1.3 Prad

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE

ÁREAS DEGRADADAS
FAZENDA GRAMADO, BURITI 10, JT, SANTA CLARA, SÃO
FRANCISCO DA GLÓRIA, TRÊS I E JUSSARA E FORTALEZA

EDSON FERNANDO MACIEL TAVARES E OUTROS

PARACATU/ 2022
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO....................................................................................................................
1.1..IDENTIFICAÇÃO DA(S) EMPRESA(S) RESPONSÁVEIS PELO ESTUDO......................
1.2..IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS......................................................
1.3..IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR..........................................................................
1.4..IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................................................
2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA.............................................................................................
3. ÁREA DO EMPREENDIMENTO............................................................................................
4. OBJETIVOS...........................................................................................................................
4.1..OBJETIVO GERAL...........................................................................................................
4.2..OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................
5. METODOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS...........................
6. LEVANTAMENTO DAS ÁREAS DEGRADADAS................................................................
6.1..CASCALHEIRA................................................................................................................
7. PROCEDIMENTOS QUE SERÃO ADOTADOS PARA RECUPERAÇÃO..........................
7.1..AÇÕES NECESSÁRIAS PARA A RECUPERAÇÃO.......................................................
7.2..ÁREAS A SEREM CONVERTIDAS PARA AGRICULTURA............................................
7.2.1. Gradeamento e nivelamento.............................................................................18
7.2.2. Trato do solo.....................................................................................................18
7.2.3. Conversão para agricultura ou pecuária...........................................................18
7.2.4. Restauração do estrato arbustivo e herbáceo por semeadura direta...............18
8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES.........................................................
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:....................................................................................

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de localização do empreendimento...............................................................8


Figura 2 – Cascalheira do empreendimento...........................................................................13
Figura 3 – Imagem da propriedade.........................................................................................14
Figura 4 – Imagem da cascalheira na propriedade...............................................................14

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Levantamento topográfico – Uso do solo...............................................................8


Tabela 2 – Quadro resumo das Intervenções passíveis de recuperação..............................12
Tabela 3 – Proposta de metodologia de recuperação das áreas degradadas ou perturbadas
................................................................................................................................................17
Tabela 4 – Cronograma de recuperação das áreas...............................................................21

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1. APRESENTAÇÃO

2. O presente documento constitui um PRAD – Plano de Recuperação de Áreas


Degradadas, apresentado pelo requerente Edson Fernando Tavares Maciel
3. O conteúdo básico deste PRAD consiste no diagnóstico das áreas que sofreram
intervenções no empreendimento e suas respectivas recomendações técnicas de
recuperação juntamente com cronograma de execução.
4. Todas as informações contidas neste documento foram obtidas a partir de
levantamentos primários, levantamentos secundários, dados oficiais, estudos da região,
mapeamento do IDE-Sisema, ZEE, IBGE, e Governo do Estado de Minas Gerais, bem
como por levantamento das informações in loco pela equipe técnica.

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1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA(S) EMPRESA(S) RESPONSÁVEIS PELO ESTUDO

DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL

Razão Social: Moliver Ambiental LTDA

Nome Fantasia: Moliver Ambiental

CNPJ: 18.509.053/0001-06

Endereço: Rua Temístocles Rocha 43 Centro

Município: Paracatu UF: MG CEP: 38600-270

Telefone: (38) 3408-0404 /(38)99749-8140/ E-mail:michele@moliverambiental.com.br


(35)99138-7729 rosiani@pavidez.com.br

1.2. IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: Daniela Fideles da Silva

Formação Profissional: Engenheira Ambiental

Registro no CREA nº 16.510/D-DF ART nº 5465495

Endereço profissional: Rua Salgado Filho nº 506. Bairro Bela Vista I

Município: Paracatu UF: MG CEP: 38600-482

Telefone: (38) 3408-0404 E-mail: daniela@moliverambiental.com.br

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1.3. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

DADOS DO EMPREENDEDOR

Nome: Edson Fernando Tavares Maciel

CPF: 469.589.756-34

Endereço Rua Tamar 285 Canaã

Município: Muzambinho UF: MG CEP: 37890-000

Telefone: (38) 3408-0404 / (38)99749-8140 / E-mail: michele.moliverambiental@gmail.com


(35)99138-7729 rosiani@pavidez.com.br

1.4. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

DADOS DO EMPREENDIMENTO

Nome: A Fazenda Gramado, Buriti 10, Jt, Santa Clara, São Francisco Da Glória, Três I E Jussara

