Aulão - TCC
Aulão - TCC
Aulão - TCC
2011 (13)
1995 (97)
2021 (22)
INTRODUÇÃO
PROCESSO HISTÓRICO
Aaron Temkin Beck - TERAPIA COGNITIVA
“No fim da década de 1950 e início da década de 1960, o Dr. Beck decidiu testar o
conceito psicanalítico de que a depressão é resultante de hostilidade voltada
contra si mesmo. Investigou os sonhos dos pacientes deprimidos, os quais,
segundo sua previsão, manifestariam mais temas de hostilidade do que os sonhos
dos controles normais. Para sua surpresa, acabou descobrindo que os sonhos dos
pacientes deprimidos continham menos temas de hostilidade e muito mais temas
relacionados ao fracasso, privação e perda. Ele identificou que esses temas eram
similares ao pensamento dos seus pacientes quando estavam acordados. Os
resultados de outros estudos conduzidos por Beck levaram-no a acreditar que
uma ideia psicanalítica – que os pacientes deprimidos têm necessidade de sofrer
– poderia ser incorreta”
Aaron Temkin Beck - TERAPIA COGNITIVA
MODELO COGNITIVO
propõe que o pensamento disfuncional
(que influencia o humor e o
comportamento do paciente) é comum a
todos os transtornos psicológicos.
Terapia Terapia Cognitivo-
Cognitiva =>Comportamental
?
cognição
MODELO COGNITIVO
E A TRÍADE COGNITIVA
O que faz uma pessoa interpretar uma situação de modo
diferente de outra? Por que a mesma pessoa pode interpretar
um evento idêntico de uma forma diferente de outra vez?
UN E
DO
MODELO COGNITIVO
pensamentos emoções comportamentos
pensamentos automáticos
são palavras ou imagens que passam pela mente da pessoa, são específicos
para as situações e podem ser considerados como o nível mais superficial
CRENÇAS NUCLEARES
ou CRENÇAS CENTRAIS
NÍVEL MAIS
FUNDAMENTAL
DE CRENÇAS
AMABILIDADE VALOR /
/ DESAMOR DESVALOR
EFICIÊNCIA / DESAMPARO
"Sou razoavelmente afável, agradável,
desejável, atraente, querido e interessado.";
"Estou bem, e minhas diferenças não "Sou razoavelmente
prejudicam minhas relações."; "Sou digno, adequado, moral,
suficientemente bom para ser amado pelas bom e generoso."
outras pessoas."; "É improvável que eu seja
abandonado ou rejeitado ou termine sozinho."
AMABILIDADE VALOR
Crenças nucleares adaptativas
EFICIÊNCIA
"Sou razoavelmente competente, eficiente, no controle, bem-sucedido e útil." "Sou capaz
de realizar razoavelmente a maioria das coisas, proteger-me e cuidar de mim."; "Tenho
pontos fortes e pontos fracos em termos de eficiência, produtividade, realizações”;
"Tenho relativa liberdade"; "Fundamentalmente, estou à altura das outras pessoas."
ter qualidades pessoais que resultam
ser um pecador imoral
em uma incapacidade de receber e
ou perigoso para os outros
manter amor e intimidade dos outros
DESAMOR DESVALOR
i sfu n c io n a is
ga t i v a s D
Crenças Ne
DESAMPARO
ser ineficiente – ao fazer as coisas, na autoproteção
e/ou ao se equiparar a outras pessoas
Crenças nucleares de DESAMPARO
“Eu sou incompetente.” “Eu sou um necessitado.”
“Eu sou ineficiente.” “Eu estou sem saída.”
“Eu não consigo fazer nada direito.” “Eu estou fora do controle.”
“Eu estou desamparado.” “Eu sou um fracasso.”
“Eu sou impotente.” “Eu sou deficiente” [isto é, não estou
“Eu sou fraco.” à altura dos outros].
