Aulão - TCC

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AULÃO

Psicoterapia Cognitivo Comportamental


Prof. Raul Camilo Garcia
CAMINHO DAS PEDRAS:

2011 (13)

1995 (97)

2021 (22)
INTRODUÇÃO
PROCESSO HISTÓRICO
Aaron Temkin Beck - TERAPIA COGNITIVA
“No fim da década de 1950 e início da década de 1960, o Dr. Beck decidiu testar o
conceito psicanalítico de que a depressão é resultante de hostilidade voltada
contra si mesmo. Investigou os sonhos dos pacientes deprimidos, os quais,
segundo sua previsão, manifestariam mais temas de hostilidade do que os sonhos
dos controles normais. Para sua surpresa, acabou descobrindo que os sonhos dos
pacientes deprimidos continham menos temas de hostilidade e muito mais temas
relacionados ao fracasso, privação e perda. Ele identificou que esses temas eram
similares ao pensamento dos seus pacientes quando estavam acordados. Os
resultados de outros estudos conduzidos por Beck levaram-no a acreditar que
uma ideia psicanalítica – que os pacientes deprimidos têm necessidade de sofrer
– poderia ser incorreta”
Aaron Temkin Beck - TERAPIA COGNITIVA

“Para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma psicoterapia


estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada
para a solução de problemas atuais e a modificação de
pensamentos e comportamentos disfuncionais. Ele identificou
cognições negativas e distorcidas (principalmente pensamentos e
crenças) como característica primária da depressão e desenvolveu
um tratamento de curta duração, no qual um dos objetivos principais
era o teste de realidade do pensamento depressivo do paciente”
Aaron Temkin Beck - TERAPIA COGNITIVA

“O médico psiquiatra A. John Rush, discutiu a possibilidade de conduzir


uma pesquisa científica com o Dr. Beck. Eles concordaram que tal
estudo era necessário para demonstrar aos outros a eficácia da terapia
cognitiva. O ensaio clínico controlado randomizado que foi conduzido
por eles com pacientes deprimidos, publicado em 1977, constatou que a
terapia cognitiva era tão efetiva quanto a imipramina, um antidepressivo
comum. Foi uma das primeiras vezes em que uma terapia da palavra
havia sido comparada a uma medicação. Em 1979 publicaram o
primeiro manual de terapia cognitiva dois anos depois”
AS CRENÇAS BÁSICAS SOBRE SI MESMO,
OS OUTROS, SEU MUNDO E SEU FUTURO

MODELO COGNITIVO
propõe que o pensamento disfuncional
(que influencia o humor e o
comportamento do paciente) é comum a
todos os transtornos psicológicos.
Terapia Terapia Cognitivo-
Cognitiva =>Comportamental
?
cognição
MODELO COGNITIVO
E A TRÍADE COGNITIVA
O que faz uma pessoa interpretar uma situação de modo
diferente de outra? Por que a mesma pessoa pode interpretar
um evento idêntico de uma forma diferente de outra vez?

A resposta tem a ver com fenômenos


cognitivos mais profundos e permanentes:
as crenças básicas sobre si mesmo, seu
futuro e seu mundo e as outras pessoas.
TRÍADE COGNITIVA
A maneira como os indivíduos
SI MESMO percebem a si mesmos; aos
outros e ao mundo; e seu futuro
FU SEU
OU AO
RO
AO TR S
M OS
TU
AO

UN E
DO
MODELO COGNITIVO
pensamentos emoções comportamentos

não é a situação em si que determina


o que a pessoa sente, mas como ela
interpreta a situação (pensamentos)
SISTEMA DE CRENÇAS
NÍVEIS COGNITIVOS
Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas
ideias sobre si mesmas, sobre as outras pessoas e sobre seu
mundo. Suas crenças mais centrais ou crenças nucleares são
compreensões duradouras tão fundamentais e profundas que
muitas vezes não são articuladas nem para elas mesmas.
Os indivíduos consideram essas ideias como verdades
absolutas – é como as coisas “são” (Beck, 1987).
Indivíduos bem adaptados possuem de modo
preponderante crenças realisticamente
positivas na maior parte do tempo.
As crenças nucleares influenciam o desenvolvimento de uma
classe intermediária de crenças, que são as atitudes, as
regras e os pressupostos (frequentemente não articulados).
Como surgem as crenças nucleares e as crenças intermediárias?
Desde os primeiros estágios do desenvolvimento, as pessoas
tentam entender seu ambiente. Elas precisam organizar sua
experiência de forma coerente para que possam funcionar
adaptativamente. Suas interações com o mundo e as outras
pessoas, influenciadas pela sua predisposição genética,
conduzem a determinados entendimentos: suas crenças, as
quais podem variar na sua acurácia e funcionalidade.
crenças crenças
nucleares intermediárias
são globais, rígidas e atitudes, as regras e os pressupostos
supergeneralizadas (frequentemente não articulados)

pensamentos automáticos
são palavras ou imagens que passam pela mente da pessoa, são específicos
para as situações e podem ser considerados como o nível mais superficial
CRENÇAS NUCLEARES
ou CRENÇAS CENTRAIS
NÍVEL MAIS
FUNDAMENTAL
DE CRENÇAS
AMABILIDADE VALOR /
/ DESAMOR DESVALOR

EFICIÊNCIA / DESAMPARO
"Sou razoavelmente afável, agradável,
desejável, atraente, querido e interessado.";
"Estou bem, e minhas diferenças não "Sou razoavelmente
prejudicam minhas relações."; "Sou digno, adequado, moral,
suficientemente bom para ser amado pelas bom e generoso."
outras pessoas."; "É improvável que eu seja
abandonado ou rejeitado ou termine sozinho."

