Sistema Nervoso 1
Sistema Nervoso 1
Sistema Nervoso 1
Este texto jamais deverá substituir a leitura dos livros e/ou textos recomendados
em sala de aula.
SISTEMA NERVOSO
(MORAES, I.A.)
Atualização em 09/09/2009
Introdução
Durante a evolução dos metazoários, surgiram dois sistemas de integração para coordenar
as funções de vários órgãos especializados que apareceram nestes animais: os sistemas
nervoso e endócrino.
O tecido nervoso acha-se distribuído pelo organismo, formando uma grande rede de
comunicações, sendo necessário seu conhecimento para compreensão de outros sistemas
orgânicos. O conhecimento do sistema nervoso autônomo (SNA) é essencial para entender o
controle reflexo de muitas funções mais críticas do organismo. Do mesmo modo, o
conhecimento da barreira hematoencefálica e do sistema do líquido cerebroespinhal é
fundamental para compreender a homeostase do sistema nervoso central (SNC). Por estas e
outras razões apresentaremos aqui um estudo geral sobre a fisiologia do sistema nervoso,
assim como sobre o exame clínico que faz parte da avaliação neurológica do cão.
Características gerais:
Cérebro
Encéfalo Cerebelo Mesencéfalo
Sistema Nervoso Central Tronco encefálico Ponte
Medula oblonga (bulbo)
Medula espinhal
aferente (sensitivo)
Sistema nervoso somático
eferente (motor)
aferente (sensitivo)
Sistema nervoso visceral
eferente (motor) Sistema nervoso autônomo
Telencéfalo
Prosencéfalo Diencéfalo (tálamo e hipotálamo)
Cérebro (córtex cerebral, núcleos da base, sistema límbico, rinencéfalo)
OBS * O cérebro pode ainda ser dividido grosseiramente em cérebro inferior e superior.
O sistema nervoso visceral é também chamado de sistema nervoso de vida vegetativa, pois
está relacionado com a constância do meio interno e corresponde a atitudes involuntárias. É
responsável pela inervação e controle das estruturas viscerais, garantindo a constância do
meio interno. O seu componente aferente conduz impulsos nervosos originários dos
receptores (visceroceptores) e áreas específicas do sistema nervoso. E o componente
eferente leva impulsos originados no centro nervoso até as glândulas, músculo liso e
cardíaco.
B - TIPOS CELULARES
1- NEURÔNIO ou CÉLULA NERVOSA: é a unidade funcional, anatômica e estrutural do
sistema nervoso.
Consiste em quatro regiões distintas:
• BIPOLAR
• MULTIPOLAR
• PSEUDO-UNIPOLAR
Quanto à posição:
CIRCUITOS NEURONAIS:
TIPOS DE CIRCUITOS:
D - CIRCUITO PARALELO: Ele contém neurônios em série, onde cada um emite um ramo
para o neurônio terminal. Por haver um atraso de transmissão na sinapse, uma salva de
estímulos chega ao neurônio final. Diferente do circuito reverberante, os impulsos cessam
após a transmissão. Esse tipo de circuito promove reforço a um estímulo simples.
Atenção:
Atenção :
NODOS DE RANVIER
São intervalos circunferenciais que ocorrem intermitentemente na bainha de mielina que
garantem a Condução Saltatória do impulso nervoso. Logo quanto maior for a distância entre
estes nódulos (ou seja , quanto mais mielinizada for a fibra) , maior a velocidade de
condução do impulso nervoso.
DEGENERAÇÃO WALLERIANA
Conjunto de possíveis eventos que podem ocorrer quando uma fibra é seccionada
(acompanhe observando a figura abaixo):
2- CÉLULAS DA GLIA
São células lábeis, de importância vital para os neurônios, sendo a sua principal função a
nutrição (além da estrutural). Estas células não produzem potencial de ação.
* isto porque os capilares do tecido nervoso são totalmente envolvidos por prolongamentos
dos astrócitos, não havendo contato direto entre os neurônios e os capilares!
