Satisfação Com A Imagem Corporal, Autoestima e Variáveis Morfológicas
Satisfação Com A Imagem Corporal, Autoestima e Variáveis Morfológicas
Satisfação Com A Imagem Corporal, Autoestima e Variáveis Morfológicas
Autoestima
e Variáveis Morfológicas
ii
Às alunas do Ginásio As Razões do Corpo e da Escola D. Afonso Henriques, pela
boa vontade e disponibilidade com que sempre realizaram as tarefas pretendidas.
Aos meus pais e irmã, pelo carinho, paciência, compreensão e ânimo que sempre
me transmitiram.
iii
Resumo
iv
Abstract
The present study was to investigate the body image satisfaction, the self-esteem and the variable
morphological (anthropometry, body composition and somatotype) in adolescents of the female sex
who go and who don't go to the gym activities.
The sample was constituted by 76 adolescents, pre-puberty and post-puberty, aged between 10 and
17. 35 of which practise physical activities and 41 did not.
The body image satisfaction was evaluated by the Body Image Satisfaction Questionnaire (Lutter et
al., 1986, quoted by Lutter et al., 1990). To evaluate the self-esteem the Rosenberg Self-Esteem
Scale (Rosenberg, 1965) was used. The anthropometrical indicators and the body composition were
evaluated by the Bioimpedance and the adiposity subcutaneous skinfolds (subscapular, triceps,
suprailiac, abdominal, thigh, calf skinfolds). The evaluation of the different somatotypes was made,
using the ten somatotypes which are more representative to the female sex extracted from Atlas For
Somatotyping Children (Peterson, 1967), for pre-puberty adolescents, and another ten somatotypes
as reference (BIAPS, Sobral et al., 1997) more frequent in the same sex, for post-puberty
adolescent.
We resort to a personal identification questionnaire, physical activity and menstrual statute, which
allowed to dévide the sample into pre-puberty and post-puberty adolescents.
The statistical procedures used were the average and the standard deviation, the distribution of
frequencies, the alpha of Cronbach, the post-hoc test of the multiple comparison of Scheffé and the
Pearson coefficient.
The results of this investigation led us to verify that:
The physical activity and the first menstruation appeared associated to the anthropometrical
indicators.
The first menstruation appeared associated to the subcutaneous adiposity skinfolds.
The physical activity and the first period appeared associated to the somatotypes were made aware
and preferred.
The physical activity and the first menstruation appeared associated to self-esteem.
The physical activity did not appear associated to the body image satisfaction.
The first menstruation appeared associated to the body image satisfaction.
A negative correlation was verified between the body image composition and the self-esteem.
Key Words: Body image satisfaction; Self-esteem; Somatotype; Anthropometry; Body composition;
Gym activities.
v
Résumé
d'Académie.
L'échantillon a été constitué par 76 adolescents, pré-puberté et post-puberté, avec des âges
compris entre les 10 et 17 ans. De celles ci, 35 pratiquent de l'activité physique et 41 n'en pratiquent
pas.
La satisfaction avec l'image corporelle a été évaluée à travers du Body Image Satisfaction
Questionnaire (Lutter, ef al., 1986, cité dans Lutter et al., 1990). Pour l'évaluation de l'autoestime on
a utilisé le Rosenberg Self-Esteem Scale (Rosenberg, 1965). Les indicateurs anthropométriques et
la composition corporelle ont été évalués à travers des méthodes de la Bioimpediênce et des plies
d'adiposité sous-cutané (plies sous-scapulaire, tricipitalle, supra-iliaque, abdominal, crural et
soulaire). L'évaluation des types des somatotypes a été effectuée, en utilisant les dix somatotypes
les plus représentatifs pour le sexe féminin retirés de l'Atlas for Somatotyping Children (Peterseon,
1967), pour adolescents pré-puberté, et les dix somatotypes -référence (BIAPS, Sobral ef al, 1997)
plus fréquents dans le même sexe, pour adolescents post-puberté.
On a aussi fait un questionnaire d'identification personnel, activité physique et statut menstruel, ce
qui a permis de diviser l'échantillon en adolescents pré-puberté et post-puberté.
Les procédures statistiques utilisés ont été la moyenne et le déviation standard, la distribution de
fréquences, l'alpha de Cronbach, le test post hoc de comparaison multiple de Scheffé et le
coefficient de Pearson.
Les résultats de cette investigation nous ont permis de vérifier que :
L'activité physique et le début de la menstruation ont surgis associés aux indicateurs
anthropométriques.
Le début de la menstruation a surgi associé aux plies de l'adiposité sous-cutanée.
L'activité physique et le début de la menstruation ont surgis associés aux somatotypes
perceptionnés et préférés.
L'activité physique et le début de la menstruation sont apparus associés à l'autoestime.
L'activité physique n'a pas apparu associée à la satisfaction avec l'image corporelle.
Le début de la menstruation a surgi associé à la satisfaction avec l'image corporelle.
On a vérifié une corrélation négative entre la satisfaction avec l'image corporelle et l'autoestime.
VI
ÍNDICE GERAL
ll
Agradecimentos
1V
Resumo
v
Abstraí
vi
Résumé
vii
índice Geral
x
índice de Quadros
12
I - INTRODUÇÃO
13
1. Preliminar
15
2. Colocação do problema
16
3. Definição de objectivos
II - REVISÃO DA LITERATURA 17
18
1. Imagem Corporal
1.1. Conceito de imagem corporal 18
1.2. Imagem corporal na adolescência 21
1.3. Imagens corporal e seus campos de associação 22
1.3.1. Sexo 22
1.3.2. Idade 24
1.3.3. Morfologia 29
32
1.3.4. Peso corporal
35
1.3.5. Actividade física
39
2. Autoestima
39
2.1. Conceito de autoestima
2.2. Autoestima e seus campos de associação 41
41
2.2.1. Sexo
42
2.2.2. Idade
44
2.2.3. Peso corporal
vu
2.2.4. Actividade física 46
III - METODOLOGIA 52
1. Caracterização da amostra 53
2. Procedimentos metodológicos 53
viii
V - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 107
108
1. Conclusões
110
2. Limitações do estudo
111
3. Prolongamento do estudo
112
BIBLIOGRAFIA
130
ANEXOS
ix
índice de Quadros
Quadro 111-7 Coeficientes de correlação interclasse (r) dos itens da escala RSE
entre a primeira e a segunda aplicação. 64
XI
I - INTRODUÇÃO
I-Introdução
1. Preliminar
A atenção pública está, cada vez mais, focada nos aspectos relacionados com o
bem-estar físico e psicológico. Este foco de atenção está subordinado à mudança
de valores fundamentais da sociedade actual, uma vez que esta atribui uma
importância crescente ao aspecto corporal e à aparência física.
A actividade física e desportiva tem vindo a assumir um papel cada vez mais
importante na sociedade moderna. Biddle et ai. (1993) defendem que os benefícios
da actividade física, entre outros, podem ser notados na personalidade, na imagem
corporal, na autoestima e no ajustamento social induzindo, assim, a alterações de
comportamento.
13
/ - Introdução
14
/ - Introdução
além das características morfológicas mais favoráveis, i.e., mais condizentes com
os estereótipos ideias definidos pela sociedade (Melo, 1998).
2. Colocação do problema
A imagem que fazemos mentalmente do nosso corpo pouca semelhança tem com
o que somos na realidade. As atitudes, percepções e juízos de valor dão-nos uma
visão de nós próprios mais emocional do que objectiva (Sobral, 1996). De pouco
serve dizer que uma pessoa tem uma constituição normal, se, de facto, ela não se
sente assim.
Por sua vez, na autoestima os indivíduos não valorizam todas as suas acções ou
atributos da mesma forma, concentrando-se nos domínios onde têm aspirações de
serem bem sucedidos (James, 1980, citado em Gallahue, 1989).
