His L01
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LIÇÃO 1
A CONQUISTA DE CANAÃ
O
período da conquista relatada no Livro
de Josué abrange 30 anos: 7 anos de
campanhas iniciais e 23 anos de
combates das tribos, isoladamente. O Livro de
Josué narra a entrada dos israelitas na Terra
Prometida, após a sua peregrinação em de-
manda por essa conquista.
Os personagens deste livro são israelitas
da segunda geração aguardando às margens do
rio Jordão o momento da sua entrada inicial na
Terra da Pro-missão. Os pais dessa geração
haviam recebido, há 39 anos, idêntica oportunidade, mas, por falta de fé, não
puderam aproveitá-la (Hb 4.2). Como consequência daquela tragédia, todos
os israelitas de 20 anos de idade para cima morreram durante os anos de
peregrinação no deserto do Sinai (Nm 1.3).
A nova geração, disposta a não cair em semelhante erro, demonstra que
“a vitória vem pela fé”. A fé destes israelitas constitui o tema da presente
Lição.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A Chamada de Josué
2. Preparativos para a Vitória
3. Enfrentando o Inimigo pela Fé
4. A Fé Repele os Ataques Inimigos
5. A Herança Ganha pela Fé
6. Uma Pergunta Difícil
1
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 2
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de:
1. Citar a promessa divina feita a Josué (Js 1.5), no momento do
seu chamamento como líder de Israel;
2. Dar o número de espias enviados a Jericó, de acordo com Josué
2;
3. Dizer como Cristo se manifestou de forma pré-encarnada no
Livro de Josué, na fase da conquista de Canaã;
4. Mencionar o grande milagre ocorrido por ocasião da grande
peleja levada a efeito por Josué e os filhos de Israel, em defesa dos gibeonitas;
5. Dizer pelo menos três exortações proferidas por Josué, em seu
último discurso;
6. Explicar como deve ser interpretada a batalha entre os filhos de
Israel e os cananeus.
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 3
TEXTO 1
A CHAMADA DE JOSUÉ
(Js 1)
Note que Deus não deu instruções quanto à estratégia militar dos
israelitas, mas sim as diretrizes para a perspectiva espiritual de uma vida bem
sucedida.
A mesma promessa divina de prosperidade e sucesso fôra oferecida
aos israelitas da primeira geração, mas, como falharam na obediência aos
requisitos que acom-panhavam tal promessa, nunca conseguiram o prometi-
do “descanso” na terra de Canaã. (Compare Deuteronômio 12.9 com Josué
1.13.) A geração anterior perdeu esse direito por não possuir fé, virtude ne-
cessária para uma luta vitoriosa contra os “gigantes da terra” a ser conquista-
da.
Hebreus 4.1,2 traça um paralelo entre a situação da nova geração de
Israel e a nossa, como crentes em Jesus:
TEXTO 2
TEXTO 3
Jericó (6)
As ordens divinas recebidas por Josué visavam a convencer os filhos de
Israel de que a sua vitória viria de Deus e não da sua própria força. Os
israelitas receberam ordem de rodearem a cidade de Jericó sete vezes, sem
usarem a espada até o final da sétima volta, no sétimo dia, quando Deus faria
cair as muralhas da cidade.
Imagine se Israel tivesse sido obrigado a destruir as muralhas de Jericó
com suas próprias armas! Sabemos que a muralha principal da cidade media
4 metros de largura e que havia também um muro secundário de 2 metros. É
evidente que, na primeira batalha, Deus executou o trabalho todo, demons-
trando ao Seu povo que a vitória ocorre pela fé em Deus e não pelo esforço
humano.
Uma nota destoante nesta maravilhosa história é a desobediência de
Acã. Deus tinha mandado que os despojos de Jericó fossem dedicados total-
mente a Ele, como um tipo de sacrifício das primícias, mas Acã pensou ser
fácil esconder um ato somente de desobediência à ordem divina. A experiên-
cia sofrida por Israel em Ai é prova de que nada se esconde de Deus, nem
mesmo o menor dos pecados. Existem hoje em dia crentes como Acã, que
têm grande fé nos momentos de tribulação e em face de problemas grandes,
mas que são, entretanto, facilmente derrotados por causa de pecados ainda
não confessados e nem abandonados.
