78 LEETRA Indígena - São Carlos, Vol. 20, N. 01, 2022, pp.78-112. Olhares em Que Se Apre (E) Nde o Mundo
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78 LEETRA Indígena - São Carlos, Vol. 20, N. 01, 2022, pp.78-112. Olhares em Que Se Apre (E) Nde o Mundo
TAPAJÓS1
Abstract
This work focuses on the study of revitalization and linguistic resumption of indigenous
languages, and aims to understand the reinscription of Nheengatu from a set of memories,
discourses and practices erected by the peoples of the Low Tapajós, in the West of the State of
Pará. This region has had an intense ethnic mobilization for over twenty years, currently
counting on 13 native peoples, more than 8 thousand indigenous people, 70 villages and 19
territories in different stages of the recognition and demarcation process. The reinscription of
Nheengatu as an ethnic language in the face of the linguistic scenario considered monolingual
in this region, is taken as a political action in view of the speeches of extinction and silencing
of its collectivities and epistemologies. This is a counter-hegemonic project for the self-
affirmation of indigenous communities, for the reconstruction of an ancestral memory and the
affirmation of the continuity of ways of being and also of ancestral relations through the
remembrance and re-signification of linguistic and cultural practices. Thus, at the same time
that the peoples of the Low Tapajós reinscript themselves as indigenous, they also reinscript
Nheengatu as an ancestral language.
Keywords: Low Tapajós People; Ethnic mobilization; resumption; Nheengatu language;
Ancestral language.
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Tese defendida no Programa de Linguística da Universidade Estadual de Campinas em 2020, sob
orientação do professor Wilmar da Rocha D’Angelis.
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Professora Adjunta na Universidade Federal do Amapá, Curso de Letras Libras/Português. Membro
do Grupo de Trabalho Nacional da Década das Línguas Indígenas e da Rede de Pesquisadores de
Línguas Ancestrais.
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Mapa 1 – Zona de confluência entre os rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas, com principais Áreas
Protegidas (Terras Indígenas, Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e Flona) e povos indígenas
contemporâneos
2.1. A historiografia oficial dos primeiros séculos: viajantes, jesuítas e demais agentes
coloniais e suas descrições
A história oficial da região do rio Tapajós e seus afluentes foi narrada por viajantes,
naturalistas, missionários e outros agentes coloniais que registraram suas viagens. Tratamos de
relatos, feitos nos séculos XVII, XVIII e XIX, sobre os povos que encontraram nessa região,
que descrevem a localização dessas nações, práticas de subsistências, características ambientais
e geográficas, além de práticas culturais e sociais, inclusive intertribais.
Quando a ocupação colonial dessa região iniciou, no século XVII, havia numerosa
população que habitava as margens desses rios. A primeira passagem pioneira da qual se tem
registro foi da expedição de Francisco Orellana e sua tropa pela desembocadura do rio Tapajós
em 1542. As primeiras expedições portuguesas ao interior do rio Tapajós de que se tem registro
foram as de Pedro Teixeira, em 1626 e 1628, quando, em companhia de Bento Rodrigues de
Oliveira, buscava aprisionar índios. Em 1661, os jesuítas fundaram a Missão dos Tapajó, porém,
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Essa frase é frequente nas manifestações políticas que reivindicam a legitimidade dos povos do Baixo Tapajós,
sempre exposta em cartazes e nos discursos de lideranças indígenas.
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As edições em português, a partir da primeira, de 1910, nas páginas da Revista do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, simplificaram a grafia do sobrenome do famoso jesuíta alemão; seu nome completo e corretamente
grafado na forma original era Johann Philipp Bettendorff.
