Aplicação de Métodos Probabilísticos E Análise Da Decisão em Projetos de Fundações Profundas
Aplicação de Métodos Probabilísticos E Análise Da Decisão em Projetos de Fundações Profundas
Aplicação de Métodos Probabilísticos E Análise Da Decisão em Projetos de Fundações Profundas
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Porto Alegre
julho 2011
ANDRY SOARES RILHO
Porto Alegre
julho 2011
ANDRY SOARES RILHO
Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo Professor Orientador e
pela Coordenadora da disciplina Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II (ENG01040) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço ao Eng. Márcio Santos pela colaboração e ensinamentos essenciais para este
trabalho, pela recepção na USP e incentivo no estudo de estatística aplicada à Engenharia.
Agradeço a professora Carin Maria Schmitt pela ajuda e orientação extremamente competente
na organização formal deste trabalho.
Agradeço por último, mas não menos importante, à minha amiga e colega Lysiane, pessoa
maravilhosa que fez parte substancial nos últimos anos desse curso.
É preciso viver o dia-a-dia com realismo, determinação,
trabalho e ética, mas almejar um futuro melhor, tanto para
si, como para os outros.
Albert Paul Dahoui
RESUMO
N = constante de normalização
v = graus de liberdade
µ = valor médio de r
mR = média amostral de r
β = índice de confiabilidade
FS = fator de segurança
Padm = carga admissível
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
2 MÉTODO DE PESQUISA ......................................................................................... 15
2.1 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................................. 15
2.2.1 Objetivo principal.................................................................................................. 15
2.2.2 Objetivo secundário............................................................................................... 15
2.3 PRESSUPOSTOS ...................................................................................................... 16
2.4 LIMITAÇÕES ............................................................................................................ 16
2.5 DELINEAMENTO .................................................................................................... 16
3 INCERTEZAS EM UM PROJETO GEOTÉCNICO.............................................. 18
3.1 INCERTEZA INTRÍNSECA ..................................................................................... 19
3.2 INCERTEZA DE PARÂMETRO .............................................................................. 19
3.3 INCERTEZA DE MODELO ..................................................................................... 20
3.4 ERROS HUMANOS ................................................................................................. 21
4 MÉTODOS PROBABILISTAS E ANÁLISE DA DECISÃO................................. 22
4.1 ANÁLISE DA DECISÃO.......................................................................................... 22
4.1.1 CONCEITUAÇÃO................................................................................................. 22
4.1.2 EXEMPLO DE ANÁLISE DA DECISÃO.......................................................... 23
4.1.3 ABORDAGEM BAYESIANA.............................................................................. 25
4.2 MÉTODOS PROBABILISTAS NA INTRODUÇÃO DA SEGURANÇA EM
PROJETO DE ENGENHARIA.................................................................................... 27
5 CONSEQUÊNCIA DA RUÍNA E ANÁLISE DE RISCO EM PROJETOS
GEOTÉCNICOS........................................................................................................ 32
5.1 PROBABILIDADE DE RUÍNA PRESCRITA.......................................................... 33
5.2 MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE ESPERADA..................................................... 34
6 SOBRE O MÉTODO OBSERVACIONAL OU INTERACTIVE DESIGN............ 36
6.1 O MÉTODO OBSERVACIONAL............................................................................. 37
6.2 COMPARAÇÃO ENTRE O PROJETO TRADICIONAL E O PROJETO
INTERATIVO.............................................................................................................. 39
6.3 IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO NA GEOTECNIA........................................... 41
6.4 VALORES GATILHO................................................................................................ 43
7 REAVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE FUNDAÇÕES........................................ 45
7.1 DISTRIBUIÇÃO A PRIORI....................................................................................... 46
7.2 OBTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO POSTERIOR.................................................... 47
7.3 ANÁLISE DA SEGURANÇA COM EXPERIMENTAÇÃO.................................... 53
8 EXEMPLO DE APLICAÇÃO.................................................................................... 58
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 62
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 64
APÊNDICE A................................................................................................................... 66
13
1 INTRODUÇÃO
Todos os projetos de Engenharia possuem risco associado. Seja o risco de não atender a um
requisito pré-estabelecido como conforto, durabilidade ou, até mesmo, o risco de colapso.
Este que causa maior assombro e deve ser controlado, pois frequentemente o colapso de uma
obra tira muitas vidas.
A maior parte dos problemas de fundações é causado por investigação inadequada ou até
mesmo a ausência da mesma (MILITITSKY et al., 2005, p. 27). No Brasil é exigido por
norma apenas o ensaio de simples reconhecimento (SPT), o que para alguns casos pode ser
suficiente porém em outros não atende as necessidades do projeto, como no caso da
ocorrência de estratos de solos moles compressíveis no local indicado para a obra. Existem
incertezas na própria execução do ensaio, na representatividade de um furo, na precisão de
medidas, nas correlações entre medidas e parâmetros geotécnicos, entre outros.
Como o controle de qualidade envolve um custo para aumentar a confiabilidade de uma obra,
este controle pode ser simplesmente substituído por um aumento do fator de segurança, que
também onera o projeto. O presente trabalho objetiva levantar as principais incertezas tanto na
investigação, projeto e execução de obras geotécnicas e analisar a relação entre custo e
segurança, com ou sem controle, de forma a garantir ao projeto uma confiabilidade desejada.
Também procura-se discutir um pouco sobre risco de engenharia, no âmbito do controle de
qualidade e instrumentação de projetos geotécnicos.
O presente trabalho foi dividido em nove capítulos e um apêndice. No capítulo 1 faz-se uma
apresentação do trabalho introduzindo o assunto e a motivação da pesquisa. No capítulo 2
apresenta-se o método de pesquisa com questão e objetivo do trabalho, pressupostos,
limitações e o delineamento da pesquisa. O capítulo 3 discorre sobre as incertezas na
Engenharia. O capítulo 4 apresenta a Análise da Decisão e o uso de Métodos Probabilistas na
Engenharia. O capítulo 5 discorre sobre a questão do risco na Engenharia e das consequências
da ruína em obras civis. No capítulo 6 é apresentado o Método Observacional na Engenharia
Geotécnica e discutido a implementação deste em projetos. No capítulo 7 é apresentado um
método para reavaliação da segurança de fundações a luz de novas informações vindas de
resultados de provas de carga, e também é feita uma análise acerca da variação do fator de
segurança com o resultado das provas de carga. No capítulo 8 é feito um exemplo simples e
hipotético para aplicar a Análise da Decisão a fim de encontrar a melhor decisão de projeto
com experimentação. No capítulo 9 são feitas as considerações finais e sugestões para
pesquisas futuras.
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2 MÉTODO DE PESQUISA
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2.3 PRESSUPOSTO
O trabalho tem por pressuposto que os parâmetros estimados a partir de ensaios geotécnicos,
indepentente do tipo de ensaio, não apresentarão variabilidade para fins de cálculo. Também
se pressupõe que o método para atualização Bayesiana para estacas com resultados de provas
de carga proposto por Baecher e Rackwitz (1982) é válido.
2.4 LIMITAÇÕES
2.5 DELINEAMENTO
O trabalho será realizado através das etapas apresentadas a seguir que estão representadas na
figura 1:
a) pesquisa bibliográfica;
b) estudo dos Métodos Probabilistas e Análise da Decisão;
c) levantamento de casos na Engenharia nos quais possam ser utilizados os
conceitos apresentados;
d) aplicação dos conceitos em exemplos;
e) considerações finais.
A etapa pesquisa bibliográfica foi realizada a partir de leitura de livros, artigos e dissertações
a respeito do tema segurança em projetos geotécnicos. Procurou-se também pesquisar a
respeito de conceitos de probabilidade e estatística na Engenharia e Análise da Decisão.
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A etapa aplicação dos conceitos em exemplos e estudos de casos foi feita de modo a ilustrar
o uso de procedimentos em uma obra hipotética, levantadas na etapa anterior. Os resultados
dos ensaios também foram hipotéticos e serviram para mostrar a influência na tomada de
decisão de acordo com a sensibilidade do parâmetro analisado no ensaio.
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Como a Engenharia Geotécnica usa principalmete o solo como material de construção, acaba-
se por conviver com as incertezas de se trabalhar com um material em que a natureza define
as propriedades. Na grande maioria dos projetos, o ser humano adequa a construção e
dimensiona uma obra de acordo com as características levantadas do substrato do local. Em
virtude do substrato ser moldado pela natureza, para se conhecer suas características, faz-se
uma investigação, que procura conhecer as características desse material, o qual varia no
tempo e no espaço.