De acordo com Klemm (1996) (In: Swenson&Reece, 1996), apenas três tipos de células
gliais devem ser admitidos: Oligodendrócitos (Célula de Schwann que sintetiza a mielina),
Astrócitos ( apresentam processos citoplasmáticos que ligam aos vasos sanguíneos), e
Micróglia (São células fagocíticas, e não um tipo GLIAL, pois são leucócitos que invadem o
tecido nervoso cumprindo seu papel de defesa). Conclui-se então que existem apenas dois
tipos de celulas gliais.
Segundo o autor, na Epilepsia, observa-se proliferação de astrócitos com formação de
cicatrizes gliais como responsáveis pelo aumento da liberação de K+.
3- MENINGES
São membranas de tecido conjuntivo que envolvem e protegem o SNC. São formadas por 3
camadas:
DURA-MÁTER: é a meninge mais externa e mais espessa (tecido conjuntivo denso). Possui
vasos e nervos (esta inervação é a responsável pela sensação de "dor-de-cabeça").
A dura-máter craniana difere da espinhal. A primeira é formada por 2 folhetos, um externo e
um interno. Já a dura-máter espinhal possui apenas um folheto, sendo originado pelo
prolongamento do folheto interno da dura-máter craniana. O espaço entre a dura-mater
espinhal e o periósteo das vértebras é chamado de espaço epidural.
CONE MEDULAR
Limite caudal da medula, onde ocorre um afilamento da mesma. Após a este cone
encontramos a "cauda equina".
CAUDA EQÜINA
Durante toda a vida fetal a medula ocupa toda a extensão do canal vertebral os nervos
espinhais correm em direção horizontal. A medida que a coluna se alonga, a medula não
acompanha seu crescimento, e as raízes dos nervos vão adquirindo uma direção cada vez
mais obliqua em direção aos respectivos forames de conjugação. Conseqüentemente abaixo
das primeiras vértebras lombares o canal está ocupado por um feixe de nervos lombares,
sacros e coccígeos em forma de cabeleira denominado de "cauda equina". A diferença entre
o nível medular de determinada raiz e o seu nível de saída pelo forâmen de conjugação tem
importância prática quando se deseja bloquear determinada raiz nervosa com precisão na
anestesia.
ANESTESIAS ESPINHAIS:
Promove um relaxamento superior porém por um período mais curto pois é injetado na
corrente liquórica.
4-Ventrículos do Encéfalo
6-Barreira Hematoencefálica
Muitas substâncias do sangue não entram prontamente nas células do SNC, e uma das
limitações disso é a conhecida barreira hematoencefálica. Os capilares do SNC têm junções
coesas entre suas células endoteliais no lugar de poros abertos o que limita a difusão de
substâncias a partir dos capilares. Substâncias lipossolúveis, entretanto, tais como oxigênio e
dióxido de carbono, difundem-se facilmente. Para muitas substâncias, células presentes no
tecido conjuntivo do SNC, conhecidas como astrócitos, interpõem-se entre as células do
endotélio e do sistema nervoso central. Os astrócitos são seletivos ao material que
transportam, devido a um importante centro que monitoriza os constituintes do sangue; não
há barreira hematoencefálica no hipotálamo.
Existe também uma barreira entre as células do plexo coróide (tufos de capilares que
projetam-se nos ventrículos cerebrais) e o líquido cerebroespinhal que é fornecido pelas
células do plexo coróide. Uma barreira provavelmente existe entre o líquido cerebroespinhal
e a pia-máter para certas substâncias, mas muitas difundem-se facilmente entre o LCE e o
encéfalo. Drogas presentes no sangue podem não afetar o encéfalo, mas quando colocadas
diretamente no LCE podem ter um efeito profundo.
