Estudo de Caso - Educação Corporal

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ESTUDO DE CASO - EDUCAÇÃO CORPORAL

INDIVIDUALIZADA

CELISA LAUREANO PRATA CARDOSO*

RESUMO

O presente estudo é o resultado de uma pesquisa, que tem como objetivo relatar, por
meio de um trabalho de campo realizado no Centro de Trabalho Muscular e Postural nos
anos de 1998 a 2002, princípios filosóficos em torno do ser humano, sua identidade e
valor, a educação corporal integral, o repensar da prática e o alavancar de discussões
acerca da ginástica individualizada. Neste contexto, o estudo traz sob uma nova ótica a
importância do respeito à individualidade biológica, estrutural e emocional, na integração
e construção de significados, que possam dar sentido à qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Corporal – Postural – Ambiente.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é uma pesquisa desenvolvida no Centro de


Trabalho Muscular e Postural em Goiânia, na qual se utilizou a abordagem
qualitativa e algumas quantificações, tendo o trabalho muscular e postural
centrado no indivíduo, como norteador dos procedimentos metodológicos.
Este trabalho procura discutir uma tendência que há tempos figura
dentro dos ambientes de atividade física, que são os trabalhos
personalizados com grupos multidisciplinares, nos quais em muitos
*
Pesquisadora, licenciada em Educação Física e Ciências Biológicas (Universidade
Federal de Goiás); Mestranda em Biologia (Departamento de Biologia Geral – UFG);
Analista em Cultura; Desportos e Ginástica na Prefeitura de Goiânia.

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momentos interagem educadores físicos, fisioterapeutas e nutricionistas,
tendo como objetivo a educação corporal integral.
A educação corporal, dentro do contexto das profundas
transformações no mundo do trabalho contemporâneo, nos condiciona a
ritmos alimentares e rotinas de vida impostos pelo ambiente físico e o
contextual, no qual nos encontramos inseridos. Rotinas estas que
comprometem nossa qualidade integral de vida e limitam nossa
expressividade, criatividade, sensibilidade e participação social no processo
de transformação.
A Biologia e a Química servem como alicerce para a compreensão
de quase todos os aspectos da nutrição, do exercício e da saúde (KATCH;
MCARDLE, 1996), cerceadas por recursos da Antropologia, buscando,
com uma visão multidisciplinar, a investigação do perfil em um indivíduo
em um ambiente de atividade física. Ressalta-se que, como Daolio (1994),
utilizaremos o chamado “olhar antropológico”, o qual coloca em foco a
atuação do indivíduo não em termos exclusivamente Biológicos, Químicos
ou Antropológicos, mas num aspecto relacional que engloba a todos, já
que na prática cotidiana o mesmo representa e constrói significados sobre
essas áreas.
A estabilidade da massa corpórea e do aspecto geral de um
indivíduo adulto e sadio esconde as grandes flutuações diárias do seu
metabolismo. De fato, o hábito de ingerir alimentos por meio de refeições,
submete o organismo humano a duas situações opostas que,
gradativamente, se alternam: abundância e escassez de nutrientes
(MARZZOCO; TORRES, 1990). Além disso, a diversidade de
composição das refeições, a diversidade metabólica individual e os fatores
culturais e emocionais implicam em uma variação qualitativa e quantitativa
de absorção dos nutrientes recebidos. Conforme Tribastone (2001), isto
demonstra que o indivíduo é uma síntese dinamicamente complexa, na
qual o corpo e a psique se integram ou interagem, formando uma unidade
psicofísica indissociável, única, inconfundível e irreproduzível.
Algumas vezes, este desequilíbrio de energia associado a fatores
sócio-econômicos e culturais, impostos em função de novos ritmos
alimentares e rotinas de vida, condicionados ao ambiente físico e ao
contexto no qual estamos inseridos, compromete nossa qualidade de vida
e nos proporciona, pela falta de exercício físico e ambiente adequado de
trabalho, a aquisição de doenças e problemas estruturais, causados pela

2 CARDOSO, C.L.P. Estudo de caso - educação corporal individualizada


relação forma orgânica, função e história de vida. Tudo isto pode agravar
ou causar alterações morfológicas estruturais (Tabela I) irreversíveis
como os dimorfismos (TRIBASTONE, 2001).