O físico social das crianças tende a centrar-se à volta das suas actividades e
habilidades físicas, e as modificações físicas começam a aparecer quando o
adolescente começa a puberdade, intensificando-se simultaneamente o interesse
por si mesmo (Keller et ai., 1978, citado em Batista, 2000).
15
I-Introdução
3. Definição de objectivos
16
Il - REVISÃO DA LITERATURA
/ / - Revisão da Literatura
1. IMAGEM CORPORAL
18
// - Revisão da Literatura
A partir de meados dos anos oitenta, a imagem corporal começa a ser aceite como
uma construção multifacetada, avaliada subjectivamente e influenciada por
indicadores a nível físico, por informações provenientes de outras pessoas e pelo
estatuto sócio-económico (e.g. Tucker, 1985; Fisher, 1986; Cash e Brown, 1987;
Vasconcelos, 1995).
20
II-Revisão da Literatura
21
/ / - Revisão da Literatura
1.3.1. Sexo
Várias pesquisas (e.g. Silberstein et ai, 1988) realizadas ao longo dos anos têm
demonstrado que tanto a satisfação como a percepção com a imagem corporal
têm variado em função do sexo.
Em estudos realizados por vários autores (e.g. Silberstein ef ai, 1988; Cash e
Pruzinsky, 1990; Dinis, 1996; Abrantes, 1998), o sexo feminino tem apresentado
maior insatisfação com a imagem corporal do que o sexo masculino.
22
// - Revisão da Literatura
Num estudo levado a cabo por kimklicka et ai. (1983, citado em Jackson et ai.,
1988) foi dirigido um inquérito aos indivíduos dos sexos feminino e masculino,
relativamente à satisfação com a imagem corporal e à sexualidade. Os resultados
demonstraram que o sexo feminino apresenta menor satisfação com as
características do seu corpo e com a sua sexualidade do que o sexo masculino.
Num outro estudo, Silberstein et ai. (1988) verificaram que baixos níveis de peso
parecem ter significados diferentes para os dois sexos. As mulheres demasiado
magras parecem satisfeitas com o seu peso corporal, enquanto que os homens
demasiado magros parecem insatisfeitos. As mulheres, em relação aos homens,
descrevem frequentemente o seu peso como superior ao seu peso real,
apresentam níveis mais elevados de ansiedade acerca de serem ou virem a tornar-
se gordas e são mais conscientes de pequenas variações de peso.
Da mesma forma, Worsley (1981) refere que as mulheres parecem avaliar mais
negativamente e através de um leque mais vasto de atributos, as formas corporais
"grandes" em relação aos homens. Este aspecto foi verificado por um estudo
conduzido por Silberstein ef ai. (1988), verificando que os homens e mulheres não
se distanciam em algumas medidas globais de insatisfação com a imagem
corporal, mas sim em medidas específicas da sua natureza física, i.e., o feminino
deseja ser magro enquanto que o masculino deseja ser pesado.
23
// - Revisão da Literatura
Cash e Brown (1989) verificaram que o sexo feminino apresenta avaliações mais
negativas para com a sua imagem corporal. Esta imagem não se aplica apenas à
aparência física mas também à condição física e à saúde. E, quando comparado
com o sexo masculino, o sexo feminino revela maiores preocupações do tipo
cognitivo, afectivo e comportamental para com o peso. Os autores verificaram
ainda que os estereótipos da imagem corporal são mais distorcidos nas mulheres
do que nos homens.
1.3.2. Idade
Indivíduos do sexo feminino foram estudados por Cash et ai. (1986), com o
objectivo de determinar as suas atitudes acerca da sua imagem corporal e verificar
que a idade afecta essas atitudes de forma significativa. Segundo os mesmos
autores, a fase de maior preocupação com a aparência surge por volta dos vinte
anos. À medida que a idade aumentava verificava-se um declínio acentuado no
interesse pela aparência, com uma excepção: as mulheres com mais de sessenta
anos interessavam-se mais com a aparência do que as mulheres mais novas,
entre os trinta e os sessenta anos. Essas mulheres não apresentavam um declínio
na satisfação com a imagem corporal à medida que envelheciam. Talvez, como
referem os autores, à medida que as pessoas envelhecem, elas alteram os seus
padrões de vida e com isso a sua própria imagem.
25
// - Revisão da Literatura
26
// - Revisão da Literatura
Brodie et ai. (1988) afirmam haver maior distorção na percepção do corpo durante
a adolescência do que na infância ou na fase adulta. Os autores verificaram
também que os adolescentes tendem a sobrestimar os seus tamanhos corporais.
Estes resultados confirmam a hipótese de que a capacidade para descrever
correctamente a imagem corporal relaciona-se com o nível de desenvolvimento e
maturação.
27
/ / - Revisão da Literatura
28
/ / - Revisão da Literatura
1.3.3. Morfologia
29
// - Revisão da Literatura
No estudo conduzido por Carter e Heath (1990) verificou-se que o somatótipo mais
frequente das raparigas com idades compreendidas entre os 2 e 14 anos era
semelhante ao dos rapazes, embora menor em mesomorfia e ligeiramente maior
em endomorfia. Entre os 16 e os 22 anos, as raparigas tendem a ficar mais
endomórficas e menos ectomórficas.
Em geral, parece ser evidente que as raparigas são mais endomórficas e menos
mesomórficas do que os rapazes.
Os estudos apresentados demonstraram que o somatótipo muda com a idade,
principalmente no que respeita ao somatótipo preferido. Embora possa haver
factores genéticos a influenciar o desenvolvimento, a nutrição e o exercício físico
poderão, também, desempenhar um papel importante.
Num estudo efectuado por Nylander (1971, citado em Fallon, 1990) com
adolescentes, verificou-se que os rapazes estavam mais interessados em manter
ou ganhar peso, enquanto que as raparigas apenas desejavam diminuir de peso.
Virós e Cairo (1991 ) efectuaram um estudo com dois grupos de raparigas entre os
7 e 15 anos de idade, um constituído por atletas de ginástica rítmica e o outro por
não desportistas. Encontraram diferenças na comparação dos dois grupos em
aspectos como a altura, o peso, a composição corporal e a idade menarcal. Nas
não desportistas estes parâmetros surgiram com variações em função da idade.
30
// - Revisão da Literatura
31
// - Revisão «fa Literatura
Podemos dizer que, de uma forma geral, a satisfação das mulheres com a sua
imagem corporal é influenciada não só por características físicas, mas também
pela maneira como os outros reagem a essa imagem. Cada vez mais, os ideais de
beleza e de atracção física nas sociedades ocidentais parecem estar relacionadas
com a magreza. A mulher ocidental, alvo de variadas pressões sociais no sentido
de uma aparência elegante ou mesmo magra, persegue cada vez mais este ideal
de beleza procurando adaptar-se a padrões de peso que, geralmente, nada têm a
ver com a sua estrutura física (Vasconcelos, 1995).
O peso corporal parece-nos ser um dos factores críticos da avaliação da imagem
corporal.
verificaram que as pessoas com peso normal e que dessa forma classificam o seu
peso, têm uma imagem corporal mais positiva, comportamentos alimentares mais
correctos e manifestam maior bem estar psicossocial. Aquelas que têm peso
normal, mas que se classificam com peso acima da média, avaliam os seus corpos
mais negativamente e apresentam maior insatisfação com a sua aparência,
aptidão e saúde.
33
II-Revisão da Literatura
Portheleu et ai. (1992, citado em Melo, 1998), com uma população de raparigas
com 9 anos de idade, verificaram existir preocupações com o peso e com a
possibilidade de virem a tornar-se gordas. Assim, em vez de um aumento da
gordura corporal ser uma característica normal nestas idades, as raparigas
assimilam os padrões culturais da moda, em termos de atracção e beleza feminina.
Segundo Garner et ai. (1980, citado em Vasconcelos, 1995) existem três modelos
que tentam relacionar o peso com imagem corporal.
