar os elementos da análise ex-
ante do FGEnergia alinhados ao escopo da primeira captação de recursos junto ao
Procel, trabalho conjunto do Departamento de Energia Elétrica 2 da Área de
Energia (AE/DEENE2), do Departamento de Instrumentos Alternativos de Crédito e
Garantias da Área de Indústria, Serviços e Comércio Exterior (AI/DEIAC) com o
Departamento de Efetividade e Pesquisa Econômica da Área de Planejamento
Estratégico (AP/DEPEC), atendendo aos preceitos da Resolução DIR nº 3.824.

Idealmente, toda rotina de monitoramento e avaliação de efetividade deve partir


de um diagnóstico do problema que justifica a atuação, definindo-se um público-
alvo e os objetivos que se deseja alcançar. À integração desses elementos dá-se o
nome de teoria da mudança, que, no caso do FGEnergia, está sintetizada no
Quadro 1.

O público-alvo do Programa é constituído, de forma resumida, por micro,


pequenas e médias empresas (MPMEs), isto é, firmas com receita bruta até R$ 300
milhões. Ademais, destacam-se nesse público as Energy Services Companies
(ESCOs), empresas de engenharia especializadas em serviços de conservação de
energia.

A respeito do problema, verifica-se que, no Brasil, há dificuldade do público-alvo


em realizar projetos de eficiência energética. A principal causa identificada desse
problema é a restrição de crédito que empresas de menor porte sofrem. Por sua
vez, as principais causas da restrição de crédito são: (i) assimetria de informações
entre os potenciais executores de projetos e os financiadores; e (ii) baixa
capacidade de apresentação de garantias por esse perfil de empresas.

A solução proposta no âmbito do FGEnergia consiste em prover oferta de garantia


em operações de crédito que visem a implementação de projeto de eficiência
energética do público-alvo, mitigando, assim, o risco dos agentes financeiros e
permitindo o acesso das MPMEs aos recursos financeiros.
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Os insumos necessários para a prestação de garantias pelo Fundo são: (i) agentes
financeiros e outras instituições parceiras para realizar operações com o público-
alvo; (ii) produtos financeiros passíveis de garantia; (iii) plataformas operacionais e
normativos que regulamentem e estabeleçam condições a serem aplicadas pelos
agentes financeiros e instituições; e (iv) recursos financeiros aportados no
Programa.

As atividades a serem realizadas consistem em: (i) estruturar garantias; (ii)


desenvolver plataformas operacionais, (iii) atualizar normativos; (iv) realizar
parcerias e captar recursos para o fundo; (v) realizar a gestão operacional e
financeira do Programa; (vi) monitorar e avaliar os resultados alcançados; (vii)
elaborar e disponibilizar manuais de fornecedores e de operacionalização do
programa (viii) prover treinamentos e capacitação a agentes financeiros; e (ix)
disseminar informações sobre custos e benefícios para o público-alvo e agentes.

Os produtos e serviços configuram as entregas imediatas do apoio, que, no caso


de prestação de garantias passam pela operacionalização da concessão do crédito
por parte das instituições financeiras. As entregas apontadas consistem em
operações de crédito garantidas e clientes que contrataram operações com
garantia do FGEnergia.

Como consequência da entrega de produtos e serviços listados anteriormente,


esperam-se como objetivos específicos que o apoio creditício garantido permita
que projetos de eficiência energética sejam viabilizados, promovam economia de
energia, promovam redução de demanda por energia e promovam redução de
emissões de gases de efeito estufa (GEE). O objetivo geral sintetiza, por sua vez, a
solução do problema apresentado e é alcançado quando MPMEs acessam crédito
e investem em eficiência energética, levando à economia de energia e à redução
de emissões de GEE.
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Quadro da Teoria da Mudança do FGEnergia


