Tecnica de Expressao

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TEXTOS EXPOSITIVOS – EXPLICATIVOS

Lídia Simba Muchonga

Código do Estudante: 708241676

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa


Ano de Frequência: 1o Ano, Turma -K

Chimoio, Maio, 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TEXTOS EXPOSITIVOS – EXPLICATIVOS

Lídia Simba Muchonga

Código do Estudante: 7708241676

Este trabalho é de carácter avaliativo na cadeira


de Técnicas de Expressão em Língua
Portuguesa, sob orientação da Tutor.

Chimoio, Maio, 2024


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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ÍNDICE

Conteúdo Pág.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2

1.1. Objectivo geral ................................................................................................................ 3

1.2. Objectivos específicos ..................................................................................................... 3

2. TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO ........................................................................... 4

2.1. Definição ......................................................................................................................... 4

2.2. Características .................................................................................................................. 4

2.2.1. Quanto à organização estrutural do texto ..................................................................... 4

2.2.2. Quanto ao tipo de enunciados ....................................................................................... 5

2.2.3. Características Linguísticas .......................................................................................... 6

3. METODOLOGIA DO TRABALHO ................................................................................. 9

4 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 10

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 11

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1. INTRODUÇÃO

Os textos expositivos explicativos constituem uma importante forma de comunicação


utilizada em diversos contextos, desde a sala de aula até os meios de comunicação de
massa. Seu objectivo principal é transmitir informações de maneira clara, objectiva e
acessível, buscando explicar conceitos, processos ou fenômenos de interesse para o
público-alvo (Beacco, 2002).

Nesta introdução, exploraremos a natureza e a importância dos textos expositivos


explicativos, bem como suas características distintivas e o papel que desempenham na
transmissão do conhecimento e na promoção da compreensão.

Por meio de uma análise aprofundada, examinaremos como esses textos são estruturados,
quais recursos linguísticos são empregados para facilitar a compreensão do leitor ou
ouvinte, e de que forma contribuem para o desenvolvimento da capacidade crítica e
reflexiva das pessoas.

Ao compreendermos melhor os fundamentos e as estratégias envolvidas na produção e na


recepção dos textos expositivos explicativos, estaremos mais bem preparados para utilizá-
los de maneira eficaz em diferentes contextos, seja para transmitir conhecimentos
acadêmicos, informar o público sobre questões complexas ou simplesmente compartilhar
ideias e experiências de forma clara e convincente.

Dessa forma, esta introdução oferece um ponto de partida para uma reflexão mais ampla
sobre a importância e o impacto dos textos expositivos explicativos em nossa sociedade,
destacando seu papel crucial na promoção da educação, da comunicação eficaz e do
enriquecimento cultural.

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1.1. Objectivo geral

 Estudar sobre os textos expositivos – explicativos.

1.2. Objectivos específicos

 Conceitualizar o texto expositivo-explicativo;


 Identificar a estrutura dos textos expositivos – explicativos;
 Caracterizar os textos expositivos- explicativos sob ponto de vista linguístico e
discursivo;
 Identificar os tipos de enunciados dos textos Expositivos – Explicativos

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2. TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO

O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece determinadas situações ou


factos. É um tipo de texto cujo objectivo se prende essencialmente com o conhecimento da
realidade, a respeito da qual oferece um saber (Severino, 2007).

2.1. Definição

O texto expositivo/explicativo é um tipo de texto cuja intenção de comunicação se prende


essencialmente com conhecimento da realidade, a respeito da qual oferece um saber
(Mendes, 1993).

A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto é, de transmitir


conhecimentos ao destinatário relativo a um referente preciso. Por isso, o texto
expositivo/explicativo é um texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do
destinatário (Mendes, 1993).

2.2. Características

2.2.1. Quanto à organização estrutural do texto

A análise de qualquer texto requer o conhecimento das regras do seu funcionamento, da sua
estruturação, isto é, da sua gramática.

Da mesma forma que o campo da linguística desenvolve estudos visando a


consciencialização dos elementos da frase, torna-se imperioso o estudo dos elementos
caracterizadores de cada tipo de texto (Beacco, 2002).

Miguel, (2000) resume as fases de construção do texto expositivo/explicativo em três


momentos:

 Fase do questionário – na qual é apresentada a questão de partida, nem sempre é


necessariamente preciso que seja uma questão. Corresponde a introdução.
 Fase da resolução – é o desenvolvimento, a resolução da questão de partida.
 Fase da conclusão – é desfecho do assunto.

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Estes três momentos (introdução, desenvolvimento e conclusão) podem ou não aparecer
explícito na superfície do texto. Todavia, a fase de questionar não contém necessariamente
uma interrogativa directa ou indirecta; poderá, por exemplo, ser constituída apenas pela
explicitação do tema / assunto da exposição, às vezes, aparece no título do texto. (Mendes,
1993).