7- NERVOS
São cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido
conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos (Machado,1974)
São três as bainhas de tecido conjuntivo
C - SINAPSES
1- DEFINIÇÃO
É o ponto de encontro entre dois neurônios ou entre um neurônio e a célula muscular, onde
não há contato físico, havendo então uma fenda sináptica. Os impulsos são transmitidos de
um neurônio para o outro ou para a célula muscular por meio de mediadores químicos
liberados neste espaço, chamados neurotransmissores.
2- CLASSIFICAÇÃO
• EXCITATÓRIAS
• INIBITÓRIAS
• AXO-SOMÁTICA
• AXO-DENDRÍTICA
• AXO-AXÔNICA
• DENDRO-DENDRÍTICAS
• AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA ou MISTA
8- NEUROTRANSMISSORES
8.2 - CLASSIFICAÇÃO
CLASSE I = Acetilcolina
Os mais importantes são a acetilcolina e adrenalina sendo possível classificar as fibras como
colinérgicas ou adrenérgicas em função do neurotransmissor liberado.
Síntese de Epinefrina: [Tirosina => DOPA => Dopamina => Nor-epinefrina => epinefrina
(dura 20 a 40`)]
Epinefrina => Fonte básica = medula adrenal, mas pode ser encontrada no cérebro
2- Destruição enzimática
POTENCIAL DE REPOUSO
=>é o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa.
=>é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para
dentro contra os seus gradientes de concentração, pela permeabilidade seletiva da
membrana ao K+ e não ao Na+ e pelos ânions com carga negativa retidos no interior da
célula pela membrana celular.
=>-75 mV
POTENCIAL DE AÇÃO
=>se caracteriza por alterações “explosivas” no potencial de membrana que se inicia com
uma etapa de despolarização, seguida da repolarização e hiperpolarização..
ETAPA DE DESPOLARIZAÇÃO
=> é a etapa, em que a membrana torna-se extremamente permeável aos íons Na+, ocorre
portanto influxo de Na+ e conseqüente aumento de carga positiva no interior da célula.
=>-75mV até +35 mV
(A etapa de despolarização só ocorre se atingir o limiar de excitabilidade da célula (-65mV) .
..."TUDO OU NADA")
ETAPA DE REPOLARIZAÇÃO
=>é a etapa em que ocorre fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+.
=>+35 mV até -75 mV
.ETAPA DE HIPERPOLARIZAÇÃO
=>é um período de alguns milissegundos em que a célula não reage aos neurotransmissores
pois estão com excesso de negatividade em seu interior o que impede a ocorrência de um
novo potencial de ação (isto permite um tempo de descanso, somente um estímulo de maior
intensidade levará a célula de -90 a -65mv).
=>-75mv até -90 mV
OBSERVAÇÕES: vale a pena lembrar que a velocidade do impulso nervoso na fibra varia com
o calibre da mesma e a disposição de mielina.
TIPOS DE SINAPSE
INTENSIDADE DO ESTÍMULO: Quanto maior for o estímulo maior será a freqüência dos
potenciais de ação. Não ocorre aumento de intensidade do potencial pois ele é sempre "tudo
ou nada".
E - SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações
nervosas.
1-NERVOS ESPINHAIS
São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação
do tronco, membros e parte da cabeça.
2- NERVOS CRANIANOS
São os que fazem conexão com o encéfalo (cérebro; cerebelo e tronco encefálico) sendo que
a maioria faz conexão com o tronco encefálico (exceção, olfatório com telencéfalo e o óptico
com o diencéfalo.
Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais
dos sentidos tais como gustação, audição, etc.
São 12 pares.
COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS
FIBRAS
EFERENTES VISCERAIS GERAIS => p/ o SNA
ESPECIAIS => p/ músculos da laringe e faringe, da mímica
facial e mastigatórios.
OS PARES CRANIANOS:
I-OLFATÓRIO (Sensitivo)
II-OPTICO (Sensitivo)
VII - FACIAL (Misto) = É responsável pela sensibilidade gustativa de 2/3 anterior da língua e
do palato, eferente para os músculos da face (músculos da mímica facial) e fronte, glândulas
salivares e lacrimal.