AMABILIDADE VALOR
Crenças nucleares adaptativas
EFICIÊNCIA
"Sou razoavelmente competente, eficiente, no controle, bem-sucedido e útil." "Sou capaz
de realizar razoavelmente a maioria das coisas, proteger-me e cuidar de mim."; "Tenho
pontos fortes e pontos fracos em termos de eficiência, produtividade, realizações”;
"Tenho relativa liberdade"; "Fundamentalmente, estou à altura das outras pessoas."
ter qualidades pessoais que resultam
ser um pecador imoral
em uma incapacidade de receber e
ou perigoso para os outros
manter amor e intimidade dos outros

DESAMOR DESVALOR
i sfu n c io n a is
ga t i v a s D
Crenças Ne

DESAMPARO
ser ineficiente – ao fazer as coisas, na autoproteção
e/ou ao se equiparar a outras pessoas
Crenças nucleares de DESAMPARO
“Eu sou incompetente.” “Eu sou um necessitado.”
“Eu sou ineficiente.” “Eu estou sem saída.”
“Eu não consigo fazer nada direito.” “Eu estou fora do controle.”
“Eu estou desamparado.” “Eu sou um fracasso.”
“Eu sou impotente.” “Eu sou deficiente” [isto é, não estou
“Eu sou fraco.” à altura dos outros].
“Eu sou vulnerável.” “Eu não sou bom o suficiente” [em
“Eu sou vítima.” termos de realizações].
“Eu sou um perdedor.”
Crenças nucleares de DESAMPARO
"Não consigo fazer as coisas."
"Sou incompetente, ineficaz, incapaz, desamparado, inútil e
carente; não consigo lidar com as coisas."
"Não sou capaz de me proteger."
"Sou incapaz, fraco, vulnerável, não tenho saída, não tenho
controle da situação, e provavelmente vou me machucar."
"Sou inútil comparado aos outros."
"Sou inferior, um fracasso, um perdedor, defeituoso, inútil!"
"Não sou suficientemente bom [em termos de realizações);
não estou à altura dos outros."
Crenças nucleares de DESAMOR
“Eu sou incapaz de ser amado.” “Eu com certeza vou ficar sozinho.”
“Eu não sou gostável.” “Eu sou diferente.”
“Eu não sou desejável.” “Eu sou mau” [então os outros não
“Eu não sou atraente.” vão me amar].
“Eu não sou querido.” “Eu sou deficiente” [então os outros
“Ninguém se preocupa comigo.” não vão me amar].
“Eu com certeza vou ser “Eu não sou bom o suficiente” [então
abandonado.” eu não vou ser amado pelos outros].
“Eu com certeza vou ser rejeitado.”
Crenças nucleares de DESAMOR
"Sou alguém impossível de ser amado, desagradável,
indesejável, pouco atraente, chato, sem importância e
dispensável."
"Não vou ser aceito ou amado pelas outras pessoas porque
sou diferente, um nerd, mau, defeituoso, não sou
suficientemente bom, não tenho nada a oferecer e tem
alguma coisa errada comigo."
"Certamente serei rejeitado, abandonado e ficarei sozinho."
Crenças nucleares de DESVALOR

“Eu não tenho valor.” “Eu sou perigoso.”


“Eu sou intolerável.” “Eu sou prejudicial.”
“Eu sou mau.” “Eu sou ruim.”
“Eu sou inútil.” “Eu não mereço viver.”
“Eu sou imoral.”
Crenças nucleares de DESVALOR
"Sou imoral, moralmente mau, um pecador, desprezível e
inaceitável."
"Sou perigoso, tóxico, louco e mau."
"Não mereço viver."
CRENÇAS
INTERMEDIÁRIAS
REGRAS / ATITUDES
e PRESSUPOSTOS
REGRAS ATITUDES
“Devo desistir se um desafio “É terrível falhar.
parecer muito grande.” Melhor nem tentar”

PRESSUPOSTOS
“Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, então vou fracassar.
Se eu evitar fazê-la, então vai ficar tudo bem.”
PA
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
normalmente são privativos ou não declarados, e ocorrem de forma rápida à medida
que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas. Pessoas com
transtornos psiquiátricos, frequentemente vivenciam inundações de pensamentos
automáticos que são desadaptativos ou distorcidos, os quais podem gerar reações
emocionais dolorosas e comportamento disfuncional. Um dos indícios mais
importantes de que os pensamentos automáticos podem estar ocorrendo é a presença
de emoções fortes. Todas as pessoas têm PAs. Às vezes, os pensamentos
automáticos podem ser logicamente verdadeiros e podem ser uma percepção
adequada da realidade da situação. MAS SEMPRE SERÃO DISFUNCIONAIS

surgem de forma rápida e espontânea, na fronteira da consciência


e estão presentes no cotidiano de qualquer indivíduo, onde se
percebe mais facilmente a emoção relacionada ao pensamento do
que o conteúdo do pensamento em si.
O modelo cognitivo levanta a hipótese de que as
emoções, os comportamentos e a fisiologia das
pessoas são influenciados pela sua percepção
dos acontecimentos (tanto externos, como ser
reprovado em uma prova, quanto internos, como
sintomas físicos angustiantes).
o foco se encontra na percepção
e não somente no evento em si
A interpretação de uma situação
(e não a situação em si),
frequentemente se expressa em
pensamentos automáticos, que
influencia a emoção subsequente, o
comportamento e a resposta fisiológica
situação>PA > emoção/cmpto/reação fisiológica
CARACTERÍSTICAS DOS
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Os pensamentos automáticos são um
fluxo de pensamentos que coexistem com
um fluxo de pensamentos mais manifesto
surgem espontaneamente e não estão
baseados na reflexão ou deliberação
Na maior parte do tempo, quase não temos
consciência desses pensamentos, embora com
um pouco de treino possamos trazê-los
facilmente à consciência. Quando obtemos a
percepção dos nossos pensamentos, podemos
fazer automaticamente uma verificação da
realidade, caso não estejamos sofrendo de uma
disfunção psicológica
crenças crenças pensamentos
nucleares intermediárias automáticos

