Lei 020 de Ituporanga

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 92

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITUPORANGA

ESTADO DE SANTA CATARINA

LEI COMPLEMENTAR Nº 020 de 17 de dezembro de 2008.

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores


públicos do Município de Ituporanga, das
autarquias e das fundações públicas municipais.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ITUPORANGA, Estado de Santa Catarina, faz saber


que a Câmara de Vereadores aprovou e Eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO ESTATUTÁRIO

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Esta Lei institui o regime jurídico aplicável aos servidores investidos em
cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão da Administração
direta, das autarquias e das fundações públicas do Município de Ituporanga.

Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.

Art. 3º. Cargo público é o lugar no quadro de pessoal que deverá ser ocupado pelo
servidor público, criado por lei, com denominação, atribuições e vencimento próprios.
Art. 4º. Quadro de pessoal é o conjunto de cargos de carreira e de cargos isolados
pertencentes a uma entidade da Administração municipal.

Art. 5º. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, JORNADA DE TRABALHO, VACÂNCIA,
MOVIMENTO FUNCIONAL E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 6º. São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - condições de saúde física e mental compatíveis com o exercício do cargo ou


função, de acordo com prévia inspeção médica oficial realizada na forma do art. 269 desta
Lei;

VII - idoneidade moral a ser comprovado mediante a apresentação de atestado de


antecedentes emitido por órgão competente;
VIII - inexistência da incompatibilidade para o exercício de cargo público municipal,
prevista no art. 212 desta Lei.

§ 1º. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos


estabelecidos em lei.

§ 2º. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever


em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a
deficiência de que são portadoras, sendo-lhes reservadas, no mínimo, 5% (cinco por
cento) das vagas oferecidas, nas condições a serem definidas no edital de concurso
público.

Art. 7º. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade
competente de cada Poder.

Art. 8º. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse, observados os demais
requisitos para ingresso no serviço público estabelecidos pela lei que disponha sobre o
sistema de carreira ou de cargos isolados na administração pública municipal.

Art. 9º. São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III - readaptação;

IV - reversão;

V - reintegração;

VI - recondução;

VII - aproveitamento.
Seção II
Do Concurso Público

Art. 10. O concurso público para investidura em cargo público de provimento efetivo
será de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo.

§ 1º. A admissão dos profissionais da educação que compõem o quadro de


servidores do magistério far-se-á, exclusivamente, por concurso público de provas e
títulos.

§ 2º. O concurso poderá ser realizado em duas etapas, conforme dispuser a lei do
respectivo plano de carreira ou de cargos isolados, ou ainda, o regulamento do concurso.

Art. 11. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, prorrogável, uma
única vez, por igual período.

Art. 12. As normas gerais para a realização do concurso público serão fixadas em
edital, devendo constar o seguinte:

I - o prazo de validade do concurso;

II - o número de vagas a serem preenchidas nos respectivos cargos públicos,


distribuídas por especialização ou disciplina, quando for o caso, com o respectivo
vencimento e descrição das atribuições do cargo;

III - o prazo de inscrições;

IV - as condições para inscrição e requisitos para provimento do cargo;

V - o tipo de concurso, se de provas, ou de provas e títulos;

VI - os títulos que serão considerados e os critérios de pontuação e validação;


VII - tipo, natureza e programa das provas;

VIII - forma de julgamento das provas e dos títulos;

IX - os limites de pontos atribuíveis a cada prova e aos títulos;

X - os critérios de desempate;

XI - a data, horário e local de realização das provas;

XII - a data e local de publicação das inscrições deferidas, com o número de


inscrição;

XIII - o local e a data prevista para a divulgação das provas e do gabarito provisório
e definitivo;

XIV - o local e a data prevista para a publicação da relação dos candidatos


aprovados, por ordem de classificação, constando o nome e o número de inscrição do
candidato;

XV - a data, horário e local para a escolha de vaga, quando for o caso;

XVI - os recursos cabíveis e os prazos para recorrer.

Parágrafo único. Os critérios, requisitos e demais condições para a realização do


concurso público serão previamente estabelecidos em regulamento.

Art. 13. O edital de abertura do concurso público será publicado no órgão oficial do
município e pelo menos 5 (cinco) vezes em jornal diário de circulação estadual e também
em jornal de circulação regional por 3 (três) vezes.

Art. 14. Qualquer interessado poderá interpor recurso para impugnar as normas do
edital de abertura do concurso público, endereçado à autoridade que promover a sua
abertura.
Parágrafo único. O prazo do recurso previsto neste artigo é de 5 (cinco) dias,
contados da última publicação do Edital e não terá efeito suspensivo.

Art. 15. Aos candidatos será assegurado direito de recurso, no prazo de 5 (cinco)
dias, sem efeito suspensivo, quando às seguintes fases do concurso:

II - da homologação das inscrições;

III - questões das provas e gabaritos preliminares das questões objetivas;

IV - da homologação do resultado do concurso e nomeação;

V - preterição de formalidade essencial prevista no regulamento ou no edital.

Art. 16. A classificação dos candidatos aprovados no concurso público obedecerá à


ordem decrescente das notas obtidas, expressas com 3 (três) casas decimais.

Parágrafo único. Se ocorrer empate na nota final, para efeito de desempate, serão
utilizados, sucessivamente, os seguintes critérios:

I - maior idade;

II - maior nota na prova de títulos;

III - maior número de acertos na matéria de peso mais elevado, conforme


estabelecido no edital;

IV - outros critérios estabelecidos no edital.

Art. 17. A aprovação em concurso não cria direito à nomeação, que será feita na
ordem rigorosa de classificação dos candidatos, após prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Não se abrirá novo concurso público enquanto a ocupação do


cargo puder ser feita por servidor em disponibilidade ou por candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado.
Seção III
Da Nomeação

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 18. A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira;

II - em comissão, para cargos de livre nomeação e exoneração, definidos em lei.

