Alterações Emocionais Na Gestação e Pos Parto

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Alterações emocionais na

gestante
Docente: Alexandra Moraes
Alterações emocionais
1) Depressão pré e pós-parto

2) Baby blue

3) Psicose puerperal
DEPRESSÃO NA GESTAÇÃO
• 1) Tristeza súbita
• Quando a gestante tem
preocupações além das
rotineiras para pensar –
tanto angústia quanto
ansiedade, que
normalmente andam
juntas, podem se
manifestar de forma mais
intensa.
DEPRESSÃO NA GESTAÇÃO
• 2) Angústia e Ansiedade
• Diferentemente de tristezas eventuais, a
tristeza depressiva é súbita, surge de repente
e muda a maneira como a pessoa – a mãe no
caso – agiria em relação a situações normais
ou mesmo em momentos introspectivos, de
maior quietude.
Queda dos hormônios
• Conforme a produção hormonal feminina se
altera, seja por elementos biológicos ou por
elementos exteriores ao seu corpo, hormônios
fundamentais para o equilíbrio, como a
serotonina e a dopamina, podem ser vítimas
de quedas bruscas.
A queda na produção desses hormônios, quando em recorrência, pode
acarretar em quadros de depressão na gravidez, e principalmente durante a
gravidez.
3) Perda de interesse

• Uma das características mais comuns da


depressão é a perda de interesse em
atividades que costumavam ser prazerosas
para a pessoa em dificuldade.
4) Fadiga em excesso

• Com um bebezinho em gestação, pesando


alguns quilos a mais, pode ser realmente
cansativo, essa realidade não se aplica a
muitas mulheres que continuam se exercitando
ou fazendo tarefas normais do dia a dia.
5) Sentimento de culpa
• Mesmo com todas as mudanças hormonais, sentir
culpa por estar grávida não é algo comum, com
certeza. As dificuldades surgem, mais esse seria o
ápice biológico de qualquer mulher: atingir a
maternidade.

O sentimento de culpa é algo mais profundo e crônico, difícil de ser


localizado, dado que assim como a tristeza súbita, surgiria sem um
motivo claro. A culpa pode ter muitos sentidos e pode refletir também
um quadro de depressão na gravidez.
6) Pensamentos suicidas