fluxo de pensamento
coexiste com o manifesto
Os pensamentos automáticos são
geralmente muito breves e curtos.
O paciente torna-se mais consciente
da emoção que sente como
resultado dos seus pensamentos do
que dos próprios pensamentos.
Embora pareça que os pensamentos
automáticos surjam espontaneamente,
eles se tornam bem previsíveis depois
que as crenças subjacentes do
paciente são identificadas.
São disfuncionais
(e quase sempre negativos)
isto é, distorcem a realidade, são
emocionalmente angustiantes e
interferem na capacidade de
atingir seus objetivos.
A maioria dos pensamentos automáticos é específica para a
situação – por exemplo: “Eu não deveria ter desapontado meu
amigo quando ele me pediu para ajudá-lo com a mãe dele”; “É
muito grave eu ter me esquecido do aniversário da minha
sobrinha”; “Se eu tentar ajudar minha filha com seu projeto de
classe, vou fazer um trabalho ruim”. Porém, alguns pensamentos
automáticos expressam ideias mais gerais – por exemplo: “É
terrível decepcionar as pessoas”; “Devo sempre dar o melhor de
mim”; “Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, vou falhar”.

Estas últimas cognições são relevantes em muitas situações e, assim,


são tanto pensamentos automáticos quanto crenças intermediárias.
As pessoas costumam aceitar seus
pensamentos automáticos como
verdadeiros, sem reflexão ou avaliação.
A identificação, a avaliação e a resposta
aos pensamentos automáticos (de uma
forma mais adaptativa) geralmente
produzem uma mudança positiva no afeto.
identificando os pensamentos automáticos

FORMA FORMA
VERBAL VISUAL
(PUTZ, DROGA) (IMAGENS)

ambas
AVALIADOS DE ACORDO

VALIDADE UTILIDADE
Evocando PA
“O que estava passando pela sua cabeça?”
1. Em que você acha que estava pensando?
2. Você acha que poderia ter pensado sobre _(tal
coisa/situação)_ ou _(outra coisa/situação)_ (quando
não encontrar o PA imediatamente, pense duas
possibilidades plausíveis).
3. Você estava imaginando alguma coisa que poderia
acontecer ou lembrando-se de alguma coisa que
aconteceu? (nossos pensamentos são muito rápidos e
podem mudar de uma instante ao outro... as vezes uma
lembrança puxa outra e outra... tente voltar ao
pensamento desencadeador de tudo).
4. O que você essa situação significou para você? Ou
sobre você? (as vezes usamos de erros cognitivos para
saber o que os outros pensam ou tirar conclusão os
pensamentos dos outros, busque usar da
metacognição).
5. Você estava pensando _(tal coisa/situação)_?
(pense em uma situação oposta a resposta imediata).
1. Quais são as evidências que apoiam esta ideia?
2. Quais são as evidências contrárias a esta ideia?
3. Existe uma explicação ou ponto de vista
alternativo?
4. Qual é a pior coisa que poderia acontecer (se é
que eu já não estou pensando o pior)?
5. E, se isso acontecesse, como eu poderia
enfrentar?
6. Qual é a melhor coisa que poderia acontecer?
7. Qual é o resultado mais realista?
8. Qual é o efeito de eu acreditar no pensamento
automático?
9. Qual poderia ser o efeito de mudar o meu
pensamento?
10. O que eu diria a __________ [um amigo específico
ou familiar] se ele estivesse na mesma situação?
11. O que eu devo fazer?
A maneira mais rápida de ajudar o paciente a se
sentir melhor e a se comportar mais
adaptativamente é facilitar o reconhecimento das
suas crenças nucleares o mais rápido possível,
porque, depois que faz isso, o paciente tende a
modificar a interpretação das situações ou
problemas futuros de maneira mais construtiva.
Será mais fácil para o paciente reconhecer a distorção em seus pensamentos específicos
do que a sua compreensão mais ampla de si mesmo, de seu mundo e dos outros.
O curso habitual da terapia envolve uma ênfase inicial na
identificação e modificação de pensamentos automáticos
que derivam das crenças nucleares (e em intervenções que
modifiquem indiretamente as crenças nucleares).

O terapeuta ensina o paciente a identificar


essas cognições que estão mais próximas da
consciência e a ter distanciamento delas
Acreditar em uma determinada coisa não
significa necessariamente que ela seja verdade.

Mudar seu pensamento, para que seja


mais útil e baseado na realidade,
ajuda-o a se sentir melhor e a progredir
em direção aos seus objetivos.
Mas de onde surgem os pensamentos automáticos?
O que faz uma pessoa interpretar uma situação de
forma diferente de outra? Por que a mesma pessoa
pode interpretar um acontecimento idêntico de
forma diferente em momentos diferentes?

A resposta tem a ver com fenômenos


cognitivos mais permanentes: as crenças.
os temas nos pensamentos
automáticos das pessoas sempre
fazem sentido depois que
entendemos suas crenças.
TCC
Relação Terapêutica
É essencial começar a construir confiança e rapport
com seus clientes desde seu primeiro contato com eles.
Seu objetivo é fazer com que seus clientes se sintam seguros, respeitados,
compreendidos e cuidados. Empregue tempo suficiente na relação para ajudá-los a
atingirem seus objetivos, aliviarem seus sofrimentos e melhorarem seu
funcionamento e humor positivo. Assim sendo, arregace as mangas e mãos à obra.

Congruência/autenticidade, expressão Autoexposição e


Colaboração, consenso quanto
emocional, desenvolvimento de imediatismo
aos objetivos, empatia,
expectativas positivas, promoção de
valorização positiva e
credibilidade quanto ao tratamento,
afirmação, além de obtenção e Humor do terapeuta,
manejo da contratransferência e
fornecimento ao cliente de
reparo de rupturas são provavelmente dúvida/humildade e
feedback positivo, são efetivos.
efetivos. prática deliberada
MONITORANDO O AFETO DOS CLIENTES E OBTENDO FEEDBACK

Você estará continuamente alerta às reações emocionais dos seus clientes


durante a sessão. Você observará suas expressões faciais e a linguagem
corporal, sua escolha das palavras e o tom de voz. Quando reconhecer ou
inferir que os clientes estão experimentando maior estresse, frequentemente
abordará a questão naquele momento – por exemplo: “Você parece um pouco
incomodado [ou ‘Como está se sentindo neste momento?’]. O que estava
passando pela sua mente?”.