A formação dos solos acontece por fenômenos geológicos naturais os quais podem originar
substratos extremamente heterogêneos. Segundo Ang e Tang (2007, p. 23), propriedades do
solo são inerentemente heterogêneas e altamente variáveis, sendo depósitos de solo naturais
caracterizados por camadas irregulares de vários materiais (argila, silte, areia, pedregulho ou
combinações destes) com larga faixa de densidades, proporções da mistura e outras
propriedades do solo que afetam a resistência e compressibilidade dos depósitos.
Nessa linha de pensamento pode-se perceber o grande número de incertezas que desafiam um
projeto de Engenharia Geotécnica. A natureza dessas incertezas é normalmente classificada
em três tipos (HACHICH, 1998a, p. 200):
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A incerteza de parâmetros é também conhecida como incerteza estatística. Ela exprime a falta
de acurácia nas medidas dos parâmetros para o projeto. Um programa mais extensivo de
investigação pode reduzir esta incerteza.
Santos (2008, p. 12) comenta que, num primeiro momento, considerava-se suficiente para a
caracterização de um parâmetro apenas as medidas da tendência central da amostra coletada,
em vista que muitos fenômenos tem seu comportamento afetado por médias. Posteriormente,
com a introdução da segurança por métodos probabilistas, são necessárias também as medidas
de dispersão dos valores das amostras.
Costa (2005, p. 37-38) apresenta a incerteza de parâmetros dividida em dispersão dos dados e
erros sistemáticos. A dispersão dos dados é a variação das medidas em torno da tendência
central, composta pela variação espacial inerente e os erros aleatórios nos ensaios. O erro
sistemático é a diferença entre essa tendência média observada e o valor real, que seria a
incerteza na localização dessa média por si só.
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A incerteza de modelo pode ser compreendida como “[...] a lacuna entre a teoria adotada
pelos modelos de previsão e a realidade.” (COSTA, 2005, p. 45). Devido a complexidade da
natureza, na Engenharia, o engenheiro conta com modelos idealizados do mundo real em suas
análises e previsões para tomar decisões ou para planejar e desenvolver critérios para um
projeto (ANG; TANG, 2007, p. 17). Um exemplo de modelo físico é a ruptura circular de um
talude pelo método de equilíbrio limite (de momentos e ou forças atuantes). Assim a previsão
de ruptura está condicionada a este modelo de cálculo, que pode, em determinados casos, não
ser representativa da realidade em campo. Pode-se usar a distribuição Normal, por exemplo,
para modelar o comportamento da variação do ângulo de atrito interno de um solo. Da mesma
forma qualquer cálculo probabilístico que se faça estará condicionado ao uso da distribuição
Normal a este parâmetro. Segundo Santos (2008, p. 8), ”A incerteza de modelo fica mais
evidente quando consideramos a realidade inexorável de que cada obra é um protótipo único
e, assim sendo, um determinado modelo só pode fornecer, quando muito, um resultado
próximo daquele verdadeiramente observado na estrutura real.”.
Modelos físicos podem fazer simplificações da realidade, para fins de cálculo, mantendo a
coerência dimensional. Porém alguns problemas de Engenharia são ainda melhor resolvidos
com abordagem empírica como no caso do dimensionamento de fundações profundas
(CINTRA; AOKI1, 1999 apud SANTOS, 2008, p. 9):
Santos (2008, p. 8) complementa que “Inobstante à adoção de modelos que melhor tentem
representar a realidade, os resultados obtidos da simulação raramente se coadunam com
aqueles observados para capacidade de carga de estacas.”.
1
CINTRA, J. C.; AOKI, N. Carga admissível em fundações profundas. São Paulo: EESC-USP, 1999.
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Segundo Santos (2008, p. 13-14), os erros humanos ainda não são bem compreendidos e a
melhor forma de minimizar esses erros é a checagem de projetos por entidades independentes
e um bom controle de qualidade. Costa (2005, p. 46) afirma que estes erros “[...] são
aleatórios e imprevisíveis.”, e cita como exemplo “[...] a falta de cuidado, ignorância de
normas e padrões, informações enganosas, [...] relações contratuais inapropriadas e falta de
comunicação entre as partes envolvidas no projeto.”.
Santos (2008, p. 14) também comenta que alguns autores apresentam cálculos de
probabilidade de ocorrência de um erro após um certo tempo de checagem por um
profissional, porém não consideram a competência do examinador. Erros de execução em
projetos tendem a ser diminuídos e/ou detectados com um programa eficaz de controle de
qualidade. Entenda-se por programa eficaz de controle de qualidade um programa com
profissionais competentes, que prezem pela qualidade do projeto e da execução usando de
boas práticas de Engenharia, e não apenas um trabalho burocrático.
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Projetos de Engenharia Geotécnica atuais são moldados por prescrições de normas que não
utilizam ferramentas racionais que incorporam a segurança, no entanto “[...] diante do caráter
incerto dos parâmetros e dos modelos físicos que descrevem o comportamento das obras de
geotecnia, os modelos probabilísticos estão no cerne da questão da segurança e, certamente,
estão no futuro da maioria das normas.” (HACHICH, 1998a, p. 201).
Nos itens a seguir serão tratados a Análise de Decisão e os Métodos Probabilistas aplicados
em projetos de Engenharia.
Neste item serão apresentados uma conceituação breve da Análise da Decisão, um exemplo
para ilustrar este conceito e será comentado sobre a abordagem Bayesina na reavaliação de
projetos.
4.1.1 Conceituação
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Para que um problema de decisão possa ser formulado são necessárias as seguintes
informações (BEKMAN; COSTA NETO, 1980, p. 1-2):
a) a relação de todas as opções possíveis, seja como referência aos possíveis cursos
de ação, seja a respeito da coleta ou aquisição de novas informações.
b) a lista de todos os eventos que podem ocorrer como resultado das possíveis
decisões.
Algumas dessas informações são objetivas, como a lista dos eventos ou a cronologia, e
algumas são subjetivas tais como a quantificação das consequências ou o julgamento
probabilístico. Esses juízos probabilistas são condicionados à experiência do decisor que
escolhe os dados a serem analisados e o modelo a ser utilizado (HACHICH, 1998b, item
3.3.1). A experiência do engenheiro sempre irá influenciar na decisão, pois “Soluções de
Engenharia resultam sempre de uma simbiose entre racionalismo e empirismo.” (HACHICH,
1998a, p. 200).
Uma forma muito interessante de representar as opções de decisão é por meio de uma árvore
de decisão. Esta representa esquematicamente a distribuição de probabilidades dos possíveis
estados da natureza. O exemplo abaixo demonstra como funciona a ferramenta em questão.
Uma ensecadeira deve ser construída para a proteção do canteiro de obras. O engenheiro deve
escolher entre duas alternativas utilizando como critério a minimização do custo esperado. A
média de vazões da série histórica é de 886,5 m³/s e o desvio padrão da série é 440,9 m³/s. O
custo de três semanas de atraso devido a inundação do canteiro é de R$ 30.000,00. O quadro 1
apresenta as duas alternativas de projeto. (Exercício 1.9 de BENJAMIN; CORNELL, 1970
resolvido por HACHICH, 1999, slides 15-26).
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3 200 15.600
A frequência acumulada das chuvas é visto na figura 2 assim como as probabilidades para
cada alternativa. Observa-se que a probabilidade estimada para a vazão de 200 m³/s não seja
superada é de 4,5% e a de 550 m³/s é de 27,3%. As probabilidades de que essas vazões sejam
superadas será o complementar destes valores, ou seja. 95,5% e 72,7% respectivamente.
A árvore de decisão é apresentada na figura 3 mostrando que, pelo critério de menor custo
esperado, a melhor decisão é a alternativa da ensecadeira de 4,5 metros.
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O custo esperado é obtido pela soma dos produtos entre o custo e a probabilidade de cada
alternativa. Neste exemplo pode-se compreender a importância dos juízos de probabilidades
que são feitos para cada evento. Embora neste caso se tenha uma série amostral, muitos
eventos importantes na Engenharia (como a probabilidade de ruína) são raros e pode-se
apenas fazer juízos subjetivos de acordo com a experiência do decisor. E contudo, no decorrer
do projeto, essa proposição inicial pode ser revista.
Na Engenharia Geotécnica é comum deparar-se com novas realidades a medida que o projeto
avança, então é necessário uma ferramenta adequada para inserir essa nova realidade na
Análise da Decisão e o quanto é conveniente pagar para se obter essa informação. Bekman e
Costa Neto (1980, p. 2-3) explicam:
![!|!]
! !! =! !. (fórmula 1)
![!]