Público-alvo Objetivo geral
Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), incluindo ESCOs, empresas de engenharia especializadas em serviços de
conservação de energia
Problema
Baixo investimento em Eficiência Energética a despeito da existência de elevado potencial para redução do consumo de
energia entre MPMEs brasileiras.
MPMEs acessam crédito e investem em
Causa eficiência energética, levando à
Restrição do acesso ao crédito por parte de MPMEs para elaboração de projetos de eficiência energética, decorrente economia de energia e à redução de
principalmente da baixa capacidade das empresas de menor porte de apresentar garantias e da assimetria de emissões de GEE.
informações.
Solução
Prover oferta de garantia em operações de crédito para o público-alvo, mitigando o risco dos agentes financeiros e
permitindo o acesso a financiamentos. Adicionalmente, prover ferramentas e treinamentos para desenvolver o mercado
de eficiência energética no Brasil.
Insumos Atividades Produtos e serviços Objetivos específicos
 Agentes financeiros e outras
 Estruturar garantias
instituições parceiras para
 Desenvolver plataformas operacionais
realizar operações com o  Projetos de eficiência energética são
 Atualizar normativos
público-alvo. viabilizados
 Realizar parcerias e captar recursos para o
 Plataformas operacionais e  Projetos de eficiência energética
Programa  Operações de crédito
normativos que apoiados promovem economia de
 Realizar a gestão operacional e financeira do garantidas pelo Programa
regulamentem e estabeleçam energia
Programa para o público-alvo
condições a serem aplicadas.  Projetos de eficiência energética
 Monitorar e avaliar os resultados alcançados  Clientes que tiveram
 Recursos financeiros apoiados promovem redução de
 Elaborar e disponibilizar manuais de fornecedores operação de crédito
aportados no Programa. demanda por energia
e de operacionalização do Programa. garantida
 Recursos humanos para  Projetos de eficiência energética
 Prover treinamentos e capacitação a agentes
desenvolver o programa, apoiados promovem redução de
financeiros
promover capacitação e dar emissões de CO2e
 Disseminar informações sobre custos e benefícios
suporte técnico.
para o público-alvo e agentes
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

2. Indicadores de eficácia e de efetividade

Definida a teoria da mudança, é preciso apresentar indicadores de eficácia e


efetividade. Nas tabelas a seguir, são descritos os indicadores de eficácia e de
efetividade a serem monitorados. O detalhamento desses indicadores encontra-se
no Anexo.

Indicadores de eficácia a serem monitorados


Indicador
Produto e serviço
Número Descrição
Número de operações contratadas com garantia do
Operações de crédito I1
Programa em um determinado ano
garantidas pelo Programa
Valor total do crédito concedido com garantia do
para o público-alvo I2
Programa em um determinado ano
Número de clientes únicos que contrataram
I3 operações de crédito com a garantia do Programa
Clientes que tiveram
em um determinado ano
operação de crédito
Número de clientes novos em um determinado ano,
garantida
I4 ou seja, que não acessaram, nos últimos 36 meses,
operações de apoio do BNDES

Indicadores de efetividade a serem monitorados


Indicador
Objetivo específico
Número Descrição
Projetos de eficiência
Número de projetos de eficiência energética
energética são I5
concluídos, com recorte por tipo/setor do projeto
viabilizados
Projetos de eficiência
energética apoiados Energia estimada que será economizada durante a
I6
promovem economia de vida útil dos projetos de eficiência energética
energia
Projetos de eficiência
Redução de demanda contratada de energia que
energética apoiados
I7 será viabilizada com a implementação dos projetos
promovem redução de
de eficiência energética
demanda por energia
Projetos de eficiência
energética apoiados
promovem redução de I8 Emissões evitadas de CO2 equivalente.
emissões de gases de
efeito estufa

3. Plano de monitoramento e autoavaliação de resultados

Definidos os indicadores que serão usados para verificar o atingimento da eficácia


e efetividade do Programa, passa-se à estruturação de como as atividades de
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

monitoramento e avaliação ocorrerão no tempo e os responsáveis por sua


execução.

