2 Relatorio Critico

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RELATÓRIO CRÍTICO-REFLEXIVO DA DISCIPLINA ESTÁGIO

CURRICULAR SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL

DADOS DO ALUNO/CURSO

Nome:Milena Vanessa de Almeida

RGM: 28606507

Curso:Pedagogia (Licenciatura)

Instituição:Cruzeiro do sul Virtual

Semestre: 6º

Disciplina:Estágio Curricular Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino


Fundamental

Ano/semestre de realização do estágio:2023/2

Quantidade de horas realizadas:100 horas

2) CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Nome da Escola: EMEFM Prof Derville Allegretti

Endereço/região da cidade em que se situa:Rua Voluntários da


Pátria,777,Santana,São Paulo-SP

Dependência Administrativa (Pública ou Privada):Pública

Diretoria/Secretaria de ensino a que está vinculada:Secretaria Municipal de


Educação de São Paulo

Ano e nível escolar observado: 1° ano do ensino fundamental


3) Introdução

Educação inclusiva se refere a uma série de ações que a escola pode tomar
em prol de fornecer aos alunos uma escola mais inclusiva. Nesse tipo de ensino, o
maior objetivo é estabelecer a igualdade de possibilidades e oportunidades no
âmbito da educação. A educação inclusiva é importante porque, diferente da
educação especial que segmenta a educação apenas para pessoas com deficiência,
esse formato não separa o aluno do convívio e aprendizado dos estudantes,
permitindo que os discentes se desenvolvam como parte integrante da sociedade. A
educação inclusiva não tem como objetivo apenas tornar as escolas acessíveis, mas
trata-se principalmente em realizar ações que quebrem as barreiras impostas pela
sociedade, que muitas vezes é dominada pelo preconceito.
Nesse sentido, o transtorno de espectro autista (TEA) se refere a uma série
de condições relacionadas a um comportamentosocial comprometido, seja na
comunicação ou na linguagem e por meio de uma gama estreita de interesses e
atividades que são únicas para o indivíduo. As perturbações causadas no
desenvolvimento neurológico da pessoa com TEA podem ocorrer em manifestações
frequentes, como em alguns casos ou de forma periódica. Vale ressaltar que o
diagnóstico não é único, já que todo indivíduo tem suas especialidades.
A inclusão de pessoas com TEA em sala de aula se faz essencial através de
atividades que promovam uma maior inclusão entre os alunos, utilizando uma
linguagem objetiva e principalmente: fazer uso do lúdico em prol de estabelecer uma
melhor relação educacional em sala de aula. Além disso, a comunicação entre
escola e família devem estar alinhadas de forma a propor um canal aberto entre
família e escola, em prol de que as relações entre aluno e professor fiquem cada vez
melhores.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo compreender como realizar
práticas lúdicas na educação infantil, com enfoque em crianças com deficiência.

Reflexões sobre a realização do estágio de observação e participação


O transtorno de Espectro Autista é um distúrbio de neurodesenvolvimento
caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais,
dificuldades na comunicação e de interação social, além de padrões restritos e
repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e
hipersensibilidade a alguns estímulos sensoriais. Estimativas indicam que mais de
70 milhões de pessoas por todo mundo tenham o transtorno, sendo deste número, 2
milhões de brasileiros incluídos.
Marinho e Mercke (2009) afirmam que a definição de Autismo teve início na
primeira descrição dada por Leo Kanner, em 1943, no artigo intitulado: Distúrbios
Autísticos do Contato Afetivo (Autisticdisturbancesofdisturbancesofaffectivecontact),
na revista NervousChildren, n. 2, p. 217-250. Nesse contexto, os autores afirmam
(2009, p. 6.086) que:
Kanner (1943) ressalta que o sintoma fundamental, “o isolamento autístico”,
estava presente na criança desde o início da vida, sugerindo que se tratava
então de um distúrbio inato. Nela, descreveu os casos de onze crianças que
tinham em comum um isolamento extremo desde o início da vida e um
anseio obsessivo pela preservação da rotina, denominando-as de “autistas”.

