Aula 132 - Procedimento Do Juri V
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Procedimento do Júri V
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PROCEDIMENTO DO JÚRI V
O artigo 394 informa que a competência do Júri se dará conforme os artigos 406 a 497,
porém em tais artigos não se encontra a fase de absolvição sumária do artigo 397 do CPP.
A absolvição sumária presente aqui é própria do Júri, finaliza o iudicium accusationis e se dá
após a instrução processual.
5m
O problema é: o artigo 397 será ou não aplicado ao Júri? Existem duas posições, como
visto acima, uma que informa a possibilidade de aplicação (com base nos argumentos de
aplicação do § 4º; da interpretação da norma processual penal com base no princípio do in
dubio pro reo; economia processual e, por fim, o juízo de certeza), e outra, majoritária, que
nega a aplicação do artigo (em razão da literalidade e da opção feita pelo legislador no artigo
394, § 3º).
10m
O PULO DO GATO
Essa posição majoritária é a que vale para o STJ e para a prova.
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Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime
diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamen-
to, remeterá os autos ao juiz que o seja.
Para o final do sumário da culpa, existem 4 (quatro) decisões. Aqui, trataremos de duas
delas: impronúncia e desclassificação.
Impronúncia, regida pelo art. 414 do CPP, ocorre quando o juiz não se convence da
materialidade do fato ou de indícios suficientes de autoria ou de participação. Por isso, o juiz
impronunciará o acusado.
15m
Essa impronúncia não faz coisa julgada material, não analisa o chamado mérito criminal
e é regida pela cláusula Rebus Sic Stantibus. Em suma, caso surjam novas provas, uma
nova denúncia pode ser manejada, salvo se houver extinção da punibilidade.
Justamente pelos fatos citados acima, além do fato de não condenar nem absolver o réu,
a decisão de impronúncia não é sentença.
20m
Uma vez que não é sentença, sua natureza é de decisão interlocutória mista terminativa
(coisa julgada formal), porque não é sentença, mas põe um fim no processo.
ANOTAÇÕES
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O PULO DO GATO
Antes da Lei n. 11.689/2008, o recurso para atacar impronúncia era o RESE. Após essa lei,
o recurso para atacar decisão de impronúncia é a apelação, na forma do art. 416 do CPP.
25m
Existe impronúncia absolutória? Antes da Lei n. 11.689/2008 havia margem para isso,
pois a impronúncia podia analisar mérito, havia impronúncia absolutória. No entanto, agora
há a absolvição sumária, então não existe mais impronúncia absolutória.
A regra de ouro diz que as infrações conexas ou continentes seguem sempre o destino
da principal.
30m
Já despronúncia nada mais é que a possibilidade de alguém ser pronunciado e essa deci-
são, após intento recursal, fora reformada, fazendo com que o acusado antes pronunciado,
agora se torne despronunciado.
O PULO DO GATO
A despronúncia pode ser feita no 1º grau e não apenas na 2ª instância.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Pedro Coelho.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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