O FGEnergia possui prazo de vigência de oito anos e seis meses após se tornar
operacional. Assim, as atividades de verificação dos resultados devem ser
estruturadas de forma anual até o último ano em que houver operação contratada
garantida. Em cada ano serão verificados os indicadores de eficácia do apoio
realizado no ano anterior, assim como os indicadores de efetividade do apoio
realizado dois anos antes. Para ilustrar essa sistemática e assumindo que o
FGEnergia terá as primeiras operações garantidas em 2022, devem ser realizadas
as atividades de monitoramento e avaliação, em 2023 e 2024 conforme a seguir:

• 2023
o Calcular indicadores de eficácia (I1), (I2), (I3) e (I4) referentes ao
apoio concedido em 2022.
o Consolidar todos os resultados dos indicadores calculados em
relatório de autoavaliação, analisando os resultados alcançados.
• 2024
o Calcular indicadores de eficácia (I1), (I2), (I3) e (I4) referentes ao
apoio concedido em 2023.
o Calcular indicadores de eficácia (I5), (I6), (I7) e (I8) referentes ao
apoio concedido em 2022.
o Consolidar todos os resultados dos indicadores calculados em
relatório de autoavaliação, analisando os resultados alcançados.

Caberá ao AE/DEENE2 o cálculo de todos os indicadores exceto o indicador de


eficácia (I4), o encaminhamento ao AP/DEPEC da lista de empresas apoiadas e a
elaboração dos Relatórios de Autoavaliação.

Caberá ao AP/DEPEC o cálculo do indicador de eficácia (I4) a partir da lista de


empresas apoiadas fornecidas pelo AE/DEENE2, além de fornecer suporte
metodológico para elaboração dos Relatórios de Autoavaliação.
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Anexo: Detalhamento dos indicadores

a. Indicadores de eficácia

Produto e Serviço: Operações de crédito garantidas pelo Programa para o público-


alvo.
Indicador (I1): número de operações contratadas com garantia do Programa em
um determinado ano.
Unidade de medida: número de operações.
Fonte: sistema operacional do FGEnergia.
Onde é uma operação de crédito com garantia do FGEnergia, e FGEnergia
representa o Programa FGEnergia.

1

Produto e Serviço: Operações de crédito garantidas pelo Programa para o público-


alvo.
Indicador (I2): valor total do crédito concedido com garantia do Programa em um
determinado ano.
Unidade de medida: R$ mil.
Fonte: sistema operacional do FGEnergia.
Ainda que os recursos comprometidos do FGEnergia não garantam a totalidade do
crédito concedido, a intenção da especificação do indicador é apurar o volume de
crédito que a prestação da garantia viabilizou na economia, isto é, o montante de
recursos que as MPMEs receberam. Onde é o montante total de uma
operação de crédito concedida.

2

Produto e Serviço: Clientes que tiveram operação de crédito garantida.


Indicador (I3): número de clientes únicos que contrataram operações de crédito
com a garantia do Programa em um determinado ano.
Unidade de medida: número de clientes.
Fonte: sistema operacional do FGEnergia.
Caso um mesmo CNPJ tenha realizado mais de uma operação no período
analisado, ele deve ser contado somente uma vez. Onde representa o
número identificador de empresa que contratou operações com garantia do
Programa no período de análise e FGEnergia representa o Programa FGEnergia.
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

3

Produto e Serviço: Clientes que tiveram operação de crédito garantida.


Indicador (I4): número de clientes novos em um determinado ano, ou seja, que
não acessaram, nos últimos 36 meses, operações de apoio do BNDES.
Unidade de medida: número de clientes.
Fonte: sistema operacional do FGEnergia e sistema Operações.
Assim como no indicador (I3), uma mesma empresa que tenha realizado mais de
uma operação no período deve ser contada somente uma vez. Onde
representa o número identificador de empresa que contratou
operações com garantia do Programa no período de análise e não contratou
operações com o BNDES nos 36 meses anteriores e FGEnergia representa o
Programa FGEnergia.

4

b. Indicadores de efetividade

Objetivo específico: Projetos de eficiência energética são viabilizados.


Indicador (I5): número de projetos de eficiência energética concluídos, com
recorte por tipo/setor do projeto.
Unidade de medida: número de projetos.
Fonte: agentes financeiros.
Projetos de eficiência energética enfrentam, em muitos casos, riscos tecnológicos
para sua implementação plena. O objetivo deste conjunto de indicadores é
verificar a quantidade de projetos que efetivamente foram implementados até o
final, mesmo que com características técnicas relativamente diferentes das
previstas inicialmente. Esses serão os projetos que permitirão alcançar economia
de energia, redução de demanda por energia e redução de emissão de gases de
efeito estufa. Onde _ representa um projeto de eficiência energética
concluído e representa o Programa FGEnergia.