“Eu sou vulnerável.” “Eu não sou bom o suficiente” [em
“Eu sou vítima.” termos de realizações].
“Eu sou um perdedor.”
Crenças nucleares de DESAMPARO
"Não consigo fazer as coisas."
"Sou incompetente, ineficaz, incapaz, desamparado, inútil e
carente; não consigo lidar com as coisas."
"Não sou capaz de me proteger."
"Sou incapaz, fraco, vulnerável, não tenho saída, não tenho
controle da situação, e provavelmente vou me machucar."
"Sou inútil comparado aos outros."
"Sou inferior, um fracasso, um perdedor, defeituoso, inútil!"
"Não sou suficientemente bom [em termos de realizações);
não estou à altura dos outros."
Crenças nucleares de DESAMOR
“Eu sou incapaz de ser amado.” “Eu com certeza vou ficar sozinho.”
“Eu não sou gostável.” “Eu sou diferente.”
“Eu não sou desejável.” “Eu sou mau” [então os outros não
“Eu não sou atraente.” vão me amar].
“Eu não sou querido.” “Eu sou deficiente” [então os outros
“Ninguém se preocupa comigo.” não vão me amar].
“Eu com certeza vou ser “Eu não sou bom o suficiente” [então
abandonado.” eu não vou ser amado pelos outros].
“Eu com certeza vou ser rejeitado.”
Crenças nucleares de DESAMOR
"Sou alguém impossível de ser amado, desagradável,
indesejável, pouco atraente, chato, sem importância e
dispensável."
"Não vou ser aceito ou amado pelas outras pessoas porque
sou diferente, um nerd, mau, defeituoso, não sou
suficientemente bom, não tenho nada a oferecer e tem
alguma coisa errada comigo."
"Certamente serei rejeitado, abandonado e ficarei sozinho."
Crenças nucleares de DESVALOR
PRESSUPOSTOS
“Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, então vou fracassar.
Se eu evitar fazê-la, então vai ficar tudo bem.”
PA
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
normalmente são privativos ou não declarados, e ocorrem de forma rápida à medida
que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas. Pessoas com
transtornos psiquiátricos, frequentemente vivenciam inundações de pensamentos
automáticos que são desadaptativos ou distorcidos, os quais podem gerar reações
emocionais dolorosas e comportamento disfuncional. Um dos indícios mais
importantes de que os pensamentos automáticos podem estar ocorrendo é a presença
de emoções fortes. Todas as pessoas têm PAs. Às vezes, os pensamentos
automáticos podem ser logicamente verdadeiros e podem ser uma percepção
adequada da realidade da situação. MAS SEMPRE SERÃO DISFUNCIONAIS
fluxo de pensamento
coexiste com o manifesto
Os pensamentos automáticos são
geralmente muito breves e curtos.
O paciente torna-se mais consciente
da emoção que sente como
resultado dos seus pensamentos do
que dos próprios pensamentos.
Embora pareça que os pensamentos
automáticos surjam espontaneamente,
eles se tornam bem previsíveis depois
que as crenças subjacentes do
paciente são identificadas.
São disfuncionais
(e quase sempre negativos)
isto é, distorcem a realidade, são
emocionalmente angustiantes e
interferem na capacidade de
atingir seus objetivos.
A maioria dos pensamentos automáticos é específica para a
situação – por exemplo: “Eu não deveria ter desapontado meu
amigo quando ele me pediu para ajudá-lo com a mãe dele”; “É
muito grave eu ter me esquecido do aniversário da minha
sobrinha”; “Se eu tentar ajudar minha filha com seu projeto de
classe, vou fazer um trabalho ruim”. Porém, alguns pensamentos
automáticos expressam ideias mais gerais – por exemplo: “É
terrível decepcionar as pessoas”; “Devo sempre dar o melhor de
mim”; “Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, vou falhar”.
