Ebook Da Unidade 3 - Bioquimica Aplicada A Nutrição
Ebook Da Unidade 3 - Bioquimica Aplicada A Nutrição
Ebook Da Unidade 3 - Bioquimica Aplicada A Nutrição
Humana Aplicada
à Nutrição
Prof.ª M.ª Jordanna Santos Monteiro
Unidade 03
Proteinas e
metabolismo
energético
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora
JORDANNA SANTOS MONTEIRO
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A autora
PROF.ª M.ª JORDANNA SANTOS MONTEIRO
Olá. Meu nome é Prof.ª M.ª Jordanna Santos Monteiro. Sou formada
em Nutrição pela Universidade de Brasília, sou também Mestre em Nutrição
Humana pela Universidade de Brasília, com uma experiência técnico-
profissional na área de nutrição e dietética de mais de 1 ano. Sou técnica
em Nutrição e Dietética da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Além
disso, fui docente da Faculdade Sena Aires da disciplina Nutrição Humana.
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho.
Conte comigo!
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de
aprendizagem toda vez que:
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo o que são proteínas ..............................12
Importância das proteinas .................................................12
Conceito ..........................................................................14
Aminoácidos......................................................................14
Estrutura de aminoácidos.........................................14
Classificação físico-química dos aminoácidos .........15
Classificação nutricional dos aminoácidos...............16
Estrutura de proteína..........................................................17
Estrutura primária...................................................17
Parâmetros nutricionais das proteinas ...............................18
Necessidades proteicas............................................18
Balanço de nitrogênio........................................................18
Digestão e absorção das proteinas......................................19
Digestão das proteínas da dieta...............................19
Necessidade e eficácia da digestão de proteínas....19
Órgãos envolvidos na digestão de proteínas.........19
Digestão de proteínas no estômago......................20
Precursores enzimáticos pancreáticos...................21
Secreção de precursores enzimáticos do suco
pancreáticos............................................................21
Ativação de pró-enzimas pancreáticas no intestino
delgado ...................................................................22
Peptidases dos microvilosidades intestinais..........23
Absorção intestinal de aminoácidos e oligopeptidos..........23
Etapas da absorção intestinal de produtos de digestão
de proteínas.............................................................23
Metabolismo de aminoácidos no enterócito.............24
Fermentação de proteínas no cólon..........................24
Enzimas ...........................................................................25
Importância das enzimas....................................................25
Terminologia e definições..................................................26
Mecanismo geral de catálise ..............................................27
Grupos prótese, cofatores e coenzimas..............................28
Grupos protéticos....................................................28
Co-fatores e vitaminas hidrossoluveis ...............................29
Metabolismo dos carboidratos ........................................31
Metabolismo dos carboidratos ..........................................31
Glicólise.................................................................33
Destinos de piruvato...........................................................36
Ciclo do ácido cítrico ou ciclo de krebs ...........................38
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 9
03
UNIDADE
CARBOIDRATOS E LIPIDIOS
10 Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição
INTRODUÇÃO
Você sabia que a Bioquímica Humana Aplicada a Nutrição é
uma das mais importantes áreas da nutrição, ela é responsável pelo
entendimento de como o metabolismo enérgico e dos nutrientes atua na
saúde humana e como esse está associado as desordens metabólicas,
possibilitando o aumento das Doenças Crônicas não Transmissíveis.
Dessa forma, a Nutrição atua como medicina preventiva, e a bioquímica
como ferramenta para melhor compreensão da atuação do alimento e
suas substâncias na saúde humana. Portanto, a Bioquímica é disciplina
primordial para pratica do nutricionista ou profissional de saúde, seja o
que irá atuar em pratica clínica, hospitalar, funcional, esportiva ou em
gestão de produção de refeições. Entendeu? Ao longo desta unidade
letiva você vai mergulhar neste universo!
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
• Compreender o que são proteínas
• Saber como ocorre as atividades enzimáticas e coenzimas
• Compreender o mecanismo de ação da quebra de glicose(glicólise)
• Saber como ocorre o ciclo de Krebs
O câncer é uma doença muito complexa, por isso exige muita
dedicação para conhece-la. Então? Preparado para uma viagem sem volta
rumo ao conhecimento? Ao trabalho!
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao
conhecimento? Ao trabalho!
12 Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender
como atuam as proteínas. Isto será fundamental para
o exercício de sua profissão. Os nutricionistas são os
únicos profissionais aptos para prescrever uma dieta, e as
proteínas exercem diversas funções sejam como enzimas,
hormônios, função estrutural e entre outras. Eles são um
dos principais grupos energéticos e eles são a chave para
compreensão das reações metabólicas no corpo humano.