SENSIBILIDADE DA LÍNGUA:
Quando aferentes...........Sensitivas.........Receptores
Quando eferentes...........Motoras............Placas Motoras
• GERAIS
• ESPECIAIS
=>GERAIS
São estruturas mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas
em LIVRES ou ENCAPSULADAS.
As terminações responsáveis pelo tato, frio e calor e pressão, são do tipo ENCAPSULADAS e
recebem nomes especiais tais como:
LIVRES (EXEMPLOS)
• TERMINAIS DOS FOLÍCULOS PILOSOS => Tratam-se de fibras sensoriais mielínicas, que
se espiralam em torno da raiz dos pêlos. Podem ser de adaptação rápida ou lenta. Sua
função é o tato (através das vibrissas – ”bigodes do focinho”de alguns mamíferos,
particularmente importantes em carnívoros e roedores).
• DISCOS DE MERKEL => São pequenas arborizações das extremidades de fibras receptoras
sensoriais; na ponta de cada uma destas arborizações, há expansões em forma de
disco,associadas à uma ou duas células epiteliais, que apresentam vesículas secretoras (com
possível influência na transdução feita por estes receptores). São de adaptação lenta.
Localizam-se na epiderme, e parecem envolvidos com informações de tato e pressão
contínuos (transdução mecanoelétrica). Suas fibras são mielínicas.
ENCAPSULADAS (EXEMPLOS)
• BULBOS DE KRAUSE => São pouco conhecidos; sua função é incerta (alguns os
consideram como termorreceptores sensíveis ao frio). São encapsulados,e localizam-se nas
bordas da epiderme com as mucosas. Suas fibras são mielínicas.
=>ESPECIAIS - estrutura mais complicada fazendo parte dos órgãos especiais dos sentidos
localizados na cabeça.
EXTEROCEPTORES
Localizados na superfície externa e ativados pelo frio, calor, e pressão. Além desses,
incluem-se receptores responsáveis pelos sentidos especiais de Visão, Audição, Olfação
(incluindo o vomeronasal) e Gustação.
INTEROCEPTORES
PROPRIOCEPTORES
Obs.: A maioria dos receptores pode responder à estímulos para os quais não são
especializados, porém os limiares são muito altos.
PODEM SER:
SOMÁTICA
Forma a placa motora
Fibra é sempre colinérgica
Músculo esquelético
VISCERAL
Não existe placa motora (varicosidades)
Fibra é colinérgica ou adrenérgica
Músculo liso
ARCOS REFLEXOS
DEFINIÇÃO
COMPONENTES BÁSICOS
Todos os arcos reflexos contêm 5 componentes básicos necessários para sua função normal.
3 - SINAPSE – Permite a passagem de juma fibra para outra. Um reflexo pode ser
monossinaptico ou polissinaptico
4 - NERVO MOTOR - conduz o P.A. do SNC para o órgão efetuador saindo da medula pela
raiz ventral. Transforma um impulso elétrico em ação mecânica.
EXEMPLOS:
• propriocepção consciente (receptor => medula lombar => medula torácica =>
córtex)
• reflexo de coçar do cão.
• reflexo de retirada
REFLEXOS BULBARES
• Reflexos respiratórios
• Reflexos vasomotores
• Reflexos cardiomotores
REFLEXOS MEDULARES
REFLEXO PATELAR
REFLEXO DA CRUZ
REFLEXO ESCROTAL
• Contração da bolsa escrotal por frio ou toque
Os reflexos podem ser usados para avaliar clinicamente o Sistema Nervoso, pois
quando se testa um reflexo, em verdade se está testando seus componentes básicos.
Os reflexos mais utilizados são o Pupilar eo da propriocepção.