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O termo língua geral é usado para se referir à Língua Geral da Amazônia (LGA), uma das línguas gerais do
Brasil. A Língua Geral da Amazônia desenvolveu-se no Maranhão e no Pará a partir do Tupinambá e tornou-se a
língua da colonização nos séculos XVII e XVIII, “veículo não só da catequese, mas também da ação social e
política portuguesa e luso-brasileira até o século XIX”. Essa língua ainda é falada na Amazônia, principalmente
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no Estado do Amazonas, rio Negro, língua materna de povos que não falam mais suas línguas ancestrais, como os
Baré. Atualmente, designa-se de Nheengatu (língua boa, fala bonita) e “difere não só do Tupinambá, mas também
da Língua Geral da Amazônia do século XVIII. As diferenças em relação a esta última se devem não apenas a
mudanças ocorridas com o passar do tempo[...], mas também ao fato de que certamente se constituíram diversos
dialetos da Língua Geral da Amazônia, segundo diferentes regiões em que ela veio a ser falada: baixo Tocantins,
baixo Tapajós, rio Negro, Solimões etc” (RODRIGUES, 1994, p. 103).
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Os revoltosos se referem aos cabanos, como eram conhecidos aqueles que lutaram na Cabanagem entre 1835-
1840.
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Imagem 1 – Os Munduruku
Em meados do século XVIII, os missionários jesuítas foram expulsos das missões que
comandavam e veio o período do Diretório dos Índios (1757), do Marquês de Pombal, que entre
outras coisas proibiu o uso da língua geral. Mesmo assim, ela continuou sendo bastante usada
na Amazônia. Segundo Bessa Freire (2011, p. 17), “apesar da decisão política, a língua geral
continuou crescendo, e entrou no século XIX como língua majoritária da população regional”.
Sobre a presença dessa língua na região do Baixo Tapajós, Nimuendajú, na década 1920,
constata que “a grande maioria dos nomes locais indígenas da região pertence à língua geral,
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Isso quer dizer que a língua geral, ainda que falada “cada um a seu modo”, por conta do
contato linguístico com outras línguas, era majoritária naquela extensão e época. Era a língua
dos povos da região, e era também por ela que os não-indígenas se comunicavam com eles. As
línguas originais e mais antigas, de cada etnia, só tinham já seus últimos lembrantes.
Após a expulsão dos jesuítas, deu-se início a uma mudança completa na organização
política e de exploração nas missões que foram efetivadas como vilas. O padre João Daniel
([1776] 2000, p. 398) registrou o levante dos índios em São José de Maitapús que não estavam
satisfeitos com o novo governo e sua forma de controle e exploração do trabalho. Na ocasião
mataram o diretor, fugindo o vigário escondido pelos matos.
Mesmo depois das primeiras incursões dos colonizadores, da instalação das missões e
domínio dos religiosos, da instalação de uma nova organização política com o Diretório do
Índios, “os descendentes dos Maytapu, Gurupá, Mawé, Jaguaim, Munduruku, Cara Preta e
outros mais resistiam, ali, aparentemente submissos e silenciados [...]” (VAZ FILHO, 2010, p.
117-118).
Essa afirmação contundente contrapõe o discurso de intelectuais locais e de pessoas da
classe política que negam as alteridades indígenas na atualidade. Apenas de forma genérica ou
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A Festa do Sairé é realizada anualmente no distrito de Santarém denominado de Alter do Chão, localizado a 40
km de Santarém. Reúne elementos religiosos e profanos, e é resultado de práticas indígenas pré-coloniais recriadas
no contexto da catequese jesuítica e do que era possível manifestar como práticas religiosas. A festa é repleta de
simbolismo, com detalhes que mostram a influência do período de colonização, como é o caso do símbolo maior,
o arco do Sairé, que lembra um escudo português, e que louva o Divino Espírito Santo. Segundo Stradelli ([1929]
2014, p. 477), “Sairé, como geralmente se assevera, representa o mistério da SS. Trindade e seria uma piedosa
invenção dos jesuítas. [...] O sairé tem cantos e rezas especiais em língua geral, mas dos que tenho tido ocasião de
ver me parece poder afirmar que são de origem e procedência diversa, e que o que se canta no rio Negro é diverso
do que se canta no Solimões, no Baixo Amazonas, e no Pará”.