E então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!
Conceito
As proteínas diferem dos carboidratos e lipídios pois possuem
nitrogênio. As proteínas são polímeros lineares de aminoácidos,
compostos de carbono (C), oxigênio (O), hidrogênio (H), nitrogênio (N) e
uma menor proporção de enxofre (S).
Aminoácidos
As proteínas são polímeros de aminoácidos. Se uma proteína é
hidrolisada sob condições cuidadosamente controladas, em sua maioria
são liberados até vinte tipos de aminoácidos. A sequência desses
aminoácidos na proteína é o que determina sua estrutura tridimensional
e, por ter vinte aminoácidos diferentes, podemos ter uma grande
diversidade de estruturas proteicas. De fato, a conformação e função, de
uma proteína são determinadas pelos aminoácidos que a compõem e
pela sequência na qual eles se unem para formar a cadeia polipeptídica.
Estrutura de aminoácidos
Aminoácidos são compostos que possuem um grupo carboxila
(–COOH) e um grupo amino (–NH2) ligado ao mesmo átomo de carbono,
conhecido como carbono alfa (a). Esse carbono a também é ligado a
uma cadeia lateral (–R) que os diferencia um do outro. Eles respondem à
fórmula geral apresentada na Figura 1.
SAIBA MAIS
O intestino exerce importante função imunológica, pois
possui a barreira intestinal, o sistema imune (tecido linfóide
associado ao intestino - GALT, plasmócitos, linfócitos,
imunoglobulinas) e a microflora.
16 Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição
Estrutura de proteína
A estrutura das proteínas é complexa, de modo a facilitar seu
estudo, diferentes níveis de organização foram estabelecidos:
Estrutura primária: refere-se à sequência de aminoácidos que
formam a proteína.
Estrutura secundária: refere-se à disposição repetitiva e regular
do esqueleto polipeptídico; esse nível de estrutura também é chamado
de grupo linear.
Estrutura super-secundária: refere-se à formação de agregados
físicos preferenciais de estruturas secundárias.
Estrutura terciária: refere-se à estrutura tridimensional da proteína
globular.
Estrutura quaternária ou agregados proteicos: corresponde ao
nível de complexidade máxima e resulta da associação de diferentes
cadeias polipeptídicas para formar
Estrutura primária
A estrutura primária das proteínas refere-se exclusivamente à
sequência de aminoácidos que compõem a proteína. Embora essa
estrutura não se refira à sua conformação espacial, nela encontram-se
todas as informações relacionadas à proteína nativa e, consequentemente,
a elucidação da sequência é uma etapa indispensável para especificar as
bases estruturais de sua função biológica. A sequência de aminoácidos
da proteína é dada no sentido N-terminal a C-terminal (N → C).
As características estruturais dos grupos laterais R influenciam a
estrutura tridimensional das proteínas. Cada aminoácido tem uma certa
cadeia lateral com propriedades únicas e desempenhando um certo
papel em uma determinada posição da estrutura da proteína, uma vez
que a estrutura da proteína depende tanto da tendência de hidratar
as cadeias polares quanto iônicas, como cadeias não polares para se
associarem, mas não à água (efeito hidrofóbico).
18 Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição
Necessidades proteicas
A quantidade diária recomendada pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) e pela FAO para adultos é de 0,8 g de proteína por
kg de peso corporal por dia. Um suprimento muito baixo de proteínas
prejudica os processos de regeneração e síntese de proteínas. Do ponto
de vista energético, as proteínas alimentares não representam mais de
12 a 15% das necessidades diárias do homem adulto. Obviamente, as
reais necessidades de proteína em adultos ou atletas muito ativos são
maiores. Assim, em atletas de endurance, as necessidades são dobradas
(até 1,5 g de proteína por kg de peso corporal) e em atletas durante o
treinamento de força com pesos, atinge 2,5 g/kg de peso corporal.
Balanço de nitrogênio
As proteínas apresentam grande quantidade do nitrogênio, visto
ele é parte integrante dos aminoácidos que as constituem. Por sua vez,
a principal fonte de nitrogênio na dieta são as proteínas presentes nos
alimentos. Deve-se entender que, diferentemente dos carboidratos
e gorduras, o excesso de proteína na dieta não se acumula no corpo
como reserva. Nesta situação, a eliminação do nitrogênio da uréia na
urina aumenta. O balanço de nitrogênio é a diferença entre a ingestão
de nitrogênio (preferencialmente na forma de proteínas) e sua excreção
como proteínas nas fezes e como uréia e amônia na urina e no suor.