Os clientes costumam expressar pensamentos negativos sobre si mesmos,


sobre o processo da terapia ou sobre você. Quando fazem isso, certifique-se
de reforçá-los positivamente. “Que bom que você me disse isso.”
COLABORANDO COM OS CLIENTES
(empirismo colaborativo)
A colaboração é uma característica distintiva da TCC .

Você estimulará a colaboração de muitas maneiras. Por exemplo, você e seu


cliente tomarão decisões em conjunto, tais como: Você explicará aos clientes
na primeira sessão que você e eles atuarão como uma equipe. Você será
transparente e pedirá feedback sobre seus objetivos, o processo da terapia, a
estrutura das sessões, conceitualização e plano de tratamento.

Você e seus clientes atuam como cientistas, procurando evidências


que apoiem ou refutem as cognições dele, e quando relevante,
buscando explicações alternativas.
ADAPTANDO A RELAÇÃO
TERAPÊUTICA AO INDIVÍDUO

Você pode, por exemplo, precisar variar como se apresenta e se dirige


aos clientes, como mantém o contato visual, que palavras escolhe, como
expressa respeito e o quanto usa a auto ex posição, dependendo da
cultura do cliente. É claro que cada cliente é um indivíduo para quem você
desenvolve uma conceitualização individualizada e um plano de
tratamento individualizado. Você pode achar que, apesar das diferenças
culturais significativas, um determinado cliente pode responder bem,
sem que você tenha necessidade de adaptar seu estilo geral.
MANEJANDO REAÇÕES NEGATIVAS
EM RELAÇÃO AOS CLIENTES
Você e seus clientes têm uma influência recíproca um sobre o outro!

Você, também, provavelmente trará para a sessão de terapia suas crenças


gerais sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e relações, assim como
suas estratégias de enfrentamento comportamentais características.

“Que clientes eu gostaria que não viessem hoje?”


Então use técnicas da TCC em si mesmo caso algum cliente lhe venha à
mente. É importante observar suas reações negativas, aceitar suas
reações emocionais sem críticas e então descobrir o que fazer.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
(PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO)

Embora a terapia deva se adequar a


cada indivíduo, existem determinados
princípios que estão presentes na TCC
para todos os pacientes.
Princípio nº 1: Os planos de tratamento na TCC estão baseados em
uma conceitualização cognitiva em desenvolvimento contínuo.

1º IDENTIFICA PENSAMENTOS e
COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS

2º FATORES PRECIPITANTES

3º HIPÓTESES DOS EVENTO-CHAVE DO DESENVOLVIMENTO e PADRÕES


CONSTANTES DE INTERPRETAÇÃO + pontos fortes, qualidades positivas e
recursos que o paciente já utiliza.
Princípio nº 2: A TCC requer uma aliança terapêutica sólida.

Esforçar para demonstrar todos os ingredientes básicos necessários


em uma situação de aconselhamento: afeto, empatia, atenção,
interesse genuíno e competência. Fazer comentários empáticos,
ouvindo atenta e cuidadosamente e resumindo de
forma adequada os pensamentos e sentimentos do cliente.

Assinalar seus sucessos, sejam eles pequenos ou maiores,


e mantenho um ponto de vista realisticamente otimista e bem-humorado.

Pedir um feedback no fim de cada sessão para certificar de


que o paciente se sente compreendido e positivo em relação à sessão.
Princípio nº 3: A TCC monitora continuamente
o progresso do cliente.

Os resultados dos clientes são melhorados quando


clientes e terapeutas recebem feedback sobre
como os clientes estão progredindo.

Com ênfase em uma orientação para a recuperação,


atualmente também medem o funcionamento geral dos
clientes, seu progresso em direção aos seus objetivos e o
sentimento de satisfação, conexão e bem-estar.
Princípio nº 4: A TCC é culturalmente adaptada
e adapta o tratamento ao indivíduo

A TCC tende a enfatizar a racionalidade,


o método científico e o individualismo.

Esses vieses e preconceitos podem desempenhar


um papel significativo nas dificuldades os seus clientes.
Princípio nº 5: A TCC enfatiza o positivo.

Pesquisas recentes demonstram a importância de enfatizar


a emoção e a cognição positivas no tratamento de TM.

Há uma tendência de evidenciar e focar


a atenção para as experiências negativas.

Isso também é muito importante para inspirar esperança.


Princípio nº 6: A TCC enfatiza a
colaboração e a participação ativa.

Tanto os terapeutas quanto os clientes são ativos.

É importante encorajar o cliente a ser cada


vez mais ativo na sessão: decidir quais passos dar em
direção aos seus objetivos, resolver problemas para
obstáculos potenciais, avaliar suas cognições disfuncionais,
resumir pontos importantes e elaborar Planos de Ação.
Princípio nº 7: A TCC é aspiracional, baseada
em valores e orientada para os objetivos.

Desde a sessão inicial com os clientes, você deve lhes perguntar


acerca dos seus valores (o que é realmente importante para eles na
vida), suas aspirações (como eles querem ser, como eles querem
que sua vida seja) e seus objetivos específicos para o tratamento (o
que eles desejam obter como resultado da terapia).
Princípio n º 8: A TCC inicialmente
enfatiza o presente

O tratamento da maioria dos clientes envolve um forte foco nas


habilidades que precisam ter para melhorarem seu humor (e suas
vidas). Os clientes que usam essas habilidades consistentemente
(durante e após o tratamento) têm melhores resultados do que
aqueles que não as utilizam, mesmo em face de eventos
estressantes na vida.
Princípio nº 9: A TCC é educativa.