FORMA FORMA
VERBAL VISUAL
(PUTZ, DROGA) (IMAGENS)
ambas
AVALIADOS DE ACORDO
VALIDADE UTILIDADE
Evocando PA
“O que estava passando pela sua cabeça?”
1. Em que você acha que estava pensando?
2. Você acha que poderia ter pensado sobre _(tal
coisa/situação)_ ou _(outra coisa/situação)_ (quando
não encontrar o PA imediatamente, pense duas
possibilidades plausíveis).
3. Você estava imaginando alguma coisa que poderia
acontecer ou lembrando-se de alguma coisa que
aconteceu? (nossos pensamentos são muito rápidos e
podem mudar de uma instante ao outro... as vezes uma
lembrança puxa outra e outra... tente voltar ao
pensamento desencadeador de tudo).
4. O que você essa situação significou para você? Ou
sobre você? (as vezes usamos de erros cognitivos para
saber o que os outros pensam ou tirar conclusão os
pensamentos dos outros, busque usar da
metacognição).
5. Você estava pensando _(tal coisa/situação)_?
(pense em uma situação oposta a resposta imediata).
1. Quais são as evidências que apoiam esta ideia?
2. Quais são as evidências contrárias a esta ideia?
3. Existe uma explicação ou ponto de vista
alternativo?
4. Qual é a pior coisa que poderia acontecer (se é
que eu já não estou pensando o pior)?
5. E, se isso acontecesse, como eu poderia
enfrentar?
6. Qual é a melhor coisa que poderia acontecer?
7. Qual é o resultado mais realista?
8. Qual é o efeito de eu acreditar no pensamento
automático?
9. Qual poderia ser o efeito de mudar o meu
pensamento?
10. O que eu diria a __________ [um amigo específico
ou familiar] se ele estivesse na mesma situação?
11. O que eu devo fazer?
A maneira mais rápida de ajudar o paciente a se
sentir melhor e a se comportar mais
adaptativamente é facilitar o reconhecimento das
suas crenças nucleares o mais rápido possível,
porque, depois que faz isso, o paciente tende a
modificar a interpretação das situações ou
problemas futuros de maneira mais construtiva.
Será mais fácil para o paciente reconhecer a distorção em seus pensamentos específicos
do que a sua compreensão mais ampla de si mesmo, de seu mundo e dos outros.
O curso habitual da terapia envolve uma ênfase inicial na
identificação e modificação de pensamentos automáticos
que derivam das crenças nucleares (e em intervenções que
modifiquem indiretamente as crenças nucleares).
1º IDENTIFICA PENSAMENTOS e
COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS
2º FATORES PRECIPITANTES
Outro aspecto marcante da primeira onda, era a perspectiva contextual, interessando não
apenas o comportamento em si, mas a função que o comportamento assume em um
determinado contexto.
(DCCs)
Diagrama
Tradicional de
Conceituação
Cognitiva
DCC
DCC
simplificado
simplificado
Diagrama de
Conceitualização
Cognitiva Baseado
nos Pontos Fortes
(DCC-PF)
COMO É UMA
SESSÃO NA TCC?
A estrutura das sessões terapêuticas é
bem parecida para os vários
transtornos, mas as intervenções
podem variar consideravelmente de
paciente para paciente.
No início das sessões, você irá restabelecer a aliança
terapêutica, checar o humor, os sintomas e
experiências do paciente durante a semana que
passou e pedir que nomeie os problemas que mais
deseja ajuda para resolver. Essas dificuldades podem
ter surgido durante a semana e/ou podem ser
problemas que ele espera encontrar na(s) próxima(s)
semana(s). Você também irá examinar as atividades
de autoajuda (“exercícios de casa” ou “plano de ação”)
em que o paciente se envolveu desde a última sessão.