• Infelizmente, recorrente em quadros


psicológicos diversos, os pensamentos
suicidas, vindos de alguém sem um histórico
depressivo, principalmente em mulheres
gravidas, pode indicar o desenvolvimento de
uma depressão.
• Diversos fatores, sejam biológicos ou
psicossociais, podem levar a esse tipo de
pensamento – algo realmente não comum em
gravidezes sadias, realizadas em ambientes
não hostis.
Depressão Pós Parto
Na gravidez a mulher passa por mudanças vitais, havendo alterações
corporais e hormonais devido ao crescimento do feto, acarretando
efeitos físicos e psíquicos, sentimentos diferenciados são vividos por
cada mãe de forma intensa e marcante podendo trazer possibilidade de
amadurecimento, ampliando e modificando sua consciência e
personalidade, mas isso não ocorre de um momento para o outro, é um
processo gradual e demorado necessitando de adaptações conforme as
mudanças gravídicas, não terminando com o nascimento, mas se
estendendo para o período pós-parto (DUQUE; FREITAS; SCARABEL,
2011).
Depressão Pós Parto
• Estudos apontam a possível relação entre o risco de
depressão pós-parto com fatores relacionados
anteriormente à tensão pré-menstrual.
• Essa relação é devido às semelhanças apresentadas
em ambos os casos. Apresentando situações de
alternância na esfera hormonal, tanto na queda dos
níveis de progesterona como na função tireoidiana
reduzida, as quais tem ligação direta com a qualidade
de vida da mãe e do bebê (CABRAL; MARINI;
MORAIS 2013).
Depressão Pós Parto
• Faz-se de extrema importância o
acompanhamento pré-natal, pois segundo o
Ministério da Saúde (MS) o foco desse
acompanhamento é assegurar o
desenvolvimento de uma gestação saudável
com benefícios para a mãe e o bebê
permitindo o nascimento de um bebê saudável
e sem transtornos para a mãe em todos os
seus aspectos, inclusive psicossocial (BOSKA;
LENTSCK; WISNIEWSKI 2016).
Depressão Pós Parto
• Esse olhar cuidadoso da enfermagem voltado
à todas as gestantes, com medidas e ações de
cuidado integral durante essa fase de
mudanças e transições, poderá prevenir
diversas complicações que podem ser
provenientes da depressão pós-parto (ALFAIA;
MAGALHÃES; RODRIGUES 2016).
Depressão pós-parto (DPP)
• Não afeta apenas a puérpera, mas todos os à
sua volta, pode ser caracterizada como um
transtorno no desempenho físico,
comportamental, cognitivo e emocional,
atingindo aproximadamente 15% das mulheres
em geral, podendo ter inicio até 12 meses
após o parto (ARRAIS; FRAGALLE; MOURÃO,
2014)
Fatores de riscos
• Histórico de algum transtorno psíquico, ter
menos de 16 anos, baixa autoestima, solidão,
gravidez não planejada, menor escolaridade,
não estar casada em regime legal (solteira ou
divorciada), abortamento espontâneo ou de
repetição, desemprego da puérpera ou do
companheiro, situações estressantes nos
últimos 12 meses, ausência ou pouco amparo
social, bebê do sexo oposto ao esperado,
relacionamento insatisfatório (ALFAIA;
MAGALHÃES; RODRIGUES 2016)
Atenção aos sinais
• A gravidez, parto (parto traumático, prematuro
e histórico de aborto) e estresse (desemprego
ou mortes), e por ultimo a vida
socioeconômica. Podendo observar se há
histórico de depressão na família, e se mesma
já apresentou algum episódio (ARRAIS;
FRAGALLE; MOURÃO, 2014).
Atenção nos sintomas
• Os sintomas usualmente observados são:
ansiedade, ideias de morte e suicídio,
sentimento de culpa, diminuição do humor,
diminuição ou perda do prazer, menor
desempenho, distúrbio do sono, (ALFAIA;
MAGALHÃES; RODRIGUES 2016)
descontrole emocional por estresse do parto,
apresentando assim algumas disfunções como
tristeza pós-parto, abatimento, choro repentino
e incapacidade (DUQUE; FREITAS;
SCARABEL, 2011)
Alterações importantes
• Modificações do humor nas primeiras quatro
semanas do puerpério, podendo ser leve e
passageira ou piorar para uma neurose
psicótica, sentimento de incapacidade, sono
prejudicado, pensamento obsessivo, rejeição
do bebê, riscos de suicídio ou infanticídio são
características da doença (ARBOIT;
DAANDELS; SAND, 2013).
Depressão Pós Parto
• Mostra-se que mães que passam por isso
iniciam a lactação tardia, e tendem a não
alimentar o bebê com o leite exclusivo dela
(IBIAPINA et al., 2010).
• A DPP acomete entre 10% e 20% das
mulheres, podendo começar na primeira
semana após o parto e perdurar até dois anos.
• Existem ainda fatores que podem sim ser
predisponentes para o desenvolvimento de
complicações e até mesmo uma depressão
pós-parto. Podemos citar, por exemplo, o parto
cesáreo, que tem sido realizado cada vez mais
frequentemente e pode acarretar consigo
transtornos de adaptação no pós-parto.
Depressão Pós Parto
• A episiotomia, que segundo a OMS a indica
em apenas 10% a 15% dos partos normais, no
Brasil ela é realizada em aproximadamente
90% dos partos normais, o que ressalta seus
agravos pois, pode trazer consequências não
apenas físicas mas também psicológicas à
mulher no pós-parto (BOSKA; LENTSCK;
WISNIEWSKI 2016).
Depressão Pós Parto
• A ausência (ou não permissão) de um
acompanhante durante o trabalho de parto e o
momento do parto. A mulher, segundo a Lei do
Acompanhante pode escolher alguém para
acompanha-la durante esse momento tão
marcante em sua vida.
Depressão Pós Parto
• Tendo consigo um acompanhante durante o
trabalho de parto e o parto, segundo o
Ministério da Saúde, a mulher se sentirá mais
confiante e segura, o que possibilita a
diminuição no uso de medicamentos
analgésicos, a duração do trabalho de parto e
até mesmo o número de partos cesáreas
realizadas (BOSKA; LENTSCK; WISNIEWSKI
2016).
Baby blues
• A Tristeza Materna (baby blues), por sua vez,
acomete até 80% das mulheres, mas devido
ao tabu mencionado pode se imaginar um
índice até maior. É um estado de humor
depressivo que costuma acontecer a partir da
primeira semana depois do parto.
Baby blues
• Este humor é coerente com a enorme tarefa
de elaboração psíquica citada anteriormente
(transformação da filha em mãe, a
transformação da auto-imagem corporal, a
administração da relação entre a sexualidade
e a maternidade).
• De forma geral, a mulher sente que perdeu o
lugar de filha sem que tenha ainda segurança
no papel de mãe; que o corpo está
irreconhecível, pois se já não é mais de uma
grávida tampouco retomou sua forma original;
que entre ela e o marido encontra-se um
terceiro elemento.
Transtornos psiquiátricos no pós-
parto
• Psicose Puerperal
• A psicose pós-parto é o transtorno mental mais
grave que pode ocorrer no puerpério. Ela tem
prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse
percentual maior em casos de mulheres
bipolares)65, usualmente é de início rápido e
os sintomas se instalam já nos primeiros dias
até duas semanas do pós-parto.
• Os sintomas iniciais são euforia, humor
irritável, logorreia, agitação e insônia.
Aparecem, então, delírios, ideias
persecutórias, alucinações e comportamento
desorganizado, desorientação, confusão
mental, perplexidade e despersonalização.

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