Um objetivo importante do tratamento é tornar o processo


da terapia compreensível. O cliente se mais confortável
quando sabe o que esperar do tratamento; quando
entende claramente o que quer que ele fizesse.

É importante informar ao cliente sobre a natureza


e o curso do seu transtorno, o processo da TCC,
a estrutura das sessões e o modelo cognitivo.

A psicoeducação é permanente no processo terapêutico.


Princípio nº 10: A TCC é atenta ao tempo de tratamento.

Costumávamos dizer que a TCC era uma terapia de curta duração (6 a


16 sessões para transt. depressivos e de 4 a 8 sessões para transt.
ansiosos).

Algumas vezes esses clientes têm vidas caóticas ou enfrentam


desafios severos constantes como pobreza ou violência. Alguns têm
transtornos crônicos ou resistentes ao tratamento.

Mesmo depois do término, eles podem precisar de sessões periódicas


ou cursos de tratamento adicionais (em geral mais curtos).
Princípio nº 11: As sessões de TCC são estruturadas.

O objetivo essencial da TCC é ajudar os clientes


a se sentirem melhor o mais rapidamente possível.

Aderir a um formato-padrão (assim como ensinar as técnicas


terapêuticas aos clientes) facilita esses objetivos.
Princípio nº 12: A TCC utiliza a descoberta guiada e ensina os
clientes a responderem às suas cognições disfuncionais.

No contexto da discussão de um problema ou objetivo,


se faz perguntas aos clientes para ajudá-los a
identificarem seu pensamento disfuncional (perguntando
o que estava passando pela sua mente), avaliarem a validade
e utilidade dos seus pensamentos (usando inúmeras técnicas)
e formularem um plano de ação para resolução do problema.
Princípio nº 13: A TCC inclui Planos de Ação
(tarefa de casa da terapia).

Um objetivo importante do tratamento é ajudar os


clientes a se sentirem melhor no final da sessão e
prepará-los para terem uma semana melhor.

Os Planos de Ação em geral consistem em identificar e avaliar


pensamentos automáticos que são obstáculos aos objetivos dos
clientes; implementar soluções para os problemas e obstáculos que
podem surgir na semana seguinte; e/ou praticar habilidades
comportamentais aprendidas na sessão.
Princípio nº 14: A TCC utiliza uma variedade de técnicas
para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.

Adaptamos estratégias de muitas


modalidades psicoterápicas dentro do
contexto da estrutura cognitiva.
As Ondas ou Gerações
(desenvolvimento) da TCC

Conhecer para não se perder…


Ao inaugurar, em 2004, a proposta de ondas ou gerações
sucessivas de terapias comportamentais e cognitivas,
Steven C. Hayes declarou ter baseado essa classificação
nos pressupostos, objetivos e métodos predominantes
nas terapias que compuseram cada onda.

O argumento que parece subsidiar tal divisão seria um


senso de continuidade e aperfeiçoamento das ondas ou
gerações, em que alguns elementos mais pertinentes e
duradouros seriam assimilados e incorporado pelas
ondas seguintes (Hayes & Hofmann, 2017)
A Primeira Onda ou Geração

A denominação de primeira geração foi dada à terapia comportamental que iniciou no


começo do século XX, quando havia contestação e questionamento dos paradigmas
mentalistas e subjetivistas prevalecentes na época, e se desenvolveu até a década de 1960.

- Behaviorismo Metodológico de Watson


- Behaviorismo Radical de Skinner

Outro aspecto marcante da primeira onda, era a perspectiva contextual, interessando não
apenas o comportamento em si, mas a função que o comportamento assume em um
determinado contexto.

- Bandura com a Teoria Social-Cognitiva


- Wolpe com a Dessensibilização Sistemática
A Segunda Onda ou Geração

Mantendo a objetividade da primeira onda, o foco da segunda passou a ser a modificação


direta de cognições mal-adaptativas que causam sofrimento emocional. Por meio da
combinação de técnicas cognitivas e comportamentais, buscava-se a reestruturação
cognitiva, ou seja, a modificação de crenças disfuncionais ou de um processamento de
informações defeituoso, a fim de influenciar a emoção e o comportamento. Hayes chamou
esta fase de “onda cognitiva”.

RACIONALISTA - COGNITIVA CONSTRUTIVISTA - EMOÇÃO

Terapia Racional Emotiva Mahoney com a Teoria


Comportamental (TREC) de Albert Ellis Cognitiva-Construtivista

TCC (TC) de Aaron Beck


A Terceira Onda ou Geração

Focada em processos e procedimentos baseados em evidências do que em protocolos com


foco sindrômico – como estariam a primeira e a segunda ondas. Desta forma, sugerem que a
terceira onda introduziu uma série de mudanças que aceleraram a transição das terapias
baseadas em evidências para o campo das terapias baseadas em processos (TBP),
integrando todos os tipos de processos psicossociais e contextuais. Nas TBP, processos e
procedimentos são baseados em evidências e são usados para aliviar os problemas e
promover a prosperidade das pessoas, considerando pessoa e saúde como um todo, e não
por psicopatologia ou pela ausência de doença (Hayes & Hofmann, 2017)
- Terapia dos Esquemas (Young) - Entrevista Motivacional - EM (Miller)
- Focada na Compaixão (Gilbert) - Psicoterapia Analítico Funcional - FAP
INTEGRATIVA - Esquemas Emocionais (Leahy) (Kohlenberg e Mavis-Tsai)
- Comportamental Dialética - DBT (Linchan) - Terapia Cognitiva baseada em Mindfulness -
- Aceitação e Compromisso - ACT (Hayes) MBCT (Segal, Williams e Teasdale)
- Terapia Metacognitiva - MCT (Wells) - TCC-R (Beck)
parte
prática
CONCEITUAÇÃO
COGNITIVA
COMPREENDENDO O PACIENTE
A Conceituação começa desde a 1ª Sessão
...e continua a aprimorar ao longo de todo o tratamento!