Onde:
Essa ferramenta permite considerar o grau de convicção inicial e ainda pode-se inferir as
informações. Além disso, ela se mostra muito útil para problemas de Engenharia e
essencialmente necessário para se desenvolver projetos interativos, os quais são previamente
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concebidos para incorporar informações ao longo do projeto, como será visto no próximo
capítulo. Santos (2008, p. 3) ainda afirma:
Hachich (1998b, item 3.3.2) indica que “Uma frase de Victor de Mello2 (1977), em sua
magistral Rankine Lecture [...], reforçou essas convicções que se vinham formando na minha
mente: ‘we are, we cannot help but be Bayesians in all our root culture’.”.
Santos (2008, p. 21) apresenta que, inicialmente, era usado apenas a intuição para considerar a
segurança em obras civis. Com o passar do tempo foi incorporando-se a experiência e a
segurança, empiricamente, baseando-se em obras similares. Só a partir da década de 50 do
século passado é que a Engenharia Geotécnica incorporou os conceitos de probabilidade e
estatística já presente em outras áreas da tecnolgia para desenvolver métodos mais racionais
de introdução da segurança. Hachich (1998a, p. 197) defende que modelos probabilísticos são
essenciais para a introdução da segurança de maneira racional:
Atualmente existem diversos critérios para a incorporação de segurança, que podem ser
dividos em dois grandes grupos: os deterministas e os probabilistas. Estes critérios são
apresentados por Hachich (1998b) e organizados em forma de diagrama por Santos (2008, p.
23) na figura 4.
2
MELLO, V. F. B. Reflections on design decisions of practical significance to embankment dams.
Géotechnique, London, v. 27, n. 3, p. 279-355, Sept. 1977.
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Segundo Santos (2008, p. 29), “Os Fatores de Segurança Globais não possuem uma relação
biunívoca com a segurança propriamente dita, pois fatores de segurança iguais podem resultar
em seguranças (medidas pelas probabilidades de ruína) distintas.”. A figura 5 apresenta a
função densidade de probabilidade de duas estruturas hipotéticas que demonstram a falha
conceitual nos coeficientes de segurança. Atenta-se para o fato de que a probabilidade de
ruína de cada estrutura é igual à área abaixo da curva PDF (função densidade de
probabilidade) com coeficiente de segurança menor do que a unidade.
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Ao propor que se use fatores de segurança parciais, vários autores tentam fazer que se valha o
esforço em reduzir as incertezas. Se determinado parâmetro é obtido de uma maneira mais
confiável e, provavelmente, com um maior custo, não há nada mais racional que querer usar
um coeficiente de segurança menor e assim poder economizar no dimensionamento. Ainda
assim, não se considera as particularidades de cada obra como comenta Santos (2008, p. 30):
3
LACASSE, S.; GOULOIS, A. Reliability analysis of axial pile capacity. IN: INTERNATIONAL
CONFERENCE ON SOIL MECHANICS AND FOUNDATION ENGINEERING, 12., Rio de Janeiro, 1989.
Proceedings... Rotterdam: A. A. Balkema, 1989.
4
HACHICH, W. Sobre a segurança nos projetos de Geotecnia. 1978. 94 f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Estruturas) – Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações, Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
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qualquer estrutura está associada uma probabilidade de ruína positiva e diante dessa realidade
o mais racional seria incorporar essa probabilidade de ruína nas atividades de concepção do
engenheiro.
Todavia, o termo probabilidade de ruína, ou probabilidade de ruptura, pode soar mal para os
clientes, principalmente os não profissionais da área. É preferível uma medida que indique a
saúde do projeto a outra que lembre que a obra possa ter um fim catastrófico (COSTA, 2005,
p. 76).
Os métodos probabilistas podem ser divididos em: Método Probabilista Puro (MPP) e Método
Probabilista Condicionado (MPC). Os Métodos Probabilistas Condicionados levam esse nome
devido as probabilidades utilizadas e resultantes serem condicionadas a algum modelo de
cálculo, como por exemplo, a probabilidade de ruptura de um talude dado ruptura circular
bidimensional, ou probabilidade de ruptura de uma estaca dado critério de ruptura Van Der
Veen e medida de comportamento por métodos dinâmicos. Assim essas probabilidades
encontradas estão condicionadas aos modelos utilizados e de acordo com a teoria conhecida.
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É importante que desde já se defina o conceito de risco para a Engenharia. O risco pode ser
definido como a medida da probabilidade e severidade de um efeito adverso para a saúde,
propriedade ou meio ambiente, medido em unidades monetárias, vidas humanas ou impacto
ambiental (CRUDEN; FELL5, 1997 apud COSTA, 2005, p. 72). O risco (R) pode ser
expresso como:
Onde:
Observa-se que, de acordo com esta definição, a avaliação do risco geotécnico envolve
necessariamente considerações a respeito das probabilidades de ocorrência de eventos
aleatórios (probabilidade de ruína) e da consequência potencial (custo esperado) (COSTA,
2005).
O Eng. Eli Costa afirmou que “Instintivamente o projetista é mais conservador em projetos
onde as consequências de uma eventual ruína são maiores.” (informação verbal)6. O exemplo
que ele citou dizia respeito a comparar o dimensionamento de um talude em um lugar ermo
com outro onde a ruptura pode atingir uma creche cheia de crianças. Onde as consequências
de um colapso são maiores, o projetista compensa na segurança para manter o risco baixo.
5
CRUDEN, D. M.; FELL, R. Landslide risk assessment. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON
LANDSLIDE RISK ASSESSMENT, Rotterdam, 1997. Proceedings… Roterdam: A. A. Balkema, 1997.
6
Informação obtida na aula de Estabilidade dos Taludes.
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A probabilidade de ruína prescrita estará relacionada com o risco admitido pela sociedade.
Este risco é admitido involuntariamente e é quantificado por uma comparação com outros
riscos tais como, morte no trânsito, por doença ou desastres naturais. Diversos trabalhos
mostram que o risco de morte por doença parece ser o fator determinante para o
estabelecimento de outros níveis de aceitabilidade de riscos (COSTA, 2005, p. 103-104). De
Zagottis7 (1974 apud SANTOS, 2008, p. 16) entende por admissível uma probabilidade de
ruína da ordem de 10-5, com base na probabilidade de uma pessoa em perfeitas condições
físicas e mentais falecer antes de terminar o dia. A revisão de Fell8 (1994 apud COSTA, 2005,
p. 104) indicou que a sociedade pode aceitar de forma incondicional uma probabilidade de
ruína de 10-6 (taxa de mortalidade anual), e que seria excessivo (inaceitável) uma
probabilidade similar àquela devido a morte por doença que é de 10-3 por ano. A figura 6
apresenta a probabilidade de ruína aceita e marginalmente aceita em função das
consequências de ruína para diversos tipos de estrutura. Pode-se notar que a aceitabilidade do
risco depende da natureza do desastre. Um desastre aéreo, por exemplo, é muito menos aceito
comparado a um colapso de uma plataforma móvel, mesmo causando o mesmo prejuízo.
7
DE ZAGOTTIS, D. Introdução da Segurança no Projeto Estrutural. São Paulo: Departamento de Livros e
Publicações do Grêmio Politécnico, 1974.
8
FELL, R. Landslide risk assessment and aceptable risk. Canadian Geotechnical Journal, Ottawa, v. 31, n. 2,
p. 261-272, Apr. 1994.
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Este critério de escolha do risco leva em conta comportamentos subjetivos como propensão ao
risco e consequência não mensuráveis economicamente. A maximização da utilidade esperada
é tida como o estágio final da evolução dos critérios de segurança nas obras de Engenharia
(SANTOS, 2008, p. 18). Uma das maneiras de maximizar a utilidade seria comparar os custos
de um projeto assim como as consequências de ruína e utilizar a probabilidade de ruína que
minimiza o custo esperado. O custo de uma construção é tanto maior quanto maior for a
segurança contra a ruptura (menor probabilidade de ruína). O risco, por outro lado aumenta
com o aumento da probabilidade de ruína, como visto na fórmula 2. Assim, o custo esperado,
que é a soma destes dois custos, terá um mínimo e uma probabilidade de ruína ótima. A figura
7 ilustra essa questão.
9
WHITMAN, R. V. Evaluating calculated risk in geotechnical engineering. Journal of Geotechnical
Engineering, Reston, v. 110, n. 2, p. 145-188, Aug. 1984.
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O engenheiro canadense Ralph Peck (1969, p. 171) afirma que métodos observacionais
intuitivamente foram e têm sido utilizados por engenheiros nos trabalho de campo. O Método
Observacional (Observacional Method) que o autor aborda tem um sentido mais restrito e
significa um método de projetar com base em observações da realidade de modo a aprender
durante a execução. O desenvolvimento de forma sistemática desse procedimento aplicado a
mecânica dos solos se deve ao engenheiro Karl von Terzaghi.