Requerimento Sangüíneo
O SNC deve ter um suprimento sangüíneo contínuo para suas funções normais, diferente de
outros tecidos que podem ser desprovidos do suprimento sangüíneo por algum período e
recuperar sua função normal quando o sangue retorna. Cinco a dez minutos de pouco ou
nenhum sangue para o cérebro danifica tão intensamente as células nervosas que a
recuperação não ocorre. Os centros respiratório e cardiovascular (na medula) são mais
resistentes a anoxia (ausência de oxigênio) e o retorno da função pode ocorrer mesmo após
10 minutos sem sangue.
A tolerância de um encéfalo adulto à anoxia é muito mais baixa do que a de um encéfalo de
um recém-nascido.
1- MEDULA ESPINHAL
• Possui uma substância cinzenta localizada no centro, que se assemelha a um H
maiúsculo, que consiste de corpos celulares de neurônios, fibras amielínicas e células
da glia. A substância branca (rica em mielina) é composta de diversos tratos e
também células da glia.
• Recebe potenciais de ação oriundos de receptores da pele, músculos, tendões,
articulações e órgãos viscerais.
• Emite axônios dos nervos motores inferiores que saem pela raiz ventral e atingem o
músculo esquelético.
• Contém axônios que conduzem informações sensoriais para o cérebro e do cérebro
para os neurônios motores inferiores, integrando as partes mais distantes do corpo
ao Centro Nervoso Superior.
Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros que controlam os sistemas
cardiovascular e respiratório.
3- PONTE
OU SEJA, serve de elo entre as informações do córtex que vão para o cerebelo para que este
coordene os movimentos pretendidos e reais. Também vai estar no caminho dos impulsos
direcionados a medula.
4- MESENCÉFALO
5- DIENCÉFALO
Subtálamo
Situado na parte posterior do diencéfalo (área de transição). Região que possui continuação
com estruturas mesencefálicas (núcleo rubro, formação reticular e substância nigra).
Epitálamo
6- HEMISFERIOS CEREBRAIS
• Formados pelo Córtex cerebral (que nas aves é pouco desenvolvido) e Gânglios da
base
• Contem estruturas associadas às funções sensoriais e motoras superiores e à
consciência
São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor
inferior
• PIRAMIDAL (todas as fibras saem do córtex, e dentro do bulbo, passam por uma
região chamada de pirâmide)
• EXTRAPIRAMIDAL ( fibras que não passam pela pirâmide)
• CEREBELIO
=> O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a
medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior.
SISTEMA PIRAMIDAL
O sistema piramidal é constituído por 3 grandes vias axônicas originárias do córtex cerebral
unindo-se a medula, tronco encefálico e cerebelo.
LEMBRAR: lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada
(Hemiparesia)
SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL
OBS: Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral
responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional.
OBS: O Núcleo Rubro tem sido responsabilizado pelos movimentos voluntários instintivos nos
animais irracionais. Sendo muito desenvolvido na cabra e nas ovelhas.
CEREBELO
• É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se
estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares
esqueléticas.
Será melhor explicada na parte de Avaliação do Sistema Nervoso no fim deste texto. Veja
aqui o conhecimento básico:
2- NENHUMA ATROFIA
OBS.:O Mal de Parkinson e a Síndrome do envenenamento pelo Cardo Estrelado nos eqüinos
são disfunções do Sistema Extrapiramidal
2- DISMETRIA
Normalmente estas dismetrias estão associadas com lesões do pedúnculo cerebelar caudal
ipsilateral.
1- PARALISIA FLÁCIDA
2- ATROFIA
3- PERDA DA CAPACIDADE DE REFLEXO MIOTÁTICO (estiramento e contração constante e
inconsciente que ocorre a todo momento que impede a atrofia).
4- HIPO-REFLEXIA
=>Tais sintomas ocorrem pois a mensagem não atinge o órgão efetuador ou seja o músculo
=>Não funcionam o reflexo de estiramento muscular e o reflexo de retraimento ao beliscão.
• Perda da consciência:
O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento do sistema ou formação
reticular (córtex e tronco cerebral) que garante a regulação do ciclo sono/vigília.
Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez mais profundo que chega
ao coma. Não pode ser esquecido que as alterações de consciência podem ocorrer
em conseqüência de distúrbios metabólicos gerais (coma diabético, urêmico ou
hepático), ou tóxico (envenenamentos).
• Sonolência: muito observado nas lesões mesencefálicas.
• Agressão/passividade: lesões do córtex temporal
• Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do lobo frontal.
• Mioclonias: São contrações repetitivas e rítmicas de parte de um músculo, todo o
músculo ou um grupo muscular restritas a uma área do corpo. Diferencia do tremor
pois nele ocorrem movimentos alternados de grupos musculares opostos.
• Um exemplo de mioclonia ocorre na Cinomose. A mioclonia da cinomose ocorre na
musculatura temporal, massetérica e dos membros. Na fase aguda se deve às lesões
nos núcleos da base e na fase crônica se devem a lesões do NMI (neurônio motor
inferior) ou interneurônios.
O sistema nervoso autônomo regula funções subconscientes tais como: pressão arterial,
freqüência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar (midríase = abertura da
pupila; miose = fechamento da pupila).
DIFERENÇAS ANATÔMICAS:
DIFERENÇAS FUNCIONAIS
IMPORTANTE : A maioria dos órgãos recebem inervação de ambos (SNS e SNP) com exceção
da medula da supra-renal, músculos piloeretores, glândulas sudoríparas e os vasos
sanguíneos, dos músculos esqueléticos. Nestes casos a inervação é somente simpática, mas
o nurotransmissor pode diferir entre eles.
MEDIADORES QUÍMÍCOS
EM RESUMO:
MEDULA ADRENAL
RECEPTORES PÓS-GANGLIONARES
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
Considerações Gerais
Em Humanos:
O Sono não ativado é também chamado de sono de ECG ondas lentas ou de Zono não REM e
o Sono ativado é também chamado de Sono Desincronizado ou paradoxal, e o ECG é igual
aquele observado durante a vigília.
Durante o período de sono ocorrem várias fases REM de 30 minutos cada
Durante a fase REM há atonia de todos os músculos com exceção dos respiratórios, cardíaco,
oculares e do ouvido médio.
Acredita-se que o sono Não REM descansa o cérebro e o sono REM descansa os músculos
Sem a fase REM, os ratos apresentam baixa imunológica e morrem.
A fase REM está relacionada com o aprendizado. Há avaliação e escolha do que será
memorizado ou não.
O Sonho ocorre em ambas as fases, mas na fase Não REM o sonhador é sempre passivo e na
fase REM é o protagonista.
Se acordar no meio da fase REM 100% dos indivíduos se lembra do sonho e 75% deles
poderão se lembrar se acordar até 8 min após o REM.
Em Golfinhos:
Ø Existe desligamento de apenas um dos hemisférios durante o sono, sendo que o tempo de
desligamento é variável entre as espécies.
Ø Ocorre desligamento unilateral durante 1 hora e em seguida a sua ativação por 2 horas e
assim sucessivamente.
A - Objetivos
1 - Estado mental
O estado mental é regulado pelo tronco cerebral e pelo cérebro e consiste do nível e do teor
da consciência. Um animal normal fica alerta; um animal anormal fica deprimido,
entorpecido ou comatoso. Um animal demente não está ciente e não se relaciona com seu
meio ambiente. Ele pode bater a cabeça, cair das mesas e mostrar de outras maneiras um
desprezo completo com sua própria segurança e bem estar.
2 - Postura da cabeça
Marcha em círculos
Uma lesão em qualquer parte do cérebro pode provocar a marcha em círculos, sendo que o
animal geralmente o faz em direção ao lado doente.
Obs: Pode se observar Ataxia no caso de doença ou lesão do cerebelo, do tronco cerebral, da
medula espinhal e lesões do sistema nervoso periférico nos nervos espinhais ou no oitavo
nervo craniano (NC8). Uma lesão cerebral raramente causa ataxia.