A Conceitualização Cognitiva abrange uma coleta de dados de


todas as queixas do cliente, explicando os motivo para o
desenvolvimento dessas dificuldades, bem como daquilo que
as mantém, e a possibilidade de realização de previsões sobre
seu comportamento considerando determinadas condições.

pensamento > emoção > comportamento


Para desenvolver e refinar a conceitualização,
precisamos coletar informações: identificação do
cliente; queixa principal, sintomas principais,
estado mental e diagnóstico; medicações
psiquiátricas atuais e tratamento atual; relações
significativas; melhor funcionamento ao longo da
vida; e vários aspectos da sua história.

e continuará a reunir dados ao longo do tratamento...


A TCC está baseada no modelo cognitivo, que
levanta a hipótese de que as emoções, os
comportamentos e a fisiologia das pessoas são
influenciados pela sua percepção dos
acontecimentos (tanto externos, como ser
reprovado em uma prova, quanto internos, como
sintomas físicos angustiantes).

e continuará a reunir dados ao longo do tratamento...


MODELO COGNITIVO
pensamentos emoções comportamentos

não é a situação em si que determina o que a pessoa


sente, mas como ela interpreta uma situação
A forma como as pessoas se sentem
emocionalmente e a forma como se comportam
estão associadas a como elas interpretam e
pensam a respeito de uma situação. A situação
em si não determina diretamente como elas se
sentem ou o que fazem.
as reações das pessoas sempre fazem sentido
depois que sabemos o que elas estão pensando.
Mesmo que você esteja consciente dos seus
pensamentos, provavelmente irá aceitá-los sem
críticas, acreditando que eles são verdadeiros. Você
nem mesmo pensa em questioná-los. No entanto,
poderá aprender a identificar seus pensamentos
automáticos prestando atenção às mudanças no
seu afeto, comportamento e/ou fisiologia.

Tendo identificado seus pensamentos automáticos,


você pode avaliar a validade do seu pensamento.
Quando as pessoas acham que a interpretação
delas a respeito de uma situação é errônea e a
corrigem, elas provavelmente descobrem que seu
humor melhora, que se comportam de maneira
mais funcional e/ou sua reação fisiológica diminui.
Em termos cognitivos, quando pensamentos
disfuncionais são sujeitos à reflexão objetiva,
nossas emoções, comportamento e reação
fisiológica costumam mudar.
conceituação cognitiva dá o enquadramento
para compreender o paciente:

“Qual é o diagnóstico do paciente?”


“Quais são seus problemas atuais? Como esses
problemas se desenvolveram e como são mantidos?”
“Que pensamentos disfuncionais e crenças estão
associados aos problemas? Que reações
(emocionais, fisiológicas e comportamentais)
estão associadas a esses pensamentos?”
Depois, se formula hipóteses de como o
paciente desenvolveu tal transtorno:
“Como o paciente vê a si mesmo, os outros,
seu mundo pessoal e o seu futuro?”

“Quais são as crenças subjacentes do paciente (incluindo atitudes,


expectativas e regras) e pensamentos?”

“Como o paciente está enfrentando suas cognições disfuncionais?”

“Que estressores (precipitantes) contribuíram para


o desenvolvimento dos seus problemas psicológicos atuais
ou interferem na resolução desses problemas?”
Depois, se formula hipóteses de como o
paciente desenvolveu tal transtorno:
“Se relevante, que experiências anteriores podem ter
contribuído para os problemas atuais do paciente?
Que significado o paciente extraiu dessas experiências
e que crenças se originaram delas ou foram fortalecidas
por essas experiências?”

“Se relevante, que mecanismos cognitivos, afetivos e


comportamentais (adaptativos ou desadaptativos) o paciente
desenvolveu para enfrentar essas crenças disfuncionais?”
MODELOS DE
DIAGRAMAS

(DCCs)
Diagrama
Tradicional de
Conceituação
Cognitiva
DCC
DCC
simplificado
simplificado
Diagrama de
Conceitualização
Cognitiva Baseado
nos Pontos Fortes
(DCC-PF)
COMO É UMA
SESSÃO NA TCC?
A estrutura das sessões terapêuticas é
bem parecida para os vários
transtornos, mas as intervenções
podem variar consideravelmente de
paciente para paciente.
No início das sessões, você irá restabelecer a aliança
terapêutica, checar o humor, os sintomas e
experiências do paciente durante a semana que
passou e pedir que nomeie os problemas que mais
deseja ajuda para resolver. Essas dificuldades podem
ter surgido durante a semana e/ou podem ser
problemas que ele espera encontrar na(s) próxima(s)
semana(s). Você também irá examinar as atividades
de autoajuda (“exercícios de casa” ou “plano de ação”)
em que o paciente se envolveu desde a última sessão.
A seguir, na discussão de um problema específico que o
paciente colocou na pauta, você vai coletar dados a
respeito do problema, conceituar cognitivamente as
dificuldades do paciente (perguntando sobre seus
pensamentos, emoções e comportamentos específicos
associados ao problema) e planejar colaborativamente
uma estratégia. Na maioria das vezes, a estratégia inclui
a solução objetiva e direta do problema, avaliação do
pensamento negativo associado ao problema e/ou
mudança no comportamento.
O tratamento com TCC leva em conta a cultura,
história familiar e outras características
importantes dos indivíduos; a natureza das suas
dificuldades; seus objetivos e aspirações; sua
habilidade para formar um vínculo terapêutico
forte; sua motivação para mudar; sua
experiência prévia com terapia; e suas
preferências. O fundamento do tratamento é
sempre uma relação terapêutica sólida.
TCC
ESTRUTURANDO SESSÕES
SESSÃO DE AVALIAÇÃO

2ª SESSÃO E
1ª SESSÃO POSTERIORES

TÉRMINO E PREVENÇÃO
DE RECAÍDAS
Sessão de Avaliação
- Formular o caso e criar uma conceituação cognitiva inicial do paciente.
- Definir se você é o terapeuta apropriado.
- Definir se você pode oferecer a “dose” apropriada de terapia
(se você só pode oferecer terapia semanal, mas o paciente precisa de um programa diário).
- Definir se há indicação de tratamentos concomitantes (como medicação).
- Dar início a uma aliança terapêutica com o paciente (com familiares, se relevante).
- Começar a familiarizar o paciente na estrutura e no processo da terapia.
- Identificar problemas importantes e definir objetivos amplos.

