Noite Na Taverna - Álvares de Azevedo - Resumo Cola Da Web

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RESUMOS DE LIVROS

Noite na Taverna –
Álvares de Azevedo

Noite na Taverna é uma narrativa


(novela ou conto) construída em sete
partes, contendo epígrafes e os nomes
de cada personagem, como subtítulos,
antecedendo as narrativas, contadas em
uma taverna. Há, na última parte, o
entrelaçamento da história de Johann e
de alguns personagens.

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Resumo do Livro:
Mais do que pelos elementos
romanescos e satânicos que a
condimentam (violentação, corrupção,
incesto, adultério, necrofilia, traição,
antropofagia, assassinatos por vingança
ou amor), a obra impõe-se pela
estrutura: um narrador em terceira
pessoa introduz o cenário, as
personagens, a situação, e praticamente
desaparece, dando lugar a outros
narradores – as próprias personagens,
que em primeira pessoa contam, uma a
uma, episódios de suas vidas
aventureiras.

Na última narrativa, a presença física (na


roda dos moços) de personagens
mencionadas em uma narrativa anterior
faz com que todo o ambiente fantástico
e irreal dos contos se legitime como
verídico.

Noite na Taverna, obra escrita em tom


bastante emotivo, antecipa em vários
aspectos a narração da prosa moderna:
a liberdade cênica, a dupla narração e
suas confluências, a mistura do real ao
fantástico conferem atualidade à obra,
apesar de toda a atmosfera byroniana.

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Primeira parte
A primeira parte constitui uma espécie
de apresentação do ambiente da
taverna, da roda de bebedeira, de
devassidão em que se encontram os
personagens, do clima notívago e
vampiresco. O tom declamatório
anuncia a noitada e as história que estão
por vir.

As primeiras páginas deixam antever o


clima das geração do mal do século, a
irreverência incontida, a tendência a
divagações literário-filosóficas, a vivência
sôfrega e, principalmente, a morbidez e
a lascívia.

Entre os “brados” e as taças que


circulavam, são apresentados os
personagens, e alguns deles tomas a
palavra. Em primeira pessoa, relatam
histórias pessoais. O primeiro a tomar a
palavra é Solfieri que faz suas evocações,
remontando-as a Roma, a “cidade do
fanatismo e da perdição”, onde “na
alcova do sacerdote dorme a gosto a
amásia, no leito da vendida se pendura o
crucifixo lívido”. Certa noite, Solfieri vê
um vulto de mulher. Segue-a até um
cemitério; o vulto desaparece e o
personagem adormece sob o frio da
noite e a umidade da chuva. A visão
deste vulto de uma mulher atordoou o
personagem durante um ano, nada o
satisfazia na troca de amores com
mundanas. Uma noite, após prolongada
orgia, saio vagando pelas ruas e acaba
entre “as luzes de quatro círios” que
iluminavam um caixão entreaberto. Lá
estava a mulher que lhe provocara
tantas alucinações e insônias. Era agora
uma defunta. O homem tomou o
cadáver em seus braços, despiu-lhe o
véu e…

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Mas, para disfarçar o caso de necrofilia,


a mulher não estava morta, apenas
sofrera um ataque e catalepsia. Ao
perceber que a mulher não havia
morrido, Solfieri levou-a para seu leito,
contemplou-a e ela, depois de breve
delírio, vaio a falecer. Solfieri mandou
fazer uma estátua de cera da virgem,
guardou-a em seu quarto, conservou
com uma grinalda de flores.

Johann, Bertram, Archibald, Solfieri, o


adormecido, Arnold e outros
companheiros estão na taverna,
dialogando sobre loucuras noturnas,
enquanto as mulheres dormem ébrias
sobre as mesas. Falam das noites
passadas em embriaguez e pura orgia.
Solfieri os questiona a respeito da
imortalidade da alma, sendo mais velho,
parece não crer nela, por isso, Archibald
o censura pelo materialismo. Solfieri
acredita na libertinagem, na bebida e na
mulher sobre o colo do amado. Os
homens só se voltam para Deus quando
estão próximos da morte, Deus é, pois, a
“utopia do bem absoluto”.

Segunda parte – Solfieri e a


Necrofilia
Solfieri decide contar sua história,
conforme sugere Archibald, desejoso de
histórias fantásticas, cheias de sangue e
paixão. Conta, então, que uma noite, ao
vagar por uma rua, em Roma, passa por
uma ponte, quando as luzes dos palácios
se apagam. Vê a sombra de uma mulher
chorando, numa escura e solitária janela,
parecendo uma estátua pálida à lua.