O primeiro sugere uma correlação negativa entre a alteração desejada de peso e a
imagem corporal. Ou seja, quanto mais peso o indivíduo quer perder, menor a
satisfação com a sua imagem corporal; quanto mais ele quer ganhar, maior será a
satisfação com a sua imagem corporal.
O segundo modelo postula que aqueles para quem o próprio peso subjectivo é o
ideal estão satisfeitos com a sua imagem corporal; os indivíduos cujo peso ideal se
desvia da norma considerada como ideal, apresentam insatisfação com a imagem
corporal.
O terceiro modelo é uma reunião dos dois anteriores, sugerindo que a relação
entre a alteração desejada de peso e a imagem corporal, para aqueles que
pretendem perder peso, é diferente da relação para aqueles que pretendem
ganhá-lo.
Cash e Pruzinsky (1990) verificaram que os indivíduos com peso normal avaliavam
mais negativamente os seus corpos e tinham maiores índices de insatisfação, não
só com a sua aparência física mas também com a sua forma física e saúde, do
que os indivíduos com excesso de peso.
Davis e Cowles (1991), afirmam que as mulheres querem perder peso e serem
34
II-Revisão da Literatura
Num outro estudo realizado por Cash et ai. (1986) verificaram que 47% das
raparigas e 29% dos rapazes com peso normal classificaram-se como obesos.
Contrariamente, 40% das raparigas obesas julgavam-se com peso normal
comparadas com 10% dos rapazes. Os resultados revelaram ainda que 55% das
raparigas e 4 1 % dos rapazes expressaram sentimentos de insatisfação com o
peso e forma dos seus corpos. A insatisfação das raparigas aumentava a partir dos
11-13 anos de idade, com o aparecimento dos primeiros sinais de maturação, com
a ocorrência de mudanças no corpo e com a consequente dificuldade em se
adaptar à nova forma feminina.
Pelo que foi exposto, podemos concluir que o peso corporal surge como uma
variável de grande importância na satisfação com a imagem corporal. Os
indivíduos que possuem na realidade excesso de peso, tendem a possuir
menores níveis de satisfação com a imagem corporal quando comparados com
os indivíduos de peso normal.
35
/ / - Revisão da Literatura
36
Il - Revisão da Literatura
O exercício físico regular parece, então, ser um método potencial para melhorar a
satisfação com a imagem corporal em ambos os sexos.
37
/ / - Revisão da Literatura
Em pesquisas recentes, para a maioria dos autores (Faustino, 1994; Batista, 1995,
Daley e Parfitt, 1996; Abrantes, 1998), a imagem corporal correlaciona-se
positivamente com a actividade física.
Nos estudos conduzidos por Kreitler e Kreitler (1988) e Çok (1990), os resultados
indicaram que os indivíduos que participam em actividades físicas demonstravam
maior satisfação com o seu corpo do que os não praticantes. Os autores sugerem
que a actividade física incrementa o interesse pelo corpo, assim como o grau de
satisfação com este.
Sonstroem e Morgan (1996) referem que, uma boa aptidão física contribui para
uma imagem corporal positiva e que a prática regular de exercício físico parece
estar associada a bons níveis de satisfação com a imagem corporal.
Contudo, existem estudos (e.g. Jacob, 1994; Seggar et ai., 1988) que não
confirmam esta tendência, i.e., a prática do exercício físico nem sempre está
associada positivamente à satisfação com a imagem corporal.
Finkenberg et ai. (1993) procura justificar este facto afirmando que, as pressões
culturais acerca do ideal standard, a que as mulheres estão sujeitas, fazem com
que mesmo aquelas que praticam actividade física se sintam insatisfeitas com o
seu peso corporal, apesar de manifestarem atitudes mais positivas em relação à
sua condição física.
38
H- Revisão da Literatura
2. AUTOESTIMA
Para James (1890, citado em Gallahue, 1989), a autoestima seria igual à razão da
realização própria (sucesso) pelo potencial próprio para a realização. Os
indivíduos não valorizam todas as suas acções ou atributos da mesma forma,
concentrando-se nos domínios onde têm aspirações de ser bem sucedidos. Assim,
se um indivíduo se percepciona como competente, nos domínios onde aspira ser
bem sucedido, terá uma autoestima alta. Pelo contrário, se não é bem sucedido,
em determinados domínios onde aspira ser competente, terá uma autoestima
baixa. A falta de competência em domínios sem importância para o indivíduo, não
afecta a sua autoestima.
39
II-Revisão da Literatura
Para Weiss (1987, citado por Ferreira, 1997), a autoestima refere-se aos juízos e
sentimentos qualitativos ligados às descrições que cada um se atribui.
40
// - Revisão da Literatura
2.2.1. Sexo
Hong et ai. (1993, citado em Rodrigues, 1997) observaram que as mulheres, com
idades compreendidas entre os 17 e os 40 anos, possuem uma autoestima
significativamente mais baixa do que os homens, do mesmo intervalo de idades.
2.2.2. Idade
De uma forma geral, os autores consideram que a autoestima, apesar de não ser
exclusiva da adolescência, assume um papel relevante durante esta fase, pois é
um período crítico no desenvolvimento da personalidade.
42
// - Revisão da Literatura
43
// - Revisão da Literatura
Vários estudos (e.g. Martin et ai., 1988) apontam para a ideia de que o peso
corporal pode influenciar positiva ou negativamente o indivíduo.
Um estudo realizado por Thompson e Thompson (1986) em 60 indivíduos de
44
/ / - Revisão da Literatura
45
II-Revisão da Literatura
Nesta linha de estudo, Hilyer e Mitchell (1979, citados em Batista, 1995) e Brown
et ai. (1982) realizaram uma investigação sobre os efeitos da actividade física na
autoestima, tendo verificado resultados positivos.
Olszewska (1982) afirma que atletas com níveis de autoestima mais elevados
apresentam performances superiores às dos atletas com níveis mais baixos de
autoestima.
Sherrill et ai. (1989) também encontraram níveis mais elevados de autoestima em
indivíduos de melhor condição física.
A partir de um estudo com um grupo de 177 atletas e outro grupo de 113 não
atletas, de ambos os sexos, Wilkins et ai. (1991) concluíram que, embora as
atletas apresentassem maiores preocupações com o peso corporal, possuíam
maior autoestima e maior confiança nas suas performances.
46
II-Revisão da Literatura
Kamal et ai. (1995) também referem que os atletas possuem níveis mais elevados
de autoestima do que os não atletas, devido a factores sociais e psicológicos, tais
como o optimismo, a sociabilidade e o sucesso, inerentes a uma performance
elevada.
Num estudo que efectuou com 120 indivíduos ( 60 de cada sexo), dos 13 aos 15
anos de idade, Estrela (1996) teve como objectivo avaliar o autoconceito em
indivíduos com e sem prática desportiva orientada. Este investigador não verificou
diferenças significativas entre os grupos.
Resultados semelhantes foram obtidos por Rodrigues (1997), utilizando uma
amostra de jovens adolescentes. O autor concluiu que embora os praticantes de
actividade física de ambos os sexos evidenciassem valores superiores na
autoestima, essas diferenças não foram estatisticamente significativas.
Sumariamente, podemos dizer que os estudos apresentados apontam para a
existência de níveis mais elevados de autoestima nos praticantes de actividade
física relativamente aos não praticantes. Verificamos também que os níveis
elevados de autoestima são atribuídos a factores como o sucesso obtido na prática
47
// - Revisão da Literatura
A imagem corporal é a representação mental que cada indivíduo faz do seu corpo
(Serra, 1986; Sobral, 1996), incluindo também a aparência e a competência física
(Nash, 1970).
A autoestima consiste no julgamento que as pessoas fazem de si próprias, i.e., o
valor que atribuem a si mesmas (Coopersmith, 1967).
