A Habilidade Leitora No Ensino Médio Pontos

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ANAIS DO I

CONGRESSO
INTERNACIONAL
MULTIDISCIPLINAR EM
EDUCAÇÃO, SAÚDE E
MEIO AMBIENTE

ISBN: 978-65-983405-3-7
Organizadores:
Maiara Gadelha de Sousa
Brenda Pinheiro Evangelista
Breno Pinheiro Evangelista

ANAIS DO I CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO, SAÚDE E


MEIO AMBIENTE

ICÓ
2024
DOI: https://doi.org/10.29327/1413386
CONSELHO EDITORIAL

Brenda Pinheiro Evangelista


http://lattes.cnpq.br/2970909507459745

Breno Pinheiro Evangelista


http://lattes.cnpq.br/9900168273368495

Carla Emanuela de Melo Lima


http://lattes.cnpq.br/1242424110482173

Lucenir Mendes Furtado Medeiros


http://lattes.cnpq.br/5200985604990458

Maria Aparecida Oliveira do Nascimento


http://lattes.cnpq.br/6584312093881121

Maria Waldilene Sousa Teixeira


http://lattes.cnpq.br/0494646222507948
SUMÁRIO

TRABALHOS COMPLETOS...................................................................................................
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD): REFLEXÕES CRÍTICAS E PRÁTICAS...................
A ESCOLA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS EM RELAÇÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER..................................................................................................................................
MAPEAMENTO MORFOMÉTRICO DO MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO ALTO–
SP APLICADO A SUTENTABILIDADE A PARTIR DO USO DE FERRAMENTAS
GEOTECNOLÓGICA...............................................................................................................
USO DE GEOTECNOLOGIA PARA A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM
PROPRIEDADES RURAIS.....................................................................................................
O ENSINO DE CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL MEDIADO POR
PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO NA PERSPECTIVA NA PROPOSTA
METODOLÓGICA SEQUÊNCIA FEDATHI.........................................................................
CONFECÇÃO DE DERMOGRAMAS EM MANEQUINS DE CÃES PARA FINS DE
ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO NA CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS........
INCLUSÃO DIGITAL E EQUIDADE NAS ESCOLAS.........................................................
IMPACTOS DA METODOLOGIA BASEADA EM PROJETOS NO ENGAJAMENTO
DOS ALUNOS: ESTUDO DE CASO E EVIDÊNCIAS...........................................................
O ENSINO DE QUÍMICA POR MEIO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS:
ABORDAGEM SIGNIFICATIVA PARA ALUNOS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO..
EFEITOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA SPAECE NA PRÁTICA EDUCACIONAL..........
DIVERGÊNCIAS NAS QUESTÕES DE GEOMETRIA: UMA ANÁLISE ENTRE OS
LIVROS PNLD 2021 E O ENEM 2022 NO ENSINO MÉDIO................................................
COMO OS AVANÇOS DO DIREITO QUE TRATA DOS CRIMES NUMA
PERSPECTIVA GLOBAL INFLUENCIAM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS?...........
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL.....................
A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DENTRO DOS ESPAÇOS ESCOLARES.............
INTEGRANDO NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA............................................................
DESIGUALDADES AMBIENTAIS EM MACAPÁ: UMA ABORDAGEM SOBRE A
JUSTIÇA AMBIENTAL NAS ÁREAS ÚMIDAS...................................................................
GERAÇÃO SCREENAGERS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA EDUCAÇÃO...............
A HABILIDADE LEITORA NO ENSINO MÉDIO: PONTOS PARA REFLEXÃO............
EXPLORANDO FRONTEIRAS NA EDUCAÇÃO: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM
DISSERTAÇÕES DA UFMG...................................................................................................
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INCLUSIVA: ESTRATÉGIAS PARA ATENDER A
DIVERSIDADE NA SALA DE AULA....................................................................................
O PAPEL DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
PREPARANDO EDUCADORES PARA DESAFIOS
SUMÁRIO

TRABALHOS COMPLETOS...................................................................................................
MÉTODOS ANALÍTICOS PARA SOLUÇÕES DE INTEGRAIS IMPRÓPRIAS: DE
LEIBNIZ A FEYNMAN...........................................................................................................
A HABILIDADE LEITORA NO ENSINO MÉDIO: PONTOS PARA REFLEXÃO
Área: Educação

Mario Marcos Lopes1; Ivanildo Gomes da Silva2; Luana Estephany Gomes Costa3; Antonieta
Cabral da Silva4; Bruna Luiza Mendes Leite5; Camila Vieira da Silva6

1
Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail:
[email protected]
2
Centro Universitário Leonardo da Vinci, Indaial, Santa Catarina, Brasil.
3
Instituto Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil.
4
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil
5
Universidade Norte do Paraná, Londrina, Paraná, Brasil.
6
Veni Creator Christian University, Kissimmee, Flórida, Estados Unidos.