CPF: 469.589.756-34

Endereço: Rodovia MG 188 sentido Unai, percorre por 32,7 Km até a entreda do empreendimento

Município: Paracatu UF: MG CEP: 38600-270

Condição do Empreendedor: ( x ) Proprietário ( ) Arrendatário ( ) Parceiro ( ) Posseiro ( ) Outros

2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

DADOS DA LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Nome da Propriedade: A Fazenda Gramado, Buriti 10, Jt, Santa Clara, São Francisco Da Glória,
Três I E Jussara

Datum: WGS 84

Latitude Longitude
Formato Lat/Long
16°54'50,56" S 46°45'32,8" O

Fuso central: (23K)


As Fazendas Gramado, Santa Clara, São Francisco da Glória, Três I, JT, Buriti 10, Fortaleza
e Jussara estão localizadas no Noroeste do estado de Minas Gerais e são pertencentes a
área de drenagem do Rio São Francisco como Bacia Federal e do Rio Paracatu como Bacia
Estadual, e sub-bacia do Ribeirão Entre Ribeiros. A bacia do Rio São Francisco é formada
por parte dos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e do
Distrito Federal. A área de drenagem do Rio São Francisco é de aproximadamente 641.000
km², sua nascente está a 1200 m de altitude localizada na Serra da Canastra no município

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de São Roque de Minas – MG, percorre aproximadamente 2.814 km até desaguar no
Oceano Atlântico na divisa dos estados Sergipee Alagoas. O Rio Paracatu é um dos
principais afluentes do Rio São Francisco, nasce nas proximidades da Serra de São Braz,
percorre aproximadamente 485 km até desaguar pela margem esquerda no Rio São
Francisco, possui área de drenagem por volta de 45.154 km² e o seu principal afluente é o
Rio Preto. As propriedades em questão, são banhadas pelos cursos d’água Córrego
Guariroba, Vereda Antônica, Ribeirão Aldeia e outros intermitentes, os quais fazem parte da
área de conflito da bacia do Ribeirão Entre Ribeiros.

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3. ÁREA DO EMPREENDIMENTO

O levantamento de dados topográficos do empreendimento compreendendo todas as


fazendas resultou em uma área total medida de 7.562,7087 ha.

Tabela 1 – Levantamento topográfico – Uso do solo

DESCRIÇÃO ÁREAS (HA)

APP 110,8726

Pasto 5706,7986

Sede/Benfeitorias 18.4364

Estrada 26,7357

Culturas anuais 232,9105

Faixa de domínio 9,2968

Barragem 59,7475

Reserva Legal 1372,1781

App antropizada 24,5225

Cascalheira em regeneração 1,21

Total 7562,7087

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Figura 1 – Mapa de localização do empreendimento

4. OBJETIVOS

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4.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo, é a elaboração de um plano de recuperação das áreas de


cascalheiras do empreendimento.

Com a execução deste PRAD se objetiva recuperar a integridade física, química e biológica
(estrutura) dessas áreas, e, ao mesmo tempo, recuperar a capacidade produtiva (uso do
solo) de cada uma das áreas, seja na implantação de espécies nativas, ou na regeneração
natural dessas áreas.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Mapear as áreas degradadas de cascalheira as quais a recuperação necessita de


recomposição da vegetação natural e as áreas situadas em áreas úteis que deverão
ser recuperadas para uso posterior;

- Caracterizar o estado das áreas degradadas;

- Propor metodologias de recuperação;

- Propor cronograma executivo para a recuperação das áreas

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5. METODOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS

Para delimitação das áreas que sofreram intervenção no empreendimento, foram realizadas
visitas in loco na propriedade.

Áreas degradadas referem-se a alterações de um ecossistema natural. São aquelas que


após sofrerem um distúrbio, tiveram eliminados seus meios de regeneração natural,
apresentando baixa resiliência.

As áreas consideradas degradadas, tiveram suas coordenadas coletadas bem como um


registro fotográfico da situação atual do local, posteriormente esses pontos foram lançados
no mapa geral do empreendimento onde se pode observar sua distribuição espacial.

A partir dos pontos coletados em campo e de imagens de satélite foram feitos os mapas de
localização das áreas degradadas.

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6. LEVANTAMENTO DAS ÁREAS DEGRADADAS

Áreas degradadas referem-se a alterações de um ecossistema natural. São aquelas que


após sofrerem um distúrbio, tiveram eliminados seus meios de regeneração natural,
apresentando baixa resiliência.