Durante sua vida profissional Terzaghi desenvolveu instintivamente um método para atacar
problemas práticos em projetos geotécnicos e ensinou a Peck enquanto trabalhavam juntos em
alguns grandes projetos. Segundo Terzaghi, na Engenharia, para vários trabalhos como
fundações, túneis, cortes ou barragens de terra, um grande esforço é dispendido apenas para
encontrar, de forma aproximada, valores para constantes físicas que são usadas nas equações.
Muitas outras variáveis como a disposição e presença de camadas do substrato assim como o
nível d’água continuam desconhecidos. Portanto os resultados de cálculos são apenas
hipóteses de trabalho que precisam ser confirmadas e modificadas durante a construção
(PECK, 1969, p. 172).
A melhor definição para o Método Observacional segundo Patel et al. (2005, p. 2) pode ser
encontrado no CIRIA Report 185 (NICHOLSON et al.10, 1999 apud PATEL et al., 2005, p. 2)
que diz que o Método Observacional em Engenharia de Solos é um contínuo, gerenciado,
10
NICHOLSON, D.; TES, C.; PENNY, D. The Observational Method in ground engineering: principles and
applications. London: CIRIA, 1999. Report 185.
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O Método Observacional tem sua raiz no instinto do próprio ser humano resolvedor de
problemas cotidianos. O método de projetar por tentativa e erro é precursor do Método
Observacional de modo que a solução de projeto se encontrará na observação de que este foi
ou não bem sucedido, oneroso ou de difícil formulação. A idéia do Método Observacional
começa a amadurecer quando o indivíduo ganha experiência e resolve que em problemas
futuros ele deva encontrar soluções que se adaptem melhor a realidade mesmo que essa
realidade venha florescer apenas quando na implementação da solução. Então esse indivíduo
reconhece as incertezas de todo o processo e concebe uma solução na qual vai se aprendendo
acerca da realidade ao longo da trajetória. Como definido por Terzaghi, se trata de um learn-
as-you-go method, ou seja, aprenda ao longo do percurso, durante a solução.
Peck (1969, p. 172) comenta que nas mãos de Terzaghi esse método se mostrou muito bem
sucedido embora isso não seja verdade para muitos outros engenheiros. Ao longo de sua
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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Rankine Lecture, este autor busca encontrar o segredo de Terzaghi ter sido bem sucedido com
este método, e conclui dizendo que não há dúvida de que o completo valor do método não
pode ser notado ao menos que o engenheiro seja inteiramente engajado com o seu problema,
faça contínuas alterações do projeto e procedimentos ao passo em que as informações são
obtidas e tenha autoridade de agir rapidamente pelas suas decisões e conclusões. Estes
requisitos pareceriam favorecer a direção de um projeto observacional nas mão de um único
indivíduo. Na verdade eu estou inclinado a acreditar que parte do segredo do sucesso de
Terzaghi esteja em sua pressão pessoal, completa responsabilidade e autoridade em trabalhos
(PECK, 1969, p. 172).
Mesmo com estes requisitos o Método Observacional só pode fazer papel importante se o
projeto em questão possa ser modificado ao longo da execução. Ou seja, deve ser
tecnicamente viável alterar o projeto de acordo com uma nova realidade.
Peck (1969, p. 173) faz uma revisão e apresenta os ingredientes a serem incorporados para a
aplicação do Método Observacional:
Tenho a sensação de que nos projetos usuais efetuam-se análises demais para a
hipótese de trabalho e que a instrumentação acaba sendo locada de forma mais ou
menos convencional, quase exclusivamente em função da própria hipótese de
trabalho. Sua utilidade fica restrita, dessa forma, à retroanálise dos parâmetros do
modelo adotado, quase dogmaticamente admitido como verdadeiro. Não admira,
nesse contexto, a postura de proprietários e executores de obras, geralmente
refratários à instrumentação.
Talvez o nosso País tenha simplesmente passado por uma fase em que não houve
muito espaço para as obras de maior porte ou maior ousadia de concepção, que são
exatamente aquelas em que o incrementalismo do método de observação (design as
you go) se impõe. Em problemas mais corriqueiros – ou resolvidos de modo
corriqueiro – não há, de fato, extrapolação para além dos universos consagrados, não
se justificando instrumentações mais sofisticadas. Ou talvez os engenheiros civis
sejam simplesmente conservadores demais...
Para usar o Método Observacional é muito importante a realização de um contrato que inclua
as incumbências de cada parte ao longo do desenvolver do projeto. Como o projeto vai se
alterando no decorrer da execução, este contrato deve prever cada combinação de hipóteses
para que as partes não fiquem discutindo responsabilidades durante a obra. O quadro 2
apresenta a comparação entre os dois processos, com projeto pré-definido e com projeto
interativo.
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
40
a) abordagem Ab Initio.
b) abordagem Best Way Out.
A abordagem Ab Initio é adotada na concepção do projeto. Peck (1969, p. 176) comenta que
mesmo o Método Observacional sendo uma boa ferramenta para encontrar a melhor saída
quando encontrada alguma dificuldade, o uso desta na concepção de projeto pode trazer ao
projetista uma melhor capacidade imaginativa para planejar diversos caminhos e soluções de
acordo com o que pode vir a ser encontrado. Então procura-se investigar os pontos chaves que
irão levar o projeto aos caminhos planejados, podendo assim economizar consideravelmente
tempo e dinheiro.
A abordagem Best Way Out é adotada após a execução do projeto ter começado e algum
evento não planejado ter ocorrido. O Método Observacional é uma boa ferramenta para
encontrar a melhor saída perante alguma dificuldade que diga respeito a comportamentos
geotécnicos não esperados. Peck (1969, p. 173) comenta que sob tais circunstâncias o
engenheiro instintivamente adota tal procedimento. A mera observação dos eventos, tais como
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Este diagrama mostra na etapa Normas e Políticas Coletivas que o Método Observacional
está subordinado às normas e políticas estabelecidas para dimensionamento, segurança e
qualidade. A etapa Organização do Projeto define a estrutura organizacional das partes
envolvidas (cliente, projetista, construtora, inspetores, etc.). Deve ser bem entendido seus
papéis e responsabilidades, pois todos os envolvidos estarão também comprando o risco.
(PATEL et al., 2005, p. 3).
Uma vez acordado pela organização do projeto, este pode ser desenvolvido nas demais etapas
quais sejam: Projeto e Planejamento, Controle de Execução, Monitoramento e Revisão.
Todos estas etapas devem seguir a ideia do Método Observacional. Os trabalhos devem seguir
com um plano de ação que reconheça os riscos assumidos.
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NICHOLSON, D.; TES, C.; PENNY, D. The Observational Method in ground engineering: principles and
applications. London: CIRIA, 1999. Report 185.
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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ser de tal maneira que possam ser rapidamente implementados se níveis de alerta predefinidos
forem alcançados ou qualquer outra situação imprevista se desenvolver (PATEL et al., 2005,
p. 4). Os mesmos autores também explicam que a parte da auditoria deve ser
preferencialmente realizada por equipes de consultoria não envolvidas com o projeto, para
checar se estão sendo seguidos procedimentos corretos e obtendo interpretações técnicas
corretas.
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Uma das maneiras de usar o Método Observacional, segundo Nicholson et al.12(1999 apud
PATEL et al., 2005, p. 8), é com o uso de um sinal de trânsito com as cores verde, amarelo e
vermelha simbolizando zonas de tomadas de decisão a saber:
A zona verde é separada da amarela pelo valor mais provável para a medida em questão. A
amarela e vermelha são separadas pelo valor característico adotado, que seria um valor que se
afasta do mais provável com algum índice de confiabilidade, ou que apresenta uma pré
determinada probabilidade de ser superado. A figura 9 eluscida este procedimento. Atenta-se
para o fato de que este valor mais provável pode mudar durante a construção com a obtenção
de novos valores para alguns parâmetros e realizada uma reavaliação com uso de inferência
estatística através do Teorema de Bayes.
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NICHOLSON, D.; TES, C.; PENNY, D. The Observational Method in ground engineering – principles and
applications. London: CIRIA, 1999. Report 185.
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Existe uma significativa diferença entre a estatística clássica, dita frequencista, e a estatística
Bayesiana. Devido ao caráter único das obras civis e da raridade de eventos de ruína, a
estatística clássica não se adequa bem a estimação de probabilidade de ruína, como
complementa Hachich (1998b, item 3.3.2):
A estatística Bayesiana, por outro lado, permite que se trabalhe com o grau de convicção
inicial e com atualizações estatísticas quando em face a novas informações. Esta propriedade
apresenta-se muito útil em projetos interativos nos quais a segurança e o projeto são
constantemente reavaliados.
