Sumário: Mude Sua Vida!
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SUMÁRIO
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO......................................................................................................... 2
FASES DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO ................................................................................. 2
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO ......................................................................................... 4
AUSÊNCIAS........................................................................................................................................... 5
INSTRUÇÃO CRIMINAL ......................................................................................................................... 6
REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS ......................................................................................................... 7
No caso de rejeição da denúncia, nos termos do artigo 395, caberá recurso em sentido
estrito (RESE);
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta (defeito formal);
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da
ação penal;
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
1. No caso de recebimento da denúncia, por se tratar de decisão interlocutória simples,
NÃO CABE RECURSO. Caberá, neste caso, Habeas corpus trancativo, alegando, por
exemplo, plena atipicidade do ato. A partir do recebimento, a prescrição fica
suspensa;
OBS.: o recebimento da denúncia não suspende o andamento da ação, salvo se o
relator, liminarmente, determinar a sustação do ato.
Súmula 707 do STF: “constitui nulidade a falta de intimação do
denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição
da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo”.
OBS.: cada parte poderá arrolar até 8 testemunhas. Vale lembrar que não
entram nesse rol as testemunhas referidas, descompromissadas e a vítima.
4. O juiz poderá absolver sumariamente o acusado diante das hipóteses do artigo 397
do CPP quando houver plena certeza:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e
parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o
acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade (aqui a inimputabilidade deverá
ser avaliada ao longo do processo, se absoluta ou relativa,
para ser aplicada a medida de segurança – ABSOLVIÇÃO
IMPRÓPRIA);
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
IV - extinta a punibilidade do agente.
OBS.: a absolvição sumária faz coisa julgada material, não admitindo novas
provas. Neste caso, o recurso cabível é a apelação (nos casos I, II e III) ou RESE
(IV).
5. Será decretada a revelia, nos termos do artigo 367 do CPP, cujos efeitos em Processo
Penal são diversos de outros processos, acarretando apenas que o réu não será mais
intimado pessoalmente dos atos processuais posteriores (salvo sentença), não
impedindo, entretanto, que o acusado produza normalmente sua defesa. Por isso, seu
defensor será sempre notificado da realização de todo e qualquer ato processual.
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado
ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao juízo.
6. Após transpassado todos esses passos e o juiz der prosseguimento à ação, será
instaurada a audiência de Instrução e Julgamento.
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
O juiz, não absolvendo sumariamente o réu nem rejeitando a denúncia, deverá marcar a
audiência de instrução e julgamento (AIJ) EM 60 DIAS e ordenará a intimação do Ministério
Público, do acusado, de seu defensor e, se for o caso, do querelante e do assistente de
acusação.
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora
para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu
defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente.
AUSÊNCIAS
A ausência injustificada do querelante na ação penal privada implica
PEREMPÇÃO caso seu comparecimento pessoal tenha sido determinado. Em
havendo justificativa, a audiência é adiada.
Em se tratando de ação penal pública subsidiária, a falta injustificada do
querelante faz com que o Ministério Público reassuma a titularidade da ação e a
audiência é realizada.
Se o réu solto faltar, o assistente de acusação ou o advogado do querelante, desde
que notificados, não ocorrerá o adiamento (art. 457 do CPP).
Art. 457, caput. O julgamento não será adiado pelo não
comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do
querelante, que tiver sido regularmente intimado.
ATENÇÃO! A falta do representante do Ministério Público importará
adiamento do ato. Caso injustificada a ausência, deverá o juiz expedir ofício ao
Procurador-Geral de Justiça para eventuais providências administrativas.
Inviável a nomeação de promotor ad hoc em face da vedação constitucional.
A audiência será também adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder
comparecer (art. 265, § 1º, do CPP).
Incumbe ao defensor provar seu impedimento até a abertura da audiência. Se não o
fizer, o juiz determinará a realização do ato, devendo nomear defensor substituto (ad hoc),
ainda que provisoriamente, ou só para o efeito do ato (art. 265, § 2º, do CPP).
Se o réu estiver preso, será requisitada sua apresentação para o dia da audiência. A não
apresentação ou a falta de requisição impedem a realização do ato. Se houver testemunha que
tenha que ser ouvida por carta precatória, o juiz processante dará prazo razoável para que
seja cumprida e devolvida e intimará as partes de sua expedição. A expedição de precatória
não suspende a instrução.
Perempção
Querelante
*Em A.P. subsidiária, o MP retoma a ação
Adia
MP + advogado dativo *Injustificação MP Procurador geral para que tome
as devidas medidas administrativas.
INSTRUÇÃO CRIMINAL
Terminado o prazo concedido pelo juiz, o julgamento poderá ser realizado. Na audiência
de instrução serão realizados os seguintes atos, nesta ordem:
1) OITIVA DA VÍTIMA;
Serão tomada as declarações pelo Juiz. Em seguida, poderão o MP e o defensor
reperguntar, diretamente. Se o ofendido não comparecer na audiência, poderá ser conduzido
coercitivamente.
2) OITIVA DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO E DE DEFESA (NESTA ORDEM);
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito)
testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.
§ 1º Nesse número não se compreendem as que não prestem
compromisso e as referidas.
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das
testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste
Código.
As testemunhas deverão ser inquiridas individualmente, de modo que uma não saiba do
teor do depoimento das outras, isso para que uma não influa no testemunho de outra. Antes
do início da audiência e durante sua realização, serão reservados espaços separados no
Fórum para garantir a incomunicabilidade das testemunhas (art. 210).
Segundo Alexandre Cebrian: “Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar
humilhação, temor ou sério constrangimento à testemunha ou vítima, de modo que
prejudique a veracidade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência onde for
possível e, na falta do equipamento (que é o mais comum), determinará a retirada do réu da
sala, prosseguindo na inquirição na presença do defensor (art. 217 do CPP)”.
O rito de inquirição das testemunhas será realizado, em termos breves, da seguinte
forma:
A testemunha será advertida sobre o crime de falso testemunho;
As partes perguntarão diretamente à testemunha sobre os fatos. O juiz poderá
indeferir perguntas impertinentes, que induzam respostas ou inúteis;
Ao término, o juiz pode pedir esclarecimentos.