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Ela canta mansamente, saindo para a


rua, sempre seguida por Solfieri. Pela
manhã, ele percebe que está em um
cemitério, sem saber, ao certo, se
adormeceu ou desmaiou. Sente muito
frio, adoece, delira, tendo visões com a
bela e pálida mulher. Retorna a Roma
um ano depois, sem encontrar alento
nos beijos das amantes, perseguido pela
visão da mulher do cemitério. Certa
noite, muito bêbado, após uma orgia, se
encontra num templo muito escuro e,
vendo um caixão semi-aberto, crê que a
mulher está lá dentro. Arranca-lhe a
mortalha, faz amor com ela, que, pela
madrugada, dá sinais de vida,
retornando da catalepsia para desmaiar
em seguida.

Solfieri coloca sua capa sobre a moça e


foge com ela. Encontra com o coveiro e
depois com a patrulha, que o considera
um ladrão de cadáveres. Justifica-se,
apresentando a esposa desfalecida. Ao
chegar em casa, a moça grita, ri e
estremece, morrendo 2 dias depois.
Solfieri levanta o piso do quarto para dar
lugar ao túmulo, suborna, antes, um
escultor que lhe faz em cera a estátua da
virgem. Aguarda um ano para estátua
definitiva ficar pronta.

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Volta-se para Bertram, recordando-lhe a


visita deste em sua casa e de a ter visto
por entre véus, sendo a ela apresentado
como “uma virgem que dormia”. Os
amigos surpresos com a história
desejam saber se se trata de um conto,
mas ele jura por todo mal existente que
não. Como prova, mostra sob a camisa a
grinalda de flores mirradas, pertencente
à moça.

Terceira parte – Bertran e a


Antropofagia
A seguir, Bertram, um dinamarquês
ruivo, de olhos verdes, conta que,
também, uma mulher, uma donzela de
Cadiz, Angela, o levou à bebida e a
duelar com seus três melhores amigos e
a enterrá-los. Quando decide casar com
ela e consegue lhe dar o primeiro beijo,
recebe carta do pai, pedindo seu retorno
à Dinamarca. Encontra o velho já
moribundo, chora, mas por saudades de
Angela. Dois anos depois, vende toda
fortuna, coloca o dinheiro num banco de
Hamburgo e volta para a Espanha.
Encontra a moça casada e mãe de um
filho. A paixão persiste e os amantes
passam a se encontrar às escondidas,
vivendo verdadeiras loucuras noturnas
até que o marido, enciumado, descobre
tudo.

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Uma noite, Angela, com a mão


ensanguentada, pede ao rapaz para
subir até sua casa e por entre a
penumbra, ele encontra o marido
degolado e sobre seu peito, o filho de
bruços, sangrando. Angela deseja fugir
em sua companhia, saem pelo mundo,
ela vestida de homem vive grandes
orgias. Foge mais tarde, deixando o
rapaz entregue às paixões e vícios.

Bertram bêbado e ferido é atropelado


por uma carruagem, diante de um
palácio, sendo socorrido por um velho
fidalgo, pai de uma bela menina, que,
mais tarde, foge para casar-se com
Bertram. Vendida em uma mesa de jogo
a Siegfried, um pirata, ela o mata e o
envenena, afogando-se a seguir. De
dissipação em dissipação, o rapaz
resolve matar-se no mar na Itália, mas
salvo por marinheiros, fica sabendo que
a pessoa que o salvou acabou,
acidentalmente, morta por ele. São
socorridos por um navio e Bertram é
aceito a bordo em troca de que
combatesse se necessário.

Mas, apaixona-se pela pálida mulher do


comandante e, durante uma batalha
contra um navio pirata, ele o trai,
fazendo amor com a mulher. O navio
encalha em um banco de areia,
despedaçando-se aos poucos – os
náufragos agarram-se a uma jangada e,
em meio à noite e à tempestade, o casal
vive horas de amor. Vagam a ermo pelo
mar as três figuras, sobrevivendo de
bolachas e, mais tarde, tiram a sorte
para ver quem morrerá. O comandante
perde, clama por piedade, mas Bertram
se nega ouvi-lo, prefere a luta. Mata o
comandante, que serve, por dois dias, de
alimento a Bertram e a mulher. Ela
propõe morrerem juntos, ele aceita. O
casal gasta as últimas energias se
amando. A mulher, enlouquecida,
começa a gargalhar, Bertram febril a
sufoca. Ela é levada pelas águas,
enquanto o rapaz é salvo pelo navio
inglês, Swallow.