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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Usa-se a variável K chamada fator de viés, que significa a razão entre a carga observada e a
carga prevista. Um valor de K maior do que a unidade significa que a carga observada,
resultado de uma prova de carga, é maior do que a carga prevista pelo método de cálculo
utilizado. Autores afirmam que a variável K tem um comportamento log-normal. Então
extrai-se o logaritmo da variável K e nomeia-se R.
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Onde:
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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Figura 10: interações entre informações priorísticas e amostrais. (a) forte informação
inicial e amostra relativamente pequena. (b) informação inicial e amostral de
tamanhos comparáveis. (c) informação inicial vaga e amostra relativamente grande
(BENJAMIN; CORNEL, 1970, p. 620).
A resolução da fórmula 3 esbarra no fato de que há uma integral sem resolução analítica no
denominador, tornando assim muito complicada a resolução da equação. Para tanto pode-se
lançar mão de distribuições conjugadas para facilitar os cálculos, pois com o uso dessas
distribuições a fórmula 3 reduz-se a cálculos algébricos entre parâmetros das distribuições.
Essas distribuições também devem representar satisfatoriamente o fenômeno analisado.
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!`!` !!!
!` !`!` !`
2 !`!`
! ℎ| , = ℎ ! !! . . !"# − .ℎ (fórmula 4)
2 2 !` 2
Γ 2
Onde:
Para a distribuição mais estreita do trabalho de Baecher e Rackwtz (1982, p. 11) os valores
dos parâmetros da precisão intra-canteiro são v`= 9,28 e υ`= 0,0152. As informações prévias a
respeito do método de previsão serão consideradas as mesmas dos trabalhos originais de
Aoki-Velloso de 1975, citado por Santos (2008). O Método UFRGS (LOBO, 2005) apresenta
valores de média e desvio do fator de viés para o banco de dados de resultados de provas de
carga da UFRGS. No trabalho de Lobo (2005, p. 90) também é feita uma análise de média e
desvio para outros métodos de previsão de capacidade de carga, inclusive o método Aoki-
Velloso, o qual mostrou desvio padrão maior para o banco de dados utilizado. O quadro 3
apresenta os parâmetros das distribuições de K e R para os métodos de previsão segundo os
trabalhos originais dos autores.
Aoki-Velloso
1,014 0,235 -0,0051 0,0976
(1975)
Bianca - UFRGS
0,980 0,490 -0,00033 0,1936
(2005)
Quadro 3: parâmetros da distribuição do fator de viés com o uso do método
Aoki-Velloso e Bianca Lobo de previsão
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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!` !`
!! = . (fórmula 5)
!` − 2 !`
Onde:
V[R] = variância de R.
!`` = !` + ! (fórmula 6)
Onde:
13
EHLERS, R. S. Introdução à Inferência Bayesiana. Departamento de Estatística da UFPR, 2003.
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!. !! + !`. !
!`` = (fórmula 7)
!``
Onde:
!`` = ! + !` (fórmula 8)
Onde:
!``. !`` = !`. !` + ! − 1 . !!! + !`. !`! + !. !!! − !``. !``! (fórmula 9)
Onde:
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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!
. !``!!
! !
(fórmula 10)
!! `` !|! ∝ 1 + . ! − !``
!``
Onde:
z = resultado da amostragem;
!``
!= (fórmula 11)
!`` + 1 . !``
!
!! = !`` − (fórmula 12)
!
Onde:
z = resultado da amostragem;
O fator de segurança que deve ser utilizado para garantir o índice de confiabilidade β será:
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Onde:
FS = fator de segurança.
!!"#$
!!"# = (fórmula 14)
!"
Onde:
Com isso tem-se a nova carga admissível das estacas. Porém, se a carga de trabalho está
definida, e procura-se saber qual a probabilidade de ruína associada aquela carga de trabalho
em função da quantidade de informação disponível, pode-se extrair esta informação da
distribuição preditiva. Para tanto, basta variar o índice de confiabilidade β que,
consequentemente, fará variar o fator de segurança, de tal forma que a carga admissível seja a
carga de trabalho estabelecida. Então pede-se o valor acumulado de t-student, para o índice β,
que atende a igualdade da carga admissível e da carga de trabalho estabelecida, e número de
graus de liberdade. Assim tem-se a probabilidade de ruína extraída da função preditiva que
representa a área sob a curva da função densidade de probabilidades da forma t-student
anterior ao valor extremo inferior r0.
FS
FS
x
n°
PCE
x
β
3
2,5
2
1,5
Beta=2
Beta=2,5
1 Beta=3
0,5
0
0
2
4
6
8
10
12
N°
Provas
de
Carga
A figura 13 apresenta uma família de curvas do fator de segurança em função do fator de viés
K resultado de uma prova de carga. Pode-se notar que, para resultados de ensaios com K
inferior a 1,0, o FS exigido é bem elevado. A carga observada mostrou-se aquém daquela
prevista. Para valores de K superiores a 1,0 o fator de segurança tende a diminuir. Nota-se
que, para índices de confiabilidade mais elevados, o FS exigido tende a aumentar novamente
se o fator de viés se tornar muito elevado. Segundo Santos (2008, p. 68), isto tem sentido no
âmbito da estatística, pois, para valores de K muito maiores que a unidade, o método de
previsão mostra-se muito impreciso exigindo valores para FS maiores.
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
56
FS
FS
x
K
x
β
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
Beta=1,5
2,5
Beta=2
2,0
Beta=2,5
1,5
Beta=3
1,0
0,5
0,0
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
K
(Pobs/Pprev)
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57
3
K=0,6
2,5
K=0,8
2
K=1
K=1,4
1,5
K=1,8
1
K=2,2
K=2,6
0,5
K=3
0
0
2
4
6
8
10
12
N°
Provas
de
Carga
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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8 EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Uma laje estaqueada será construída para servir de base a um terminal de cargas
aeroportuário. Esta laje possui uma área de 40.000 m² e uma carga de trabalho de 4 tf/m²
uniforme em toda a laje. O projetista das fundações decidiu que seriam executadas estacas
hélice-contínua de diâmetro 60 cm e profundidade de 11 metros. Com este diâmetro e esta
profundidade a carga de ruptura prevista pelo método de Aoki-Velloso é de 200 tf. As
alternativas de projeto são apresentadas no quadro 4, nas quais varia, basicamente, o
espaçamento entre estacas e por consequência o número de estacas e o custo total. O custo de
cada estaca é assumido como R$ 144,54 por metro, que significa R$ 1.589,94 para cada
estaca de 11m. A variação do custo da laje com o espaçamento das estacas foi
desconsiderado, embora este custo aumente ligeiramente com o aumento do espaçamento. O
custo das provas de carga é assumido como:
Onde:
Projeto Espaçamento N. estacas Padm (tf) Custo Total (R$10³) Economizado (R$10³)
A0 5,0m 1600 100,00 2543,0 0,0
O custo da ruína foi assumido como R$ 20.000.000,00, que é considerado todos os custos de
uma eventual intervenção com o terminal de cargas em operação. Não foram consideradas
perdas de vidas humanas, apenas comprometimento funcional e necessidade de paralisação
das atividades logísticas para manutenção.
Foi realizada uma Análise da Decisão utilizando uma árvore de decisão com experimentação
e como critério foi utilizado a maximização do valor esperado. A figura 15 ilustra a árvore de
decisão. Para o cálculo das probabilidades de ruína foi usado a metodologia apresentada no
capítulo anterior.
Neste exemplo observa-se que a decisão que maximiza o custo esperado sem fazer nenhuma
prova de carga é a alternativa a0 que tem o custo esperado de R$ -809,83 mil, como pode ser
visto na figura 15. Porém para uma prova de carga com resultado de K=1,0, a alternativa que
maximiza o custo esperado é a a0 também com o valor de R$ -545,65 mil. Para maiores
números de provas de carga a melhor alternativa considerando K= 1,0 é a alternativa a3 com
um custo esperado de R$ 106,5 mil executando-se 16 provas de carga. O apêndice A
apresenta a árvore de decisão em forma de planilha com todos os valores. As alternativas em
vermelho representam que esta tem probabilidade de ruína muito alta, não sendo aconselhável
esta decisão, embora possa apresentar um valor esperado maior.
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O custo dos ensaios assim como o custo de cada alternativa de projeto também influenciam
expressivamente no valor esperado e por consequência na tomada de decisão. Como pode-se
observar na figura 16, se o custo da ruína e o custo da construção forem da mesma ordem de
grandeza, a alternativa de projeto ótima não será muito conservadora nem muito arriscado. Se,
no entanto, o preço das estacas for alto, as alternativas que diminuem o número de estacas
serão sensivelmente menos onerosas. Assim sendo, quando o custo das fundações é pequeno,
uma diminuição da probabilidade de ruína pode não compensar o custo com experimentação.
