Curso Teoria e Prátca de Umbanda
Curso Teoria e Prátca de Umbanda
Curso Teoria e Prátca de Umbanda
Cursista ____________________________________________
ORIGEM DA UMBANDA
A PALAVRA"UMBANDA" PERTENCE AO VOCABULÁRIO QUIMBUNDO, DE ANGOLA, E QUER
DIZER "ARTE DE CURAR".
A umbanda é uma religião que junta elementos das tradições africanas, indígenas,
kardecista e cristãs, sem ser rigidamente definida por nenhum deles, sendo marcada por sua
singularidade e diversidade. Sua formação e estruturação remontam ao início do século XX,
em São Gonçalo, Rio de Janeiro, onde o sincretismo entre candomblé, catolicismo e
espiritismo deu origem a uma prática religiosa única no contexto brasileiro. Essa religião,
considerada "brasileira por excelência", é fruto de sincretismo cultural e espiritual. O
sincretismo não apenas permite, mas celebra a coexistência harmoniosa de diferentes
influências. O culto aos orixás, intrínseco às tradições africanas, une-se aos elementos
cristãos e às tradições espirituais indígenas. O cerne da umbanda está na síntese entre os
orixás, as divindades africanas que representam forças da natureza, os santos católicos e os
espíritos tradicionais de origem indígena. Essa fusão não é apenas superficial, é uma
integração profunda que forma a base da espiritualidade umbandista. O sincretismo cultural e
religioso não dilui as características individuais desses elementos, mas, pelo contrário, cria
uma teia complexa de significados e simbolismos.
O resultado é uma religião que não apenas atende às necessidades espirituais de seus
praticantes, mas também incorpora valores fundamentais, como a caridade, respeito à
natureza e busca pela harmonia espiritual. A umbanda não é apenas um sistema de crenças,
é uma prática que promove a evolução moral, a compreensão da diversidade e a união entre
diferentes tradições. Nesse contexto, os terreiros de umbanda — seus locais de culto —
assumem um papel vital. Mais do que simples espaços para rituais, eles são centros de
convivência comunitária, onde a integração entre os praticantes e a comunidade é
incentivada. Esses espaços refletem a abertura e a receptividade da umbanda, promovendo
não apenas a espiritualidade, mas também o envolvimento social e comunitário.
PRINCÍPIOS DA UMBANDA
Essa religião manifesta-se em diversas vertentes, cada qual com suas práticas
singulares, como:
Umbanda Nação,
Umbandomblé,
Umbanda Sagrada,
Umbanda Omolocô,
Umbanda Crística, entre outras.
Umbanda Aguas de Angola
Umbanda popular
A umbanda é uma religião brasileira que incorpora elementos sincréticos de diversas tradições religiosas.
A umbanda combina influências de diversos credos, como candomblé, catolicismo e espiritismo, promovendo
o culto aos orixás e a interação com entidades espirituais.
Formalmente a religião umbanda foi organizada por Zélio Fernandino de Morais, quando ele reuniu rituais
africanos e católicos ao espiritismo kardecista.
A umbanda tem como princípios a crença em um deus único, nos orixás e em entidades espirituais, bem
como a prática da caridade, fraternidade e não discriminação.
A relação entre umbanda e macumba remonta às origens, quando os centros de cabula, denominados
"Macumba", deram origem à umbanda. Atualmente, no entanto, o termo “macumba” é considerado
pejorativo em diversos contextos.
Enquanto a umbanda tem influências sincréticas e é mais inclusiva, o candomblé mantém tradições mais
específicas, como a ligação direta com as divindades africanas.
A umbanda é conhecida por acolher entidades de diferentes origens, como caboclos, pretos velhos, crianças e
exus, representando a diversidade espiritual e cultural presente no Brasil.
A presença de elementos indígenas, como o culto aos caboclos, destaca a capacidade da umbanda de
incorporar influências nativas, enriquecendo ainda mais sua expressão espiritual.
A umbanda celebra diversas festas ao longo do ano, honrando diferentes orixás e entidades. Essas
festividades envolvem rituais específicos e a participação ativa da comunidade religiosa.
A umbanda absorveu elementos do espiritismo kardecista, como a prática da mediunidade e a busca pelo
autoconhecimento, demonstrando uma capacidade única de integração de diferentes tradições espirituais.
Cada orixá possui características específicas e é associado a elementos da natureza. Por exemplo, Oxum é
relacionado à água doce e representa a fertilidade, enquanto Xangô, ligado ao fogo, simboliza a justiça.
HINO DE UMBANDA
José Manuel Alves (mais conhecido como J.M. Alves), português radicado no Brasil,
compositor reconhecido, cujas canções de sua autoria foram gravadas por cantores
conhecidos na época como as Irmãs Galvão, Grupo Piratininga, Osni Silva, Ênio Santos, entre
outros. Em 1955, a marchinha Pombinha Branca, composta em parceria com Reinaldo
Santos, foi gravada por Juanita Cavalcanti. Ainda compôs xotes, valsinhas, baiões, maxixes e
outros gêneros musicais de sua época, e realizou um sonho ao gravar o seu único LP, disco
de vinil, em 1957.
No entanto, era cego. Em busca de sua cura foi à procura da ajuda do Caboclo das Sete
Encruzilhadas. Embora não tenha conseguido seu intento, ficou apaixonado pela religião e
compôs uma canção para homenageá-la. Apresentou a letra ao Caboclo das Sete
Encruzilhadas, o qual tanto a apreciou, que resolveu nomeá-la como Hino da Umbanda. Em
1961, durante o Segundo Congresso Brasileiro de Umbanda, presidido por Henrique Landi
Júnior, foi finalmente oficializada em todo o Brasil.
Originalmente foi composta para ser interpretada como a marcha de um hino, mas depois de
cair nas graças do povo, passou a ser cantada ao som de atabaques nos terreiros de todo o
país.
A Bandeira
A bandeira pelo olhar de seu criador: ”A imagem de um lindo sol radiante, e, de seu
núcleo, sai uma figura que no primeiro instante parece a de um enorme pombo branco,
mas olhando com mais atenção, a forma se modifica deixando transparecer a de um
espectro humano angelical, com enormes asas, como se dirigisse a um destino
determinado, a realizar uma missão”.