Subseção II
Da Nomeação para Cargos Efetivos

Art. 19. A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo
de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do


servidor na carreira, mediante promoção, e no cargo, mediante progressão, serão
estabelecidos pela lei que instituir o plano de carreira ou plano de cargos e seus
regulamentos.

Art. 20. Os cargos de provimento efetivo da administração direta, autarquias e


fundações públicas serão organizados em carreiras, admitida, se necessária, a criação de
cargos isolados.

Parágrafo único. As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas


a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem como a natureza e a
complexidade das atribuições a serem exercidas por seus ocupantes, na forma prevista
na legislação específica.
Art. 21. É vedado cometer ao servidor atribuições diversas daquelas de seu cargo,
exceto as de cargo de direção, chefia ou assessoramento e de comissões ou funções
legais.

Subseção III
Da Nomeação para Cargos em Comissão

Art. 22. Os cargos de provimento em comissão destinam-se às atribuições de


direção, chefia e assessoramento e serão providos mediante livre escolha da autoridade
competente de cada Poder, autarquia ou fundação pública.

Parágrafo único. Pelo menos 30% (trinta por cento) dos cargos em comissão
deverão ser ocupados por servidores efetivos dos quadros de cada Poder.

Art. 23. O exercício do cargo em comissão é de dedicação integral e exclusiva.

Parágrafo único. É vedado o exercício cumulativo de mais de um cargo em


comissão, ressalvada a nomeação em substituição, sem prejuízo das atribuições do cargo
originário, hipótese em que o servidor deverá optar pela remuneração de um dos cargos
durante o período da substituição, observado o disposto no art. 82 desta Lei.

Art. 24. O servidor efetivo, nomeado para cargo em comissão, fará jus ao
vencimento previsto em lei para o comissionamento, vedada a incorporação da diferença
ao vencimento do cargo efetivo.

Parágrafo único. O servidor efetivo poderá optar pelos vencimentos de seu cargo
efetivo acrescidos da gratificação de 20% (vinte por cento) do valor do vencimento
previsto para o cargo em comissão, observado o disposto no art. 82 desta Lei, vedada,
em qualquer caso, a sua incorporação ao vencimento do cargo efetivo.

Art. 25. Aos servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, alheios


aos quadros de pessoal permanente do Município, aplicam-se os direitos e vantagens a
eles expressamente previstos nesta Lei e demais disposições, que não sejam
incompatíveis com a natureza transitória e precária do cargo, observado o disposto no art.
108 e parágrafo único do art. 118 desta Lei.
Subseção IV
Das Funções de Confiança

Art. 26. As funções de confiança destinam-se ao desempenho das atribuições de


direção, chefia e assessoramento para as quais não se tenha criado cargo em comissão,
especificadas na lei que instituir a estrutura administrativa.

§ 1º. A função de confiança será exercida, exclusivamente, por servidor ocupante de


cargo efetivo do Município.

§ 2º. As funções de confiança serão remuneradas nos moldes do disposto no art.


119 desta Lei, vedada a sua incorporação ao vencimento do cargo efetivo.

Art. 27. É vedado o exercício cumulativo de mais de uma função de confiança,


ressalvada a designação em substituição, hipótese em que o servidor deverá optar pela
remuneração de uma delas durante o período da substituição.

Seção IV
Da Posse e do Exercício

Art. 28. A posse dar-se-á com a assinatura, pela autoridade competente e pelo
empossado, do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que resultarão aceitos, com o
compromisso de bem servir, e que não poderão ser alterados unilateralmente, por
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1º. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de


provimento.

§ 2º. O prazo para a posse poderá ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, mediante
requerimento do interessado e a critério da administração.

§ 3º. Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de


provimento, em licença prevista nos incisos I a V do art. 140 desta Lei, ou afastado nas
hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII e IX alíneas "a", "b", "d", "e" e "f" do art. 167 desta Lei
ou outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 4º. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

§ 5º. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

§ 6º. No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que


constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública.

§ 7º. Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
previsto nos parágrafos 1º, 2º e 3º deste artigo.

Art. 29. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial
realizada na forma do art. 269 desta Lei.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 30. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da


função de confiança.

§ 1º. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar
em exercício, contados da data da posse ou da publicação oficial ato, nos casos de
reintegração e reversão.

§ 2º. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, os prazos


previstos neste artigo serão contados a partir do término do afastamento.

§ 3º. O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
neste artigo.
§ 4º. Será de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício no caso de
aproveitamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei.

§ 5º. À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou


designado o servidor compete dar-lhe exercício.

§ 6º. O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de


publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado
por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o
término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.

Art. 31. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão


registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão


competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 32. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

Seção V
Do Estágio Probatório

Art. 33. O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório pelo período de 3 (três) anos, durante o qual serão avaliadas sua
aptidão e capacidade para o desempenho do cargo.

§ 1º. Como condição para a aquisição de estabilidade, é obrigatória a avaliação de


desempenho, a ser procedida nos termos estabelecidos nesta Seção.

§ 2º. O órgão competente de cada Poder e das entidades da Administração indireta


dará prévio conhecimento aos servidores dos critérios, normas e padrões a serem
utilizados para a avaliação de desempenho de que trata esta Seção.
Art. 34. A avaliação de desempenho durante o período de estágio probatório
ocorrerá nos moldes do regulamento, mediante a observância dos seguintes critérios de
julgamento:

I - produtividade no trabalho: capacidade do servidor produzir resultados adequados


às atribuições do respectivo cargo;

II - qualidade e eficiência no serviço: capacidade do servidor de desenvolvimento


normal das atividades de seu cargo com exatidão, ordem e esmero;

III - iniciativa: ação independente do servidor na execução de suas atividades,


apresentação de sugestões objetivando a melhoria do serviço e iniciativa de comunicação
a respeito de situações de interesse do serviço que se encontrem fora de sua alçada;