I: FORMAS FUNCIONAIS – relativas aos sistemas


neuromuscular ou cápsulo-ligamentar (reversíveis).
Alteração Definição Plasticidade Ginástica
Morfológica Corretiva
(Terapêutica)

a: o indivíduo não Reversível


Distúrbios conhece o próprio Educação
Psicomotores corpo; Psicomotora
b: ele não sabe trabalhar
o próprio corpo;

a: o indivíduo não
adquiriu o controle Reversível Reeducação
Maus Hábitos do próprio corpo; Psicomotora
Posturais b: o indivíduo perdeu
temporariamente o
controle do próprio
corpo;

o indivíduo tem: “um


conjunto de hábitos Reversível Reeducação
Paramorfismos morfológicos
paranormais, Psicomotora
compreendidos
entre os limites da
normalidade e da
patologia”.

II: FORMAS ESTRUTURAIS – Relativas ao sistema esquelético


(irreversíveis).
Dimorfismos O individuo tem Ginástica
alter ações patológicas Irreversível Ortopédica

Neste contexto, a atividade para grupos especiais / diferenciados


vem sendo amplamente discutida, implantada e difundida em função

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dos resultados obtidos através de sua aplicação. Uma aplicação que
prioriza o respeito da individualidade biológica, estrutural e emocional,
em que o ambiente e a atividade são adaptados a estas limitações e
especificidades, e busca na atividade humana, a construção e a integração
de significados que possam dar sentido à vida.
Apesar de individualizada, a atividade física num ambiente em
grupo permite ao indivíduo a troca de experiências e expectativas com o
educador físico, que atua como um facilitador desta troca com o grupo e
com o próprio grupo em um processo de valorização e busca conjunta da
motivação pela auto-estima e educação para a percepção corporal.
Conforme Freire (1991), a ação humana é a expressão de uma
complexidade que, no humano, atinge um nível extremo, inclusive porque,
a cada gesto, sua história e sua cultura são afirmadas. E descrever o
homem se movimentando é descrever sua inteligência. Descrevê-lo em
ato é descrever seus sentimentos, e assim por diante. E descrever a
motricidade é descrever um sistema em funcionamento.
A ginástica personalizada, devidamente orientada, apresenta-se
neste contexto como um valioso recurso para o bom equilíbrio do todo,
representado pelo indivíduo, desde que além de bem orientada seja
conquistada a persistência através da sensibilização e conscientização
dos participantes, pois a ginástica é um recurso a longo prazo e como tal
deve ser aplicada de forma sistemática, com gradação e progressiva em
grau e número de exercícios (MERCÚRIO, 1997). Deve ser também
observado o momento em que se encontra o indivíduo, flexibilizando seu
programa de atividade física, em função de suas atividades diárias e
tensões psicológicas que acabam resultando em tensão muscular.

METODOLOGIA

O levantamento de dados foi realizado no período de 1998 a 2002


e arquivado no Centro de Trabalho Muscular e Postural, onde foram
correlacionados os problemas posturais detectados na avaliação
fisioterápica, a idade e a atividade de trabalho. Foram analisados os
problemas posturais mais freqüentes, bem como o processo de estar
aluna e a interação entre colegas na aplicação do trabalho, freqüência e
persistência no tratamento.
O grupo de estudos constituiu-se de 128 mulheres, divididas confore

4 CARDOSO, C.L.P. Estudo de caso - educação corporal individualizada


Weineck (2000), tabela II, em sua maioria composto de sedentárias,
esportistas esporádicas e esportistas não treinadas.
FASE IDADE

Adulta Precoce 18/20 – 30 anos


Adulta Média 30 - 45/50 anos
Adulta Posterior 45/50 – 60/70 anos
Adulta Tardia A partir de 60/70 anos

APLICAÇÃO DO TRABALHO

O trabalho foi desenvolvido de forma individualizada, num ambiente


em grupo onde no momento da matrícula, em entrevista de avaliação
com o educador físico, este solicita que se faça uma avaliação muscular
e postural, com um profissional da área de fisioterapia, uma avaliação
médica e, se necessário, em alguns casos como obesidade, gestação ou
outros, solicita-se o acompanhamento de uma nutricionista, para redução,
manutenção ou equilíbrio do peso (no caso de gestante).
Na ficha constam, além da faixa etária, o tempo de atividade física,
a descrição sintética do problema postural e/ou motivo da busca pela
atividade física personalizada, quem indicou (médico, amigo, parente) e
os exercícios a serem desenvolvidos.
Os exercícios são repetidos por dez aulas, e na primeira aula a
quantidade é determinada pela própria aluna, que irá realizar quantas
repetições conseguir e a quantidade é anotada na ficha de
acompanhamento. Nas aulas subseqüentes, o número de exercícios é
aumentado de forma gradativa, sendo que os exercícios abdominais e de
membros inferiores são realizados em duas, ou três séries, conforme a
necessidade prevista em avaliação precedente e disponibilidade de tempo
da aluna.
Esta disponibilidade de tempo se faz necessária para a execução
de todos os exercícios propostos de forma tranqüila, possibilitando que
as alunas se relacionem socialmente com as colegas e executem de
forma correta e prazerosa todos os exercícios propostos. Quanto à
execução, buscamos resgatar o prazer da prática esportiva, contudo,
durante as atividades 80% relataram algum tipo de experiência dolorosa
ou constrangedora nestas práticas.

