AULA 5 - Doen As Cardiovasculares
AULA 5 - Doen As Cardiovasculares
AULA 5 - Doen As Cardiovasculares
E FISIOPATOLOGIA DAS
DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
SBC, 2020.
Hipertensão Arterial Sistêmica - Epidemiologia e Etiologia
• Fatores etiológicos
• Epidemiologia
o As DCV são a principal causa de morte,
hospitalizações e atendimentos ambulatoriais em
todo o mundo.
Mecanismo de Fontes:
ação não laticínios (3-4
conhecido, mas Aumenta porções/dia)
Cálcio sabe-se que
Vasoconstrição
Pressão arterial
dieta pobre em IOM: 1000-
cálcio 1200mg/dia
Fontes:
Inibidor da
oleaginosas,
contração do Regula pressão
Magnésio músculo liso arterial
leguminosas,
folhosos verde-
vascular
escuros (DRI)
Hipertensão arterial sistêmica - Tratamento Nutricional
SBC, 2020.
SBC, 2020.
Hipertensão arterial sistêmica - Tratamento Nutricional
• Álcool - Estima-se que um aumento de 10 g/dia na ingestão de álcool eleve
a PA em 1 mmHg, enquanto que a diminuição desse consumo reduz a PA.
Esse limiar deve ser reduzido à metade para homens com baixo peso, mulheres,
indivíduos com sobrepeso e/ou triglicerídeos elevados.
Quadro-resumo
Tratamento nutricional na hipertensão arterial sistêmica
Circunferência de cintura
Cuppari, 2019.
Dislipidemia
• Correspondem a alterações dos lipídios circulantes no plasma.
• Hiperlipidemias:
-Quilomícrons
-Lipoproteínas de baixa
densidade (LDL)
-Lipoproteína de densidade
intermediária
SBC, 2017
ROSA & OLIVEIRA, 2017.
Classificação da dislipidemia
SBC, 2017
Dislipidemia – tratamento farmacológico
• Estatinas – principais drogas usadas para de dislipidemias com predominância
de LDL-c elevados.
Efeitos colaterais:
-Flatulência
-Náuseas
-Desconforto abdominal
-Dispepsia
-Constipação
Dislipidemia –
tratamento
farmacológico
-Estatinas
- Resinas
- Exetimibe: inibe
absorção de
coleterol.
- Fibratos: usado
para
hipertrigliceridemia e
aumento de HDL-c.
SBC, 2017
Hipertrigliceridemia - Tratamento nutricional
• [TG] é muito sensível às variações do peso corporal, composição da dieta e quantidade/qualidade de
carboidrato e gordura.
• Redução de açúcar e CHO (5-10% do VET açúcar de adição – sacarose, xarope milho)
SBC, 2017
Tratamento nutricional nas dislipidemias
• Fitosteróis – redução da absorção de colesterol, pois compromete a solubilização
intraluminal (micelas) fontes: óleos vegetais, cereais e grãos
• Fibras solúveis
- Forma gel que se ligam aos sais biliares no intestino maior excreção nas fezes e
menor reabsorção entero-hepática síntese de novos sais biliares (uso de
colesterol)
• Multifatorial
Aglomeração de A continuidade do
células Estria gordurosa
processo inflamatório...
espumosas
Aterosclerose
(+) Proliferação e Células musculares lisas
migração de células passam a produzir Formando capa fibrosa
musculares lisas para o componentes de matriz (Parte externa da placa)
subendotélio extracelular
• Exemplos:
Ácido palmitoleico (C16:1)
Ácido oleico (C18:1)
• Estudos demonstram = consumo de até 1 ovo/dia redução de risco de AVE e ingestão de ovos
não está relacionado com DAC.
Ovos = baixo custo, fonte de vitaminas Atenção à forma de preparo dos ovos.
e minerais e compostos bioativos.
• Classificação:
Insuficiência Cardíaca Congestiva – fatores de risco
Cuppari, 2019.
Fisiopatologia - Insuficiência Cardíaca Congestiva
(+) mecanismos
hemodinâmicos
Perda de céls Força Função
miocárdicas contrátil do cardíaca
(+) mecanismos miocárdio preservada
neuro-humorais
-Alterações do miócito
SINTOMAS
-Apoptose DISPNÉIA
Progressão
-Remodelação cardíaca da ICC EDEMA
PERIFÉRICO
-Disfunção endotelial FADIGA
-Ativação neuro-hormonal
Insuficiência cardíaca –
diagnóstico clínico
• Baseado nos sinais e sintomas e exames
complementares.
Insuficiência cardíaca – estágios
SBC, 2018.
Insuficiência cardíaca – tratamento farmacológico e efeitos colaterais
Porque ocorre?
- Ingestão alimentar inadequada
- Metabolismo alterado
- Estado pró-inflamatório e aumento do estresse oxidativo
- Perda de nutrientes e interação medicamentosa (diuréticos)
- Anorexia hipermetabolismo, hipóxia, maior GE, inflamação
- Edema alças intestinais plenitude gástrica, desidratação, náuseas, má absorção
lipídica, perda protéica.
• Antropometria
- DCT, DCB, DCSE, CB e CMB = cuidado quando houver edemas.