IV - assiduidade: maneira como o servidor cumpre o expediente, exercendo o


respectivo cargo sem faltas injustificadas;

V - pontualidade: maneira como o servidor observa os horários de trabalho, evitando


atrasos injustificados e saídas antecipadas;

VI - relacionamento: habilidade do servidor para interagir com os usuários do


serviço, ou órgãos externos, buscando a convivência harmoniosa necessária à obtenção
de bons resultados;

VII - interação com a equipe: cooperação e colaboração do servidor na execução


dos trabalhos em grupo;

VIII - interesse: ação do servidor no sentido de desenvolver-se profissionalmente,


buscando meios para adquirir novos conhecimentos dentro de seu campo de atuação, e
mostrando-se receptivo às críticas e orientações;

IX - disciplina e idoneidade: atendimento pelo servidor às normas legais,


regulamentares e sociais e aos procedimentos da unidade de serviço de sua lotação.
Art. 35. A avaliação de desempenho será realizada por Comissão de Avaliação de
Desempenho - CAD, instituída em cada Secretaria Municipal, ou por setores destas,
composta por 5 (cinco) servidores, sendo, no mínimo, 3 (três) estáveis.

§ 1º. Havendo número insuficiente de servidores, a CAD será integrada por


servidores da Secretaria Municipal de Administração, designados pelo Prefeito Municipal.

§ 2º. Não poderão participar da CAD cônjuge, convivente ou parente, consangüíneo


ou afim, em linha reta ou colateral, até o segundo grau, do servidor em estágio probatório,
ou dos membros da Comissão entre si.

§ 3º. Havendo previsão de uma comissão de avaliação para desenvolvimento


funcional na lei que instituir o sistema de carreiras ou de cargos isolados, poderá ficar a
cargo desta a avaliação de desempenho do servidor em estágio probatório.

Art. 36. Por decreto do Prefeito Municipal, será constituída uma Comissão
Coordenadora composta por 3 (três) membros, sendo um deles o Secretário Municipal da
Administração e mais dois servidores estáveis, a qual será incumbida de:

I - apreciar os recursos interpostos contra as decisões da CAD;

II - orientar e supervisionar o processo de avaliação de desempenho;

III - resolver eventuais discordâncias havidas entre os membros da CAD.

Art. 37. O procedimento de avaliação do servidor em estágio probatório será


composto de 6 (seis) avaliações parciais, efetuadas no último mês de cada semestre.

§ 1º. O servidor em estágio probatório terá conhecimento do resultado das


avaliações parciais de desempenho em 5 (cinco) dias úteis, a partir de sua emissão, com
o registro de ciência nos autos do processo de avaliação.

§ 2º. A última avaliação parcial deverá ocorrer no penúltimo mês do semestre, de


modo a possibilitar que o procedimento do estágio probatório seja concluído no prazo de
3 (três) anos.
§ 3º. O procedimento de avaliação do servidor em estágio probatório será arquivado
em pasta ou base de dados individual, permitida a consulta pelo servidor, a qualquer
tempo.

Art. 38. Observados os critérios estabelecidos no art. 34 desta Lei, a CAD adotará
os seguintes conceitos de avaliação:

I - excelente;

II - bom;

III - regular;

IV - insatisfatório.

Art. 39. Será exonerado o servidor em estágio probatório que receber, ao final das
avaliações parciais:

I - dois conceitos de desempenho insatisfatório;

II - quatro conceitos de desempenho regular;

III - um conceito de desempenho insatisfatório e dois conceitos de desempenho


regular;

§ 1º. O servidor poderá ser exonerado, a critério da Administração, durante o


período de estágio probatório, assegurado o direito de ampla defesa em procedimento
administrativo.

§ 2º. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 60 desta Lei.

Art. 40. Ao final das avaliações parciais de desempenho a CAD emitirá, no prazo de
até 10 (dez) dias úteis, parecer conclusivo, aprovando ou reprovando o servidor no
estágio probatório, considerando e indicando, exclusivamente, os critérios e normas
estabelecidas nesta Seção.

§ 1º. O servidor terá conhecimento do parecer conclusivo em 5 (cinco) dias úteis, a


partir de sua emissão, sendo-lhe assegurado o direito de requerer à CAD sua
reconsideração, no prazo de 10 (dez) dias úteis, com igual prazo para a decisão.

§ 2º. O servidor terá conhecimento da decisão da CAD sobre o recurso interposto no


prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir de sua emissão, sendo-lhe assegurado o direito de
recorrer à Comissão Coordenadora, no prazo de 10 (dez) dias úteis, com igual prazo para
a decisão.

§ 3º. Em caso de recurso, a CAD encaminhará à Comissão Coordenadora, o


parecer conclusivo, as avaliações parciais de desempenho e os pedidos de
reconsideração.

Art. 41. Concluído o procedimento de avaliação, a Comissão Coordenadora emitirá


o resultado final da avaliação, que decidirá pela estabilização ou exoneração do servidor.

§ 1º. O resultado final do procedimento de avaliação e o ato de estabilização ou de


exoneração do servidor serão publicados no veículo de publicação oficial do Município, de
forma resumida, com menção, apenas, ao cargo, número de matrícula e lotação do
servidor, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da emissão do resultado final.

§ 2º. Em caso de exoneração, a Comissão Coordenadora encaminhará ao servidor


o respectivo ato.

Art. 42. A avaliação de desempenho será objeto de regulamentação própria,


podendo ser diferenciada de acordo com as características do cargo e da unidade da
respectiva lotação.

Art. 43. O servidor em estágio probatório será submetido ao regime disciplinar


previsto nesta Lei.
Art. 44. Será suspenso o estágio probatório no período em que o servidor encontrar-
se nos seguintes casos:

I - licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VI e IX do art. 140 desta Lei;

II - afastamento para o exercício de cargo em comissão no Município ou em outro


ente estatal;

III - afastamento para ocupar o cargo de Secretário Municipal ou equivalente;

IV - afastamento para exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou


municipal, ressalvada a hipótese de acumulação do cargo com o mandato.