Cumprimentar o cliente / Decidir colaborativamente se um familiar ou amigo deve participar da


sessão / Definir a pauta e transmitir expectativas apropriadas para a sessão / Conduzir a avaliação
psicossocial / Definir objetivos amplos / Relatar seu diagnóstico provisório e seu plano de
tratamento amplo e familiarizar o cliente com a TCC / Estabelecer colaborativamente um Plano de
Ação / Definir as expectativas para o tratamento / Resumir a sessão e obter feedback.
-Dados pessoais.
-Queixas principais e problemas atuais.
-História da doença atual e eventos desencadeantes.
-Estratégias de enfrentamento (adaptativas e
desadaptativas), atuais e passadas.
-História psiquiátrica, incluindo tipos de tratamento
psicossocial (e opinião sobre a validade desses
tratamentos), hospitalizações, medicação, tentativas
de suicídio e situação atual.
-História de abuso de substância e situação atual.
-História médica e situação atual.
-História psiquiátrica familiar e situação atual.
-História do desenvolvimento.
-História geral familiar e situação atual.
-História social e situação atual.
-História educacional e situação atual.
-História vocacional e situação atual.
-História religiosa/espiritual e situação atual.
-Pontos fortes, valores e estratégias de
enfrentamento adaptativas
Quando os clientes fornecem muitas informações,
você pode estruturar suas respostas para que
tenha tempo de realizar o que precisa fazer.

Fornecer uma diretriz pode ajudar – por exemplo: “Para as


próximas perguntas, preciso apenas que responda ‘sim,’
‘não’ ou ‘não tenho certeza’ [ou ‘em uma ou duas frases’].”

Quando os clientes começam a fornecer


detalhes desnecessários ou tentam sair pela tangente,
é importante interromper gentilmente:
“Lamento interromper, mas eu preciso saber...”.
- Discutir o diagnóstico do paciente.

1º Sessão
- Fazer uma verificação do humor.
- Definir objetivos.
- Começar a trabalhar em um problema.
- Definir os exercícios de casa.
- Solicitar feedback.
Estabelecer rapport e confiança com o paciente, normalizar suas dificuldades
e instilar esperança / Familiarizar o paciente no tratamento, educando-o a
respeito do(s) seu(s) transtorno(s), do modelo cognitivo e do processo de
terapia / Coletar dados adicionais que ajudem a conceituar o paciente /
Desenvolver uma lista de objetivos / Começar a resolver um problema
importante para o paciente (e/ou ativar o paciente comportamentalmente)
Parte Inicial da Sessão 1
1. Defina a pauta (e dê uma justificativa para isso).
2. Faça uma verificação do humor.
3. Obtenha uma atualização (desde a avaliação).
4. Discuta o diagnóstico do paciente e faça
psicoeducação.

Parte Intermediária da Sessão 1


5. Identifique problemas e defina objetivos.
6. Eduque o paciente sobre o modelo cognitivo.
7. Discuta um problema.

Final da Sessão 1
8. Apresente ou solicite um resumo.
9. Examine a prescrição do exercício de casa.
10. Solicite feedback.
IDENTIFICANDO VALORES E ASPIRAÇÕES
“O quanto _________ é importante para você?”

- relacionamentos (família, - comunidade (em nível local ou


amigos, parceiro íntimo); mais amplamente);
- produtividade (trabalho fora de - espiritualidade;
casa, administração da casa); - recreação (entretenimento,
- saúde (pode também incluir hobbies, esportes);
forma física, alimentação, sono, - criatividade;
uso de álcool ou substâncias); - natureza; e
- autoaperfeiçoamento - relaxamento.
(educação, habilidades, cultura,
aparência, autocontrole);
- Restabelecer o rapport.

2º Sessão
- Nomear os problemas em que o paciente
deseja ajuda na solução.
- Coletar dados que possam indicar outras áreas
de problema importantes a serem discutidas.
- Revisar o exercício de casa.
e posterior
- Priorizar os problemas na pauta.

Sobre o que falamos de importante na sessão passada? O que dizem as minhas


anotações da terapia? / Como esteve o meu humor em comparação às outras
semanas? / O que aconteceu (de positivo e negativo) nesta semana que o meu
terapeuta deveria saber? / Para quais problemas eu desejo ajuda? Que nome
dar a cada um desses problemas? / Que exercício de casa eu fiz? (Se eu não fiz,
o que atrapalhou?) O que eu aprendi?
Parte Inicial da Sessão
1. Fazer uma verificação do humor.
2. Definir a pauta.
3. Obter uma atualização.
4. Revisar o exercício de casa.
5. Priorizar a pauta.
Parte Intermediária da Sessão
6. Trabalhar em um problema específico e ensinar
habilidades da terapia cognitivo-comportamental
naquele contexto.
7. Discutir o seguimento com a prescrição
colaborativa de exercícios de casa relevantes.
8. Trabalhar em um segundo problema.
Parte Final da Sessão
9. Apresentar ou solicitar um resumo.
10. Revisar as novas prescrições de exercícios
de casa.
11. Solicitar feedback.
- Atribuir o progresso ao Paciente.