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Segundo Mahalen de Lima (2015), a expedição começa quando “Nimuendaju partiu de Alter do Chão (aldeia
Borari) e atravessou o Tapajós até chegar à Vila Franca (aldeia arapiuns). De lá, navegou por doze dias até chegar
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à cachoeira do Aruá, localizada na foz do rio homônimo, um dos três principais afluentes do rio Arapiuns. A
viagem insere-se no contexto em que o autodidata alemão realizou seis jornadas de investigação (1923 e 1926)
focadas no levantamento de sítios arqueológicos e fontes escritas primárias sobre toda a região da Amazônia
central. Os trabalhos foram realizados com apoio do Museu de Gotemburgo na figura de Erland Nordenskiold, e
do Museu Paraense Emílio Goeldi, onde colaborava sobretudo Manoel Barata” (MAHALEM DE LIMA, 2015,
p. 67).
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A Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex) é uma unidade de conservação federal do Brasil categorizada
como reserva extrativista e criada por Decreto Presidencial, em 06 de novembro de 1998, numa área de 647.610
hectares, no estado do Pará. A Resex abrange 74 comunidades localizadas nos municípios de Santarém e Aveiro,
criada a partir da articulação dos moradores do rio Arapiuns e Tapajós que tinham suas áreas exploradas de forma
predatória, principalmente pela atividade madeireira. Nessa conjuntura, ONGs, Associações Comunitárias e
entidades de base da Igreja Católica se uniram em defesa das terras e contra o avanço do grande capital na região.
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Ao longo desses anos de articulação política dos povos do Baixo Tapajós, tem se
construído um amplo processo de resistência a esses discursos que deslegitimam a luta indígena
na região. A partir desse quadro de apresentação dos povos indígenas no Baixo Tapajós,
podemos evidenciar que esses povos se reinscrevem como sujeitos dentro de outra lógica de
historicização, ou seja, da sua autoinserção na construção de signos que marcam sua entrada
nessa história regional, construindo uma memória atualizada de seus vínculos étnicos, do que
significa ser indígena numa região, até pouco tempo, tida como “área cultural cabocla”.
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Vaz Filho (2010) cita as notícias sobre as oficinas de Nheengatu que circularam nos jornais escritos em
Santarém: “FIT promove Curso Intensivo de Nheengatu”, A Gazeta de Santarém, Santarém, 27/12/1998 a
09/01/1999; “Curso vai ensinar a língua indígena”, Tribuna do Tapajós, Santarém, 02-08/janeiro/1999;
“Reaprendendo o Nheengatu”, Jornal de Santarém e Baixo Amazonas, Santarém, 4 a 10 de janeiro de 1999; “Índios
e Brancos Resgatam Identidade”, Jornal de Santarém e Baixo Amazonas, Santarém, 11 a 16 de janeiro de 1999.
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Esse encontro ocorreu nos dias 30 e 31 de dezembro de 2016 e 01 de janeiro de 2017, na comunidade
Aningalzinho, no rio Arapiuns. Os objetivos do encontro eram celebrar os 20 anos de movimento indígena na
região, celebrar a memória das lutas e conquistas, refletir sobre a importância desse movimento e da articulação
política dos povos do Baixo Tapajós, incentivar os mais jovens mostrando o percurso das lutas desde seu início,
homenagear os primeiros guerreiros da mobilização étnica na região, planejar ações futuras como forma de
fortalecer o Movimento Indígena. A dinâmica do encontro foi formada por reuniões de discussão política,
atividades de espiritualidade e festas de confraternização.
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A sua dissertação teve o título “O novo Testamento em Nheengatu: um capítulo da História da Traduções Bíblica
para línguas indígenas”, defendida em 2015, no Mestrado em Estudos da Tradução na Universidade de São Paulo
(USP).
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Frequentamos o curso, etapa de 2016-2017, pelo interesse em aprender o Nheengatu e pelo interesse na pesquisa
sobre as políticas de retomada implementadas no Baixo Tapajós, das quais o curso é uma parte significativa. Sendo
assim, nesta seção e nesta tese enfatizamos as discussões e reflexões que experienciamos durante o curso.
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Fonte: http://www.leetra.ufscar.br/libraries/index/page:1/type:2
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GOES NETO; VAZ FILHO, 2016.
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Músicas disponíveis em: http://fgcproducoes.fabiocavalcante.com/alunos-de-nheengatu.html.
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[...] na verdade, a gente nem ensinou, na verdade a nossa missão foi despertar
em cada um, né, que estava ali com a gente, foi despertar o que já existia
dentro deles, o que tava guardado dentro deles e que precisava sair pra fora,
precisava ser provocado pra fora [...].