Tendo como objectivo avaliar a relação entre satisfação com a imagem corporal, o
peso corporal e a autoestima, numa amostra de 102 mulheres adultas jovens, o
estudo de Thomas (1989, citado em Vasconcelos, 1995) permitiu concluir que: i) o
peso corporal está relacionado positivamente com a satisfação com a imagem
corporal; ii) a autoestima está correlacionada positivamente com a satisfação com
a imagem corporal.
Para os autores Davis e Furham (1986) e Silberstein et ai. (1988), o peso corporal
está mais correlacionado com a imagem corporal do que com a autoestima.
Alguns estudos têm revelado uma ligação muito forte entre a satisfação com a
imagem corporal, principalmente com as partes inferiores dos corpos das
adolescentes, e a autoestima. Exemplo disto é a pesquisa realizada por Ben-
Tovime Walker (1991).
48
// - Revisão da Literatura
Vários estudos (e.g. Batista, 1995; Abrantes, 1998) têm tentado imaginar a relação
entre a imagem corporal, a autoestima e a actividade física. Um dos objectivos
fundamentais destes estudos pretende verificar se a prática de exercício físico está
relacionada positivamente com a imagem corporal e se, desta relação, surgem
repercussões na melhoria da autoestima global.
Apesar de alguns autores não terem observado diferenças significativas no que diz
respeito à autoestima, os resultados apontam sempre no sentido positivo
(Fisher, 1986; Fox, 1988; Wendel e Lester, 1988). Estes resultados indicam que os
programas de exercício físico trazem benefícios psicológicos gerais. A título de
exemplo, citamos o estudo realizado por Melnick e Mookergee (1991), que teve
como objectivo estudar os efeitos do treino na satisfação com a imagem corporal e
na autoestima. A amostra constituída por 57 indivíduos jovens, de ambos os sexos,
foi dividida em dois grupos: um realizava treinos com pesos e haltères, três vezes
por semana, e o outro praticava aulas de Educação Física, duas vezes por
semana. Os resultados permitiram concluir que o grupo que realizava treino de
musculação foi o que apresentou níveis mais elevados de satisfação com a
imagem corporal e de autoestima. Tais resultados devem-se a alterações na
composição corporal e ao aumento da força e da resistência.
Sonstroem (1984) verificou, pelos seus estudos, que a prática de exercício físico
provoca melhoria das habilidades motoras. A percepção desta melhoria interfere
na avaliação da atractividade física, da atractividade social e da autoestima global.
Segundo o autor, as alterações na composição corporal e a melhoria das
49
II-Revisão da Literatura
Mintz e Betz (1986, citado em Batista, 1995) efectuaram um estudo com 264
adolescentes de ambos os sexos, tendo como objectivo avaliar a relação entre
satisfação com a imagem corporal e a autoestima. Os resultados apontaram para
uma insatisfação com o corpo, associada a baixos níveis de autoestima em ambos
os sexos, embora esta relação tenha sido mais significativa nas raparigas. Estas
percepcionaram-se como mais gordas e a maioria desejava perder peso, pelo que
se revelaram mais insatisfeitas com os seus corpos do que os rapazes.
50
Il-Revisão da Literatura
51
Ill - METODOLOGIA
Ill - Metodologia
1. Caracterização da amostra
IDADE
Grupos n Média Mínimo Máximo
Desvio Padrão
2. Procedimentos metodológicos
Para que todos estes métodos de avaliação podessem ser aplicados, foi escrita
uma carta dirigida aos Encarregados de Educação das alunas em estudo, à
Comissão Executiva da escola e à Direcção do ginásio para que tomassem
conhecimento do estudo e, em conformidade, concedessem autorização às
adolescentes que nele participaram.
A hora a que decorreu a aplicação dos parâmetros de avaliação foi constante em
todos os grupos.
54
/// - Metodologia
Para termos acesso aos valores de cada elemento foi necessário introduzir a
estatura e seleccionar o modelo, i.e., se era do sexo masculino ou feminino e se
era criança, adulto ou atleta. De salientar que a denominação "criança" vai até aos
dezassete anos de idade.
A altura foi medida entre o vertex (ponto superior da cabeça no plano mediano) e o
plano de referência do solo, segundo a técnica descrita por Ross et ai. (1982,
citados em Carter e Heath, 1990). As medidas foram registadas em centímetros
com aproximação à primeira casa decimal.
Para obter uma medição fiável foi necessário tomar algumas precauções, as quais
se basearam nas recomendações de Barata et ai. (1997) para estudos deste
género:
i. Limpar a planta dos pés bem como a plataforma de medição antes do
indivíduo subir para esta;
ii. Realizar as medições com os pés descalços e com o menos roupa
possível;
iii. As adolescentes estiveram, pelo menos, com duas horas de jejum;
iv. As adolescentes aliviaram as suas necessidades fisiológicas antes da
medição;
v. As adolescentes não se encontravam em fase de período menstrual.
55
/// - Metodologia
Decidimos utilizar este método por ser recente, rápido e por dar numa só medição
várias componentes corporais, tais como o peso corporal, o índice de massa
corporal, a percentagem de gordura corporal, a massa isenta de gordura e a água
corporal total.
Com base no índice de massa corporal (IMC) foram constituídos três grupos. A
fórmula do cálculo do IMC é: IMC = peso / altura2, que relaciona o peso corporal (
quilogramas) com o quadrado da altura (metros). A escala utilizada foi a proposta
por Vague ef ai. (1985) e está representada no Quadro III-3.
Sexo Feminino
Peso inferior à média IMC < 19.75
Peso médio 19.75 < IMC < 23.75
Excesso de peso IMC > 23.75
56
Ill • Metodologia
57
/// - Metodologia
Subescapular 1.00
Tricipital 1.00
Suprailíaca 0.99
Abdominal 1.00
Crural 1.00
Geminai 1L00
60
Ill - Metodologia
Quadro III-4 Somatótipo de referência e respectiva classificação utilizado para o sexo feminino,
sem menarca (Petersen, 1967).
3 1-6-2 Ectomorfo-mesomorfo
4 2-1-7 Endomorfo-ectomorfo
5 2-6-2 Mesomorfo equilibrado
6 3-2-5 Endomorfo-ectomorfo
7 3-6-2 Endomorfo-mesomorfo
8 4-4-4 Central
9 5-3-2 Mesomorfo-endomorfo
10 7-1-1 Endomorfo-extremo
Quadro III-5 Somatótipo de referência e respectiva classificação utilizado para o sexo feminino,
com menarca (Sobral era/., 1997).
61
Ill - Metodologia
62
Ill - Metodologia
Esta escala é constituída por dez itens, dos quais cinco são positivos e cinco são
negativos. Os depoimentos negativos não são apresentados consecutivamente,
para se evitar uma resposta direccionada.
Para cada item existem quatro possibilidades de resposta: 1- Concordo
plenamente; 2- Concordo; 3- Discordo; 4- Discordo plenamente.
Na RSE, a autoestima elevada resulta do facto do indivíduo se sentir bem, i.e., não
é necessário que se sinta superior aos outros, mas apenas que se sinta uma
pessoa igual às outras.
A Escala de Autoestima de Rosenberg reflecte uma avaliação global do indivíduo
acerca de si próprio.
63
/// - Metodologia
.000).
De acordo com os valores e segundo Kirkendall et ai. (1987), o coeficiente de
correlação interclasse apresentou um valor médio. Assim, podemos considerar que
o questionário apresenta uma fiabilidade razoável.
64
Ill - Metodologia
Foram acrescentados mais alguns itens (3, 7, 8, 10, 11, 14, 15, 23, 24, 25), com o
intuito de tornar o questionário mais completo.
A escala varia de 1 a 5, e em cada item o indivíduo "classifica" uma parte do seu
corpo com as respostas alternativas: 1-Muito insatisfeita; 2- Insatisfeita; 3- Nem
satisfeita nem insatisfeita; 4- Satisfeita; 5- Muito satisfeita.