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Após dez aulas acontece a troca dos exercícios objetivando a motivação
e a mudança do estímulo em nível muscular, para que se mantenham os
resultados obtidos, estudamos também uma constante combinação de
exercícios buscando o aumento da coordenação motora, concentração e
equilíbrio, além do fortalecimento e compensação das atividades de trabalho.
O aumento das repetições, da carga (peso) e a troca de exercícios acontecem
simultaneamente e de forma progressiva.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Constatou-se através da análise das fichas de acompanhamento das


alunas no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2002 uma baixa
rotatividade destas e uma progressão no número de indicações junto ao
grupo de convívio, um predomínio de procura e permanência por alunas das
faixas etárias entre adulta média e adulta posterior conforme Weineck (2000)
Tabela II.
Observou-se, também, que grande parte dos problemas
morfofuncionais acontece em função das alterações posturais adquiridas ou
agravadas pelas atividades de trabalho desenvolvidas pela aluna,
acompanhadas de fatores emocionais, como a timidez, a tensão em função
das atividades acumuladas além do trabalho, como transporte de crianças,
atividades domésticas e familiares e a participação em grupos organizados
(igrejas, filantropia, estudos para concursos). Além da sobrecarga de peso
corporal causada pelo alimento moderno, que é prático e hipercalórico, as
instalações inadequadas do ambiente de trabalho que sobrecarregam e
tencionam a musculatura, o ficar de pé ou sentada na mesma posição por
longos períodos ou durante toda a jornada de trabalho, e o transporte de
pesos e a execução de atividades domésticas em posturas inadequadas entre
outras atividades relatadas de forma dialogada.
Atividades estas que levam, pela dor e mal estar que se instalam de
forma lenta e gradual até se tornarem constantes, as alunas a se submeterem
a diversas sessões de fisioterapia, e após, a busca da chamada manutenção
da ausência da dor, feita através da atividade física postural personalizada.
Dores que, conforme Knoplich (1995), são causadas pela falta de adaptação,
física e psíquica, e pelo tipo de vida moderna que reflete no fato de os
músculos desempenharem suas funções tensos e rígidos.Quanto à atividade
profissional as alunas se organizam conforme Tabela III.

6 CARDOSO, C.L.P. Estudo de caso - educação corporal individualizada


Tabela III – Profissão; QT = Quantidade de alunas; FEM = Faixa etária
média da comunidade estudada; LMÍN = Limite mínimo e LMÁX = Limite
máximo.
PROFISSÃO QT FEM LMIN LMÁX
Administradora 2 42 34 50
Advogada 4 41,5 23 53
Analista de Sistemas 1 35 35 35
Aposentada (sem
profissão definida) 2 58 53 63
Arquiteta 2 36,5 28 45
Arte Terapeuta 1 48 48 48
Assistente Social 2 46 41 51
Auditora 1 47 47 47
Bancária 6 41,6 36 46
Bancária (Aposentada) 1 53 53 53
Cabeleireira 1 45 45 45
Comerciária/Empresária 7 50 37 60
Contadora(aposentada) 1 70 70 70
Corretora de Imóveis 1 50 50 50
Odontóloga 9 44 25 64
Dona de Casa 14 50,85 27 73
Engenheira Agrônoma 1 49 49 49
Engenheira Civil 5 40,4 31 46
Escrevente Oficializada 1 42 42 42
Esteticista 2 58 56 60
Estudante 23 21,9 14 47
Farmacêutica 1 46 46 46
Fiscal (aposentada) 1 61 61 61
Fonoaudióloga 1 31 31 31
Funcionária Pública 9 46,3 30 65
Gerente de Salão 1 30 30 30
Industriária 1 54 54 54
Jornalista 1 39 39 39
Médica Ginecologista 2 42,5 40 45
Médica Clinica Geral 1 45 45 45
Médica Pediatra 1 39 39 39

Pensar a Prática 7(1) 1-10, Mar. 2004 7


Farmacêutica 1 46 46 46
Fiscal (aposentada) 1 61 61 61
Fonoaudióloga 1 31 31 31
Funcionária Pública 9 46,3 30 65
Gerente de Salão 1 30 30 30
Industriária 1 54 54 54
Jornalista 1 39 39 39
Médica Ginecologista 2 42,5 40 45
Médica Clinica Geral 1 45 45 45
Médica Pediatra 1 39 39 39
Pecuarista 1 32 32 32
Professora 12 45,75 36 63
Professora(aposentada) 1 61 61 61
Psicóloga 4 44 40 480
Relações Públicas 2 40 34 43
TOTAL 126 45,18 40,61 61,97

Na busca pela “manutenção da ausência da dor”, as alunas, em


grande parte, conseguiram pelo ambiente motivador um aumento da auto-
estima, a própria correção postural parcial, a manutenção da ausência
da dor, a satisfação e o bem-estar para a execução de suas atividades
diárias e de trabalho, redescobrindo o corpo enquanto unidade
indissociável.