Ou seja, quando custo das fundações é pequeno e o custo da ruína é grande, a melhor opção
tende a ser um projeto mais conservador. Do contrário, se o custo das fundações é alto e o
custo da ruína nem tanto, a melhor opção tende a um projeto mais arriscado. Neste caso deve-
se ter o cuidado de limitar a probabilidade de ruína a um valor aceitável. Neste exemplo o
valor máximo de probabilidade de ruína admitido foi de 4,04%, que representa um fator de
segurança igual a dois e nenhuma experimentação. Considera-se que mesmo que o custo
esperado ótimo esteja além de 4,04%, não é prudente que se adote uma probabilidade de ruína
muito elevada.
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho pode-se ter uma visão ampla de conceitos e ferramentas úteis para aplicações
em projetos de fundações. A atualização Bayesiana se mostra coerente e eficaz no tratamento
estatístico dado à distribuição da capacidade de suporte de fundações profundas. Pode-se
avaliar o fator de segurança exigido para certa confiabilidade, ou a probabilidade de ruína
associada a determinado fator de segurança. A simples visualização da variação do fator de
segurança em função do número de provas de carga ou dos resultados destas já mostra-se
muito útil para o projetista orientar suas decisões.
O método de atualização Bayesiana para estacas com provas de carga proposto por Baecher e
Racwitz (1982) e discutido por Santos (2008) apresenta resultados coerentes e mostra-se uma
ferramenta valiosa para reavaliação da segurança de fundações ou simplesmente orientar o
projetista sobre o fator de segurança baseado no fator de viés obtido em uma amostragem.
Este método se mostrou muito útil para estimar as probabilidades de ruína após realizadas
provas de carga com determinado resultado. Estas probabilidades foram usadas para a
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Para pesquisas futuras recomenda-se que se façam estudos para correlacionar a precisão intra-
canteiro da capacidade de suporte das estacas com a variabilidade de parâmetros em
investigações geotécnicas. Um exemplo seria a dispersão dos resultados de ensaios de
sondagem de simples penetração, traduzidos em um grau de heterogeneidade do subsolo.
Então estimaria-se os parâmetros da função gama que representa a precisão intra-canteiro
baseados neste grau de heterogeneidade. Outra variável do problema seria o tipo de estaca
executada e o controle de execução realizado. Um estaqueamento cravado com controle de
nega, por exemplo, pressupõe-se que tenha menor variabilidade na capacidade de carga de
elementos individuais comparado com um estaqueamento que o critério de parada de
cravação seja alguma profundidade.
O uso deste método de atualização Bayesiana, assim como a discussão sobre o Método
Observacional, a Análise da Decisão e a consideração do risco em projetos pode ser
transpassada dos exemplos de provas de carga em fundações profundas e servir como
ferramentas para auxiliar em outros tipos de projetos geotécnicos, como escavações
subterrâneas, estruturas de contenções entre outros.
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REFERÊNCIAS
BAECHER, g. B.; RACKWITZ, R. Factors of Safety and Pile Load Test. Journal for
Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, New York, v. 6, p. 409-424, 1982.
HACHICH, W. Segurança das fundações e escavações. In: HACHICH, W.; FALCONI, F. F.;
SAES, J. L.; FROTA, R. G. Q.; CARVALHO, C. S.; NIYAMA, S. Fundações: teoria e
prática. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998a. p. 197-208.
MILITITSKY, J.; CONSOLI, N. C.; SCHNAID, F. Patologia das Fundações. São Paulo:
Oficina de Textos, 2005.
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Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
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Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 4,05% 95,95% 0,0 -‐20000,0 -‐809,8
a1 108,16 6,18% 93,82% 190,5 -‐19809,5 -‐1046,4
a2 116,64 8,98% 91,02% 362,0 -‐19638,0 -‐1434,1
0
PCE a3 125,44 12,64% 87,36% 515,0 -‐19485,0 -‐2012,6
a4 134,56 17,22% 82,78% 651,5 -‐19348,5 -‐2792,5
a5 144,00 22,71% 77,29% 775,5 -‐19224,5 -‐3766,6
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 4,13% 95,87% -‐24,0 -‐20024,0 -‐850,7
a1 108,16 6,18% 93,82% 166,5 -‐19833,5 -‐1070,4
K
=
0,8 a2 116,64 8,98% 91,02% 338,0 -‐19662,0 -‐1458,1
a3 125,44 12,64% 87,36% 491,0 -‐19509,0 -‐2036,6
a4 134,56 17,22% 82,78% 627,5 -‐19372,5 -‐2816,5
a5 144,00 22,71% 77,29% 751,5 -‐19248,5 -‐3790,6
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
1
PCE a0 100,00 2,61% 97,39% -‐24,0 -‐20024,0 -‐545,7
a1 108,16 3,98% 96,02% 166,5 -‐19833,5 -‐629,8
K
=
1,0 a2 116,64 5,92% 94,08% 338,0 -‐19662,0 -‐845,9
a3 125,44 8,56% 91,44% 491,0 -‐19509,0 -‐1220,4
a4 134,56 12,01% 87,99% 627,5 -‐19372,5 -‐1774,3
a5 144,00 16,35% 83,65% 751,5 -‐19248,5 -‐2517,6
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 2,01% 97,99% -‐24,0 -‐20024,0 -‐425,4
a1 108,16 3,06% 96,94% 166,5 -‐19833,5 -‐444,7
K
=
1,2 a2 116,64 4,55% 95,45% 338,0 -‐19662,0 -‐571,3
a3 125,44 6,60% 93,40% 491,0 -‐19509,0 -‐828,3
a4 134,56 9,32% 90,68% 627,5 -‐19372,5 -‐1236,7
a5 144,00 12,81% 87,19% 751,5 -‐19248,5 -‐1810,9
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 1,77% 98,23% -‐24,0 -‐20024,0 -‐377,5
a1 108,16 2,66% 97,34% 166,5 -‐19833,5 -‐365,0
K
=
1,4 a2 116,64 3,91% 96,09% 338,0 -‐19662,0 -‐444,3
a3 125,44 5,63% 94,37% 491,0 -‐19509,0 -‐634,8
a4 134,56 7,91% 92,09% 627,5 -‐19372,5 -‐954,5
a5 144,00 10,84% 89,16% 751,5 -‐19248,5 -‐1417,0
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 2,01% 97,99% -‐24,0 -‐20024,0 -‐425,4
a1 108,16 3,06% 96,94% 166,5 -‐19833,5 -‐444,7
K
=
1,6 a2 116,64 4,55% 95,45% 338,0 -‐19662,0 -‐571,3
a3 125,44 6,60% 93,40% 491,0 -‐19509,0 -‐828,3
a4 134,56 9,32% 90,68% 627,5 -‐19372,5 -‐1236,7
a5 144,00 12,81% 87,19% 751,5 -‐19248,5 -‐1810,9
__________________________________________________________________________________________
Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
68
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 3,88% 96,12% -‐40,0 -‐20040,0 -‐816,0
a1 108,16 6,04% 93,96% 150,5 -‐19849,5 -‐1057,6
K
=
0,8 a2 116,64 9,07% 90,93% 322,0 -‐19678,0 -‐1492,4
a3 125,44 13,12% 86,88% 475,0 -‐19525,0 -‐2149,8
a4 134,56 18,27% 81,73% 611,5 -‐19388,5 -‐3042,3