Quanto mais elevado for o valor final obtido, maiores são os índices de satisfação
com a imagem corporal que o indivíduo possui.
Neste questionário colocamos, baseado no estudo de Rauste-Von Wright (1989)
ainda duas questões suplementares para avaliar a percepção da altura (item 31 ) e
a percepção do peso corporal (item 32). Com estas questões pretendemos
comparar as respectivas respostas com o nível de satisfação referente à altura e
ao peso reais.
Este instrumento foi validado por Lutter et ai. (1986, citado em Lutter et ai,, 1990)
em diversas populações.
65
Ill - Metodologia
Satisfação Corporal
Cabelo .66
Pele .60
Testa .55
Olhos .77
Orelhas .81
Nariz .70
Bochechas .21
Lábios .78
Dentes .25
Queixo .67
Pescoço .56
Ombros .54
Braços .82
Mãos .80
Costas .72
Seios .90
Barriga .90
Cintura .84
Anca .95
Nádegas .88
Coxas .77
Pernas .87
Joelhos .68
Tornozelos .42
Pés .65
Forma do Corpo .58
Atitude / Porte .69
Peso .87
Altura .93
Em geral, qual é o grau de
satisfação c/ a tua aparência? .73
66
Ill - Metodologia
67
/// - Metodologia
4. Procedimentos estatísticos
Estatística descritiva
Procedeu-se aos cálculos dos parâmetros estatísticos descritivos (média e desvio
padrão) para todas as variáveis observadas, assim como a distribuição de
frequências (absolutas e relativas) para as variáveis medidas em escala nominal e
intervalar.
Estatística inferencial
Para avaliar a fiabilidade intraclasse utilizou-se o alpha de Cronbach. A aplicação
da análise factorial para o estudo da consistência interna exige que os valores
obtidos pelas escalas, através do alpha de Cronbach, sejam suficientemente
elevados para que a estrutura factorial não de baseie em associações fortuitas
entre as variáveis (Faria, 1998).
O nível de significância mínimo para rejeição da hipótese nula foi fixado em .05.
Contudo, devido ao facto deste estudo se enquadrar no âmbito das ciências psico-
sociais, nas quais consideramos por vezes o nível de significância .10.
68
IV-APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Altura (cm) 153.22 + 9.51 160.18 + 4.96 152.35 ±8.51 160.71 ±10.58 3.23 .027
Peso (kg) 48.65 ±12.97 51.91 ±6.02 45.57 ±12.56 55.03 ± 7.53 1.33 n.s.
índice Massa Corporal 20.42 ± 3.81 20.18 ±1.73 19.35 ±3.71 21.29 ±2.10 .63 n.s.
%Gordura
(Bioimpedância) 29.12 ±6.86 27.64 ± 3.73 27.44 ± 6.43 30.31 + 5.22 .55 n.s.
Massa Gorda
(Bioimpedância - kg) 14.85 ±7.10 14.46 ±2.96 13.08 ±6.35 16.74 + 3.69 .63 n.s.
Massa Isenta Gordura
(Bioimpedância - kg) 33.80 ± 6.81 37.46 ± 4.00 32.48 ± 6.83 38.29 ± 5.95 2.31 n.s.
Prega Subscapular 10.01 ±4.32 6.95 ± 1.87 11.17 ±6.49 10.91+2.42 .62 n.s.
Prega Tricipital 15.89 ±6.17 16.16 ±3.76 17.29 ±6.37 17.37 ±3.99 .31 n.s.
Prega Suprailíaca 13.34 ±7.18 10.69 ±2.52 14.14 ±5.96 11.20 ±3.85 .93 n.s.
Prega Abdominal 14.30 ±7.29 12.04 ±2.43 13.29 ±6.12 13.69 ±2.84 .41 n.s.
Prega Crural 20.80 ± 6.88 20.20 ± 5.26 21.57 ±5.65 19.89 ±3.10 .17 n.s.
Prega Geminai 14.75 ±6.52 13.18 ±3.66 16.44 ±6.11 14.91 ±5.22 .68 n.s.
70
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Menarca
Sim Não f P
71
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Menarca Sim
Menarca Não
72
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Quadro IV-11 Correlação dos dois métodos de avaliação da composição corporal nos
quatro grupos de actividade física. Média, desvio padrão, valores de r e p.
% Gordura % Gordura
(Bioimperdância) (Equação
Antropométrica)
Através do Quadro IV-11 podemos observar que todas as correlações, nos quatro
grupos de actividade física, foram significativas.
Os grupos Escola e Teens foram os que apresentaram uma correlação entre
elevada e excelente na aplicação dos dois métodos (r=.86 e r=.90,
respectivamente) em relação aos grupos Show e Dança, que apresentaram uma
correlação média (r=.64 e r=.75, respectivamente).
Os valores da percentagem de gordura, obtidos pelo método da Bioimpedância
foram superiores aos valores obtidos pela Equação Antropométrica.
% Gordura % Gordura
(Bioimpedância) (Equação
Antropométrica)
Através do Quadro IV-12 podemos observar que as correlações dos dois métodos
de avaliação, nas adolescentes prepubertárias e pospubertárias, foram
significativas.
73
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
De uma forma geral, verificou-se uma correlação elevada (r=.83 e p=.ooo) entre o
método da Bioimpedância e o método da Equação Antropométrica, na avaliação
da percentagem de gordura.
Discussão
A actividade física surge como uma variável que parece contribuir eficazmente
para valores menores de adiposidade subcutânea e a falta de actividade física
repercute-se no incremento dos valores das pregas (Batista, 1995). Esta afirmação
não corresponde aos resultados do nosso estudo, uma vez que os valores mais
elevados das pregas de adiposidade subcutânea (Quadro iv-9) situam-se nos
grupos de actividade física Teens e Dança, à excepção da prega abdominal que
tem valores superiores no grupo Escola. O grupo Teens apresentou os valores
mais elevados nas pregas subescapular, suprailíaca, crural e geminai. Os
resultados parecem-nos dizer que a actividade física praticada pelos grupos Show,
Teens e Dança não é suficiente para alterar os valores da adiposidade
subcutânea.
Morais (1996) efectuou um estudo em 58 adultos do sexo feminino praticantes de
Ginásticas de Academia, com idades compreendidas entre os 18 e 60 anos.
Destes, 20 eram praticantes de ginástica aeróbica entre os 18 e os 28 anos, 12
praticavam ballet entre os 18 e os 27 anos, 6 praticavam ginástica passiva dos 39
aos 60 anos, 10 praticavam musculação entre 20 e 39 anos e 10 participaram num
curso de manequins entre os 18 e 19 anos. Um dos objectivo do estudo foi avaliar
o perfil de adiposidade subcutânea, através da avaliação das pregas de
adiposidade subcutânea (pregas subescapular, tricipital, suprailíaca, abdominal,
crural e geminai). A autora verificou que na comparação intergrupos evidenciaram-
se valores mais elevados nas praticantes de ginástica aeróbica e ginástica passiva.
74
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
75
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Somatótipo Percepcionado
Somatótipo Preferido
76
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Escola Teens
Somatótipo Somatótipo
Silhuetas Somatótipo Percepcionado Preferido Percepcionado Preferido
1 1-4-5 Meso-ectomorfo 15.8 26.3 36.4 18.2
2 1-5-4 Ecto-mesomorfo 10.5 0.0 0.0 18.2
3 1-6-2 Ecto-mesomorfo 21.1 15.8 18.2 0.0
4 2-1-7 Endo-ectomorfo 0.0 15.8 0.0 18.2
5 2-6-2 Mesomorfo equilibrado 15.8 21.1 9.1 9.1
6 3-2-5 Endo-ectomorfo 5.3 5.3 0.0 27.3
7 3-6-2 Endo-mesomorfo 15.8 10.5 18.2 9.1
8 4-4-4 Central 0.0 5.3 0.0 0.0
9 5-3-2 Meso-endomorfo 10.5 0.0 18.2 0.0
10 7-1-1 Endomorfo 5.3 0.0 0.0 0.0
Este estudo não considera os grupos de actividade física Show e Dança uma vez
que as adolescentes já são menstruadas.