COMENTÁRIOS FINAIS

Conclui-se que, com a mecanização e instrumentalização do


humano no processo evolutivo, o indivíduo tem se tornado um apêndice
de equipamentos e do próprio ambiente de trabalho, levado, pelo
desempenho e produtividade, a uma busca frenética do ter. Isto o torna
suscetível a lesões muitas vezes irreversíveis, podendo quando muito ser
minimizadas por uma atividade orientada e direcionada, na qual se entende
por atividade individualizada não apenas a atividade com um indivíduo,
mas sim o trabalho direcionado ao individual, buscando a integração da
educação corporal, com o convívio em grupo, considerando desejos e
limitações, além de problemas posturais.

8 CARDOSO, C.L.P. Estudo de caso - educação corporal individualizada


A partir de tais considerações, entendemos, conforme Tribastone
(2001), que o movimento humano não é só o impulso de um conjunto de
alavancas, mas a expressão de sua totalidade. Este movimento, nas
concepções atuais, apresenta-se como uma forma do pensamento e
como expressão de um gesto de natureza interior.

Case Study: individualized body education

ABSTRACT

This study is the result of a research work that aims at rethinking and rediscussing
individualized physical activity practices. In this context, it brings a new viewpoint to
the importance of respecting individuality in its biological, structural, and emotional
aspects, and the integration and construction of meaning that can give a sense of direction
to the quality of life. This study reports a field research work conducted at the Centro
de Trabalho Muscular e Postural (Center for Muscle and Posture Work), from 1998 to
2002, that had, as its theoretical basis, the humanistic approach in pedagogy, as described
in the book “Metodologia do Ensino de Educação Física” (Methodology of Physical
Education Teaching), characterized by the presence of philosophical principles about
human beings and their identity, value, and integral body education.
KEY WORDS: Education - Body - Posture - Environment.

Estudio de caso - educacion corporal individualizada

RESUMEN

El presente estudio, es el resultado de una investigación, el mismo tiene como objetivo


relatar a través de un trabajo de campo realizado en el Centro de Trabajo Muscular y
Postural en los años de 1998 a 2002, teniendo como base teórica, el movimiento dicho
“humanista” en la pedagogía, que conforme el libro Metodología de la Enseñanza de
Educación Física, se caracteriza por la presencia de principios filosóficos en torno al ser
humano, su identidad y valor, la educación corporal integral, el repensar de la práctica y
el accionar de discusiones acerca de la gimnasia individualizada. En este contexto el
mismo trae bajo una nueva óptica la importancia del respeto a la individualidad biológica,
estructural y emocional, en la integración y construcción de significados, que puedan dar
sentido la cualidad de vida.
PALABRAS-CLAVE: Educación - Corporal – Postural – Ambiente.

REFERÊNCIAS

DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1994.

Pensar a Prática 7(1) 1-10, Mar. 2004 9


FREIRE, João Batista. Corpo e Alma. São Paulo: Summus, 1991.

KNOPLICH, José. Viva bem com a coluna que você tem. São Paulo:
Ibrasa,1995.

KATCH, Frank I.; MCARDLE, Willian D. Nutrição, exercício e


saúde, Rio de Janeiro: Medsi, 1996.
MERCÚRIO, Ruy. Dor nas costas nunca mais. São Paulo: Manole,
1997.

MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica


Básica. Rio de Janeiro: Guanabara, 1990.

TRIBASTONE, Francesco. Tratado de exercícios corretivos.


Barueri: Manole, 2001.

WEINECK, Jungen. Biologia do esporte. São Paulo: Cortez, 2000.

Recebido em: novembro de 2003.


Aprovado em: dezembro de 2003.

Endereço para correspondência


Celisa Laureano Prata Cardoso
E-mail: [email protected]
Av. Quitandinha, Qd. 88, Lt. 08. Setor Jaó - Goiânia – Go
CEP: 74673-060

10 CARDOSO, C.L.P. Estudo de caso - educação corporal individualizada

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