A ordem de ocorrência destas fases, regra geral, obedece ao seguinte encadeamento: de


questão poder-se-á ir à resolução, ou optar-se pela antecipação da parte conclusiva.

Exemplo 1:

 Introdução – uma reflexão sobre influência da droga no rendimento escolar da


camada juvenil.

Implicitamente temos uma questão: A droga influencia? Porquê? Como?

 Desenvolvimento – Expor-se-ão as principais ideias sobre a influência da droga


no rendimento escolar.
 Conclusão – Apresentar-se-ão as principais conclusões sobre o objecto
problematizado.

Exemplo 2: “A droga provoca um fraco rendimento escolar na camada juvenil, o que


origina o abandono dos estudos”.

 Desenvolvimentos – Apresentam-se enunciados que fazem compreender a


observância do baixo rendimento nos consumidores de estupefacientes.

2.2.2. Quanto ao tipo de enunciados

O texto expositivo/explicativo tem uma própria textura que o distingue das outras formas
de discurso.

Assim, este género textual é composto por três tipos de enunciados:

O texto expositivo/explicativo tem uma própria textura que o distingue das outras formas
de discurso. Assim, este género textual é composto por três tipos de enunciados:

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1. Enunciados Expositivos: contendo uma sucessão de informações que visam fazer
saber.

2. Enunciados Explicativos: que tem como finalidade fazer compreender o saber


transmitido.

3. Enunciados Baliza: que marcam as articulações do discurso: anunciar o que vai ser
dito; resumir o que se disse; antecipar o que vai ser dito, através de títulos,
subtítulos, numerações, etc., focalizar o que é dito através de sublinhados e de
mudanças tipográficas.

Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver com saberes científicos de base de
uma disciplina, escritos por autores que não são, grosso modo, pesquisadores; jogam, sim,
um papel de intermediários (Beacco, 2002). Este facto leva o autor da compilação a usar
estratégias que ajudarão o estudante a compreender o texto.

2.2.3. Características Linguísticas

O texto expositivo/explicativo é um discurso de verdade, a sua objectividade manifesta-se


através de formas linguísticas próprias. Ele é emitido por um locutor ao qual não são
contestados nem o poder nem o saber. Quando se põe em causa esta autoridade, entra-se no
domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de texto de explicação. É objectivo e
isento de ataques (Vygotsky, 2001). A análise deste tipo de discurso mostra a existência de
uma diversidade de modos de comunicação:

 Emprego da passiva;
 Nominalizações;
 Apagamento do sujeito falante;
 Emprego de um presente com valor genérico;
 Uso de expressões que explicam os conteúdos veiculados;
 Articuladores.

Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na abstracção do sujeito


entanto que membro duma sociedade determinada; deve neutralizar tudo o que se possa
resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso expositivo deverá, por isso, fazer
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desaparecer do enunciado toda a referência a um caso particular, a um momento
determinado e situar-se no universal (Vygotsky, 2001).

Linguisticamente, o texto expositivo-explicativo caracteriza-se por:

 O uso do presente genérico com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se
refere a factos que são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia,
portanto, uma verdade que perdura independentemente do tempo em que ela é dita.
(Ex: o ciclone tropical é um sistema tempestuoso).

 Emprego da construção passiva como uma estratégia de impessoalizar o discurso


científico. Sendo o texto científico objectivo o sujeito deve estar afastado do seu
discurso e isso consegue-se com o recurso à passiva (Ex: este fenómeno
meteorológico forma-se; o gradiente barométrico e mais pronunciado).

 Apagamento do sujeito enunciador de forma a tornar o discurso impessoal,


garantindo dessa forma a objectividade do texto;

Uso do discurso directo com citações textuais entre aspas (ou itálico);

As nominalizações são usadas para condensar o que foi dito e assegurar a progressão do
texto (Ex: o ciclone tropical é […] este fenómeno […]);

Não se usam os adjectivos valorativos, a não ser que eles sejam necessariamente exigidos
pelo discurso.
Emprego do vocabulário técnico e/ou termos técnicos relativos à área temática do texto
(Ex: isóbaras, alísios, barométrico, tufão, baixa pressão, etc.).
Predomínio de definições (o que legitima a função metalinguística da linguagem) (Mendes,
1993).

Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na abstracção do sujeito


entanto que membro duma sociedade determinada; deve neutralizar tudo o que se possa
resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso expositivo deverá, por isso, fazer
desaparecer do enunciado toda a referência a um caso particular, a um momento
determinado e situar-se no universal (Miguel, 2000). A forma passiva é um mecanismo

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para tornar impessoal o discurso científico; ela é usada como uma estratégia de
objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu discurso.

Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que em alguns textos apareça


um nós, eu, estarão desprovidos do valor individualizante. Por se tratar de um discurso
monológico, observa-se a ausência de tu (Mendes, 1993).

As nominalizações, processo que consiste na transformação de um sintagma verbal, ou


adjectival num nome, permite, em certos casos, condensar o que foi dito, assegurar uma
determinada orientação da reflexão (Severino, 2007).

Exemplo:

“Quando os animais e as plantas morrem, os corpos apodrecem (SV) e acabam por


desaparecer na terra. O apodrecimento (N) é provocado por organismos (...) ”.

Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente com valor genérico ou estativo
que enuncia as propriedades.

Exemplo: “O gato é um animal vertebrado”.

A informação contida nesta frase constitui uma verdade que perdura, independentemente da
sua enunciação.

O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou um futuro, trata-se de uma forma
temporal “zero”, (Mendes,1993).

Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao momento de exposição.

As expressões explicativas têm um papel importante nos textos expositivos/explicativos,


permitindo ao emissor tornar mais clara a sua comunicação e orientar a compreensão do
receptor.

Definidos como elementos que asseguram as relações entre as diversas partes do texto, quer
a nível intrafrásico, interfrásico, quer entre parágrafos, no texto expositivo/explicativo,
estes elementos com frequência são de natureza lógica.

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Estes conectores podem marcar laços de adição (também, igualmente) oposições (mas, ao
contrário) laços de consecução ou de causalidade (porque, visto que, dado que).

3. METODOLOGIA DO TRABALHO

Este trabalho é baseado exclusivamente em revisão bibliográfica, utilizando fontes


acadêmicas, literatura científica e recursos confiáveis disponíveis em bibliotecas digitais,
bancos de dados acadêmicos e periódicos especializados.

A pesquisa bibliográfica, segundo Boccato (2006), [...] busca a resolução de um problema


(hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias
contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa traz subsídios para o conhecimento sobre o
que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto
apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador
realize um planeamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a
definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma
de comunicação e divulgação (Boccato, 2006).

Essa metodologia proporcionou uma abordagem abrangente e fundamentada, permitindo


uma compreensão aprofundada dos conceitos, teorias e aplicações práticas relacionadas a
esse tema (Boccato, 2006).

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4 CONCLUSÃO

Conclui-se que o texto expositivo é um tipo textual que tem como principal objetivo
transmitir uma mensagem da forma mais clara possível. Ele é descritivo, preciso,
esclarecedor e compreensível.

No texto expositivo, esses elementos fazem com que o leitor tenha informações suficientes
para compreender o assunto ou interpretar os dados. Artigos científicos, notícias, manuais e
receitas são alguns dos inúmeros exemplos de texto expositivo que estão presentes no nosso
cotidiano.

Os textos expositivos explicativos desempenham um papel fundamental na transmissão e


na disseminação do conhecimento em uma ampla variedade de contextos. Ao longo deste
trabalho, exploramos a importância desses textos e sua estrutura característica, bem como
os diferentes tipos de enunciados que podem ser encontrados neles.

Ficou claro que os textos expositivos explicativos são uma ferramenta poderosa para
comunicar informações de forma clara, acessível e compreensível. Eles fornecem uma
explicação detalhada de conceitos, processos ou fenômenos, ajudando os leitores a
compreenderem melhor o mundo ao seu redor.

Através de definições claras, descrições vívidas, exemplos concretos, explicações


detalhadas e comparações relevantes, esses textos tornam o conhecimento mais acessível e
tangível para o público. Eles também ajudam a promover a compreensão crítica,
incentivando os leitores a questionar, analisar e interpretar as informações apresentadas.

Além disso, os textos expositivos explicativos desempenham um papel importante na


educação, na divulgação científica, na comunicação técnica e em muitas outras áreas.

Portanto, é essencial valorizar e reconhecer a importância dos textos expositivos


explicativos na sociedade contemporânea. Ao compreendermos melhor sua estrutura, seus
elementos e suas funções, estaremos mais bem preparados para produzir e interpretar esse
tipo de texto de forma eficaz, promovendo assim uma comunicação mais clara, informada e
enriquecedora para todos.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BEACCO F. (2002). História da Europa (3ª ed.). Lisboa: Estampa.

 BOCCATO, V. R. C. (2006), Metodologia da pesquisa bibliográfica na área


odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol.
Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274.

 MENDES, J. A. (1993). História como Ciência: Fontes, Metodologia e teorização.


Coimbra Editora.
 MIGUEL, E. S. (2000). Os Textos Expositivos. Madrid: Santillana. 3. Vygotsky,
Jean. (2001) Linguagem e Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes.
 SEVERINO, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico (23ª ed.). Cortez.
 VYGOTSKY, D. (2001). Oficina de Leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Editora
UNICAMP.

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