As áreas consideradas degradadas, tiveram suas coordenadas coletadas, posteriormente


esses pontos foram lançados no mapa geral do empreendimento onde se pode observar
sua distribuição espacial.

A partir dos pontos coletados em campo e de imagens de satélite foram feitos os mapas de
localização das áreas degradadas.

Trata-se de áreas localizadas em área comum anteriormente utilizadas como cascalheiras.

Tabela 2 – Quadro resumo das Intervenções passíveis de recuperação

IDENTIFICAÇÃ ÁREA
DESCRIÇÃO COORDENADAS
O (ha)

Área degradada como


cascalheira para manutenção 16°56'40.72"S e 46°38'11.46"O
Cascalheira 1,21 ha
viária das vias internas da
fazenda

Área Total 1,21

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6.1. CASCALHEIRA

Atualmente o empreendimento possui uma gleba de cascalheira que foi lavrada para
manutenção viária das vias internas da fazenda, com previsão de recuperação com
reconstituição de flora.

Tabela 3 – Localização de cascalheiras desativadas no empreendimento

IDENTIFICAÇÃO ÁREA (HA) COORDENADAS

Cascalheira 1,21 ha 16°56'40.72"S e 46°38'11.46"O

Figura 2 – Cascalheira do empreendimento

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Figura 3 – Imagem da propriedade

Figura 4 – Imagem da cascalheira na propriedade

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A proposta de recuperação é baseada na premissa de conversão das áreas para atividades
produtivas visto que não estão situadas em áreas de vegetação nativa ou protegidas no
empreendimento.

Cabe salientar que essas intervenções já se encontram consolidadas, não sendo necessário
abertura de novas áreas, sendo mantido (ou até mesmo enriquecido) a forma de vegetação
ali existente.

A seguir é demonstrado um croqui de delimitação para cada área de intervenção.

7. PROCEDIMENTOS QUE SERÃO ADOTADOS PARA RECUPERAÇÃO

Em relação à recuperação de áreas degradadas, encontram-se na literatura diferentes


conceitos. De Acordo com o IBAMA, recuperação é o retorno de áreas degradadas a uma
forma de utilização tecnicamente compatível, em conformidade com os valores ambientais,
culturais e sociais locais. Já o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. SNUC define
recuperação como: a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original
(Corrêa, 2006).

O conceito de recuperação muitas vezes se confunde com o conceito de restauração. A


recuperação de uma área degradada visa à estabilização de uma área degradada sem o
estreito compromisso ecológico. A Recuperação é um processo genérico que abrange todos
os aspectos de qualquer projeto que vise a obtenção de uma nova utilização da área
degradada.

A recuperação das áreas degradadas será fundamentada nas seguintes diretrizes:

a) Estabelecendo as ações de recuperação, sempre atento para a destinação de uso e


ocupação da área. Áreas com ecossistemas sensíveis, Reserva Legal, APP e outras
deverão ter a recuperação voltada para atender as necessidades dos ecossistemas
naturais, áreas degradadas em áreas úteis podem ter a sua recuperação voltada
para uso posterior.

b) Deve ser avaliado o potencial de auto recuperação ainda existente nas próprias
áreas degradadas, ou que possam ser fornecidas pelos ecossistemas do entorno,
aspectos definidos pelo histórico de degradação da área degradada e pelas
características do seu entorno.

c) As áreas recuperadas visando a restauração das funcionalidades do ecossistema


serão baseadas na reconstrução de uma cobertura vegetal com elevada diversidade,
garantindo assim a perpetuação dessas iniciativas e, portanto, a restauração da
diversidade local.
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d) Todas as ações nas áreas degradadas serão planejadas de forma individual, no
entanto sua execução é feita em prol do conjunto dos ecossistemas presentes no
empreendimento.

As cascalheiras, áreas degradadas por mineração na propriedade, possuem semelhantes


características químicas e físicas do solo e de vegetação do entorno. O que difere para
termos de recuperação é a dimensão da área, a declividade e principalmente, a destinação
de uso e ocupação, que são determinantes para estabelecer as metodologias de
recuperação para cada fragmento.

Para se determinar quais as interferências a serem realizadas nas áreas partiu-se dos
objetivos de utilização das áreas e possibilidade de recuperação para cada uma delas. A
partir de cada decisão foi possível traçar uma linha orientadora das ações.

O solo está degradado?