A seguir, na discussão de um problema específico que o
paciente colocou na pauta, você vai coletar dados a
respeito do problema, conceituar cognitivamente as
dificuldades do paciente (perguntando sobre seus
pensamentos, emoções e comportamentos específicos
associados ao problema) e planejar colaborativamente
uma estratégia. Na maioria das vezes, a estratégia inclui
a solução objetiva e direta do problema, avaliação do
pensamento negativo associado ao problema e/ou
mudança no comportamento.
O tratamento com TCC leva em conta a cultura,
história familiar e outras características
importantes dos indivíduos; a natureza das suas
dificuldades; seus objetivos e aspirações; sua
habilidade para formar um vínculo terapêutico
forte; sua motivação para mudar; sua
experiência prévia com terapia; e suas
preferências. O fundamento do tratamento é
sempre uma relação terapêutica sólida.
TCC
ESTRUTURANDO SESSÕES
SESSÃO DE AVALIAÇÃO
2ª SESSÃO E
1ª SESSÃO POSTERIORES
TÉRMINO E PREVENÇÃO
DE RECAÍDAS
Sessão de Avaliação
- Formular o caso e criar uma conceituação cognitiva inicial do paciente.
- Definir se você é o terapeuta apropriado.
- Definir se você pode oferecer a “dose” apropriada de terapia
(se você só pode oferecer terapia semanal, mas o paciente precisa de um programa diário).
- Definir se há indicação de tratamentos concomitantes (como medicação).
- Dar início a uma aliança terapêutica com o paciente (com familiares, se relevante).
- Começar a familiarizar o paciente na estrutura e no processo da terapia.
- Identificar problemas importantes e definir objetivos amplos.
1º Sessão
- Fazer uma verificação do humor.
- Definir objetivos.
- Começar a trabalhar em um problema.
- Definir os exercícios de casa.
- Solicitar feedback.
Estabelecer rapport e confiança com o paciente, normalizar suas dificuldades
e instilar esperança / Familiarizar o paciente no tratamento, educando-o a
respeito do(s) seu(s) transtorno(s), do modelo cognitivo e do processo de
terapia / Coletar dados adicionais que ajudem a conceituar o paciente /
Desenvolver uma lista de objetivos / Começar a resolver um problema
importante para o paciente (e/ou ativar o paciente comportamentalmente)
Parte Inicial da Sessão 1
1. Defina a pauta (e dê uma justificativa para isso).
2. Faça uma verificação do humor.
3. Obtenha uma atualização (desde a avaliação).
4. Discuta o diagnóstico do paciente e faça
psicoeducação.
Final da Sessão 1
8. Apresente ou solicite um resumo.
9. Examine a prescrição do exercício de casa.
10. Solicite feedback.
IDENTIFICANDO VALORES E ASPIRAÇÕES
“O quanto _________ é importante para você?”
2º Sessão
- Nomear os problemas em que o paciente
deseja ajuda na solução.
- Coletar dados que possam indicar outras áreas
de problema importantes a serem discutidas.
- Revisar o exercício de casa.
e posterior
- Priorizar os problemas na pauta.
Término e
- Ensinar a usar as ferramentas/técnicas
aprendidas na terapia.
- Preparar para retrocessos durante a terapia.
recaídas
- Responder a preocupações sobre o término
(ou sobre a redução da frequência de sessões)
- Rever o que foi aprendido na terapia.
- Sessões de Autoterapia. (sessões de reforço)
- Preparar para os retrocessos após o término
O objetivo da terapia cognitivo-comportamental é facilitar a remissão do
transtorno do paciente e ensinar habilidades que ele poderá usar ao longo da
sua vida. O objetivo não é que você resolva todos os problemas dele. Na
verdade, se você se considerar responsável por ajudar o paciente com todos os
problemas, estará arriscando gerar e reforçar a dependência, além de privar o
paciente da oportunidade de testar e fortalecer suas habilidades.
Ferramentas/técnicas aprendidas na terapia
FORMEM DUPLAS
por hoje é só… NÃO ESQUEÇA DE ATUALIZAR-SE