Cap 8

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A ARTE NO EGITO

RELIGIÃO

A religião invadiu todo o Egito,


interpretando o universo, justificando sua
organização social e política,
determinando o papel de cada classe
social e,orientando toda a produção
artística.
Acreditavam em:
•DEUSES
•VIDA PÓS-MORTE
Vida após a morte
• Os egípcios se destacavam por acreditarem na
vida pós morte, e por todos os rituais que
cercavam essa passagem.

• 1º A Conservação do Corpo
• 2º A transição do mundo dos Vivos para o dos
mortos
• 3º O Julgamento de Osíris
Os Deus egípcios
• Os Egípcios por cultuarem os animais, e
forças da natureza como o sol, a Lua e o
vento, representavam seus deus de 3 formas:

• deuses com formato de animal


(zoomorfismo)
Antropomorfismo
Deuses somente com o formato humano
Antropozoomorfismo
Deuses com o formato de homem
juntamente com animal (corpo de homem e
cabeça de animal )
A Mitologia
• O Deus mais importante era Rá considerado o
criador do universo. Considerado o Deus Sol
ele criou os outros deuses e teria ganho de
seu pai o domínio da Terra.

• O culto de Rá era em Heliopolis (mais


antigo centro comercial do Baixo Egito
)Quando a Capital do Império egípcio passa
a ser Tebas, Amon o deus protetor dos
tebanos se junta com Rá formando Amon Rá.
Os Demais deuses
• Toth - sabedoria, conhecimento, representante da Lua
• Anúbis- os mortos e o submundo
• Hathor - amor, alegria, dança, vinho, festas
• Hórus- céu
• Khnum - criatividade, controlador das águas do rio Nilo
• Maet - justiça e equilíbrio
• Ptah - obras feitas em pedra
• Seth - tempestade, mal, desordem e violência
• Sobek - paciência, astúcia
• Osíris- vida após a morte, vegetação
• Ísis - amor, magia
• Geb - terra
Thot
Na mitologia egípcia, ele se autocriou. Ao mesmo tempo, tinha o poder de criar com
as próprias palavras, trazendo vida a coisas no mundo real. É o deus escriba e, ao
mesmo tempo, o inventor das Artes e Ciências.
Anúbis
Representa a parte mais escura da noite. Ele é apresentado na forma
antropomorfa – corpo de homem e rosto de animal, mas também pode aparecer
como um cachorro ou chacal, animal que era consagrado ao deus. Era Anúbis
quem presidia as mumificações, pois era o guardião dos conhecimentos desta
técnica. Anúbis também tinha a função de ser o protetor das tumbas. Era
também o juiz dos mortos e quem conduzia a alma dos mortos no além.
Osíris
Osíris era um dos mais importantes deuses egípcios pois era associado à vida além da morte e
também à vegetação. Era casado com a irmã e deusa Ísis (deusa-mãe, do amor e da magia) e pai do
deus Hórus (deus do céu). Osíris era filho de Geb (deus da terra) e Nut (deusa do céu).
Ísis
Ísis era a deusa do amor e da magia, considerada também a mãe de todo
Egito. Era filha de Geb (deus da Terra) e mulher do irmão Osíris (deus da
vida no além e da vegetação). Teve um filho com Osíris, Hórus (deus do
Céu).
Hórus
Hórus era o deus do céu. Era representado com o corpo de um
homem na cabeça de um falcão (animal sagrado entre os egípcios).
Seth
Filho de Rá e Nut, é considerado o deus das tempestades, dos raios e do vento, por este motivo acabou
sendo identificado aos deuses estrangeiros e isso levou as pessoas a prestarem adoração a esses deuses
similares, o que levou Seth a se tornar inimigo dos deuses devido os conservadores nativos do Egito.
Assim, encarna os conceitos de fúria, violência, crime e crueldade. Apesar de sua fama, ainda possui boas
características. Protege a proa barca de Rá durante sua viagem noturna ao mundo oculto. Derrota o
demônio Apópis, que ameaça-o pelas manhãs e noites. Cada vitória que Seth alcança, Apópis renasce para
recomeçar a batalha. Deste conflito permanente nascem o equilíbrio das forças e a harmonia universal.
Sendo assim, o universo só funciona pela a ação contraditória de Seth.
No Egito existiam várias lendas relacionadas aos deuses. Uma das que
envolviam Seth é a lenda da morte do deus Osíris (o sol poente, o Nilo,
deus da vegetação e dos mortos), este transformou os egípcios em uma
civilização de agricultores. Mas Osíris acabou sendo morto por Seth (devido
este desejar assumir o seu trono), que lançou o seu corpo ao rio. Ísis (a
deusa mágica da vegetação e das sementes) conseguiu encontrar o seu
corpo e lhe restabeleceu a vida.
No entanto, Seth atacou novamente, dividiu o seu corpo em 14 pedaços e
os espalhou por todo o Egito. Mesmo assim, Ísis com seus poderes
mágicos e com a ajuda de Hórus (deus falcão, o sol levante), juntou as
partes do seu corpo através da utilização de palavras mágicas. Após ser
vencido, Seth herdou o deserto, onde reina, e por isso, protege as
caravanas do deserto. No entanto, é importante ressaltar que, essa guerra
persistiu por 80 anos, vez que, Seth acabou arrancando a vista esquerda de
Hórus, e este dilacerou os seus testículos. A história dessa longa batalha, é
vista por alguns como um aspecto de um conflito em meio aos cultos no
Egito em que o vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em
deus do mal.
A Mumificação
1 Passo – Orações
2 Passo – O Corpo é Limpo
3 Passo – Retirada do Cérebro
4 Passo – A retirada dos órgãos internos
5 Passo - Imersão em Natrão
6 Passo – Palha
7 Passo – Envolto por Linho na Posição de Hórus
8 Passo - A máscara