§ 1º. Os afastamentos legais de até 30 (trinta) dias não suspendem o estágio


probatório.

§ 2º. O período restante do estágio probatório continuará a ser contado quando o


servidor retornar ao exercício do cargo.

Art. 45. O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de


provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou
entidade de lotação.

Art. 46. Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as


licenças previstas nos incisos, I, II, III, IV, V, VI e IX do art. 140 desta Lei e os
afastamentos previstos nos arts. 160, 161 e 162, bem assim afastamento para participar
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo público.

Seção VI
Da Estabilidade

Art. 47. Os servidores nomeados em virtude de concurso público são estáveis, após
3 (três) anos de efetivo exercício.
Parágrafo único. A aquisição da estabilidade está condicionada à aprovação em
estágio probatório, mediante avaliação de desempenho, na forma prevista nos arts. 33 e
seguintes desta Lei.

Art. 48. O servidor estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei


complementar federal, assegurada ampla defesa;

IV - quando houver a necessidade de redução de pessoal, em cumprimento ao limite


de despesa com pessoal previsto na Constituição Federal e estabelecido em lei
complementar federal.

§ 1º. O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV deste artigo fará jus à
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

§ 2º. A perda do cargo nos termos do inciso IV deste artigo dar-se-á na forma da lei
federal pertinente.

Seção VII
Da Progressão

Art. 49. Progressão é a passagem do servidor de seu padrão de vencimento para


outro, imediatamente superior, dentro da faixa do cargo a que pertence, observadas as
normas da lei que instituir o sistema de carreiras ou de cargos isolados.

Seção VIII
Da Promoção
Art. 50. Promoção é a elevação do servidor à classe imediatamente superior àquela
a que pertence, na mesma carreira, desde que comprovada, mediante avaliação prévia,
sua capacidade para o exercício das atribuições da classe correspondente.
Art. 51. A promoção não interrompe nem suspende o tempo de exercício, que é
contado no novo posicionamento na carreira.

Art. 52. Os critérios de avaliação do servidor para efeito de promoção serão


estabelecidos pela lei que instituir o sistema de carreiras.

Seção IX
Da Readaptação

Art. 53. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, verificada em inspeção por junta médica oficial.

§ 1º. O servidor será aposentado se julgado incapaz para o serviço público.

§ 2º. O servidor será colocado em disponibilidade quando não houver cargo vago,
observados os arts. 61 e seguintes desta Lei, devendo ser aproveitado tão logo haja
vacância de cargo compatível com a sua capacidade.

§ 3º. A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a


habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos

§ 4º. Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou


redução dos vencimentos do servidor.

Seção X
Da Reversão

Art. 54. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez


quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos
determinantes da aposentadoria.

Art. 55. Será considerada falta injustificada a ausência do servidor que não retornar
ao serviço público no prazo do art. 30, § 1º, desta Lei, salvo em caso de doença
comprovada em inspeção médica oficial.
Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de
cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.

Art. 56. A reversão far-se-á no mesmo cargo anteriormente ocupado ou em outro de


atribuições análogas e de igual vencimento.

§ 2º. O servidor será colocado em disponibilidade quando não houver cargo vago,
observados os arts. 61 e seguintes desta Lei, devendo ser aproveitado tão logo haja
vacância de cargo compatível com a sua capacidade.

Art. 57. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que o aposentado não
haja completado 70 (setenta) anos de idade.

Seção XI
Da Reintegração

Art. 58. Reintegração é a reinvestidura do servidor concursado no cargo


anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a
sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
vantagens e reconhecimento dos direitos inerentes ao cargo.

§ 1º. Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor será reintegrado em outro de
atribuições análogas e de igual vencimento ou ficará em disponibilidade, observado o
disposto nos arts. 61 e seguintes.

§ 2º. Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante será reconduzido ao


cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo de atribuições e
vencimento compatíveis ou, ainda, posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

Art. 59. Se o servidor não entrar em exercício no prazo previsto no art. 30, § 1º,
desta Lei, sua ausência será considerada falta injustificada, salvo em caso de doença
comprovada em inspeção médica oficial, nos termos do art. 269 desta Lei.
Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de
cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.

Seção XII
Da Recondução

Art. 60. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado, em casos de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo anterior, o servidor será


aproveitado em outro de atribuições e vencimento compatíveis ou colocado em
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 61 e seguintes desta Lei.

Seção XIII
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 61. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável


ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 1º. O tempo de serviço público federal, estadual, distrital ou municipal será


contado para efeito de disponibilidade.

§ 2º. O cálculo da remuneração a que se refere o caput deste artigo far-se-á na


razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de serviço, se homem, e de 1/30 (um trinta
avos) por ano de serviço, se mulher.

§ 3º. A proporcionalidade de que trata o § 2º deste artigo será reduzida em 5 (cinco)


anos para professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério em sala de aula.
Art. 62. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á, mediante
aproveitamento obrigatório, em caso de vacância de cargo de atribuições e vencimento
compatíveis com o anteriormente ocupado.

§ 1º. O órgão de pessoal determinará o imediato aproveitamento do servidor em


disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer em qualquer órgão ou entidade da
Administração municipal.

§ 2º. No aproveitamento, terá preferência o servidor que estiver a mais tempo em


disponibilidade e, no caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público
municipal.

Art. 63. O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade


dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, mediante inspeção
por junta médica oficial.

§ 1º. Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30


(trinta) dias, contados da publicação do ato de aproveitamento.

§ 2º. Verificando-se a redução da capacidade física ou mental do servidor que


inviabilize o exercício das atribuições antes desempenhadas, observar-se-á o disposto no
art. 53 desta Lei.

Art. 64. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o


servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido no § 1º do art. 63 desta Lei, salvo
em caso de doença comprovada em inspeção de junta médica oficial.

Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de


cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.

CAPÍTULO II
DA JORNADA DE TRABALHO

Seção I
Disposições Gerais
Art. 65. A jornada normal de trabalho dos servidores municipais será fixada em
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima
do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimos e máximos
de quatro horas e oito horas diárias, respectivamente.

§ 1º. O disposto no caput deste artigo não se aplica:

I - à jornada de trabalho diferenciada estabelecida em lei federal regulamentadora


da profissão que o servidor exerce;

II - à jornada de trabalho fixada em regime de escalonamento de trabalho, quando


necessária para assegurar o funcionamento dos serviços públicos ininterruptos,
respeitado o limite semanal, nos termos fixados por decreto do Prefeito Municipal;

III - aos profissionais do magistério;

IV - quando a lei que instituir o plano de carreira ou de cargos estabelecer jornada


diversa.

§ 2º. O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a


regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 82, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração.

Art. 66. O horário do expediente nas repartições e o controle da freqüência do


servidor serão estabelecidos em ato expedido pelo Prefeito Municipal ou pelo Presidente
da Câmara de Vereadores, no âmbito de cada Poder.

Art. 67. O servidor terá direito a repouso remunerado, aos sábados e domingos,
bem como nos dias de feriado civil e religioso.

§ 1º. A remuneração do dia de repouso corresponderá a um dia normal de trabalho


para cada semana trabalhada.
§ 2º. Perderá a remuneração do repouso de que trata este artigo o servidor que,
durante a semana, não comparecer ao serviço sem motivo justificado, observado o
disposto no art. 92, inciso I desta Lei.

Art. 68. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas,
conceder-se-á um intervalo, de 1 (uma) a 2 (duas) horas, para repouso ou alimentação.

Seção II
Do Serviço Extraordinário

Art. 69. O período de serviço extraordinário não está compreendido nos limites
previstos no art. 65 desta Lei, devendo ser remunerado com o adicional previsto no art.
125 desta Lei.

§ 1º. Somente será permitido o serviço extraordinário quando requisitado


justificadamente pela chefia imediata, para atender a situações excepcionais e
temporárias, não podendo exceder o limite máximo de 2 (duas) horas diárias.

§ 2º. O período de serviço extraordinário poderá exceder o limite máximo previsto no


§ 1º deste artigo, para atender à realização de serviços inadiáveis, ou cuja inexecução
possa acarretar prejuízo manifesto à Administração.

§ 3º. Poderá ser adotado o sistema de compensação de horários, desde que


atendida a conveniência da Administração e a necessidade de serviço.

§ 4º. A compensação a que se refere o § 3º deste artigo será em dobro, em se


tratando de serviço extraordinário executado aos sábados, domingos e feriados.

Seção III
Do Sobreaviso

Art. 70. Considera-se de sobreaviso o servidor que, cumprida sua carga horária
normal, permanecer à disposição da Administração em sua própria residência, em estado
de prontidão, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.
§ 1º. Os períodos sujeitos ao regime de sobreaviso serão estabelecidos
previamente, para cada servidor convocado, através de ato da Administração.

§ 2º. Cada período de sobreaviso não poderá exceder de 24 horas em cada 48


horas.

§ 3º. A simples convocação do servidor por telefone fixo ou celular para resolver os
problemas da Administração, fora do seu horário normal de trabalho não caracteriza
sobreaviso.

CAPÍTULO III
DA VACÂNCIA

Art. 71. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - promoção;

IV - readaptação;

V - aposentadoria;

VI - posse em outro cargo inacumulável;

VII - falecimento.

Art. 72. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;


II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido;

III - quando o servidor não for aprovado na avaliação periódica de desempenho


prevista no art. 48, inciso III desta Lei;

IV - quando houver a necessidade de redução de pessoal, em cumprimento ao limite


de despesa com pessoal estabelecido em lei complementar federal.

Art. 73. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança


dar-se-á a juízo da autoridade competente ou a pedido do próprio servidor.

Art. 74. A vaga ocorrerá na data:

I - do falecimento do ocupante do cargo;

II - imediata àquela em que o servidor completar 70 (setenta) anos de idade;

III - da publicação da lei que criar o cargo e conceder dotação para o seu provimento
ou da lei que determinar esta última medida, se o cargo já estiver criado;

IV - da publicação do ato que aposentar, exonerar, demitir ou conceder promoção;

V - da posse em outro cargo de acumulação proibida.

CAPÍTULO IV
DO MOVIMENTO FUNCIONAL

Seção I
Da Remoção

Art. 75. Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter exercício em outro órgão
da Administração municipal, no âmbito do mesmo quadro de pessoal.

§ 1º. Dar-se-á a remoção:


I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração.

§ 2º. A remoção de ofício ocorrerá para ajustamento de lotação e da força de


trabalho às necessidades do serviço, inclusive nos casos de reorganização da estrutura
interna da Administração municipal.

§ 3º. A remoção por permuta de servidores será precedida de requerimento de


ambos os interessados.

§ 4º. Dar-se-á a remoção a pedido:

I - para acompanhar cônjuge ou companheiro;

II - por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva


às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial.

§ 5º. A remoção a pedido fica condicionada à existência de vagas.

Seção II
Da Redistribuição

Art. 76. Redistribuição é o deslocamento de servidor efetivo, com o respectivo cargo


ou do cargo vago, para o quadro de pessoal de outro órgão ou entidade da Administração
municipal, no âmbito do mesmo Poder, observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;


IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do


órgão ou entidade.

§ 1º. A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de quadros de pessoal às


necessidades do serviço, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de
órgão ou entidade da Administração municipal.

§ 2º. A redistribuição dar-se-á mediante decreto ou ato equivalente.

§ 3º. Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, os servidores


estáveis que não puderem ser redistribuídos serão colocados em disponibilidade,
observado o disposto nos arts. 61 e seguintes desta Lei.