Após uma evolução nos estudos, Hans Asperger ampliou as descrições antes
feitas por Kanner (1943), relatando a questão de dificuldades de crianças que não
conseguiam manter o olhar fixo em local determinado, como também apresentavam
uma peculiaridade nos gestos, carentes de significados e estereotipados e dilemas
de fala, que poderiam apresentar dificuldades gramaticais ou não, porém com fala
sempre monótona. (Bosa, 2002, p. 5)
Conforme Camargo e Bosa (2009, p. 65), “o autismo se caracteriza pela
presença de um desenvolvimento acentuado atípico na interação social e
comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e
interesses”.
Dessa forma, Martins, Preusseler e Zavschi (2002, p. 41) afirmam que “os
transtornos invasivos do desenvolvimento caracterizam-se por prejuízo severo e
profundo de 8 diversas áreas do desenvolvimento”. Entre as dificuldades, Martins,
Preusseler e Zavschi (2002, p. 41) descreve, “nas habilidades de interação social e
comunicação, associadas à presença de comportamento repetitivo e/ou restrito e
interesses em atividades estereotipadas, que representam um desvio acentuado em
relação ao nível de desenvolvimento”. Assim, as áreas afetadas pelo espectro
autista, de acordo com os autores seriam a de interação social, a comunicação e o
comportamento. De acordo com a American PsychiatricAssociation (2014) é no
diagnóstico do TEA que:
[...] as características clínicas individuais são registradas por meio do uso de
especificadores (com ou sem comprometimento intelectual concomitante;
com ou sem comprometimento da linguagem concomitante; associado a
alguma condição médica ou genética conhecida ou a fator ambiental), bem
como especificadores que descrevem os sintomas autistas (idade da
primeira preocupação; com ou sem perda de habilidades estabelecidas;
gravidade). Tais especificadores oportunizam aos clínicos a individualização
do diagnóstico e a comunicação de uma descrição clínica mais rica dos
indivíduos afetados. Por exemplo, muitos indivíduos anteriormente
diagnosticados com transtorno de Asperger atualmente receberiam um
diagnóstico de transtorno do espectro autista sem comprometimento
linguístico ou intelectual. (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014,
p. 32).

Ainda, de acordo com a América Educação Psiquiátrica, os níveis do


transtorno de espectro autista podem ser divididos em três: o primeiro, a criança
com grau leve, das quais podem realizar tarefas diárias e ter uma rotina comum, ler
ou escrever. O autista moderado que apresenta diferentes sintomas, incluindo a
dificuldade de aprendizagem e o autista severo, severo é não verbal, são
dependentes de cuidados de outras pessoas, com dificuldades na fala e gestos. É
importante salientar que nenhum diagnóstico é final, independentemente do nível e
da idade da pessoa com espectro autista. Aquele que é diagnosticado com o
transtorno irá levar o transtorno pelo resto da vida, mas isso não significa que todos
os casos serão iguais, já que o transtorno pode se comportar de forma distinta em
diferentes pessoas e a forma em que o autismo é tratado pela pessoa, pelos
familiares e até mesmo pela sociedade, afeta muito as variações de comportamento.
A educação inclusiva pode ser entendida como uma concepção de ensino
contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação. Ela
pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas,
contemplando todos. Nesse contexto, constata-se que, “Vive-se ainda hoje uma
cultura, impregnada pelo capital excludente, de que as pessoas com deficiências
são incapazes de aprender e de se desenvolverem integralmente” (LUNA, et. al.
2016, p. 87). Essa visão que foi se constituindo historicamente de forma
discriminatória, acaba por ofuscar as capacidades e potencialidades dos sujeitos
com deficiência, pois presta-se mais atenção às aparências e impedimentos. Muito
disso ocorre pela ausência de informação e conhecimento sobre o tema. Por isso,
Maciel afirma que:

A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência


seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O estigma
da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com
deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos,
sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário
muito esforço para superar este estigma (MACIEL, 2000, p.53).