“Os embalsamadores eram sacerdotes obrigados a viver e trabalhar fora da cidade, num local
denominado Uabet (“Lugar Limpo”). Muito bem preparados para realizar seu trabalho com
precisão cirúrgica e ritual, seu primeiro ato era abrir o cadáver e extrair-lhe os órgãos
internos. As vísceras eram logo guardadas nos chamados vasos canopos, recipientes de
alabastro com inscrições gravadas, destinados a assegurar que as vísceras retornariam ao
corpo ressuscitado. Uma vez depositado o orgão correspondente em seu interior, cada vaso
canopo era fechado com uma tampa que representava a cabeça de um dos quatro filhos de
Hórus: O chacal Duamutef guardava o estômago; o babuíno Hapi, os pulmões; o falcão
Qebehsenuef, os intestinos; e o humano Imset, o fígado.
De Aken a Osíris ( O trajeto do
morto )
• 1 - Primeiramente a pessoa morta precisava convencer o
barqueiro Aken a levá-lo pelo rio da morte.

• 2 - Então eles tinham que passar por doze portões que são
vigiados por demônios e serpentes. Era um dos motivos de
serem enterrados amuletos de proteção junto com o
morto, que nessa hora ajudavam a protege-los.

• 3 - Depois o morto precisava convencer os 42 juízes de que


não tinha cometido nenhum dos 42 pecados. Só depois
dessas etapas que o morto entrava no tribunal de Osíris.
O Julgamento de Osíris
• A religiosidade tinha importância para os egípcios até após
a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses
motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação
(a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano
era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da
morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a
viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma
para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.
• Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo,
o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a alma
ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da
conservação dos corpos pela mumificação, se a alma
retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.
O Papiro de Ani
O Julgamento de Hufener
ASPECTOS SOCIAIS

A sociedade dividia-se em várias camadas, sendo o


faraó era a autoridade máxima. Ele chegava a ser
considerado um deus na Terra.

Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela


escrita) também ganharam importância na sociedade
que era sustentada pelo trabalho e impostos pagos
por camponeses, artesãos e pequenos
comerciantes.Os escravos também compunham a
sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas
capturadas em guerras.

Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho,


apenas água e comida.
• Baseava-se sobretudo na agricultura que era realizada,
principalmente, nas margens férteis do rio Nilo.

• Praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato.

• Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó


para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de
irrigação, pirâmides, templos, diques).
ARQUITETURA
TÚMULOS
Pirâmide-túmulo real, destinado ao faraó;

Mastaba –túmulo para a nobreza;

Hipogeu–em geral, túmulo destinado à


gente do povo.
PIRÂMIDES

•As pirâmides do deserto de Gizé são as obras


arquitetônicas construídas por importantes reis
do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
•Características: Base quadrangular ; feitas
pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e
mediam dez metros de largura, além de serem
admiravelmente lapidadas.
•A porta da frente da pirâmide voltava-se para a
estrela polar, a fim de que seu influxo se
concentrasse sobre a múmia. O interior era um
verdadeiro labirinto que ia dar na câmara
funerária, local onde estava a múmia do faraó e
seus pertences.
MASTABAS

túmulo para a nobreza


Hipogeus
ESFINGE

Representa corpo de leão (força) e cabeça


humana(sabedoria). Para afastar os maus espíritos
Divididos em três categorias:
conforme seu capitel:

•Palmiforme -flores de palmeira;

•Papiriforme –flores de papiro;

•Lotiforme -flor de lótus.


Obelisco

Era colocado à
frente dos templos
para materializar a
luz solar.
ESCULTURAS

Os escultores egípcios
representavam os faraós e os
deuses em posição serena, quase
sempre de frente, sem
demonstrar nenhuma emoção.
Pretendiam com isso traduzir, na
pedra, uma ilusão de imortalidade.
LEI DA FRONTALIDADE

A Lei da Frontalidade funda-se no


princípio de valorizar o aspecto que
mais caracteriza cada elemento do
corpo humano.
•Desenhado de perfil, o rosto é
mostrado ao máximo. De frente, se
resume a uma oval. No rosto de perfil, o
olho é representado de frente, por ser
este seu aspecto mais característico e
revelador. O tórax também apresenta-
se de frente, e as pernas e os pés, são
vistos de perfil.
PINTURA
As cores
Preto(kem): era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite(óxido de
manganésio do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também
poderia representar a fertilidade e a regeneração. Este último aspecto encontra-se
relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o
solo (por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). Na arte
o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era
muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-
Nefertari.

•Branco(hedj): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade.


Como tal era utilizado artísticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos
rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco.
Vermelho(decher): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente:
por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado
estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a
vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho
que se pintava a pele dos homens.

•Amarelo(ketj): para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro


hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios
associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro,
assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras.

•Verde(uadj): era produzido a partir da malaquitedo Sinai. Simboliza a


regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde.

•Azul(khesebedj): obtido a partir da azurite(carbonato de cobre) ou recorrendo-


se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
•ausência de três dimensões;

•ignorância da profundidade;

•colorido a tinta lisa, sem claro-


escuro e sem indicação do
relevo
ESCRITA
HIERÓGLIFOS
Até a descoberta de Champollion, acreditava-se que hieróglifos eram
representações ilustrativas de palavras que elas representavam. Champollion
provou que elas eram uma mistura complexa de ilustrações, sons fonéticos e letras
alfabéticas, e que a linguagem do Egito Antigo é relacionada ao Cóptico, que ainda
existe na Igreja Cristã Cóptica. Hieróglifos são um tipo de escrita chamada de
sistema de rebus. Usa símbolos emprestados para representar novas palavras com
os mesmos sons, independente do significado original. Portanto ‘A gente se vê’ iria
ser desenhado ‘Agente se vê’ por exemplo. Decodificando a linguagem do Egito
Antigo, Champollion abriu um mundo de conhecimento.
REBUS
REBUS
Hierática e demótica
Hieróglifos
Pedra da
Roseta
Encontrada enquanto o exército de
Napoleão cavava as fundações de um
forte em Roseta, agora chamada de
El-Rashid, no Egito, a pedra forneceu
a chave para decodificar os
hieróglifos – o antigo sistema de
escrita egípcio – e desvendou os
segredos de uma das civilizações
mais antigas do mundo.

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