3 - Reações Posturais
Estes testes avaliam as fibras proprioceptivas dos nervos periféricos, medula espinhal, tronco
cerebral, cérebro e cerebelo, além dos neurônios motores superiores e suas conexões. Como
avaliam porções do sistema nervoso, constituem boas ferramentas de triagem para detecção
de distúrbios no mesmo, mas não são úteis no caso de localização específica.
4 - Posicionamento Proprioceptivo
Quando deslocamos o membro do animal de alguma forma ele rapidamente traz o membro
de volta a uma posição de repouso normal se as reações de atitude e posturais se
encontrarem intactas. De acordo com Cunningham (1992), lesões no sistema piramidal
(mais precisamente nos neurônios motores superiores do trato corticoespinhal) causam
perda de propriocepção além de fraqueza contra lateral.
5 - Hemissaltitamento
Suspende-se os membros de um lado, enquanto o paciente saltita para o lado com os outros
dois membros. Um animal normal não apresenta problema na sua própria manutenção
durante este teste.
6 - Carinho de Mão
1 - Reflexos Proprioceptivos
Esses reflexos miotáticos são iniciados por estiramento dos tendões ou dos fusos
musculares. São eles:
• Reflexo Tricipital: Esse procedimento testa o nervo radial que surge dos segmentos
da medula espinhal C7 e T2. Dispare-o através de uma batida no tendão de inserção
do músculo tríceps. Uma resposta normal corresponde a uma extensão ligeira do
cotovelo. Este teste é freqüentemente difícil de conseguir.
• Reflexo Extensor Carporradial: Este testa o nervo radial e segmento da medula
espinhal C7 a T2. Dispare-o através de um batida no ventre muscular do músculo
extensor carporradial, resultando em extensão do carpo.
• Reflexo Bicipital: Esse reflexo avalia o nervo musculocutâneo, que surge dos
segmentos da medula espinhal C6 a C7. Comece-o através de uma batida no tendão
de inserção do músculo bíceps, provocando flexão ligeira do cotovelo. Esse reflexo
também é difícil de se conseguir.
• Reflexo Patelar: Esse reflexo testa o nervo femoral e seus segmentos do cordão (L4
a L6). Dispare-o através de uma batida no tendão patelar, produzindo uma extensão
da soldra (joelho anatômico)
• Reflexo Tibial Cranial: Esse reflexo testa o ramo fibular do nervo ciático, que se
originam dos segmentos da medula espinhal L2 a S2. Inicie-o através de uma batida
no ventre do músculo tibial cranial. A resposta normal é uma flexão do tarso.
• Reflexo Gastrocnêmico: Esse reflexo testa o ramo tibial do nervo ciático, que se
origina dos segmentos da medula espinhal L6 a S2. Dispare-o através de uma batida
no ventre do músculo gastrocnêmio ou no seu tendão de inserção. A resposta normal
esperada é a extensão do tarso, no entanto, muitos pacientes apresentam flexão do
tarso.
Esses reflexos são iniciados através de estímulos dolorosos como pinçamento, compressão
ou alfinetadas, que estimulam a retirada do membro ou alguma outra ação reflexa. E
importante perceber que esses reflexos só testam a integridade de um arco reflexo espinhal.
O fato da presença da retirada reflexa não significa nada acerca da saúde dos trajetos
nociceptivos que correm cranialmente até o cerebro. Logo não possuem influencia do
neurônio motor superior.
• Reflexo Flexor Torácico: Este reflexo utiliza todos os nervos periféricos do membro
torácico e testa os segmentos da medula espinhal C6 a T2. Dispare-o através de uma
compressão digital. A resposta normal é a retirada do membro a partir da fonte do
estímulo. A perda do reflexo indica uma lesão do arco reflexo.
• Reflexos Flexores do Membro Pélvico: Esses reflexos testam o nervo ciático e seus
ramos e as raízes nervosas de L6 a S2. Inicie-os através de compressão digital. A
resposta normal é a retirada do membro a partir da fonte do estimulo.