Seção III
Da Cessão

Art. 77. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão municipal,
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou de outro
Município, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II - em casos previstos em leis específicas;

III - em razão de cumprimento de convênios ou acordos.

§ 1º. A cessão será formalizada em termo específico firmado pelo Prefeito,


Presidente da Câmara, diretor de autarquia ou fundação e pela autoridade competente do
órgão ou entidade cessionário.
§ 2º. O ônus da remuneração e encargos serão do órgão ou entidade cessionário,
salvo nos casos previstos em lei.

CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 78. Os servidores ocupantes de cargo em comissão ou investidos em função de


confiança terão substitutos, indicados, preferencialmente entre os servidores efetivos, por
ato normativo ou previamente designados pela autoridade competente.

§ 1º. O servidor substituto poderá acumular as funções dos dois cargos.

§ 2º. Em relação aos dias de substituição, o servidor substituto fará jus à retribuição
da função de confiança ou à remuneração do cargo do substituído, se mais vantajosa,
observado-se o disposto no parágrafo único do art. 24 desta Lei.

CAPÍTULO VI
DA ACUMULAÇÃO

Art. 79. Ressalvados os casos previstos no art. 37, XVI, da Constituição da Federal,
é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1º. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Município.

§ 2º. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação de


compatibilidade de horários.

Art. 80. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria no serviço


público com a remuneração de cargo ou emprego público efetivo, salvo quando os cargos
de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 81. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no
caso previsto no parágrafo único do art. 23, nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.

Art. 82. O servidor que acumular licitamente dois cargos de efetivos, quando
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
efetivos, salvo quando houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

§ 1º. Não havendo compatibilidade de horário em relação a um dos cargos efetivos,


o servidor poderá optar pela soma da remuneração dos dois cargos efetivos acrescida do
percentual previsto no parágrafo único do art. 24 desta Lei.

§ 2º. Havendo compatibilidade de horário em relação a um dos cargos efetivos, o


servidor poderá optar pela remuneração do cargos efetivo com horário incompatível,
acrescida do percentual previsto no parágrafo único do art. 24 desta Lei.

Art. 83. Verificada em processo administrativo disciplinar a acumulação proibida e


não havendo prova de má-fé, o servidor optará por um dos cargos ou funções.

§ 1º. Provada a má-fé, o servidor perderá o cargo ou função que exercia há mais
tempo e será obrigado a restituir as verbas indevidamente percebidas, sem prejuízo do
procedimento penal cabível.

§ 2º. Na hipótese do § 1º deste artigo, a demissão será comunicada ao órgão ou


entidade em que o servidor exercer cargo, emprego ou função.

Art. 84. As autoridades e os chefes de serviço que tiverem conhecimento de que


qualquer de seus subordinados acumula, indevidamente, cargos ou funções públicas,
comunicarão o fato ao órgão de pessoal, para os fins indicados no art. 79 desta Lei, sob
pena de co-responsabilidade.

TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 85. Vencimento é a retribuição pecuniária paga pelo exercício de cargo


público, com valor fixado em lei.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância


inferior ao salário-mínimo.

Art. 86. Os vencimentos correspondem ao somatório do vencimento do cargo e as


vantagens de caráter permanente adquiridas pelos servidores.

Art. 87. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens


pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em lei.

Parágrafo único. O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade


diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º
do art. 160.

Art. 88. Os vencimentos dos ocupantes de cargos públicos são irredutíveis,


observado o disposto no art. 37, inciso XV, da Constituição da República.

Art. 89. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo, nas hipóteses em que suas respectivas
atribuições sejam iguais ou assemelhadas, ressalvadas as vantagens de caráter individual
e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Art. 90. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração,


importância superior ao subsídio do Prefeito Municipal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos


incisos II a VI do art. 118 desta Lei.

Art. 91. A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais
far-se-á sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Parágrafo único. Fica estabelecido o dia 1º (primeiro) de abril como data-base para
a revisão geral anual dos servidores, aplicando-se o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor – INPC-IBGE como índice de correção para recomposição das perdas
acumuladas no período..

Art. 92. O servidor perderá:

I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo legal ou moléstia


devidamente comprovada nos termos desta Lei;

II - a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências e saídas


antecipadas, que ultrapassem o limite de 15 (quinze) minutos diários, exceto nos casos de
compensação de horários ou quando devidamente autorizados ou justificados pela
autoridade competente;

III - 50% (cinqüenta por cento) da remuneração do cargo que estiver ocupando para
fins do pagamento da multa prevista no art. 206, § 2º desta Lei.

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior


poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como
efetivo exercício.

Art. 93. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento.

Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em


folha de pagamento a favor de terceiros, por meio de celebração de convênio, a critério da
Administração e com reposição de custos, limitada a 30% (trinta por cento) dos
vencimentos deduzidos dos descontos legais, na forma definida em regulamento.

Art. 94. As reposições e indenizações ao erário serão previamente comunicadas ao


servidor e descontadas em parcelas mensais em valores atualizados.

§ 1º. A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda 10% (dez por
cento) da remuneração ou provento.
§ 2º. A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda 25% (vinte e cinco
por cento) da remuneração ou provento.

§ 3º. A reposição será feita em uma única parcela quando constatado pagamento
indevido no mês anterior ao do processamento da folha.

Art. 95. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dívida relativa a
reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração terá o prazo de
sessenta dias para quitar o débito.

§ 1º A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida


ativa.

§ 2º. Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de qualquer


medida de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada ou revista,
deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação para fazê-lo, sob
pena de inscrição em dívida ativa.

Art. 96. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,


seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão
judicial.

CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS

Art. 97. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses
em que haja legislação específica.