77
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Sem Menarca
Somatótipo
Silhuetas Somatótipo Percepcionado Preferido
1 1-4-5 Meso-ectomorfo 23.3 23.3
2 1-5-4 Ecto-mesomorfo 6.7 6.7
3 1-6-2 Ecto-mesomorfo 20.0 10.0
4 2-1-7 Endo-ectomorfo 0.0 16.7
5 2-6-2 Mesomorfo equilibrado 13.3 16.7
6 3-2-5 Endo-ectomorfo 3.3 13.3
7 3-6-2 Endo-mesomorfo 16.7 10.0
8 4-4-4 Central 0.0 3.3
9 5-3-2 Meso-endomorfo 13.3 0.0
10 7-1-1 Endomorfo 3.3 0.0
78
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Menarca
Somatótipo
Silhuetas Somatótipo Percepcionado Preferido
1 1.5-3.5-4.5 Meso-ectomorfo 8.7 19.6
2 3.0-5.5-1.5 Endo-mesomorfo 6.5 2.2
3 5.0-2.5-4.0 Ecto-endomorfo 15.2 28.3
4 3.5-3.5-0.5 Mesomorfo-endomorfo 15.2 4.3
5 4.5-1.5-5.5 Endo-ectomorfo 19.6 26.1
6 2.0-4.5-2.5 Ecto-mesomorfo 2.2 4.3
7 4.5-3.5-3.0 Meso-endomorfo 10.9 4.3
8 3.5-3.5-3.0 Mesomorfo-endomorfo 10.9 8.7
9 6.0-5.5-1.5 Meso-endomorfo 6.5 2.2
10 10.0-5.5-0.5 Meso-endomorfo 4.3 0.0
Discussão
Nos Quadros iv-13 e iv-14 é possível verificar que todos os grupos apresentam uma
distância pequena entre o somatótipo percepcionado e o preferido. Contudo, as
adolescentes do grupo Show apresentaram o mesmo valor nos somatótipos
percepcionado e preferido (silhuetas 3 e 3, respectivamente), sugerindo uma maior
satisfação com a imagem corporal.
Estes resultados parecem confirmar a afirmação de Fisher (1986) em que a maior
atitude autocrítica do sexo feminino para com o seu corpo, reflecte o especial
ênfase cultural que pressiona a mulher em termos da sua aparência física em
79
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
80
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Vários investigadores (e.g. Cash e Brown, 1989; Freedman, 1989) têm proposto
que, mesmo antes da puberdade, as adolescentes tomam-se mais preocupadas
com a sua aparência, associada a alterações corporais e às pressões para o
enquadramento na figura corporal idealizada pelas normas de beleza da
sociedade. Os resultados obtidos no Quadro IV-16 não corroboram tais afirmações,
uma vez que o somatótipo percepcionado correspondeu ao somatótipo mais
preferido. Isto quer dizer que as adolescentes prepubertárias apresentam elevados
níveis de satisfação corporal.
81
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
3. Autoestima
82
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
No geral, estou satisfeita comigo mesma 1.59 ±0.55 2.27 ±0.65 1.94 + 0.90 1.86 ± 0.38 3.77 .014
Por vezes, penso que não sou boa a nada* 2.46 ± 0.81 2.91 ± 0.70 2.35 ± 1.00 1.86 ±0.38 2.48 .068
Sinto que tenho muitas qualidades 2.29 ±0.68 2.27 ±0.47 2.29 ±0.69 2.00 ± 0.82 .40 n.s.
Estou apta para fazer coisas tão bem como
a maioria das pessoas 1.98 ±0.69 1.82 ±0.75 2.12 ±0.99 2.00 ± 0.00 .36 n.s.
Sinto que não tenho muito de que me orgulhar* 2.54 ±0.78 2.09 ±0.54 2.47 ±0.87 2.14 ±0.69 1.33 n.s.
Por vezes sinto-me inútil* 2.51 ± 0.95 2.45 + 0.82 2.18 ± 0.81 2.14 ±1.07 .74 n.s
Sinto que sou uma pessoa de valor, pelo menos
num plano de igualdade com os outros 1.90 ±0.66 2.00 ±0.45 2.29 ±0.85 2.14 ±0.38 1.46 n.s.
Gostava de ter mais respeito por mim mesma* 2.98 + 0.79 2.91 ± 0.94 2.53 ± 0.94 2.29 ±1.11 1.94 n.s.
Em termos gerais, estou inclinada a sentir
que sou uma falhada* 2.39 ±0.86 2.00 ±0.45 2.29 ±0.85 1.57 ± 0.53 2.53 .064
Tomo uma atitude positiva perante mim mesma 1.85 ± 0.69 2.27 ± 0.65 2.12 ± 0.93 2.29 ± 0.49 1.55 n.s.
Autoestima global 2.25 ±0.38 2.30 ±0.33 2.26 ±0.62 2.03 ±0.33 .63 n.s.
Os valores dos itens com asterisco (*) estão transformados em valores positivos.
83
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Menarca
No geral, estou satisfeita comigo mesma 1.96 ± 0.67 1.53 ± 0.63 2.77 .007
Por vezes, penso que não sou boa a nada* 2.65 ± 0.77 2.13 ± 0.86 2.75 .008
Sinto que tenho muitas qualidades 2.22 ± 0.63 2.33 ± 0.71 -.75 n.s.
Estou apta para fazer coisas tão bem como
a maioria das pessoas 1.96 ± 0.73 2.03 ± 0.76 -.44 n.s.
Sinto que não tenho muito de que me orgulhar* 2.37 ± 0.74 2.50 ± 0.82 -.72 n.s.
Por vezes sinto-me inútil* 2.46 ± 0.94 2.30 ± 0.88 .73 n.s.
Sinto que sou uma pessoa de valor, pelo menos
num plano de igualdade com os outros 2.02 + 0.68 2.03 ± 0.67 -.07 n.s.
Gostava de ter mais respeito por mim mesma* 2.80 ± 0.88 2.80 + 0.92 .02 n.s.
Em termos gerais, estou inclinada a sentir
que sou uma falhada* 2.22 + 0.89 2.27 ± 0.69 -.26 n.s.
.76 n.s.
Tomo uma atitude positiva perante mim mesma 2.07 ± 0.68 1.93 ± 0.83
Os valores dos itens com asterisco (*) estão transformados em valores positivos.
84
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Sinto-me
ITENS Gorda Magra Com o peso
ideal
No geral, estou satisfeita comigo mesma 2.04 + 0.61 1.50 ±0.53 1.70 ± 0.71 2.97 .058
Por vezes, penso que não sou boa a nada* 2.68 ± 0.75 2.38 + 0.92 2.33 + 0.87 1.46 n.s.
Sinto que tenho muitas qualidades 2.28 ± 0.79 2.13 ± 0.35 2.28 ± 0.63 .19 n.s.
Estou apta para fazer coisas tão bem como
a maioria das pessoas 2.04 ± 0.61 1.63 + 0.74 2.02 ± 0.80 1.08 n.s.
Sinto que não tenho muito de que me orgulhar* 2.56 ± 0.77 2.25 ± 0.46 2.37 + 0.82 .69 n.s.
Por vezes sinto-me inútil* 2.48 ± 0.92 2.25 + 1.04 2.37 ± 0.90 .22 n.s.
Sinto que sou uma pessoa de valor, pelo menos
num plano de igualdade com os outros 2.20 ± 0.50 2.00 + 0.76 1.93 ± 0.74 1.29 n.s.
Gostava de ter mais respeito por mim mesma* 2.76 ± 0.97 2.63 ± 0.74 2.86 ± 0.89 .27 n.s.