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Quarta parte – Gennaro e a


Traição das Traições
A próxima história é a de Gennaro. Sua
narrativa é sobre um velho pintor,
Godofredo Walsh, casado com uma
jovem de 20 anos, Nauza, que lhe serve
de modelo e é amada como a filha do
primeiro casamento, Laura, garota de 15
anos. Gennaro, aos 18 anos, é aprendiz
de pintor e aluno de Godofredo. Vive na
casa do mestre como um filho,
recebendo, no corredor, antes de
dormir, beijos de Laura. Um dia,
desperta e a encontra em sua cama,
perdendo a cabeça diante da
estonteante beleza da virgem. A cena se
repete ao longo de 3 meses, quando a
menina lhe diz que deve pedi-la em
casamento, porque espera um filho. O
moço nada responde, ela desmaia e se
afasta, tornando-se cada dia mais pálida.

O pintor definha com a tristeza da filha,


passeia pelos corredores à noite e deixa
de pintar. Uma noite, Gennaro é
chamado, porque Laura está morrendo e
murmura seu nome. O moço aproxima-
se e, ela, sussurrando-lhe ao ouvido o
perdão, diz que matou o filho e dá o
último suspiro. O velho passa o ano
endoidecido, chora todas as noites no
quarto da morta, arfando ou afogando-
se em soluços.

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Enquanto isso, o rapaz e Nauza amam-se


em seu leito. Uma noite, o velho o
arranca da cama e o leva até o
dormitório de Laura. Levanta o lençol
que cobre um painel, descortinando a
imagem moribunda de Laura, que
murmura algo no ouvido do cadavérico
Gennaro. Atordoado, o aprendiz
confessa tudo a Godofredo.

No dia seguinte, o velho se comporta


naturalmente, sem mencionar o
ocorrido, lamenta apenas a falta da
moça. Sonâmbulo, repete a mesma cena
ao longo de várias noites e, numa delas,
Nauza é testemunha. Uma noite de
outono, após a ceia, Walsh convida
Gennaro para um passeio fora da
cidade. Após contornar um
despenhadeiro, pede ao rapaz para
esperá-lo, dirigindo-se a uma cabana de
onde sai uma mulher. Depois, junta-se a
Gennaro e ao chegar à beira de um
penhasco, descreve a traição,
envolvendo a filha e a esposa.

Pede ao rapaz para jogar-se precipício


abaixo. Gennaro assim o faz, mas, após
uma noite de delírios, acorda salvo por
camponeses, em uma cabana. Decide
retornar à casa de Walsh e pedir-lhe
perdão, entretanto encontra pelo
caminho o punhal do pintor. Decide
vingar-se, mas encontra Nauza e
Godofredo envenenados e apodrecidos,
talvez, com o veneno obtido com a
mulher da cabana.

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Quinta parte – Claudius


Hermann e a Paixão de
Morte
Claudius Hermann, após preâmbulos em
que discursa com os amigos de orgia
acerca de diversos temas, expõe sua
história, onde narra suas loucuras e
orgias e de como desperdiçou uma
fortuna no turfe, em Londres, onde vê
uma bela amazonas, a duquesa
Eleonora, esposa do duque Maffio. Antes
de prosseguir com a história, Bertram
indaga sobre a poesia, descrita como um
punhado de sons e palavras vãs,
enquanto Claudius a considera um
prazer extremado, o que há de belo na
natureza. Os colegas os interrompem,
pedindo ao narrador que retome a
história.

No dia em que avista a bela duquesa,


Hermann dobra sua fortuna e, à noite,
no teatro, a vê, mais uma vez. Ao longo
de 6 meses, encontra a senhora em
bailes e teatros até que decide comprar
de um criado a chave do castelo. Entra,
sorrateiramente, quando ela já está
adormecida e coloca-lhe nos lábios
narcótico. Aguarda que durma
profundamente e, então, a possui,
repetindo o fato, noite após noite,
durante um mês.

Certa vez, após um baile, entra no


quarto de Eleonora e vendo um copo
com água junto à sua cabeceira,
derrama nele o narcótico. Entram a
duquesa e o duque que, antes de sair do
quarto, prometendo-lhe retornar, bebe
um pouco do líquido, seguido por ela.
Claudius sabe que Maffio não virá ao
quarto e que Eleanora dormirá
profundamente.

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