Término e
- Ensinar a usar as ferramentas/técnicas
aprendidas na terapia.
- Preparar para retrocessos durante a terapia.

recaídas
- Responder a preocupações sobre o término
(ou sobre a redução da frequência de sessões)
- Rever o que foi aprendido na terapia.
- Sessões de Autoterapia. (sessões de reforço)
- Preparar para os retrocessos após o término
O objetivo da terapia cognitivo-comportamental é facilitar a remissão do
transtorno do paciente e ensinar habilidades que ele poderá usar ao longo da
sua vida. O objetivo não é que você resolva todos os problemas dele. Na
verdade, se você se considerar responsável por ajudar o paciente com todos os
problemas, estará arriscando gerar e reforçar a dependência, além de privar o
paciente da oportunidade de testar e fortalecer suas habilidades.
Ferramentas/técnicas aprendidas na terapia

1. Dividir os grandes problemas em componentes manejáveis.


2. Fazer um brainstorm de soluções para os problemas.
3. Identificar, testar e responder aos PAs e crenças.
4. Usar os Registros de Pensamentos.
5. Monitorar e programar atividades.
6. Fazer exercícios de relaxamento.
7. Usar as técnicas de distração e refocalização.
8. Criar hierarquias de tarefas ou situações evitadas.
9. Escrever listas de méritos.
10. Identificar as vantagens e as desvantagens (de pensamentos
específicos, crenças, comport. ou escolhas ao tomar uma decisão).
Sessões de Autoterapia
1. Exame da(s) última(s) semana(s):
-Que coisas positivas aconteceram? Pelo que mereço crédito?
-Que problemas surgiram? O que eu fiz?
-Se o problema voltar a acontecer, o que devo fazer de formar
diferente, se for o caso?
2. Revisão do exercício de casa:
-Eu fiz o que planejei? Em caso negativo, o que atrapalhou
(problemas práticos, pensamentos automáticos) e o que posso
fazer a respeito da próxima vez?
-O que devo continuar a fazer nesta semana?
3. Questões/situações problemáticas atuais:
-Estou encarando este problema de forma realista ou tenho
reagido exageradamente?
-Existe outra forma de encarar isso? O que devo fazer?
4. Previsão de problemas futuros:
-Que problemas poderão surgir nos próximos dias ou semanas
e o que devo fazer a respeito?
5. Definir novo exercício de casa:
-Que exercício de casa poderia ser útil? Eu devo considerar:
Fazer um Registro de Pensamentos? Programar atividades
de prazer ou de domínio? Ler as anotações da terapia? Praticar
habilidades, como o relaxamento? Fazer uma lista de méritos?
6. Programar a próxima consulta de autoterapia:
Sessões de Reforço
- Agende antecipadamente.
- Considere a vinda à sessão como uma medida preventiva,
mesmo que você venha mantendo os progressos.
- Prepare-se antes de vir. Decida o que será útil discutir, incluindo:
- O que aconteceu de bom com você? - Que trabalho de TCC fez? Que trabalho de
- Que problemas surgiram? Como lidou com terapia cognitivo-comportamental gostaria de
eles? Havia uma forma melhor de lidar com fazer desta sessão até a próxima sessão de
eles? reforço?
- Que problema(s) poderia(m) surgir entre esta - Que pensamentos automáticos poderiam
sessão de reforço e a próxima? Imagine o - atrapalhar a realização do trabalho de terapia
problema em detalhes. Que pensamentos cognitivo-comportamental? Como vai
automáticos teria? Que crenças poderiam ser responder a esses pensamentos?
ativadas? Como vai lidar com os - Que outros objetivos tem para si? Como vai
pensamentos automáticos/crenças? Como alcançá-los? De que forma as coisas que
vai resolver o problema? você aprendeu na TCC podem ajudar?
IDENTIFICANDO VALORES E ASPIRAÇÕES
“O quanto _________ é importante para você?”

- relacionamentos (família, - comunidade (em nível local ou


amigos, parceiro íntimo); mais amplamente);
- produtividade (trabalho fora de - espiritualidade;
casa, administração da casa); - recreação (entretenimento,
- saúde (pode também incluir hobbies, esportes);
forma física, alimentação, sono, - criatividade;
uso de álcool ou substâncias); - natureza; e
- autoaperfeiçoamento - relaxamento.
(educação, habilidades, cultura,
aparência, autocontrole);
TCC
TÉCNICAS
Modificando Crenças
- QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO
- EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS
- CONTINUUM COGNITIVO
- ROLE-PLAY INTELECTUAL-EMOCIONAL
- USAR OUTRAS PESSOAS COMO REFERÊNCIA
- AGIR “COMO SE”
- AUTOEXPLICAÇÃO
- EXAME DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS
Modificando Crenças
- PLANILHA DAS CRENÇAS NUCLEARES
- CONTRASTES EXTREMOS
- HISTÓRIAS, FILMES E METÁFORAS
- TESTES HISTÓRICOS
- REESTRUTURAÇÃO DE MEMÓRIAS
- CARTÕES DE ENFRENTAMENTOS
Outras técnicas cognitivas e comportamentais
- SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
- TREINAMENTO DE HABILIDADES
- TOMANDO DECISÕES
- REFOCALIZAR
- MEDINDO HUMORES - PLANILHA DE ATiVIDADES
- RPD (REGISTRO DE PENSAMENTOS DIÁRIOS)
- RELAXAMENTO (MINDFULNESS)
Outras técnicas cognitivas e comportamentais
- PRESCRIÇÃO GRADUAL DE TAREFAS
(MICROPASSOS)
- EXPOSIÇÃO (ENFRENTAMENTO)
- TÉCNICA DA TORTA (PIZZA)
- AUTOCOMPARAÇÃO
- LISTA DE MÉRITO
…recapitulando
TC -> TCC ondas/gerações
MODELO COGNIT
IVO Tríade Cognitiva
u a ç ã o C o g n i t iva
Conceit
DCC
clínica/saúde/transtornos mentais
VAMOS TREINAR!

FORMEM DUPLAS
por hoje é só… NÃO ESQUEÇA DE ATUALIZAR-SE

…e muito obrigado pela atenção

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