• Envolve a depleção de massa corporal magra (incluindo órgãos vitais, como o próprio miocárdio) e uma
diminuição da competência imunológica.
• A caquexia cardíaca pode ser definida quando há uma perda maior que 6% do peso corporal habitual,
não intencional e não edematosa, na ausência de sinais de outras doenças que possam causar
desnutrição.
• Outra definição – caquexia: presença de doença crônica e perda de peso superior a 5% em um período
menor que 12 meses ou IMC < 20 kg/m² associadas a pelo menos três dos seguintes critérios:
Tratamento nutricional - Insuficiência cardíaca congestiva
• Energia
- Estado nutricional adequado: 28 kcal/Kg massa corporal
- Depleção: 32 kcal/Kg massa corporal
- Diretriz ICC, 2018: Recomenda manter peso adequado, IC com obesidade >40kg/m² -
reduzir peso
• Carboidrato
- 50 a 55% VET
- Priorizar CHO integral, com menor carga glicêmica
- Evitar CHO refinado aumenta RI insulina hormônio natriurético sua resistência
leva a maior retenção de sódio e água.
• Fibras: 20 a 30g
- Previne constipação intestinal/ esforço para evacuar
- Solúveis (+) AGCC nutrição enterócito e (-) estado pró-inflamatório
• Proteínas
- 15-20% do VET
- Priorizar proteínas de alto valor biológico
- EN adequado: 1,1g ptn/Kg/dia
- Depleção nutricional: 1,5-2,0g de proteína/Kg/dia
atenção: usar peso livre de edemas!
• Lipídios
- 30-35% VET
- Evitar gordura trans
- Reduzir ingestão de gordura saturada
- Preferência por poli e monoinsaturadas – discreta redução na mortalidade, efeito + IC
sintomática
- Ênfase em ômega 3 (1g/dia)
- Dieta com baixo teor de sódio menor adesão e reduz ingestão de alimentos fontes de outros micronutrientes (ptn, ferro,
zn, se, B12)
• Líquidos
- Paciente estável sem descompensação: 1,5 a 2L/dia
- Paciente grave: 700 a 1L/dia (sintomáticos com risco de hipervolemia)
- Restrição hídrica em caso de hiponatremia (Na<130mEq/L)
• Vitaminas e minerais
- Vitamina E, B6, B12, ácido fólico, B2, tiamina
- Tendem a ser reduzidos – RDA a UL
- Ausência de recomendação para IC ROSA & OLIVEIRA, 2017.
Tratamento nutricional - Insuficiência cardíaca congestiva
Transplante cardíaco
• Tratamento de escolha para os paciente com IC em fase avançada (Classe funcional III ou IV) com
expectativa de vida inferior a um ano e sem a possibilidade de outra forma de tratamento clínico ou
cirúrgico.
• Necessidades proteicas:
- 1,2 a 2 g/kg peso/dia POI
- 1,2 a 1,5 g/kg peso/dia fase de manutenção (25 a 30% do VET)
• Lipídios: 18 a 25% do VET (sendo 10% de gordura monoinsaturada, menos de 10% de saturada e o
restante de gordura poli-insaturada).
- colesterol não deve ultrapassar 200 mg/dia.
Intra-hospitalar
• Via oral – semilíquida a pastosa nas primeiras refeições – facilitar processo digestivo
evoluir conforme tolerância
• Energia
- 20-25 kcal/kg – fase aguda e inicial
- 25-30 kcal/kg – fase de recuperação
- 11-14kcal/kg PA/dia – OBESO
PESO LIVRE DE EDEMA
- 25-30 kcal/kg PA/dia – DESNUTRIÇÃO GRAVE
Intra-hospitalar
• Proteína – normoprotéica
- Avaliar disfunção renal: 0,6-1g/Kg PA
• Contra-indicado
o alimentos flatulentos e que causem desconforto GI
o Alimentos que (+) náuseas e vômitos (bebidas gasosas, doces, condimentos)
• Alimentos contendo cafeína – até 400mg (2-4xícaras de café) na fase de recuperação. Cuidado fase aguda: cafeína
aumenta FC e dor de cabeça (1-2xícaras)
Intolerância à glicose
Resistência à insulina
Hiperlipidemia
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
DIAGNÓSTICO DA
SÍNDROME METABÓLICA
COMBINAÇÃO DE PELO
MENOS TRÊS COMPONENTES:
SBC, 2005.
NCEP-ATP III, 2001.
Adipocinas e obesidade
Tecido adiposo
OBESIDADE:
Funções e
concentrações das
adipocinas alteradas,
além de resistência à sua
ação em hipotálamo
Fisiopatologia DESEQUILÍBRIO ENTRE A
INGESTÃO ENERGÉTICA E O
da síndrome metabólica GASTO ENERGÉTICO
SBC, 2005
Tratamento nutricional – síndrome metabólica
• Sal: limitado a 6g/dia. Evitados os alimentos ultraprocessados e priorizar temperos
naturais como salsa, cebolinha e ervas aromáticas.
• Frutas: duas a quatro porções, sendo pelo menos uma rica em vitamina C (frutas
cítricas)
SBC, 2005