RESUMO: As linguagens e os códigos se ampliam e para acompanhar tal contexto, a


competência de leitura e de escrita tem papel fundamental. O estabelecimento dessas
competências tem como eixo o desenvolvimento do pensamento antecipatório, combinatório e
probabilístico que permite estabelecer hipóteses, algo que caracteriza o período da
adolescência. A presente pesquisa tem por objetivo discutir e apontar reflexões sobre a
importância da leitura e escrita na Educação Básica. Dessa forma, o desenvolvimento da
capacidade leitora requer que o ensino permeie todo o conteúdo, pois essa responsabilidade é
da escola como um todo e não somente de um professor ou uma disciplina. Por fim, podemos
observar no decorrer das discussões apresentadas, muitos são os desafios no âmbito da leitura
e em relação aos adolescentes de hoje; muitos também são os caminhos.

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Ensino; Reflexão

INTRODUÇÃO

A humanidade criou a palavra, que é elemento formador do ser humano, seu traço que
o distingue dos demais seres vivos. O homem constitui-se assim um ser de linguagem e disso
sucede todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que vemos hoje. Desse
modo, ao agregar palavras e sinais, criando a escrita, o ser humano construiu um instrumental
que ampliou enormemente sua capacidade de comunicar-se.
A representação, comunicação e expressão são atividades de construção de significado
relativas a vivências que se inserem ao conjunto de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são

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construídos por meio da relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que
estamos inseridos. E é na adolescência, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento
para compreender e agir sobre o mundo real (São Paulo, 2008).
Entretanto, o aumento das capacidades de representação, comunicação e expressão está
vinculada ao entendimento não apenas da linguagem, mas de todas as outras e, principalmente,
ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. Desse
modo, a escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do legado cultural
da humanidade (artístico, literário, histórico, social, científico e tecnológico), sendo em cada
uma dessas áreas, as linguagens essenciais.
Concomitantemente, observa-se em nossa sociedade contemporânea, que as linguagens
e os códigos se ampliam e para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita
tem papel fundamental. O estabelecimento dessas competências, neste trabalho destaca-se a
competência leitora, tem como eixo o desenvolvimento do pensamento antecipatório,
combinatório e probabilístico que permite estabelecer hipóteses, algo que caracteriza o período
da adolescência (São Paulo, 2008).
Portanto, por esse caráter primordial da competência leitora e escritora cabe,
especialmente a escola, transformar seu trabalho em oportunidades nas quais os educandos
possam aprender e fortalecer o uso da Língua Portuguesa e das demais linguagens e códigos
que fazem parte da cultura, bem como das formas de comunicação em cada uma delas. Desse
modo, a competência de leitura e escrita deve ser objetivo de todas as séries/anos e todas as
disciplinas, e incumbindo aos gestores (a quem cabe a educação continuada dos professores na
escola) o dever de criar oportunidades para que os docentes também desenvolvam essa
competência – por cuja constituição, nos alunos, são responsáveis.
Desse modo, a presente pesquisa tem por objetivo discutir e apontar reflexões sobre a
importância da leitura e escrita na Educação Básica. Paralelamente, a finalidade da presente
pesquisa vem se unir aos objetivos apontados pela Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil e
contribuir com a mobilização de toda a sociedade sobre a importância da leitura.

METODOLOGIA

A metodologia adotada neste estudo será de cunho bibliográfico, com base na revisão e
análise crítica da literatura especializada sobre Leitura e Escrita. Para tanto, serão utilizadas