• Reflexo Perineais: O mais utilizado é o reflexo anal, que testa os nervos perineal e
pudendo, os segmentos da medula espinhal S1 a S3 e cauda eqüina. Inicie-os
através de uma alfinetada ou batidas leves na pele perineal. A resposta esperada é
uma constrição do esfíncter anal e flexão da cauda.
Avaliação Nociceptiva
3 - Reflexos Especiais
Tratam-se de reflexos suprimidos pelo neurônio motor superior nos animais normais. Logo a
presença desse reflexos indica a perda da inibição do neurônio motor superior em um arco
reflexo.
• Reflexo de Babinski: Esse reflexo ocorre somente nos membros pélvicos. Dispare-o
através de uma batida leve na face plantar do metatarso. Em um animal normal, os
dedos ou não são afetados ou se flexionam ligeiramente. Na presença de uma
doença do neurônio motor superior os dedos se separam e se elevam
(dorsoflexionam), que é conhecido como reflexo Babinski positivo.
• Reflexo Extensor Cruzado: Esse reflexo anormal pode ser observado em qualquer
membro. Inicie-o através do disparo de uma resposta flexora em um animal em
decúbito lateral. Em um animal normal o membro estimado se flexiona e o membro
contralateral pariado não é afetado. Na presença de uma doença do neurônio motor
superior quando o membro estimulado se flexiona, o membro pariado contra lateral
estender-se-á involuntariamente.
Os distúrbios do cordão espinhal não provocam sinais referíveis a doenças acima do forame
magno (como alteração mental, déficits de nervos cranianos e ataxia vestibular e cerebelar).
Sinais Clínicos:
E - Cerebropatias
• Déficits de Nervos Cranianos (Os pares III a XII surgem a partir do tronco cerebral.
• Os sinais vestibulares são comuns e incluem perda do equilíbrio, inclinação da
cabeça, nistagmo patológico e marcha em círculos.
• A fraqueza dos membros resulta de lesão nos trajetos motores. Isso produzirá sinais
do neurônio motor superior.
Os níveis de consciência anormais manifestam-se como depressão, entorpecimento
ou coma.
• Alteração da freqüência ou do ritmo cardíaco ou alterações dos padrões respiratórios
constituem os sinais mais freqüentes e indicam lesão de maior risco de vida.
• Sonolência: muito observado nas lesões mesencefálicas.
• Ataques convulsivos.
• Alteração de personalidade.
• Anormalidade visuais.
• Marcha em círculos.
• Déficits proprioceptivos contralaterais.
• Déficits dos nervos cranianos.
• A manifestação clínica do déficit sensorial será oposta ao hemisfério doente.
• Perda da consciência. O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento do
sistema ou formação reticular (córtex e tronco cerebral) que garante a regulação do
ciclo sono/vigília. Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez mais
profundo que chega ao coma.
• Agressão/passividade: Lesões do córtex temporal
• Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do lobo frontal.
• Mioclonias: São contrações repetitivas e rítmicas de parte de um músculo, todo o
músculo ou um grupo muscular restritas a uma área do corpo. Diferencia do tremor
pois nele ocorrem movimentos alternados de grupos musculares opostos. Podem
ocorrer na fase aguda da Cinomose devido às lesões nos núcleos da base e na fase
crônica se devem a lesões do NMS ou interneurônios. A mioclonia da cinomose
ocorre na musculatura temporal, massetérica e dos membros.
Atenção:
BIBLIOGRAFIA
CHANDLER E.A. & THOMPSON D.J & SUTTON J.B.- Medicina e Terapêutica de
Caninos,
ed. 1o , Editora Manole, 610p
SWENSON &REECE - Dukes- Fisiologia dos Animais Domésticos. Parte VII- Sistema
Nervoso, Sentidos Especiais, Músculo Esquelético e Regulação da Temperatura - 1la
ed. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro-RJ, 1996. 856p