Em termos gerais, estou inclinada a sentir
que sou uma falhada* 2.40 ±0.87 2.00 + 0.53 2.19 ±0.82 .92 n.s.
Tomo uma atitude positiva perante mim mesma 2.08 ±0.64 1.88 + 0.64 2.00 ±0.82 .24 n.s.
Autoestima global 2.35 ± 0.36 2.06 ± 0.33 2.21 ± 0.48 1.67 n.s.
Os valores dos itens com asterisco (*) estão transformados em valores positivos.
85
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Discussão
86
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
88
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
A autoestima global parece então não estar relacionada com o início da menarca,
mas com outras actividades da vida do adolescente, bem como, revelar-se uma
variável não susceptível de mudar de um momento para o outro, uma vez que
tende a manter uma certa estabilidade (Padin et ai., 1981 ).
89
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
elevados nas adolescentes que se sentem gordas. Tais resultados poderão querer
dizer que estas, mesmo que os seus pesos reais não correspondam ao que
sentem, não levam muito em consideração os juízos que os outros possam fazer
delas, visto estarem satisfeitas com elas próprias, sentirem que têm qualidades e
que estão num plano de igualdade com os outros.
Assim, parece que a percepção do peso corporal se assume como uma variável
importante na autoestima das adolescentes.
90
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Cabelo 4.10 ±0.66 3.64 ± 0.20 3.65 ± 0.79 3.86 ± 0.90 2.25 .090
Pele 3.80 ± 0.75 3.27 ± 0.79 3.76 ± 0.75 3.57 + 0.79 1.53 n.s.
Testa 3.83 ± 0.74 3.09 ± 0.83 3.53 ± 1.01 3.86 ±0.38 2.78 .047
Olhos 4.29 ± 0.72 4.09 ± 0.83 4.00 ± 1.22 4.29 ± 0.76 .53 n.s.
Orelhas 3.83 ± 0.86 3.55 ± 0.93 3.59 ± 0.94 4.00 ± 0.58 .70 n.s.
Nariz 3.80 ± 0.75 3.27 ± 0.90 3.29 ± 0.69 3.00 ±1.15 3.50 .020
Bochechas 3.93 ± 0.79 3.36 ± 0.81 3.59 ± 0.80 3.86 ± 0.38 1.95 n.s.
Lábios 4.20 ± 0.81 3.55 ± 1.04 4.12 ±0.70 4.43 ± 0.79 2.23 .092
Dentes 3.51 ±1.12 3.55 ± 0.52 3.35 ± 1.06 4.00 ± 0.58 .69 n.s.
Queixo 4.07 ± 0.61 3.27 ± 0.47 3.71 ± 0.99 3.86 ± 0.69 4.11 .009
Pescoço 4.05 ± 0.63 3.36 ± 1.03 3.88 ± 0.78 4.00 ± 0.00 2.75 .049
Ombros 3.93 ± 0.75 3.45 ± 0.69 4.12 ±0.86 3.57 ± 0.79 2.06 n.s.
Braços 3.95 ± 0.86 3.27 ± 0.79 3.65 ± 1.27 3.57 ± 0.53 1.72 n.s.
Mãos 3.80 ± 0.81 3.36 ±1.12 3.41 ± 1.37 4.14 + 0.69 1.49 n.s.
Costas 3.85+0.69 3.64 ±0.92 3.76 ± 1.09 3.57 ± 0.79 .36 n.s.
Seios 3.73 ± 0.92 3.45 + 0.69 3.06 ± 1.09 3.57 ± 0.79 2.16 .100
Barriga 3.44±1.10 2.91 ± 1.04 3.41 ± 1.28 3.14 ±0.90 .75 n.s.
Cintura 3.54 ±1.19 3.00 ± 1.00 3.82 ± 1.24 3.43 ± 0.98 1.15 n.s.
Anca 3.61 ± 0.92 2.73 ± 0.79 3.41 ±1.23 3.14 ±0.90 2.52 .064
Nádegas 3.68 ± 0.91 2.45 ± 0.82 3.41 ± 1.06 3.43 ± 0.79 5.11 .003
Coxas 3.76 ± 0.89 2.91 ± 0.83 3.29 ±1.05 3.29 ± 0.76 3.05 .034
Pernas 3.76 ± 0.94 3.09 ± 1.04 3.18 ±1.01 3.29 ± 0.49 2.47 .069
Joelhos 3.83 ± 0.74 3.00 ± 0.63 3.29 + 0.92 3.14 ±0.38 5.23 .003
Tornozelos 3.85 ± 0.82 3.18 ±0.60 3.59 + 1.12 3.43 ± 0.79 1.99 n.s.
Pés 3.95 ± 0.63 3.09 ± 0.83 3.35 ± 1.00 3.14 ±1.35 5.03 .003
Forma do Corpo 4.00 ± 0.92 3.36 ± 0.92 3.24 + 1.03 3.71 ± 0.49 3.38 .023
Atitude / Porte 4.10 ±0.74 3.36 ± 0.67 3.76 ± 1.25 4.00 ± 0.58 2.32 .083
Peso 3.59 ±1.07 3.09 ± 0.83 3.35 ± 1.22 2.86 ± 0.90 1.34 n.s.
Altura 4.22 ± 0.79 2.64 ±1.12 3.59 ± 1.06 3.14 ±1.07 9.86 .000
Satisfação global 3.87 ± 0.46 3.25 ± 0.40 3.56 ± 0.69 3.58 ± 0.33 5.01 .003
91
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
obteve valores médios mais elevados em relação ao grupo Escola nos itens
Ombros e Cintura, apesar das diferenças não terem sido estatisticamente
significativas. Em todos os restantes itens, o grupo Escola apresentou valores
médios superiores.
Menarca
92
IV - Apresentação e Discussão dos Resultados
93
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Sinto-me
Forma do Corpo 3.16 ±0.85 3.63 ±0.92 4.05 ± 0.90 7.98 .001
Atitude / Porte 3.40 ±0.87 4.00 ±0.76 4.19 ±0.79 7.41 .001
Satisfação global 3.27 ± 0.46 3.61 ± 0.51 3.94 ± 0.44 17.43 .000
94
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Quadro IV-24 Satisfação com a imagem corporal em função do índice de massa corporal.
Média, desvio padrão, valores de F e p.
Forma do Corpo 3.84 ±0.82 3.69 ±1.05 3.33 ±1.15 1.29 n.s.
Atitude / Porte 3.97 + 0.82 3.85 + 0.73 3.83 + 1.34 .21 n.s.
Satisfação global 3.79 ± 0.46 3.621 0.57 3.49 ± 0.70 1.59 .021
95
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Como podemos observar no Quadro IV-25, 71.1% das adolescentes que se situam
no IMC Inferior sentem-se com o peso ideal, enquanto que 21.1% sentem-se
magras e 7.9% sentem-se gordas. No IMC Médio e Superior nenhuma adolescente
se sente magra.
As adolescentes que realmente se situam no índice de Massa Corporal Superior
sentem-se gordas (75%), enquanto que 25% se sente com o peso ideal.
O questionário de satisfação com a imagem corporal tem um item que nos permite
saber, na generalidade, qual o grau de satisfação com a aparência da adolescente.
Desta forma, pensamos ser pertinente fazer a correlação entre o referido item e as
percentagens de gordura obtidas pelos métodos de Bioimpedância e da avaliação
das pregas de adiposidade subcutânea, através da Equação Antropométrica.
96
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
r fi
Satisfação
com a aparência 3.84 ± 0.95
-.28 .014
% Gordura
(Eq. Antropométrica) 23.39 ± 5.97
Discussão
97
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
O item seios revelou um valor mais elevado no grupo Escola, em relação aos
outros grupos. Este valor pode ser justificado por Brooks-Gunn e Warren (1988,
citado em Vaconcelos, 1995), tendo os autores verificado que o desenvolvimento
dos seios estava associado de forma positiva com a imagem corporal em
adolescentes não praticantes de actividades desportivas.