[...] nós não fomos ensinar uma língua nova, e sim, a língua já existia antes.
Para mim, o que nós percebemos com a Maria17, os antepassados que
moravam por aí, já falava, as etnias que tava lá já falava...não totalmente como
está agora, mas era essa língua. Então, os antigos que moravam por aí, os mais
velhos, nós percebemos que já falava essa língua. A língua estava viva. Até
mesmo os lugares por aí, existe os nomes da cidade, do rio, dos lugares por
essa língua, a língua Nheengatu, que muitos não sabem que tava sendo falado
pelo Nheengatu.
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Conversamos com o professor Cláudio Mura, que mora no Estado do Amazonas, por telefone no mês de agosto
de 2019.
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Maria Bidoca, sua esposa, e que também foi professora no Curso de Nheengatu (2016-2017).
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Dentro das escolas indígenas o ensino da língua ultrapassa a sala de aula, pois
os professores buscam com os mais velhos das aldeias o conhecimento que
eles têm e podem repassar aos alunos e professores, descobrindo palavras
novas que jamais ouviram. Dessa forma cresce o vocabulário com palavras
novas que vão para o dicionário que os próprios alunos podem construir juntos
com os professores, deixando o material na escola para que outros possam
utilizar, assim o professor e aluno passam ser pesquisadores da língua [...]. E
através de suas medicinas tradicionais, ritual, artesanato e oralidade faz com
que se revitalize a língua.
Auricélia Arapium, da coordenação executiva do CITA, também avalia que o ensino de
Nheengatu tem sido importante no processo de retomada. Para ela,
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O Processo Seletivo Especial (PSE): ofertado desde 2010, inicialmente chamado de Processo de Seleção
Diferenciada, é destinado aos discentes indígenas e, a partir de 2015, também aos estudantes quilombolas. Esse
processo tem como objetivo a implementação da política de inclusão dos povos indígenas e quilombolas na
UFOPA, mediante reserva de vagas, por meio de processo de seleção diferenciada para os cursos de graduação da
instituição. Vale ressaltar que alguns alunos indígenas, por opção, ingressam também pelo PSR (Processo Seletivo
Regular) via Enem (PEREIRA, 2017).
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Esse livro foi organizado por Cauã Borari e Iára Arapium, produzido coletivamente por professores/as indígenas
do Baixo Tapajós. Trata-se de uma gramática pedagógica, resultado das discussões e conhecimentos veiculados
nas formações para professores/as indígenas que aconteceram de 2015 a 2017, organizada pela Coordenação da
Educação Escolar Indígena do município de Santarém.
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Nesse contexto, os povos do Baixo Tapajós têm atualizado práticas, incorporado outras
e negociado os seus significados diante do Estado brasileiro e da sociedade majoritária que tem,
cada vez mais, usado as lógicas identitárias sob um viés naturalista e purista, na reiteração de
um rótulo a partir de uma concepção de indianidade autêntica. É com essas amarras que os
povos indígenas brasileiros, em especial os do Baixo Tapajós, têm lutado contemporaneamente,
e que significam um entrave ao acesso de direitos originários, como a demarcação de suas
terras.
Buscamos trazer questões para a compreensão do projeto de retomadas étnicas que têm
sido protagonizadas pela própria agência indígena, com a contribuição de parceiros, e partem
de uma práxis que articula objetivos, estratégias, metodologias e políticas linguístico-culturais
com as epistemologias indígenas.
Consideramos que não estamos apenas tratando de um projeto de retomada linguística,
mas da defesa de outros modos de vida e a sua apresentação como processo civilizatório
possível diante das crises que se aprofundam, como as crises ambientais e econômicas. Assim,
a reinscrição do Nheengatu como língua étnica é também a reinscrição de modos de vida
subalternizados, e que podem nos apresentar possibilidades alternativas de relações sociais que
retomam o comunal. Como apontam as feministas comunitárias, todos podemos construir
comunidade, e essa comunalidade pode ser uma alternativa ao modelo de sociedade
individualista, capitalista, racista e opressora em vários sentidos.
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