Não Sim
Tem perspectiva de uso para mineração?
Nenhuma Ação
Não Sim

Plano de Uso e Encerramento


Recuperação do Solo

Potencial de Uso para a Agricultura?

Sim Não

Recuperação para Restauração

Agricultura
Qual o potencial de
Regeneração Natural?

Alto Baixo

Permitir e Conduzir Reconstituição da flora


Regeneração Natural

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Com base na avaliação para cada área, as metodologias de recuperação para as áreas
estão descritas na tabela a seguir.

Tabela 3 – Proposta de metodologia de recuperação das áreas degradadas ou perturbadas

ÁREA METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO COORDENADAS
(HA) RECUPERAÇÃO PROPOSTA

16°56'40.72"S e Recuperação para uso


CASCALHEIRA 1,21
46°38'11.46"O agropecuário

O processo de recuperação proposto no empreendimento foi baseado nas características de


solo, topografia, clima e vegetação natural do local, resguardando as peculiaridades quanto
à forma (composição florística e estrutura fitossociológica) e função (potencial de utilização
para agricultura, capacidade de abrigar a fauna, proteção de mananciais e solo, aspectos
cênicos etc.).

Para as áreas consideradas degradadas das cascalheiras foi constatada a necessidade de


recuperação do solo, visto que as áreas mineradas perderam as camadas superficiais do
solo e agora este precisa ser recondicionado para suportar a conversão para agricultura.

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7.1. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA A RECUPERAÇÃO

De acordo com Williams et al. (1990), a revegetação é a principal prática para se obter a
formação de um novo solo, controlar a erosão, evitar a poluição das águas e a manutenção
da vida.

7.2. ÁREAS A SEREM CONVERTIDAS PARA PASTAGEM

7.2.1. Gradeamento e nivelamento

Deve ser feito o gradeamento do solo para quebrar e desfazer os torrões e deixar o solo
mais regular, dando ao solo a permeabilidade e capacidade de desenvolvimento das raízes.
Como as sementes das espécies herbáceas nativas a serem plantadas são muito pequenas
é importante que o solo esteja destorroado e nivelado para maior germinação. Com essas
ações realizadas ao longo da estação seca. A gradagem do solo deverá evitar as áreas com
plântulas maiores que 1 metro estabelecidas.

7.2.2. Trato do solo

Deverá ser feita a calagem para correção do solo e adubação total de cobertura com adubo
orgânico e químico de acordo com o utilizado para as demais áreas agricultáveis do
empreendimento.

- Espalhar e misturar o adubo por gradeamento por igual, em nível para evitar escoamento e
formação de processos erosivos

7.2.3. Conversão para agricultura ou pecuária

A atividade de agricultura poderá ser feita por meio do plantio direto, com a inserção de
espécies fixadoras de nitrogênio em primeiro plantio para a melhoria das condições do solo,
ou poderá ser convertida para pastagens com a inserção de gramíneas.

Foi identificada 1 cascalheira situada em área comum, fora de áreas de vegetação nativa ou
protegidas utilizadas para a extração de cascalho.

Por se tratar de área útil do empreendimento, a recuperação das áreas recomendada é a


conversão para agropecuária.

7.2.4. Restauração do estrato arbustivo e herbáceo por semeadura direta

A recomposição da flora a ser implementada, pode ser definida segundo os preceitos da


Reabilitação, sendo conduzida em parte por Plantio Misto de espécies vegetais. A área a ser
reconstituída tem por característica natural ser formada por formações campestres.
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Trata-se de área com solos rasos, com horizonte B pouco desenvolvido, de forma que não
será proposta a introdução de espécies arbóreas que não sobreviveriam naturalmente no
local.

A proposta é a recuperação do estrato arbustivo-herbáceo utilizando os métodos de plantio


por semeadura direta em área total, capaz de suprir o déficit da área com vegetação nativa,
com o objetivo de proporcionar o retorno do ecossistema degradado a algum estado
biológico apropriado, com função e forma biologicamente próximas dos originais, estável
biologicamente, e em conformidade com a circunvizinhança.

A semeadura direta é a técnica de restauração em que o plantio é feito colocando as


sementes diretamente no solo. Com esta técnica as plantas germinam, se estabelecem e
crescem sempre nas condições do local do plantio.

Na semeadura direta utilizamos uma grande quantidade de sementes, pois nem todas
germinam. Além disso, naturalmente ocorre uma mortalidade inicial das plântulas,
principalmente, durante o primeiro período de estiagem.