Ao analisarmos os grupos que têm actividade física verificamos que todos eles
apresentam níveis diferentes de satisfação com a imagem corporal, embora seja o
grupo Dança o detentor dos níveis mais elevados. Resultados confirmados por
Brooks-Gunn (1988) e Pasman e Thompson (1988), ambos citados em Batista
(1995), que verificaram níveis de satisfação diferentes por tipos de actividade
física. Garcia (1989) também verificou níveis de satisfação mais elevados em
bailarinas do que em atletas em geral, facto este explicado pelos efeitos positivos
que a dança tem na satisfação com a imagem corporal (Alperson, 1974; Smith,
1986, citados em Batista, 1995). Parece-nos então que as modalidades que fazem
uso da estética corporal, de forma mais acentuada, poderão contribuir
positivamente para níveis superiores de satisfação com a imagem corporal.
98
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
Duas das características mais marcantes da puberdade que tornam este período
único ao longo do desenvolvimento, são o rápido crescimento e o atingir da
maturidade sexual. Paralelamente às alterações na altura e no peso, uma das
modificações mais visíveis no crescimento externo reflecte-se nos seios
(Vasconcelos, 1995). Ausubel et ai. (1977, citado em Vasconcelos, 1995) refere
mesmo que o desenvolvimento dos seios é o acontecimento corporal mais
99
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
100
IV - Apresentação e Discussão dos Resultados
Vários são os estudos que demonstram o peso como uma das principais fontes de
insatisfação com a imagem corporal feminina (e.g. Rauste-Von Wright, 1989; Cash
ePruzinsky, 1990).
Cohn et al. (1987, citado em Dinis, 1996) observaram que as mulheres tendem a
descrever a sua figura como sendo mais pesada, do que a figura que elas
consideram mais atractivas para os homens, e vêem e desejam como ideal uma
figura mais magra. Silberstein et ai. (1988) confirmam esta ideia, ao afirmar que na
sociedade contemporânea o peso corporal tem sido descrito como o domínio de
importância central para as mulheres, e que a satisfação com o mesmo estaria
relacionada com a autoestima.
101
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
estudos neste âmbito (e.g. Sallade, 1973; Hendry e Gillies, 1978; Worsley, 1981),
sugerindo que as mulheres obesas tendem a estar mais insatisfeitas com as suas
características físicas.
Outros estudos realizados com indivíduos do sexo feminino (e.g. Davies e
Furnham, 1986; Powers e Erickson, 1986; Seggar et ai., 1988; Fowler, 1989;
Vasconcelos, 1995) também apoiam os nossos resultados, ao demonstrarem que
as mulheres mais pesadas estão mais insatisfeitas com a sua imagem corporal do
que as mulheres com menos peso.
No estudo efectuado por Batista (1995) as adolescentes foram classificadas em
leves, médias e pesadas. A autora verificou que a satisfação com a imagem
corporal decresce com o aumento do peso corporal. Com uma classificação
diferente, adolescentes não obesas, normais e obesas, Hammar et ai. (1972,
citado em Batista, 1995) verificaram também que o grupo obeso apresentava
significativamente níveis mais baixos de satisfação com a imagem corporal
relativamente ao não obeso.
Relativamente à análise dos itens barriga, cintura, anca, nádegas, coxas, pernas,
peso e aparência verificou-se que as detentoras dos valores superiores foram as
adolescentes com um índice de massa corporal inferior. Isto quer dizer que as
adolescentes que têm na realidade um índice de massa corporal médio e superior,
sentem uma grande insatisfação nestas zonas corporais. Resultados semelhantes
foram os encontrados por Tucker (1981), Davis (1985), Batista (1995) e Dinis
(1996), em que sugerem que as características corporais de maior insatisfação
102
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
para o sexo feminino são a distribuição do peso, a cintura, a forma das pernas, as
ancas e coxas.
As características corporais de maior satisfação para o sexo feminino verificadas
pelos autores Tucker (1981 e 1983), Davis (1995), Batista (1995), Dinis (1996) e
Abrantes (1998) são os olhos, as orelhas e o cabelo. Estes resultados vão de
encontro aos nossos para as adolescentes que se situam nos índices de massa
corporal médio e superior.
103
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
n r P
Escola 41 -.37 .02
104
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
n [ p
Prepubertárias 30 -.36 .05
Discussão
105
IV- Apresentação e Discussão dos Resultados
106
V - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
V- Conclusões e Recomendações
1. Conclusões
108
V- Conclusões e Recomendações
1.3. Autoestima
109
V - Conclusões e Recomendações
2. Limitações do estudo
> O facto da amostra ser constituída por grupos de actividade física muito
específicos, o que nos levou a ter alguma dificuldade em conseguir
bibliografia mais específica.
3. Prolongamento do estudo
> Efectuar o trabalho com indivíduos de ambos os sexos, uma vez que a
maior parte dos trabalhos nesta área são efectuados com indivíduos do
sexo feminino.
m
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Citação indirecta
129
ANEXOS
ANEXO I
UNIVERSIDADE DO PORTO
QUESTIONÁRIO
1. Identificação Pessoal
2. Actividade Física
2.2. Além das Show/ Teen's Fashion /Dança praticas outra(s) modalidade(s)?
(risca as modalidades que não praticas e faz um círculo na letra a que corresponde a tua resposta)
N
S Qual/Quais? Onde?
Há quanto tempo?. N.° de sessões por semana?_
Tempo por sessão?
3. Inquérito Menarcal
3.1. Já és menstruada? N S
3.2. Se sim, que idade tinhas quando apareceu o 1 o período menstrual?
Anos Meses
3.3. Em que mês do ano apareceu o 1 o período menstrual?
1. Identificação Pessoal
2. Actividade Física
3. Inquérito Menarcal
3.1. Já és menstruada? N S
3.2. Se sim, que idade tinhas quando apareceu o 1 o período menstrual?
Anos Meses
3.3. Em que mês do ano apareceu o 1 o período menstrual?
3.4. Destas informações, lembras-te: D Muito bem
D Bem
D Mais ou menos
D Não me lembro
ANEXO II
:O;.Í:*
:ÍX-.<-.»:
BIAPS F 07 BIAPS F 08
BIAPS F 09
ANEXO IV
Escala de Autoestima
Para cada item faz um círculo no número que corresponde à concepção de valor que
própria:
1 Concordo plenamente
2 Concordo
3 Discordo
4 Discordo plenamente
Para cada item faz um círculo no número que corresponde ao tipo de satisfação que sentes em
relação ao teu corpo:
1 Muito insatisfeita
2 Insatisfeita
3 Nem satisfeita nem insatisfeita
4 Satisfeita
5 Muito satisfeita
1. Cabelo 2 3 4 5
2. Pele 2 3 4 5
3. Testa 2 3 4 5
4. Olhos 2 3 4 5
5. Orelhas 2 3 4 5
6. Nariz 2 3 4 5
7. Bochechas 2 3 4 5
8. Lábios 2 3 4 5
9. Dentes 2 3 4 5
10. Queixo 2 3 4 5
11. Pescoço 2 3 4 5
12. Ombros 2 3 4 5
13. Braços 2 3 4 5
14. Mãos 2 3 4 5
15. Costas 2 3 4 5
16. Seios 2 3 4 5
17. Barriga 2 3 4 5
18. Cintura 2 3 4 5
19. Anca 2 3 4 5
20. Nádegas 2 3 4 5
21. Coxas 2 3 4 5
22. Pernas 2 3 4 5
23. Joelhos 2 3 4 5
24. Tornozelos 2 3 4 5
25. Pés 2 3 4 5
28. Peso 2 3 4 5
29. Altura 2 3 4 5
14 27 varáveis variáveis
77 9 Segiu-se-lhes Seguiu-se-lhes
81 3 prépubertários prépubertários