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fontes acadêmicas, como artigos científicos, livros, teses e dissertações, que abordem
diretamente ou tangencialmente os temas em questão. A seleção das fontes será realizada por
meio de consultas a bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus, Web of Science, Google
Scholar, entre outras, utilizando termos de busca. A revisão da literatura será conduzida de
forma sistemática, seguindo um protocolo pré-estabelecido para a identificação, seleção e
análise dos estudos relevantes. Serão considerados critérios de inclusão, como a pertinência
temática, o rigor metodológico e a atualidade dos materiais selecionados. Adicionalmente,
serão realizadas buscas manuais em bibliografias de artigos e livros identificados, a fim de
garantir a abrangência e a completude da revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Embora o ser humano tenha adquirido a habilidade de falar antes de dominar a leitura e
escrita, e haja comunidades que não possuíam representação gráfica, na sociedade atual,
dominar as habilidades leitoras e escritoras é essencial não apenas para o sucesso profissional,
mas também para uma convivência social agradável. Não se discute que a capacidade de ler de
forma crítica se tornou indispensável ao homem, tornando-se um exercício indispensável para
a realização de diversas tarefas diárias.
Desde que começou a ser praticada, a leitura tem sido associada à escrita nas suas mais
variadas formas e ocorrências. Na metade do século XVI, com o surgimento da imprensa a
partir de Gutenberg, o livro se tornou a principal fonte de textos escritos para a população rica.
Durante os séculos XVI e XIX, a prática de leitura esteve atrelada às práticas escolares, às
opções religiosas e à expansão da industrialização. No século XIX, houve um aumento no
número de modelos de leitura devido ao aumento do processo de alfabetização e ao uso da
cultura impressa por novas classes de leitores (Schwarzbold, 2011)
Nas décadas de 60 a 80 do século XX, no Brasil, a alfabetização se tornou sinônimo de
leitura, dando notoriedade àqueles que dominavam o código escrito e excluindo os que não
tinham acesso a ele. Passou-se o tempo e a leitura continua sendo um elemento determinante
na sociedade atual para promover ou não alguém.
Neste sentido, pode-se aferir que a difusão da prática da leitura na escola torna-se
essencial para o exercício da cidadania e a conquista de uma realidade menos desigual, portanto,
mais igualitária. A capacidade leitora torna-se um importante mecanismo de empoderamento,

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pois oportuniza espaço para que o cidadão tenha representação e interaja com a realidade em
que está inserido, conforme destaca Soares (2005, p. 19):

Em nossa cultura grafocêntrica, o acesso à leitura é considerado como intrinsecamente bom.


Atribui-se à leitura um valor positivo absoluto: ela traria benefícios óbvios e indiscutíveis ao
indivíduo e à sociedade – forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimentos e de
enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de interação.

A partir da contribuição da autora, percebe-se que a leitura não é uma ação com fim,
mas uma capacidade de atingir um objetivo (Charmeux, 2000), que, segundo Martins (2006, p.
30) é:

Um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, não importando por meio


de que linguagem. Assim, o ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de
expressão do fazer humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico e
estabelecendo uma relação igualmente histórica entre o leitor e o que é lido.

Neste entendimento, compreendemos que a leitura não abrange apenas o conhecimento


verbal, mas o conhecimento de mundo seja por meio de desenhos, símbolos, imagens etc., o
que nos faz afirmar que a aprendizagem da leitura inicia-se bem antes do contato com o texto
escrito, pois a “leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura dessa
não possa prescindir da continuidade da leitura daquela” (Freire, 1998, p. 11).
Entretanto, para concretização da leitura ela deve “preencher uma lacuna em nossa vida,
precisa vir ao encontro de uma necessidade, de um desejo de expansão sensorial, emocional ou
racional, de uma vontade de conhecer mais” (Martins, 2006, p. 82), caso contrário torna-se
apenas mais uma ação mecânica realizada na escola e abandonada em casa.
A leitura deve ser vista como uma atividade social que começa na vida cotidiana do
aluno (Silva, 2007), ou seja, uma ação que começa na escola, mas que não pode permanecer
apenas nos limites dos muros escolares, pois a leitura é um meio de entrada do aluno na
sociedade letrada, dando-lhe o papel de cidadão e a chance de modificar suas perspectivas de
futuro, além de interferir na realidade em que vive. A aquisição da capacidade de leitura, dentro
deste contexto, é um valioso instrumento para incentivar a reflexão no aluno, pois é a partir da
reflexão dos textos lidos que o aluno-leitor consolida e constrói seus valores e crenças,
conseguindo discernir e se posicionar perante a sociedade letrada.

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Se a leitura for compreendida de uma perspectiva social, fica claro que o professor
também deve ser um leitor atento.

Se a relação do professor com o texto não tiver um significado, se ele não for um bom leitor,
são grandes as chances de que ele seja um mau professor. E, à semelhança do que ocorre com
ele, são igualmente grandes os riscos de que o texto não apresente significado nenhum para
os alunos, mesmo que eles respondam satisfatoriamente a todas as questões propostas (Lajolo,
1986, p. 53).

A constatação de Lajolo (1991) reforça a relevância do papel do professor diante dos


seus alunos e o compromisso social que a escola tem, apesar de, como aponta Cunha (2008,
p.54) “esse vínculo natural [entre escola e leitura] torna-se imperativo num país com as
desigualdades sociais nos níveis existentes em nosso país, onde a família não exerce o papel de
primeira e mais importante definidora do valor da leitura”.
No que diz respeito à escola, Antunes (2003) também questiona a forma como a
aprendizagem da leitura tem sido conduzida. A leitura é uma atividade de decodificação da
escrita, sem levar em conta sua dimensão de interação verbal. As atividades não se relacionam
com os usos sociais da leitura e têm como objetivo auxiliar outras atividades consideradas
prioritárias, como a interpretação do texto lido e a criação de um texto pelo estudante, limitando
as experiências de leitura dos estudantes à tríade comum de ler, interpretar e redigir.
A leitura não deve ser um ato automático, mas sim um processo de construção de
significados, que requer reflexão do aluno, já que é importante ensinar a ler.