Ai (7,8)
Há nos nossos dias congregações fracas e sem vigor porque alguns de
seus membros escondem pecados sem se arrependerem disso. Em tais ca-
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 9
sos, é fácil culpar a Deus pela fraqueza da congregação e perguntar por que
Ele não está operando na Igreja como antigamente. Aprendemos uma lição
essencial com a experiência de Josué, ao ver seu exército voltar derrotado do
combate na cidadezinha de Ai. Josué chorou perante a arca: “... Ah! SE-
NHOR Deus, por que fizeste este povo passar o Jordão, para nos entrega-
res nas mãos dos amorreus, para nos fazerem perecer? Tomara nos con-
tentáramos com ficarmos dalém do Jordão.” (Js 7.7). A resposta de Deus foi
clara e definitiva: “... Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o
rosto?... já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa
roubada... Há coisas condenadas no vosso meio, ó Israel; aos vossos inimi-
gos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso meio as coi-
sas condenadas.” (Js 7.10,12,13).
É óbvio que não devemos culpar Deus pelos nossos fracassos. Em vez
disso, devemos buscar o nosso “Acã” (isto é, o nosso pecado), apedrejá-lo e
levantar sobre ele um montão de pedras (7.26).
Descoberto o pecado escondido, a confissão de Acã apresenta um pa-
drão bem típico: Vi... cobicei... tomei... escondi (7.21). Castigado o pecado
de Acã, Israel ganhou facilmente a batalha contra Ai. Mais importante que a
batalha ganha, foi a lição ensinada: o pecado de um indivíduo pode diminuir a
força espiritual e impedir o progresso da congregação inteira. Não nos sur-
preende, pois, descobrir que o próximo passo dado por Israel foi a constru-
ção de altares de renovação e consagração.
TEXTO 4
TEXTO 5
Às vezes os obreiros cristãos que vivem pela fé (1Co 9.11) são tentados
a abandonar o ministério em favor de uma vida mais acomodada ou de um
trabalho mais lucrativo. O obreiro, porém, deve lembrar-se de que já possui a
maior e mais desejável herança de todas, pois, Deus mesmo promete ser a
herança dos seus ministros, suprindo todas as suas necessidades.
“Esforçai-vos” (23.6)
Os dois capítulos finais do Livro de Josué constituem o grande sermão
de despedida, proferido por Josué aos israelitas. Os ensinamentos deste ser-
mão são muito práticos para os crentes da atualidade. Veja, por exemplo, as
seguintes citações:
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 15
TEXTO 6
O plano de Deus
Deus vê o futuro com mais clareza do que o homem vê o passado. Por
meio da Sua capacidade previsiva, Deus sabia que as nações cananeias
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 16
A graça de Deus
Aquilo que parece ser crueldade divina na destruição dos cananeus é,
de fato, um ato de misericórdia, uma vez contemplado à luz da eternidade.
Além disso, tais julgamentos de Deus servem para lembrar aos pecado-
res que não se arrependerem que chegará o momento de prestarem contas a
LIÇÃO 1: A CONQUISTA DE CANAÃ 17
A justiça de Deus
O pecado dos cananeus tinha aumentado tanto que atingira o nível do
pecado dos tempos de Noé. Eles foram acumulando pecado a pecado, sem
se arrependerem, até que a medida da sua injustiça transbordou. Chegara
agora o tempo do juízo divino, conforme fora dito deles em Gênesis 15.16.
Deus, pois, não agiu precipitadamente no seu julgamento deste pecado. Du-
rante séculos o pecado tinha piorado, sem contudo sofrer o castigo divino.
Conforme o plano de Deus, chegou o momento da colheita do pecado maduro
e consciente.
Israel foi tão somente o agente da vingança divina contra esse mal tão
gene-ralizado. É difícil entender porque Deus quis usar Seu povo santo como
uma espécie de “polícia depuradora” neste julgamento. Evidentemente, foi um
caso extraordinário, não uma norma ou modelo para todos os séculos. Talvez
Deus quisesse que Seu povo, Israel, também aprendesse desta solene lição,
acerca dos efeitos destrutivos do pecado numa cultura humana. Ele quis ad-
vertir os israelitas para que se mantivessem sempre afastados do pecado,
com o que iriam inevitavelmente se defrontar na nova terra conquistada.