5 _

Objetivo específico: Projetos de eficiência energética apoiados promovem


economia de energia.
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Indicador (I6): energia estimada que será economizada durante a vida útil dos
projetos de eficiência energética.
Unidade de medida: MWh.
Fonte: agentes financeiros.
O indicador mede a quantidade de energia que poderá ser economizada caso o
projeto de eficientização seja plenamente implementado. Consiste na diferença
entre a situação de consumo de energia com o projeto e o cenário base de
consumo, sem o projeto, ao longo da vida útil dos investimentos realizados. Onde
_ representa a energia que potencialmente será economizada pelo
projeto de eficiência energética e representa o Programa FGEnergia.

6 _

Objetivo específico: Projetos de eficiência energética apoiados promovem


redução de demanda por energia.
Indicador (I7): redução de demanda contratada de energia que será viabilizada
com a implementação dos projetos de eficiência energética
Unidade de medida: MW.
Fonte: agentes financeiros.
Espera-se que a redução no consumo de energia elétrica por meio da
eficientização diminua a demanda máxima instantânea pelo recurso, isto é, o pico
de energia a ser demandada da rede de distribuição. Isso contribui para um
sistema elétrico mais eficiente, reduzindo os investimentos necessários em
geração, transmissão e distribuição para atender esse pico. Onde _
representa a redução de demanda que potencialmente advirá do projeto de
eficiência energética j e representa o Programa FGEnergia.

7 _

Objetivo específico: Projetos de eficiência energética apoiados promovem


redução de emissões de CO2e.
Indicador (I8): emissões evitadas de CO2 equivalente.
Unidade de medida: tCO2e – toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Fonte: agentes financeiros
Os clientes apoiados pelo FGEnergia contam com o auxílio de ferramenta de
estimativa de cálculo de economia de energia e de emissões evitadas, elaborada
por consultores externos contratados pela Deutsche Gesellschaft für Internationale
Zusammenarbeit (GIZ)1, no âmbito da cooperação com o BNDES para o apoio ao
1
A GIZ é uma pessoa jurídica controlada pelo Governo Federal Alemão e tem sede em Eschborn, na
Alemanha. Sua principal função é a de apoiar o Governo Alemão na implementação de políticas de
Classificação: Documento Ostensivo
Unidade gestoras: AE/DEENE2, AI/DEIAC e AP/DEPEC

Programa de Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria


(PotencializEE).2 A ferramenta calcula as emissões evitadas de CO2 equivalentes
para os diferentes tipos de investimentos em eficiência energética, usando fatores
de emissão do Sistema Integrado Nacional fornecidos pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI). Atualmente, o fator de conversão é 0,22
kgCO2/KWh. Esse parâmetro segue a recomendação das Nações Unidas
(UNFCCC), sendo uma média simples entre: a) fator de emissão de construção
(reflete a intensidade das emissões de CO2 das últimas usinas construídas), e b)
fator médio de margem de operação (reflete a intensidade das emissões de CO2
da energia despachada na margem), aferidos em 2020. O fator de emissão poderá
ser atualizado conforme a disponibilização de novos dados pelo MCTI. O
indicador I8 consolidará as emissões evitadas pela energia economizada por cada
projeto de eficiência apoiado. Onde _ õ representa a redução de
emissões que potencialmente advirá do projeto de eficiência energética j apoiado
pelo FGEnergia.

8 _ õ

desenvolvimento sustentável. Atua principalmente em nome do Ministério Federal para Cooperação


Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), além de outros ministérios alemães e instituições
internacionais, como a Comissão Europeia, o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas (ONU). As
áreas prioritárias para a cooperação técnica no Brasil são a proteção e o uso sustentável das florestas tropicais,
energias renováveis, eficiência energética e desenvolvimento regional integrado. No Brasil já há vários anos,
inclusive com uma agência localizada em Brasília, a GIZ conta com uma equipe de mais de 200
colaboradores, sendo 169 nacionais e 36 internacionais.
2
A Cooperação Técnica BNDES-GIZ foi objeto da IP Conjunta AF/DECAP nº 19 e AE/DEENE nº 73/2021, de
22/12/2021 e foi aprovada por meio da Decisão DIR 8 nº 34/2021 de 24/12/2021.

Você também pode gostar