É colocar em funcionamento um comportamento ativo, vigilante, de construção inteligente de


significação, motivado por um processo consciente e deliberado, e isto desde o próprio início
da escolaridade das crianças, e mesmo antes que elas cheguem à escola [...] tudo que não
conduzir diretamente a este resultado não pode pretender ser uma aprendizagem de
leitura (Charmeux, 2000, p. 88-89).

Dessa forma, o desenvolvimento da capacidade leitora requer que o ensino permeie todo
o conteúdo, pois, como aponta Perini (2005), essa responsabilidade é da escola como um todo
e não somente de um professor ou uma disciplina. Isso reforça a ideia de que a leitura tem um
caráter interdisciplinar, ou seja, o ato de ler se desenvolve nas diversas relações que o autor e o
leitor/ouvinte estabelecem no mundo da linguagem, no processo de interação verbal.

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Na perspectiva de Cunha (2008, p. 14) existe “a necessidade de a escola assumir
verdadeiramente seu papel de formadora de leitores, intensificando sua ação em todas as
direções que se relacionam com o gosto pela leitura”.
Dessa forma, a formação de leitores é uma necessidade e um grande desafio da
Educação (Magnani, 1994).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não há dúvidas de que a escola, principalmente através da figura do professor, tem


grandiosa importância na formação do leitor e na motivação para a leitura, porém não somente
esses. A pesquisa apontou os principais agentes motivadores para a leitura e também a ausência
destes na maioria dos casos, o que levanta para uma transformação da escola, no tocante ao
estímulo e incentivo à leitura.
Neste sentido, é importante pensar em propostas como a incrementação de programas
para bibliotecas, formação de professores mediadores, práticas leitoras em aula, entre outras
que promovem as habilidades leitura e escritora.
Ainda, como podemos observar no decorrer das discussões apresentadas, muitos são os
desafios no âmbito da leitura e em relação aos adolescentes de hoje; muitos também são os
caminhos.
O que não se pode deixar de lado é a capacidade de torná-los cidadãos críticos, com seus
direitos respeitados. Assim, é necessário, principalmente à escola, mudar paradigmas, abrindo
espaço para concepções de leitura, que, de acordo com Lajolo (1991), privilegiem a reflexão
sobre a natureza e o percurso social da leitura, deixando em plano secundário metodologias e
estratégias que costumam ser, na prática, ineficientes para despertar nos adolescentes o gosto
pela leitura. Só assim poderemos responder a um mundo que se transforma cada vez mais
rápido, com tanta evolução e desafios.
Finaliza-se esse estudo na esperança de que as discussões apresentadas possam
colaborar para um melhor entendimento do cenário da leitura de adolescentes, a partir de um
grupo focal específico, bem como ter contribuído com pontos relevantes para harmonizar as
relações entre os interesses dos alunos e os da escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anais do I Congresso Internacional Multidisciplinar em Educação, Saúde e Meio Ambiente


ISBN: 978-65-983405-3-7
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.

CHARMEUX, Eveline. Aprender a ler: vencendo o fracasso. Tradução de Maria José do


Amaral Ferreira. São Paulo: Cortez, 2000.

CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Acesso à leitura no Brasil. In: AMORIM, Galeano (Org.).
Retratos da leitura no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial: Instituto Pró-livro, 2008.

FREIRE, P. Alfabetização de adultos e bibliotecas populares. A importância do ato de ler –


em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1998.

LAJOLO, Marisa. O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, Regina (Org.). Leitura em crise
na escola: as alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991, p. 51-62.

MAGNANI, Maria Aparecida Ceravolo. Formação de Leitores: um salto necessário para a


escola pública. Série Ideias n.13. São Paulo: FDE, 1994.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura? São Paulo: Brasiliense, 2006.

PERINI, Mário A. A leitura funcional e a dupla função do texto didático. In Leitura:


perspectivas interdisciplinares. In: ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da
(Orgs.). Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.

SÃO PAULO (Estado). Proposta Curricular do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria
da Educação, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PropostaCurricularGeral_Intern
et_md.pdf. Acesso em: 24 jul. 2023.

SCHWARZBOLD, Caroline. Desenvolver a competência leitora: desafio ao professor do


ensino fundamental. 2011. Trabalho de Conclusão do Curso (Pós-graduação em Linguística
Aplicada) - Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2011.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.

SOARES, Magda Becker. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In:
ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da (Orgs.). Leitura: perspectivas
interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.

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