Esse estigma social, criado pela ausência de conhecimento sobre as pessoas


portadoras de deficiência, formam crenças pessoais, que levam à marginalização,
recebe um valor negativo. Com isso, é necessário um amplo processo de formação
para que possa ocorrer o rompimento de um estigma social. Para que só então,
faça-se valer a afirmação de que:
A sociedade deve acreditar que todas as crianças e adolescentes têm a
possibilidade de aprender, deve-se romper uma cultura preconceituosa que
diz que o aluno com deficiência é considerado incapaz de aprender na
escola regular. (MUNHÓS, PEREIRA, 2019, p.09).

Esse esforço de mudanças de perspectivas sociais ao olhar para os sujeitos


portadores de necessidades especiais, embora não na velocidade necessária, mas,
tem dado passos importantes. Felizmente, o que tem contribuído muito para o
avanço da inclusão social das pessoas portadoras de deficiência na sociedade é a
politização desta discussão por meio de lutas e reivindicações por direitos.
As vivências educacionais promovem relações sistemáticas nas crianças com
outras pessoas e com objetos (inanimados ou não) e com o mundo, fazendo com
que a criança compreenda o significado de suas ações através do aprendizado pelo
que já foi aprendido. Uma atividade para ser considerada educativa, precisa ter
significado.
Com o advento da pandemia do Covid-19, a importância do lúdico na
educação só se potencializou, fazendo com que a brincadeira se tornasse parte do
contexto de aprendizagem. Em casa, as crianças necessitam de uma atenção maior
dos pais e além disso, precisam da atenção dos educadores, que devem
desenvolver atividades que lidem com o cotidiano da família, sobretudo, da criança
em processo de aprendizagem.
Ainda, conforme cita Winnicott (2015, p.5), “o lúdico é estimado como sendo
algo prazeroso, por conta da sua capacidade de absorver o indivíduo de modo total
e intenso, proporcionando um clima de entusiasmo”.
Segundo Vygotsky, por exemplo, o lúdico influencia muito o desenvolvimento
da criança, pois é através do jogo que a criança aprende a agir, tem a curiosidade
estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, além de proporcionar o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.
Quando a criança nasce, ela não sabe brincar. Através da interação com a
família, adultos e até outras crianças e objetos - até mesmo inanimados, a criança
aprende como brincar, desenvolvendo seu raciocínio e criatividade, a atenção na
imaginação.
Independente da classe social, cultura ou época em que a criança está, o
lúdico está associado à essência. Através da brincadeira, a criança aprende a lidar e
a conviver com o mundo. Conforme Maluf (2003, p.9): o brincar proporciona a
aquisição de novos conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural e
agradável, sendo uma das necessidades básicas da criança e essencial para um
bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.
Dessa forma, acredita-se que a ludicidade promove para o educador a
importância de trabalhar atividades lúdicas no âmbito escolar. Os jogos, uma forma
lúdica de ensinar, são um exemplo de como brincadeiras podem ser também
educativas.
É através do jogo que a criança, já instigada, inicia suas habilidades motoras,
de pesquisa, a curiosidade e a competitividade. Ainda, é através do jogo que podem
ser trabalhados estímulos da concentração e do trabalho em equipe. Conforme
Piaget (1975, p. 3): Conceitos como jogos, brinquedos e brincadeira são formados
ao longo da nossa vida, no entanto tanto brincadeira como jogos são considerados
uma forma de divertimento. Nesse contexto, se percebe que as brincadeiras
auxiliam com a aprendizagem, agindo de forma significativa na vida da criança,
sobretudo, da criança com deficiência.
Fonseca (2008) retrata que quando se fala de crianças PNE, estas não
devem ser privadas de viver essas experiências no meio real. É necessário que para
que a inclusão seja real ação lúdica esteja presente no meio de todas as crianças,
de tal forma que a criança possa criar e interagir com os demais.
Além disso, se faz necessário que para esses alunos, as atividades lúdicas
não sejam apenas uma simples forma de ocupar seu tempo, visto que essas
atividades são os principais incentivos para a educação de Pcds.
Conforme Neto (2011), o brincar é fundamental na vida de qualquer criança,
indiferente das particularidades que exiba. Dessa forma, levando em consideração
que cada criança já é dona da sua própria cidadania, é extremamente necessário
que haja inclusão.
A brincadeira possui grande relevância na aprendizagem, por conta disso,
deve ser valorizada e incentivada, com a brincadeira as crianças podem
conferir novos significados aos elementos da realidade vivenciados em seu
cotidiano, podendo expor o seu modo compreendê-lo. Sendo assim, a
escola deveria procurar explorar ainda mais o contexto do brincar, buscando
formas de fazer com que esse seja traduzido em conhecimento, ofertando
materiais, espaços e recursos que façam com que a brincadeira seja ainda
mais enriquecedora, servindo como um elemento da atividade lúdica onde o
aluno cria e recria suas emoções, sentimento e conhecimentos, gerando um
ambiente compatível com os anseios e necessidades de cada criança
(KISHIMOTO, 1994, p. 19).