a5 144,00 24,47% 75,53% 735,5 -‐19264,5 -‐4158,2
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
2
PCE a0 100,00 1,80% 98,20% -‐40,0 -‐20040,0 -‐399,4
a1 108,16 2,90% 97,10% 150,5 -‐19849,5 -‐429,1
K
=
1,0 a2 116,64 4,54% 95,46% 322,0 -‐19678,0 -‐585,6
a3 125,44 6,88% 93,12% 475,0 -‐19525,0 -‐902,0
a4 134,56 10,10% 89,90% 611,5 -‐19388,5 -‐1408,3
a5 144,00 14,30% 85,70% 735,5 -‐19264,5 -‐2124,9
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 1,15% 98,85% -‐40,0 -‐20040,0 -‐271,0
a1 108,16 1,85% 98,15% 150,5 -‐19849,5 -‐220,1
K
=
1,2 a2 116,64 2,90% 97,10% 322,0 -‐19678,0 -‐258,2
a3 125,44 4,42% 95,58% 475,0 -‐19525,0 -‐409,9
a4 134,56 6,56% 93,44% 611,5 -‐19388,5 -‐700,6
a5 144,00 9,44% 90,56% 735,5 -‐19264,5 -‐1152,8
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,94% 99,06% -‐40,0 -‐20040,0 -‐227,9
a1 108,16 1,47% 98,53% 150,5 -‐19849,5 -‐144,4
K
=
1,4 a2 116,64 2,27% 97,73% 322,0 -‐19678,0 -‐131,3
a3 125,44 3,41% 96,59% 475,0 -‐19525,0 -‐206,1
a4 134,56 5,00% 95,00% 611,5 -‐19388,5 -‐387,6
a5 144,00 7,14% 92,86% 735,5 -‐19264,5 -‐693,5
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,87% 99,13% -‐40,0 -‐20040,0 -‐215,0
a1 108,16 1,34% 98,66% 150,5 -‐19849,5 -‐117,1
K
=
1,6 a2 116,64 2,01% 97,99% 322,0 -‐19678,0 -‐79,6
a3 125,44 2,95% 97,05% 475,0 -‐19525,0 -‐115,7
a4 134,56 4,25% 95,75% 611,5 -‐19388,5 -‐239,1
a5 144,00 5,99% 94,01% 735,5 -‐19264,5 -‐462,7
__________________________________________________________________________________________
Andry Soares Rilho. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2011
69
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 3,16% 96,84% -‐72,0 -‐20072,0 -‐703,6
a1 108,16 5,30% 94,70% 118,5 -‐19881,5 -‐941,4
K
=
0,8 a2 116,64 8,49% 91,51% 290,0 -‐19710,0 -‐1407,4
a3 125,44 12,94% 87,06% 443,0 -‐19557,0 -‐2145,8
a4 134,56 18,79% 81,21% 579,5 -‐19420,5 -‐3177,9
a5 144,00 25,96% 74,04% 703,5 -‐19296,5 -‐4487,6
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
4
PCE a0 100,00 0,93% 99,07% -‐72,0 -‐20072,0 -‐257,8
a1 108,16 1,66% 98,34% 118,5 -‐19881,5 -‐212,8
K
=
1,0 a2 116,64 2,85% 97,15% 290,0 -‐19710,0 -‐280,0
a3 125,44 4,72% 95,28% 443,0 -‐19557,0 -‐500,4
a4 134,56 7,49% 92,51% 579,5 -‐19420,5 -‐918,4
a5 144,00 11,38% 88,62% 703,5 -‐19296,5 -‐1572,9
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,46% 99,54% -‐72,0 -‐20072,0 -‐163,4
a1 108,16 0,81% 99,19% 118,5 -‐19881,5 -‐42,8
K
=
1,2 a2 116,64 1,39% 98,61% 290,0 -‐19710,0 12,8
a3 125,44 2,31% 97,69% 443,0 -‐19557,0 -‐19,2
a4 134,56 3,73% 96,27% 579,5 -‐19420,5 -‐166,6
a5 144,00 5,82% 94,18% 703,5 -‐19296,5 -‐460,2
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,33% 99,67% -‐72,0 -‐20072,0 -‐138,3
a1 108,16 1,47% 98,53% 118,5 -‐19881,5 -‐176,4
K
=
1,4 a2 116,64 2,27% 97,73% 290,0 -‐19710,0 -‐163,3
a3 125,44 3,41% 96,59% 443,0 -‐19557,0 -‐238,1
a4 134,56 5,00% 95,00% 579,5 -‐19420,5 -‐419,6
a5 144,00 7,14% 92,86% 703,5 -‐19296,5 -‐725,5
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,30% 99,70% -‐72,0 -‐20072,0 -‐131,7
a1 108,16 0,49% 99,51% 118,5 -‐19881,5 20,6
K
=
1,6 a2 116,64 0,79% 99,21% 290,0 -‐19710,0 132,6
a3 125,44 1,24% 98,76% 443,0 -‐19557,0 195,3
a4 134,56 1,91% 98,09% 579,5 -‐19420,5 198,3
a5 144,00 2,87% 97,13% 703,5 -‐19296,5 130,3
__________________________________________________________________________________________
Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
70
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 1,92% 98,08% -‐136,0 -‐20136,0 -‐520,9
a1 108,16 3,73% 96,27% 54,5 -‐19945,5 -‐690,6
K
=
0,8 a2 116,64 6,74% 93,26% 226,0 -‐19774,0 -‐1122,5
a3 125,44 11,38% 88,62% 379,0 -‐19621,0 -‐1897,1
a4 134,56 17,90% 82,10% 515,5 -‐19484,5 -‐3064,9
a5 144,00 26,28% 73,72% 639,5 -‐19360,5 -‐4616,3
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
8
PCE a0 100,00 0,28% 99,72% -‐136,0 -‐20136,0 -‐192,7
a1 108,16 0,61% 99,39% 54,5 -‐19945,5 -‐67,3
K
=
1,0 a2 116,64 1,25% 98,75% 226,0 -‐19774,0 -‐23,5
a3 125,44 2,42% 97,58% 379,0 -‐19621,0 -‐105,6
a4 134,56 4,45% 95,55% 515,5 -‐19484,5 -‐373,6
a5 144,00 7,68% 92,32% 639,5 -‐19360,5 -‐895,9
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,09% 99,91% -‐136,0 -‐20136,0 -‐154,4
a1 108,16 0,19% 99,81% 54,5 -‐19945,5 15,5
K
=
1,2 a2 116,64 0,40% 99,60% 226,0 -‐19774,0 146,4
a3 125,44 0,78% 99,22% 379,0 -‐19621,0 222,5
a4 134,56 1,48% 98,52% 515,5 -‐19484,5 220,3
a5 144,00 2,66% 97,34% 639,5 -‐19360,5 107,1
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,06% 99,94% -‐136,0 -‐20136,0 -‐147,2
a1 108,16 0,11% 99,89% 54,5 -‐19945,5 32,0
K
=
1,4 a2 116,64 0,22% 99,78% 226,0 -‐19774,0 182,2
a3 125,44 0,41% 99,59% 379,0 -‐19621,0 296,2
a4 134,56 0,76% 99,24% 515,5 -‐19484,5 364,0
a5 144,00 1,34% 98,66% 639,5 -‐19360,5 371,7
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,05% 99,95% -‐136,0 -‐20136,0 -‐145,6
a1 108,16 0,09% 99,91% 54,5 -‐19945,5 36,3
K
=
1,6 a2 116,64 0,17% 99,83% 226,0 -‐19774,0 192,5
a3 125,44 0,30% 99,70% 379,0 -‐19621,0 318,8
a4 134,56 0,53% 99,47% 515,5 -‐19484,5 410,2
a5 144,00 0,90% 99,10% 639,5 -‐19360,5 460,5
__________________________________________________________________________________________
Andry Soares Rilho. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2011
71
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 1,15% 98,85% -‐200,0 -‐20200,0 -‐429,6
a1 108,16 2,55% 97,45% -‐9,5 -‐20009,5 -‐520,1
K
=
0,8 a2 116,64 5,20% 94,80% 162,0 -‐19838,0 -‐878,5
a3 125,44 9,69% 90,31% 315,0 -‐19685,0 -‐1622,1
a4 134,56 16,47% 83,53% 451,5 -‐19548,5 -‐2841,7
a5 144,00 25,62% 74,38% 575,5 -‐19424,5 -‐4549,0
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
12
PCE a0 100,00 0,09% 99,91% -‐200,0 -‐20200,0 -‐218,5
a1 108,16 0,24% 99,76% -‐9,5 -‐20009,5 -‐57,2
K
=
1,0 a2 116,64 0,58% 99,42% 162,0 -‐19838,0 46,6
a3 125,44 1,31% 98,69% 315,0 -‐19685,0 53,6
a4 134,56 2,75% 97,25% 451,5 -‐19548,5 -‐99,0
a5 144,00 5,36% 94,64% 575,5 -‐19424,5 -‐497,4
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,02% 99,98% -‐200,0 -‐20200,0 -‐204,2
a1 108,16 0,05% 99,95% -‐9,5 -‐20009,5 -‐20,0
K
=
1,2 a2 116,64 0,13% 99,87% 162,0 -‐19838,0 136,5
a3 125,44 0,29% 99,71% 315,0 -‐19685,0 256,2
a4 134,56 0,64% 99,36% 451,5 -‐19548,5 322,8
a5 144,00 1,33% 98,67% 575,5 -‐19424,5 309,0
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,01% 99,99% -‐200,0 -‐20200,0 -‐202,2