No homem adulto normal, existe um verdadeiro equilíbrio de
nitrogênio, porque esse equilíbrio é zero, equalizando as quantidades
de nitrogênio ingeridas e eliminadas. Para os cálculos, deve-se levar em
consideração que 6,25 g de proteína são equivalentes a 1 g de nitrogênio,
que o nitrogênio da uréia na urina é a principal forma de eliminação e
que as perdas não urinárias de nitrogênio representam cerca de 2 g por
dia (estimar as perdas diárias de nitrogênio não-urético em cerca de 4 g).
A massa total de proteínas é mantida no estado nitrogenado do
adulto, embora as proteínas teciduais sejam substituídas a uma taxa
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 19
Enzimas
Importância das enzimas
A maioria das reações químicas que ocorrem no nosso corpo está
interligada funcionalmente, para que constituam um sistema ordenado,
intrínseco à matéria viva. Se essas reações fossem realizadas no tubo de
ensaio, grande parte delas precisaria de condições de pH e temperatura
muito distantes das fisiológicas, para que não pudessem ser realizadas a
menos que tivessem catalisadores específicos, as enzimas. Embora até
recentemente se considerasse que todas as enzimas eram de natureza
proteica e, na verdade, são na maioria dos casos, observou-se que
elas também são de outra natureza, como vários RNAs ou ribozimas,
que possuem funções catalíticas e, portanto, também devem ser
consideradas enzimas.
As enzimas controlam a natureza e a velocidade das reações, e
intervêm tanto em processos espontâneos (exergônico) como em não
espontâneos (endergônico). Por sua vez, o acoplamento das diferentes
reações enzimáticas permite ao organismo alcançar uma composição
constante, apesar de sua transformação contínua; isto é, o estado
estacionário.
26 Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição
Terminologia e definições
As enzimas catalisam a conversão de um ou mais compostos
(substratos) em um ou mais produtos. As enzimas não modificam
a constante de equilíbrio ou as características termodinâmicas das
reações, mas fazem com que a reação se aproxime do equilíbrio mais
rapidamente. Ou seja, eles afetam bastante a velocidade da reação,
que pode atingir aumentos na presença de enzimas de até 106 ou
até mais. Por sua vez, como outros catalisadores, as enzimas não são
consumidas ou alteradas como resultado de sua participação em uma
reação. No entanto, diferentemente dos catalisadores inorgânicos, as
enzimas são muito específicas, tanto em termos do tipo de reação que
catalisam quanto da natureza do substrato ou substratos em que atuam.
Além disso, diferentemente dos catalisadores inorgânicos, as enzimas
podem ser reguladas, além de alcançar um estado estável em relação
às mudanças que ocorrem em seu ambiente, devem conservar energia
e seus componentes essencial.
Para realizar sua ação catalítica, a enzima precisa interagir com
o substrato, para que se ligue temporariamente à enzima no chamado
local de ligação ao substrato, que é composto de alguns aminoácidos
da enzima. Assim, é alcançada a abordagem física do substrato para
os aminoácidos da enzima envolvida no processo catalítico, que são
encontrados no chamado local catalítico. Todo o local de ligação ao
substrato e o local catalítico da enzima constituem o local ativo.
A apoenzima corresponde apenas à parte protéica da enzima.
Para desempenhar sua função catalítica, a enzima normalmente precisa
de outros grupos ou componentes não proteicos, de modo que a
apoenzima sozinha normalmente não possui atividade. Entre incluem as
seguintes partes:
Grupos protéticos: são componentes não proteicos que estão
fortemente ligados à apoenzima, como íons metálicos. A associação do
grupo protético à apoenzima resulta na chamada holoenzima, que nada
mais é do que a enzima ativa. De fato, geralmente, quando se fala de
uma enzima, é feita referência à holoenzima, sem indicação da natureza
do seu grupo protético.
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 27
Grupos protéticos
Os grupos protéticos são caracterizados por estar intimamente
associado à estrutura proteica das enzimas por junções covalentes ou
não covalentes. Entre eles estão íons metálicos e compostos orgânicos,
com fosfato de piridoxal, mononucleotídeo de flavina (FMN), flavina
dinucleotídeo de adenina (FAD), pirofosfato de tiamina e biotina, que
são consideradas coenzimas, que serão apresentadas no terceiro tópico
dessa unidade.
Os metais de transição (por exemplo, Fe2+, Cu2, Zn2+) são aqueles
que geralmente participam da catálise enzimática, graças às suas
estruturas eletrônicas. Existem íons metálicos que participam de reações
de redução de óxido e normalmente estão associados a outros grupos
protéticos, como hemoglobina heme ou complexos ferro-enxofre que
participam da cadeia respiratória. Os íons metálicos fornecem ao sistema
um grande número de cargas positivas, que são especialmente úteis
para a união de pequenas moléculas, sendo bons aceitadores de pares
eletrônicos e agindo como compostos eletrolíticos eficazes.