Tendo em vista os fatos apresentados, pode-se constatar que toda criança


tem o direito de ter sua criatividade exercida e incentivada nas instituições de
ensino. O mesmo se aplica para jovens e adultos.
Não existe uma receita pronta para atender pessoas com deficiência,
entretanto, todo profissional deve buscar constantemente por capacitação para lidar
com a peculiaridade de cada aluno, sobretudo, quando se refere a pessoas com
deficiência.
Mantoan (2003), afirma que os professores precisam dominar cada vez mais
os conteúdos curriculares, os processos de ensino e aprendizagem, isto é,
especializarem-se no “o que”, no “como” e no “para que” se ensina e se aprende. Ao
nosso ver e inspirados nos projetos que visam uma educação de qualidade para
todos, o tratamento das questões relativas ao ensino de pessoas com deficiência na
formação geral de educadores eliminaria, em grande parte, os obstáculos que se
interpõem entre a escola regular e esses alunos. Em resumo, a formação única para
todos os educadores propiciará a tão esperada fusão entre a educação especial e a
regular, nos sistemas escolares.
O papel dos professores na educação inclusiva é crucial. Isso porque ao
profissional cabe orientar o processo de ensino e desenvolver métodos para que os
alunos adquiram conhecimentos.
Portanto, o dever do professor é ajudar os alunos com necessidades
educacionais especiais para que possam progredir nos aspectos intelectuais e
sociais. Dessa forma, esses alunos podem superar as expectativas e obstáculos
criados para eles e podem usufruir de seus direitos.
Além disso, um dos principais objetivos da inclusão é permitir que os
professores excluam as perspectivas da deficiência das pessoas com necessidades
especiais e promover atividades que respeitem as diferenças e as inteligências
múltiplas. Por este motivo, o plano de aula geralmente inclui jogos, música,
atividades em grupo, pintura, etc.
Ainda, conforme Cáceres (2009), é a principal importância para a realização
de uma proposta de educação que seja realmente inclusiva. Sua forma de ensinar
deve ser de realizar um ótimo planejamento do seu trabalho, ainda como deve em
sala de aula é estabelecida segundo a sua visão de mundo, pela leitura que este faz
da sociedade, da educação, de si mesmo, e principalmente do seu compromisso
com seus alunos e das relações estabelecidas com eles.
Uma postura inclusiva deve ser construída ao longo da vida do educador. Por
isso, deve-se buscar constante especialização e capacitação, tendo em vista a
importância de estar atualizado, por dentro do sistema educacional. Um professor
não será capaz de acreditar no poder da implementação de práticas educacionais
inclusivas caso esse não tenha posturas inclusivas em sua vida, ou caso esse não
confie na forma de trabalho que a mesma apresenta (CÁCERES, 2009).
Em relação à escola, a inclusão de pessoas com deficiência ocorre quando se
leva em consideração o atendimento a quatro pontos essenciais: currículo,
adaptação curricular, metodologia e avaliação, de modo que proporcione uma
educação centrada na diversidade, tendo como norte o levantamento da realidade
local e escolar.
Vale ressaltar que a noção de escola inclusiva, cunhada a partir da famosa
Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), em nosso país toma uma
dimensão que vai além da inserção dos portadores de deficiências, pois
estes não são os únicos excluídos do processo educacional. É fato
constatado que o nosso sistema regular de ensino, programado para
atender àquele aluno “ideal”, com bom desenvolvimento psicolinguístico,
motivado, sem problemas intrínsecos de aprendizagem, e oriundo de um
ambiente sócio-familiar que lhe proporciona estimulação adequada, tem se
mostrado incapaz de lidar com o número cada vez maior de alunos que,
devido a problemas sociais, culturais, psicológicos e/ou de aprendizagem,
fracassam na escola (GLAT e NOGUEIRA, 2003, p. 134-142)