a1 108,16 0,03% 99,97% -‐9,5 -‐20009,5 -‐14,6
K
=
1,4 a2 116,64 0,06% 99,94% 162,0 -‐19838,0 150,3
a3 125,44 0,13% 99,87% 315,0 -‐19685,0 289,5
a4 134,56 0,27% 99,73% 451,5 -‐19548,5 397,8
a5 144,00 0,54% 99,46% 575,5 -‐19424,5 467,2
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,01% 99,99% -‐200,0 -‐20200,0 -‐201,8
a1 108,16 0,02% 99,98% -‐9,5 -‐20009,5 -‐13,4
K
=
1,6 a2 116,64 0,04% 99,96% 162,0 -‐19838,0 153,8
a3 125,44 0,08% 99,92% 315,0 -‐19685,0 298,1
a4 134,56 0,17% 99,83% 451,5 -‐19548,5 418,0
a5 144,00 0,32% 99,68% 575,5 -‐19424,5 511,2
__________________________________________________________________________________________
Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
72
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,68% 99,32% -‐264,0 -‐20264,0 -‐400,9
a1 108,16 1,74% 98,26% -‐73,5 -‐20073,5 -‐422,5
K
=
0,8 a2 116,64 3,99% 96,01% 98,0 -‐19902,0 -‐701,0
a3 125,44 8,19% 91,81% 251,0 -‐19749,0 -‐1386,3
a4 134,56 15,01% 84,99% 387,5 -‐19612,5 -‐2614,7
a5 144,00 24,71% 75,29% 511,5 -‐19488,5 -‐4431,0
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
16
PCE a0 100,00 0,03% 99,97% -‐264,0 -‐20264,0 -‐270,2
a1 108,16 0,10% 99,90% -‐73,5 -‐20073,5 -‐92,7
K
=
1,0 a2 116,64 0,27% 99,73% 98,0 -‐19902,0 43,1
a3 125,44 0,72% 99,28% 251,0 -‐19749,0 106,5
a4 134,56 1,74% 98,26% 387,5 -‐19612,5 39,4
a5 144,00 3,82% 96,18% 511,5 -‐19488,5 -‐251,8
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐264,0 -‐20264,0 -‐265,0
a1 108,16 0,01% 99,99% -‐73,5 -‐20073,5 -‐76,5
K
=
1,2 a2 116,64 0,04% 99,96% 98,0 -‐19902,0 89,5
a3 125,44 0,12% 99,88% 251,0 -‐19749,0 228,0
a4 134,56 0,29% 99,71% 387,5 -‐19612,5 329,0
a5 144,00 0,69% 99,31% 511,5 -‐19488,5 372,8
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐264,0 -‐20264,0 -‐264,5
a1 108,16 0,01% 99,99% -‐73,5 -‐20073,5 -‐74,7
K
=
1,4 a2 116,64 0,02% 99,98% 98,0 -‐19902,0 94,7
a3 125,44 0,04% 99,96% 251,0 -‐19749,0 242,7
a4 134,56 0,10% 99,90% 387,5 -‐19612,5 367,5
a5 144,00 0,23% 99,77% 511,5 -‐19488,5 465,5
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐264,0 -‐20264,0 -‐264,4
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐73,5 -‐20073,5 -‐74,4
K
=
1,6 a2 116,64 0,01% 99,99% 98,0 -‐19902,0 95,9
a3 125,44 0,03% 99,97% 251,0 -‐19749,0 246,0
a4 134,56 0,06% 99,94% 387,5 -‐19612,5 376,2
a5 144,00 0,12% 99,88% 511,5 -‐19488,5 487,1
__________________________________________________________________________________________
Andry Soares Rilho. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2011
73
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,41% 99,59% -‐328,0 -‐20328,0 -‐409,9
a1 108,16 1,19% 98,81% -‐137,5 -‐20137,5 -‐376,4
K
=
0,8 a2 116,64 3,07% 96,93% 34,0 -‐19966,0 -‐579,9
a3 125,44 6,91% 93,09% 187,0 -‐19813,0 -‐1195,7
a4 134,56 13,65% 86,35% 323,5 -‐19676,5 -‐2407,0
a5 144,00 23,74% 76,26% 447,5 -‐19552,5 -‐4301,0
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
20
PCE a0 100,00 0,01% 99,99% -‐328,0 -‐20328,0 -‐330,1
a1 108,16 0,04% 99,96% -‐137,5 -‐20137,5 -‐145,4
K
=
1,0 a2 116,64 0,13% 99,87% 34,0 -‐19966,0 7,5
a3 125,44 0,41% 99,59% 187,0 -‐19813,0 106,0
a4 134,56 1,12% 98,88% 323,5 -‐19676,5 100,5
a5 144,00 2,75% 97,25% 447,5 -‐19552,5 -‐101,8
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐328,0 -‐20328,0 -‐328,2
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐137,5 -‐20137,5 -‐138,4
K
=
1,2 a2 116,64 0,01% 99,99% 34,0 -‐19966,0 31,1
a3 125,44 0,05% 99,95% 187,0 -‐19813,0 177,7
a4 134,56 0,14% 99,86% 323,5 -‐19676,5 296,3
a5 144,00 0,37% 99,63% 447,5 -‐19552,5 373,7
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐328,0 -‐20328,0 -‐328,1
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐137,5 -‐20137,5 -‐137,8
K
=
1,4 a2 116,64 0,00% 100,00% 34,0 -‐19966,0 33,1
a3 125,44 0,01% 99,99% 187,0 -‐19813,0 184,2
a4 134,56 0,04% 99,96% 323,5 -‐19676,5 315,8
a5 144,00 0,10% 99,90% 447,5 -‐19552,5 427,4
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐328,0 -‐20328,0 -‐328,1
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐137,5 -‐20137,5 -‐137,7
K
=
1,6 a2 116,64 0,00% 100,00% 34,0 -‐19966,0 33,4
a3 125,44 0,01% 99,99% 187,0 -‐19813,0 185,5
a4 134,56 0,02% 99,98% 323,5 -‐19676,5 319,6
a5 144,00 0,05% 99,95% 447,5 -‐19552,5 438,0
__________________________________________________________________________________________
Aplicação de Métodos Probabilísticos e Análise da Decisão em Projetos Geotécnicos
74
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,15% 99,85% -‐456,0 -‐20456,0 -‐485,6
a1 108,16 0,57% 99,43% -‐265,5 -‐20265,5 -‐378,6
K
=
0,8 a2 116,64 1,82% 98,18% -‐94,0 -‐20094,0 -‐458,8
a3 125,44 4,95% 95,05% 59,0 -‐19941,0 -‐930,6
a4 134,56 11,30% 88,70% 195,5 -‐19804,5 -‐2063,8
a5 144,00 21,84% 78,16% 319,5 -‐19680,5 -‐4049,2
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
28
PCE a0 100,00 0,00% 100,00% -‐456,0 -‐20456,0 -‐456,3
a1 108,16 0,01% 99,99% -‐265,5 -‐20265,5 -‐266,9
K
=
1,0 a2 116,64 0,03% 99,97% -‐94,0 -‐20094,0 -‐100,4
a3 125,44 0,13% 99,87% 59,0 -‐19941,0 32,8
a4 134,56 0,47% 99,53% 195,5 -‐19804,5 101,5
a5 144,00 1,46% 98,54% 319,5 -‐19680,5 28,5
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐456,0 -‐20456,0 -‐456,0
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐265,5 -‐20265,5 -‐265,6
K
=
1,2 a2 116,64 0,00% 100,00% -‐94,0 -‐20094,0 -‐94,4
a3 125,44 0,01% 99,99% 59,0 -‐19941,0 57,4
a4 134,56 0,03% 99,97% 195,5 -‐19804,5 189,4
a5 144,00 0,11% 99,89% 319,5 -‐19680,5 297,8
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐456,0 -‐20456,0 -‐456,1
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐265,5 -‐20265,5 -‐265,8
K
=
1,4 a2 116,64 0,00% 100,00% -‐94,0 -‐20094,0 -‐94,9
a3 125,44 0,01% 99,99% 59,0 -‐19941,0 56,2
a4 134,56 0,04% 99,96% 195,5 -‐19804,5 187,8
a5 144,00 0,10% 99,90% 319,5 -‐19680,5 299,4
Padm
(tf) P
ruína P
não
ruína Sucesso
(R$x1000)
Fracasso
(R$x1000) Esperado
(R$x1000)
a0 100,00 0,00% 100,00% -‐456,0 -‐20456,0 -‐456,1
a1 108,16 0,00% 100,00% -‐265,5 -‐20265,5 -‐265,7
K
=
1,6 a2 116,64 0,00% 100,00% -‐94,0 -‐20094,0 -‐94,6
a3 125,44 0,01% 99,99% 59,0 -‐19941,0 57,5
a4 134,56 0,02% 99,98% 195,5 -‐19804,5 191,6
a5 144,00 0,05% 99,95% 319,5 -‐19680,5 310,0
__________________________________________________________________________________________
Andry Soares Rilho. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2011