Tomada de Notas

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Tomada de notas, apontamentos e Elaboração de Um Trabalho

Os apontamentos facilitam a captação e retenção da matéria, a elaboração de trabalhos de


casa e a revisão anterior às provas de avaliação. Para o efeito, o aluno deve escrever os seus
próprios apontamentos, com um sistema de escrita rápida que funcione para si. Deve estar
atento e participar na aula, tirar dúvidas e dar especial atenção a qualquer indicação sobre o
que vai ser valorizado na avaliação. É importante também ler a matéria antes da aula e
organizar os apontamentos em casa. Bons apontamentos são uma boa base para estudar ou
rever a matéria mais tarde.

O estudante deve tirar notas para recordar, para fixar informações na memória, para poder
reler e compreender o sentido do que anotou. É um modo de sintetizar a informação criando a
sua própria linguagem documental. Escrevendo, aprende-se melhor e guarda-se a informação
por mais tempo. Os apontamentos podem ser de 3 tipos:

Transcrições
Transcrever é copiar por extenso um texto ou parte dele. Não é o melhor método para estudar
um assunto. Mais eficaz é elaborar esquemas ou resumos. Mas são indispensáveis quando
recolhemos informação para um trabalho escrito e queremos recorrer a citações. As regras a
respeitar nas transcrições são:
Não copiar textos demasiadamente longos, seleccionar as partes mais importantes.
Pôr entre aspas os textos transcritos.
Indicar, editor, nº e local de edição, data e página.

Esquemas
Os esquemas são enunciados de palavras-chave, em torno das quais é possível arrumar
grandes quantidades de conhecimentos. Permitem destacar e visualizar o essencial e a sua
elaboração desenvolve a criatividade e o espírito crítico. Podem assumir a forma de índices,
quadros, gráficos, desenhos ou mapas. Os esquemas podem perder o sentido com o tempo.
Por isso, o mais aconselhável, é fazer resumos.

Resumos
Resumir exige a capacidade de seleccionar e reformular as ideias principais, usando frases
bem articuladas. Escrever resumos é sintetizar, colocando a informação nas suas próprias
palavras. Esta técnica permite criar uma ligação mais próxima com a matéria promovendo a
sua compreensão e memorização. A metodologia aconselhável para resumir (sobretudo para
estudantes pouco experientes nesta matéria) é:

Compreender o texto, na globalidade.


Descobrir a idéia-chave de cada parágrafo.
Registar as idéia-chave numa folha de rascunho.
Reconstruir o texto, de uma forma pessoal, respeitando o pensamento do autor.

Um bom resumo (tal como um bom esquema) deve ter as seguintes características:
Brevidade – um bom resumo não deve ultrapassar um quarto do original.
Clareza – idéias apresentadas sem confusão ou ambiguidade.
Rigor – reprodução das idéias sem erros ou deformações.
Originalidade – utilização de linguagem original, própria de cada leitor, mas
transmitindo o ponto de vista do autor – resumir não é comentar.

Aprender a resumir é fundamental para comunicar o que sabemos, com rapidez e eficiência
(nomeadamente em provas de avaliação).

A Elaboração de um Trabalho
Fazer trabalhos escritos é um bom método para treinar as capacidades de compreensão e
expressão. Há três fases na elaboração de um trabalho escrito:

Escolha do tema
A escolha do tema do trabalho deverá ser feita com cuidado. Se o tema for proposto pelo
professor, o aluno deverá esclarecer bem junto daquele os objectivos pretendidos. Se a
escolha for livre, o aluno deve ter em conta:

A sua capacidade individual, para não se propor tarefas superiores às suas forças.
As fontes de consulta, assegurando-se de que estas existem e são acessíveis.
O tempo disponível, para poder delimitar as fronteiras da investigação.

Recolha de informações
As fontes de informação são diversas e poderão ser encontradas na biblioteca da escola ou em
bibliotecas públicas. Os tipos essenciais de fontes são:
Os dicionários – esclarecem o sentido das palavras.
As enciclopédias – dão uma visão geral dos assuntos.
Os livros especializados – desenvolvem os temas.
Documentos em vídeo.
Páginas da Internet.
CD-ROM.
Entrevistas com pessoas ou entidades.
Para encontrar livros numa biblioteca, o estudante deverá consultar, se necessário com ajuda
do responsável, os respectivos ficheiros, que estão organizados por assuntos, por títulos ou
por autores.

O estudante não deve se basear numa única fonte: as fontes deverão ser variadas e
merecedoras de crédito.
É aconselhável começar o trabalho pela consulta de uma obra de informação geral sobre o
tema (manual enciclopédia).

Para registar as informações recolhidas recomendam-se a utilização de fichas ou folhas


soltas, de tamanho uniformizado. Não devem misturar-se idéias ou factos diversos numa
mesma folha, para que o material seja depois mais fácil de consultar e manusear.
As informações podem ser registadas como transcrições laterais (entre aspas e com indicação
do autor, título da obra e página) ou como resumo pessoal.

O plano
Depois da recolha de informações, o estudante deve elaborar um plano ou esquema
orientador, que deverá ser mostrado ao professor. O plano oferece uma ajuda preciosa para a
fase da escrita e, eventualmente, para uma intervenção oral a realizar sobre o tema.

Para elaborar um plano há duas operações necessárias:

A filtragem – que é a selecção do material recolhido, em função dos objectivos que se


pretendem atingir. O estudante deve eliminar as informações supérfluas, duvidosas ou
confusas, sem cair no erro de querer “dizer tudo”.
A ordenação - é a arrumação das informações segundo uma ordem lógica. As informações
devem ser organizadas numa sequência lógica e bem articuladas. Para realizar este trabalho, o
estudante pode começar por escrever, numa folha, um índice esquemático, uma lista de
idéias-chave, precedidas de números ou letras. Com base nesta lista, é mais fácil redigir de
forma clara, sem perder o “fio condutor” das idéias.

A redacção – um bom plano facilita a redacção, mas esta é sempre um processo que passa
por várias tentativas e exige esforços e persistência. As questões a ter em conta são:

As partes do texto
O trabalho deve ser dividido em três partes:
A introdução – serve para mostrar, brevemente, o interesse do tema e a forma como vai se
desenvolvido. Apresenta o problema e marca os limites do trabalho.
O desenvolvimento – “corpo do trabalho”, onde o tema é explicado, desenvolvido, ponto por
ponto, ao longo de diversos capítulos, com títulos e subtítulos. Cada capítulo deve ter uma
extensão adequada à importância do assunto abordado.
A conclusão – resume o essencial do que se disse ao longo do trabalho, podendo também
servir para tomar posição e indicar pistas de investigação futuras.

Bibliografia
No final do trabalho, deve-se apresentar sempre uma lista bibliográfica. Ela deve ser
organizada por ordem alfabética e deve integrar as obras consultadas. Pode ainda recomendar
outras obras com interesse para o tema estudado.
Na bibliografia devem mencionar-se os seguintes elementos, separados por vírgulas:

 Apelido e nome do autor (ou autores, ou organizador se a obra for colectiva);


 Título e subtítulo (sublinhados)
 Nº da edição utilizada; local da edição (se não constar, escreve-se s.l. – sem local);
 Editor;
 Data da edição (se não constar, escreve-se s.d. – sem data)

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