A semeadura direta é recomendada para áreas que foram desmatadas para agricultura e
formação de pastagem e estão dominadas por gramíneas exóticas invasoras, como por
exemplo, a braquiária, o capim-gordura, o andropogon dentre outras. Essas plantas têm
características que favorecem sua colonização em ambientes degradados como: alta
capacidade de crescimento, grande produção de sementes viáveis, e grande facilidade para
rebrotar. Por isso essas gramíneas dificultam muito o estabelecimento de plantas nativas
que ficam abafadas pelo capim que cresce mais rápido e cobre o solo não deixando espaço
para as sementes nativas nascerem.

Além de competirem com as plantas nativas, os capins aumentam muito a severidade dos
incêndios. Se não controlarmos essas gramíneas sabemos que dificilmente teremos
sucesso na restauração da vegetação nativa.

A semeadura direta permite o plantio em alta densidade de sementes de espécies nativas


que podem ocupar o máximo possível do solo evitando a recolonização das gramíneas
exóticas.

Existem três formas de realizar a semeadura direta: semeadura em linha, semeadura em


área total e semeadura em covas.

Para realizar a semeadura direta são necessárias as seguintes etapas:

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 Selecionar as espécies a serem semeadas
 Preparar o solo
 Realizar a semeadura direta
 Avaliar o plantio (monitoramento)

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8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

Tabela 4 – Cronograma de recuperação das áreas

IDENTIFICAÇÃO ANO 1 ANO 2 ANO 3

Preparo do solo, gradeamento e adubação

Plantio e conversão para agricultura ou pecuária

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AQUINO, Fabiana de Gois; MIRANDA, Guilherme H. Braga. Consequências ambientais


da fragmentação de habitats no cerrado. In: SANO, Sueli Matiko. Cerrado: ecologia e
flora. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008.
ARAÚJO, Gustavo H. Sousa. Gestão ambiental de áreas degradadas. 3. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
BOTREL, M.A. Algumas considerações sobre gramíneas e leguminosas forrageiras.
Coronel Pacheco: Embrapa-CNPGL, 1983. 51p. (Embrapa-CNPGL. Documentos, 9).
CORREA, R.S; BAPTISTA, G.M.M. Mineração e áreas degradadas no cerrado. Brasília.
Editora Universa, 2004.
SAMPAIO, A. B. et al. Guia de restauração do Cerrado : volume 1 : semeadura direta.
Brasília. Universidade de Brasília, Rede de Sementes do Cerrado, 2008
ENGEL, V.L; PARROTTA, J. A. Na evaluation of direct seeding as a means for
reforesting degraded lands in central. São Paulo state, 2008. In: KAGEYAMA, Paulo
Yoshio. Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu: FEPAF, 2008.
LUCHESI, L.A.C.; MORAES, A.; SANTOS, H.R.; SOUZA, M.L.P. Pastagens: um sistema
de produção para reabilitação de áreas degradadas. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, 1., 1992, Curitiba. Anais. Curitiba: UFPR,
1992. p.83-92.
MACEDO, A.C.; KAGEYAMA, P.Y.; COSTA, L.G.S. Revegetação: matas ciliares e de
proteção ambiental. São Paulo, Fundação Florestal, 1993.
MEDEIROS, J.C.; MIELNICZUK, J.; PEDO, F. Sistema de culturas adaptadas à
produtividade, recuperação e conservação do solo. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, Campinas, v.1, n.2, p.199-204, abr. 1987.
MUELLER, Charles C. et al. Gestão das matas ciliares. In: LOPES, Ignez Vidigal et al.
Gestão ambiental no Brasil: experiência e sucesso. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2002.
PINHEIRO, C.Q. Avaliação da recuperação da cascalheira do aeroporto internacional
de Brasília Juscelino Kubitschek: aspectos edáficos, florísticos e ecológicos.
Dissertação de Mestrado. Brasília. UnB, 2008
SANO, S. M; ALMEIDA, S.P; RIBEIRO, J.F. Cerrado: ecologia e flora. Embrapa
Cerrados. – Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008
SIQUEIRA, J.O. Micorrizas arbusculares. In: ARAUJO, R.S.; HUNGRIA, M. (Eds.).
Microrganismos de importância agrícola. Brasília: Embrapa, 1994. p.151-194.

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WILLIANS, D. Duane; BUGIN, Alexandre; REIS, Jorge L. B. Cunha. Manual de
recuperação de áreas degradadas pela mineração. Brasília: IBAMA, 1990.

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