Por sua vez, graças às suas valências, esses íons metálicos podem
interagir com dois ou mais ligantes, ajudando o substrato a se orientar
no local ativo da enzima, estimulando a catálise. Além disso, como os
metais de transição têm dois ou mais estados de valência, eles podem
atuar como mediadores nas reações de redução da oxidação.
Um exemplo de como um íon metálico atua como cofator em uma
reação enzimática é encontrado na anidrase carbônica, que depende do
Zn2+ e catalisa a reação a seguir
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 29
Glicólise
Glicólise é o conjunto de reações que transformam glicose em
piruvato, que ocorrem no citoplasma. O primeiro passo dessa via requer
a captação de glicose da circulação para o interior da célula. Esse
processo é realizado em favor do gradiente de concentração e através
de transportadores chamados GLUT, que são bidirecionais. Até agora, um
total de 14 GLUTs foram descritos, que diferem em suas características
estruturais, funcionais e cinéticas. Na tabela 2. a localização e a função
dos GLUTs mais importantes estão resumidas. Alguns tecidos, como
o fígado e as células beta pancreáticas, possuem GLUT-2 e a entrada
de glicose depende apenas do gradiente de concentração. Em outros
tecidos, como músculo esquelético, coração e tecido adiposo, que têm
GLUT-4, a captação de glicose depende da insulina.
cérebro
Destinos de piruvato
Quando não há chance de o piruvato entrar nas mitocôndrias para
oxidação, como eritrócitos ou falta de oxigênio (anaerobiose), o NADH
+ H+ formado na glicólise não pode ser reoxidado através da cadeia
respiratória. Sob essas condições, o piruvato é diretamente reduzido ao
lactato às custas de NADH + H+ no próprio citosol, pela ação catalítica
da lactato desidrogenase (fig. 2). Dessa maneira, a reoxidação efetiva do
NADH+ H+ permite que a glicólise continue a funcionar de maneira muito
eficaz às custas do NAD+ formado.
A formação de lactato através da glicólise anaeróbica adquire
especial relevância no músculo esquelético, onde as necessidades de
Bioquímica Humana Aplicada à Nutrição 37
ATP podem ser maiores que as quantidades que podem ser formadas
pela disponibilidade de oxigênio para a cadeia respiratória e pela
fosforilação oxidativa. Existem situações em que o lactato formado no
citoplasma entra diretamente nas mitocôndrias, onde é oxidado ao
piruvato também pela lactato desidrogenase. Esse processo assume
uma forma de entrada do potencial de redução do citosol na mitocôndria
para uso posterior pela cadeia respiratória, semelhante aos lançamentos
de fosfato de glicerol e malato
Existem também outros tecidos, como tecido nervoso, trato
gastrointestinal, retina, medula renal e pele, que dependem da atividade
glicolítica como principal fonte de energia e, portanto, também formam
lactato. No entanto, em outros tecidos, como fígado, rim e coração,
que capturam lactato da circulação, em condições aeróbicas, eles o
oxidam em piruvato, que pode ser completamente oxidado dentro das
mitocôndrias para a formação de acetil CoA e sua entrada no ciclo do
ácido cítrico. O ciclo do ácido cítrico será apresentado no último tópico
dessa unidade
Sob condições anaeróbicas, a estequiometria da glicólise até a
formação de L-lactato é a seguinte:
Glicose + 2ATP+NAD++ 2Pi + 4ADP+2NADH+2H+
2 Lactato + 2ADP+2NADH+2H++4ATP +2NAD++2H2O
Simplificando a reação se apresenta da seguinte forma:
Glicose + 2Pi + 2ADP →- 2 Lactato +2ATP +2H2O
Consequentemente, o rendimento total da glicólise anaeróbica é
2ATP, uma vez que dois dos quatro ATP gerados em sua última fase são
usados para atender ao gasto inicial de dois ATP em reações catalisadas
pela hexoquinase e fosfofructoquinase-1.
No caso da glicólise aeróbica, sua estequiometria geral é:
Glicose + 2Pi + 2ADP+2NAD+ - 2 Piruvato + 2ATP +2NADH+2H+
+2H2O
BIBLIOGRAFIA
SHILS, ME. et al. Nutrição Moderna na saúde e na doença. 10ª
edição. 2009.
Bioquímica Humana
Aplicada à Nutrição
Prof.ª M.ª Jordanna Santos Monteiro