Pensar a inclusão escolar na educação com crianças, quanto ao


desenvolvimento das crianças com deficiência, que, comumente é muito similar à de
outras crianças, embora em um ritmo mais demorado. A compreensão desta
característica na aquisição de certas habilidades é imprescindível para não rebaixar
os alunos portadores de deficiência.
Ao mesmo tempo, a escola oferece todo o suporte necessário em suas
particularidades, como em uma escola especial. É, portanto, uma integração entre
os dois tipos de ensino, se mostrado benéfica para os alunos que frequentam
instituições com tais características. Há também a percepção de que a convivência
na diversidade contribui para que todos os alunos se desenvolvam sem que haja
discriminação entre eles. Essa igualdade de oportunidade é, inclusive, pautada na
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das
Nações Unidas, que foi ratificada no Brasil em 2006.
A educação inclusiva pode ser estimada como sendo o conjunto de
princípios e procedimentos implementados pelos sistemas de ensino com a
finalidade de adequar a realidade das escolas à realidade do educando,
onde essa deve representar toda a diversidade humana. Nenhum tipo de
aluno deve ser rejeitado por parte das escolas. Nesse caso, as escolas
passam a ser denominadas de inclusivas a partir do momento em que
decidem aprender com os educandos que deve ser eliminado, mudando
substituído ou acrescentado nas seis áreas de acessibilidade, para que
cada aluno possa aprender de acordo com seu estilo de aprendizagem,
fazendo uso de suas múltiplas inteligências (Sassaki, 2013, p.15).

Dessa forma, pode-se constatar que a educação inclusiva é o melhor meio


para que pessoas com deficiência possam obter educação de qualidade, conforme
as suas necessidades, mas sem que haja exclusão dos demais.
Para a realização de práticas inclusivas em sala de aula, sobretudo em prol
de crianças com espectro autista, é dever da escola promover um ambiente em que
os alunos se sintam acolhidos, respeitados e que possam receber as mesmas
oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento integral que os outros discentes.
A escola deve procurar realizar parcerias com a comunidade escolar e
principalmente com os pais dos alunos com TEA, visto que cada pessoa convive
com o transtorno de forma distinta e por isso, é importante conhecer os alunos em
prol de descobrir suas dificuldades e buscar meios de contorná-las.
Nesse sentido, o ambiente escolar é um sistema que deve preservar os
valores sociais individuais. Deve ser capaz de orientar bem os indivíduos para a
sociedade. Por meio dela, valoriza o trabalho de inserção dos grupos familiares no
ambiente educacional e busca o fortalecimento da sociedade e da família. O
relacionamento é mediano.
As escolas só podem desempenhar um papel político se cultivarem a
consciência crítica dos alunos com base na realidade de sua integração na
sociedade, compreenderem as realidades culturais, sociais e econômicas dos
alunos e fornecerem interação familiar no processo de educação social.