§ 1º. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de
exercício. Após o primeiro período, a cada 12 (doze) meses o servidor terá direito a novo
período aquisitivo de férias.
§ 2º. É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

§ 4º. As férias serão concedidas na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando o servidor não houver faltado ao serviço mais de
5 (cinco) vezes durante o período aquisitivo;

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando o servidor houver faltado ao serviço


mais de 6 (seis) vezes e até 14 (quatorze) vezes durante o período aquisitivo;

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando o servidor houver faltado ao serviço mais de
15 (quinze) vezes e até 23 (vinte e três) vezes durante o período aquisitivo;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando o servidor houver faltado ao serviço mais de 24


(vinte e quatro) vezes e até 32 (trinta e duas) vezes durante o período aquisitivo.

§ 5º. O servidor que houver faltado mais de 33 (trinta e três) vezes durante o
período aquisitivo perderá o direito às férias anuais correspondente àquele período.

§ 6º. O servidor perderá o direito a férias em caso de gozo de auxílio doença por
mais de 180 (cento e oitenta) dias, contados no curso do respectivo período aquisitivo.

§ 7º. É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário que, havendo disponibilidade financeira, poderá ser concedido, desde que
requerido com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência.

Art. 98. Durante as férias, o servidor terá direito, além do vencimento, a todas as
vantagens que percebia no momento em que passou a fruí-las, acrescido da gratificação
prevista no art. 125 desta Lei.

Art. 99. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias
antes do início do respectivo período de gozo.
Parágrafo único. Em caso de parcelamento (art. 97, § 3º), o servidor receberá o
valor adicional previsto no art. 125 desta Lei quando da utilização do primeiro período.

Art. 100. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá


indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze
dias.

Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês


em que for publicado o ato exoneratório.

Art. 101. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou


substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação ou a sua conversão
em pecúnia.

Art. 102. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
imperiosa necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade.

Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez,


observado o disposto no art. 97 desta Lei.

Art. 103. As férias serão concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia
imediata, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o servidor adquiriu o direito,
na forma do art. 97 desta Lei.

Parágrafo único. O servidor casado ou convivente com servidora do Município e


vice-versa poderão gozar férias no mesmo período, desde que não haja prejuízo para o
serviço.

CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
Seção I
Disposições Gerais

Art. 104. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes


vantagens:

I - indenizações;

II - gratificações;

III - adicionais.

§ 1º. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer


efeito.

§ 2º. Os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, as gratificações não


se incorporam, salvo quando estabelecido por lei.

Art. 105. As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para
efeito de concessão de acréscimos pecuniários ulteriores.

Seção II
Das Indenizações

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 106. Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - transporte;
IV - auxílio-funeral;

V - auxílio alimentação;

VI - auxílio educação.

Art. 107. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, que não


sejam detentores de cargos efetivos, somente farão jus às indenizações previstas nos
incisos I, II, III e V do art. 106 desta Lei.

Subseção II
Da Ajuda de Custo

Art. 108. Poderá ser concedida ajuda de custo ao servidor que participar de curso
ou treinamento visando o aperfeiçoamento profissional na área de atuação do cargo que
ocupa.

Parágrafo único. Os critérios para concessão e os valores da ajuda de custo serão


fixados por lei.

Art. 109. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que não se encontrar no
desempenho das atribuições de seu cargo.

Art. 110. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo, no prazo de 30


(trinta) dias, quando, injustificadamente, não concluir o curso ou treinamento.

§ 1º. Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de exoneração
de ofício ou de retorno por motivo de doença comprovada.

§ 2º. O servidor deverá comprovar a participação integral no curso ou treinamento


por meio de certificado e comprovante de despesas efetuadas.

Subseção III
Das Diárias
Art. 111. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município em caráter
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional, fará jus ao pagamento de
diárias destinadas a indenizar as despesas extraordinárias com pousada, alimentação e
locomoção urbana.

§ 1°. A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Município custear,
por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.

§ 2°. Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente


do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

§ 3°. Os critérios para concessão e os valores das diárias serão fixados por lei.

Art. 112. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de
desconto em folha de pagamento.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que


o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
previsto no caput deste artigo.

Subseção IV
Da Indenização de Transporte

Art. 113. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar


despesas com passagens ou com a utilização de meio próprio de locomoção para a
execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo.

Parágrafo único. Os critérios para concessão e os valores da indenização de


transportes serão fixados por lei.

Subseção V
Do Auxílio-Funeral
Art. 114. O auxílio-funeral será devido à família do servidor falecido na atividade ou
na inatividade, em valor equivalente a duas vezes o menor vencimento previsto no plano
de cargos, para indenizar as despesas comprovadas com o funeral.

Parágrafo único. O auxílio-funeral será pago no prazo de cinco dias úteis após a
abertura do respectivo processo, à pessoa da família ou terceiro que houver,
comprovadamente, custeado o funeral.

Art. 115. Em caso de falecimento do servidor em serviço, fora do local de trabalho,


as despesas de transporte serão da responsabilidade do Município.

Subseção VI
Do Auxílio Alimentação

Art. 116. O auxílio alimentação poderá ser concedido ao servidor ativo, inativo e
pensionista, na forma e condições estabelecidas em lei.

Subseção VII
Do Auxílio Educação

Art. 117. Ao servidor efetivo, poderá ser concedida bolsa de estudo destinada ao
pagamento parcial da matrícula e mensalidades para curso de graduação e de pós-
graduação, nos níveis de especialização, mestrado ou doutorado.

§ 1º. O curso de graduação ou de pós-graduação deverá ser relacionado com as


atribuições do cargo efetivo do servidor.

§ 2º. A bolsa de estudo somente poderá ser concedida para o primeiro curso de
graduação.

§ 3º. O servidor deverá permanecer no serviço público municipal o dobro do período


em que usufruir do benefício, sob pena de responder pela imediata restituição dos valores
percebidos, na forma prevista nesta Lei.
§ 4º. Os critérios de seleção dos servidores, o número de bolsas oferecidas para a
graduação e para a pós-graduação, o montante de recursos destinados para essa
finalidade, o limite mínimo e máximo do auxílio e a forma de pagamento, dentre outros,
serão regulamentados por decreto do Prefeito ou por resolução da Câmara Municipal, no
âmbito de cada Poder, observadas a previsão orçamentária e a disponibilidade de
recursos.