4)PERFIL DO PROFESSOR

Neste trabalho, acompanhou-se alguns professores. No que se refere ao


ensino, os docentes TEM mestrado, sendo que dos 6 docentes acompanhados,
apenas um não possui. Todos os profissionais sem exceção são formados em
pedagogia, sendo que se formaram entre os anos de 2002 e 2007. A idade dos
profissionais acompanhados variou entre 35 e 48 anos.

5) PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

O termo “inclusão social” tem sido muito discutido na sociedade


contemporânea, entretanto sabe-se que incluir grupos que são excluídos de
processos comuns de socialização ainda é um grande desafio que nós como
sociedade devemos buscar meio para solucionar.
A educação é o principal caminho para a realização de uma mudança efetiva
na sociedade e por isso, se faz essencial que a escola esteja preparada para
receber os mais diversos tipos de pessoas, independente de classe, gênero, raça ou
qualquer outro fator. A escola deve ser um local de fácil acesso e entendimento para
todos.
Quando se fala de crianças com deficiência, sabe-se que os educadores e a
gestão escolar devem utilizar do lúdico e de metodologias ativas para garantir que
todos os discentes tenham entendimento do assunto abordado em sala de forma
efetiva. Por isso, promover atividades participativas se torna essencial, mas cabe
ressaltar que deve-se utilizar o lúdico em qualquer situação, havendo a participação
de alunos com deficiência ou não.
Na Escola, há mais de 8 alunos com deficiência e a busca por práticas
pedagógicas que incluam esses alunos é diária. Há reuniões quinzenais entre a
gestão escolar em prol de discutir o desempenho de todos os alunos. Além disso,
alunos com qualquer dificuldade em sala de aula têm acesso às aulas de reforço
escolar e se necessário de uma profissional especializada (TDE).
Sabe-se que mesmo que a escola já realize práticas pedagógicas inclusivas,
se faz essencial renová-las a cada momento. Mesmo em ambientes onde a inclusão
já existe, não é de forma totalmente satisfatória. Por isso, devemos sempre buscar
medidas que tornem a instituição mais próxima dos alunos.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)


O estágio supervisionado foi de grande valia para a minha formação como
docente, já que por meio dele, foi possível compreender através da prática, formas
de atuar em sala de aula colocando aos alunos metodologias ativas de ensino.
Nesse contexto, realizar a busca de dinâmicas que colocassem o aluno como
protagonista fez com que eu pudesse refletir sobre a forma em que eu irei lecionar
no futuro e através de que meios poderia agir para que as aulas se tornassem
dinâmicas, ainda conforme os ensinamentos de Paulo Freire.
A utilização do lúdico na educação é essencial para constituir um sistema
educacional que promova a participação de todos. Além disso, é uma ferramenta
maravilhosa para auxiliar os docentes a promover o conteúdo que foi definido para
ser estudado em sala.
A maior dificuldade encontrada para a realização de atividades que
buscassem realizar uma inclusão educacional foi em primeiro lugar o preconceito,
que pode estar instaurado entre os alunos e na comunidade escolar, se estendendo
até mesmo aos funcionários da escola.
Por conta disso, se torna cada vez mais necessário buscar meios que
coloquem os alunos como protagonistas do ensino e para isso, os professores
devem fazer muitas pesquisas para buscar meios que provoquem uma reflexão real
nos alunos. A Educação Inclusiva é a forma mais fácil de realizar ações
transformadoras na sociedade.

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