Seção III
Das Gratificações e Adicionais

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 118. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos
aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:

I - retribuição pelo exercício de função de confiança;

II - décimo terceiro vencimento;

III - gratificação de férias;

IV - gratificação pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V - gratificação pela prestação de serviço extraordinário;

VI - gratificação por horas de sobreaviso;

VII - gratificação pelo serviço noturno;

VIII - gratificação pela participação em órgão de deliberação coletiva e comissões de


trabalho

IX - gratificação pelo exercício da função de motorista do transporte escolar e do


veículo oficial do prefeito;
X - gratificação pelo exercício da função de operador de trator de esteiras, moto-
niveladora e escavadeira hidráulica;

Parágrafo único. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargos em comissão,


que não sejam detentores de cargos efetivos, somente farão jus às vantagens previstas
nos incisos II, III e VIII deste artigo.

Subseção II
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Confiança

Art. 119. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de confiança a


que se refere o art. 26 desta Lei é devida retribuição pelo seu exercício em valor certo
fixado na forma da lei.

Parágrafo único. A retribuição a que se refere este artigo é vantagem pecuniária de


caráter transitório.

Subseção III
Do Décimo Terceiro Vencimento

Art. 120. A gratificação do décimo terceiro vencimento corresponde a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de efetivo exercício


será considerada como mês integral.

Art. 121. O décimo terceiro vencimento poderá ser pago em duas parcelas, tendo
por base, cada parcela, a remuneração devida no mês em que ocorrer o pagamento.

Parágrafo único. O pagamento do décimo terceiro vencimento deverá ser


integralizado até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
Art. 122. O servidor exonerado perceberá o décimo terceiro vencimento,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculado sobre a remuneração do mês da
exoneração.

Art. 123. O décimo terceiro vencimento não será considerado para cálculo de
qualquer vantagem pecuniária.

Art. 124. O décimo terceiro vencimento será pago anualmente a todos os servidores
municipais, inclusive aos secretários municipais e aos inativos e pensionistas
remunerados pelos cofres municipais.

Parágrafo único. A base de cálculo do décimo terceiro vencimento para os


secretários municipais e para os inativos e pensionistas será, respectivamente, o
subsídio, o provento e a pensão que perceberem na data do pagamento.

Subseção IV
Da Gratificação de Férias

Art. 125. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das
férias, uma gratificação correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das
férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de confiança ou ocupar


cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo da gratificação
de que trata este artigo.

Art. 126. O servidor em regime de acumulação lícita perceberá a gratificação de


férias calculada sobre a remuneração do cargo cujo período aquisitivo lhe garanta o gozo
das férias.

Parágrafo único. A gratificação de férias será devida em função de cada cargo


exercido pelo servidor.

Subseção V
Das Gratificações de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas
Art. 127. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem
jus a uma gratificação sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 127 – Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida fazem
jus à gratificação de insalubridade, periculosidade ou atividade penosa, que incidirá sobre
o menor vencimento do quadro efetivo pago pelo Município. (NR – LC n° 24 de 16 de
abril de 2009).

§ 1º. O servidor que fizer jus às gratificações de insalubridade e de periculosidade


deverá optar por um deles.

§ 2º. O direito à gratificação de insalubridade ou periculosidade cessa com a


eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão, e não se
incorpora ao vencimento do servidor.

Art. 128. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou


locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a


gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 129. Na concessão das gratificações de atividades penosas, de insalubridade e


de periculosidade, serão observadas as regras definidas na Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT e a legislação federal correlata para definir as atividades insalubres,
penosas ou perigosas, e os percentuais para fins do cálculo da gratificação referida neste
artigo.

Art. 130. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou


substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses
de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a


exames médicos a cada 6 (seis) meses.

Subseção VI
Da Gratificação por Serviço Extraordinário
Art. 131. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

§ 1º. No caso de trabalho em dia de repouso e em feriado, o adicional será de 100%


(cem por cento) sobre a hora normal de trabalho.

§ 2º. O cálculo da hora será efetuado sobre a remuneração do servidor.

§ 3º. O serviço extraordinário realizado no horário previsto no art. 136 desta Lei será
acrescido do percentual relativo ao serviço noturno nele previsto, em função de cada hora
extra.

Art. 132. Havendo a compensação de horários prevista no art. 69, §§ 3º e 4º desta


Lei, não será concedida a gratificação de que trata esta Subseção.

Art. 133. O exercício de cargo em comissão, bem como o de função de confiança,


exclui a gratificação por serviço extraordinário.

Art. 134. É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário com o objetivo
de remunerar outros serviços ou encargos.

Subseção VII
Da Gratificação por Horas de Sobreaviso

Art. 135. As horas de sobreaviso do servidor (art. 70) serão remuneradas pelo valor
equivalente a 1/3 (um terço) do valor da hora normal de trabalho.

§ 1º. As horas de sobreaviso efetivamente trabalhadas serão remuneradas como


serviço extraordinário nos termos do art. 131 desta Lei.

§ 1º. O exercício de cargo em comissão, bem como o de função de confiança, exclui


a gratificação por horas de sobreaviso.

Subseção VIII
Da Gratificação pelo Serviço Noturno

Art. 136. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e


duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e
trinta segundos.

§ 1º. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo


incidirá sobre o valor da hora normal de trabalho, acrescido do percentual relativo à hora
extraordinária, previsto no art. 131 desta Lei.

§ 2º. Nos casos em que a jornada diária de trabalho compreender um horário entre
os períodos diurno e noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de
trabalho noturno.

§ 3º. A gratificação prevista neste artigo não se incorpora ao vencimento do servidor


para qualquer efeito.

§ 4º. Não farão jus os servidores cuja jornada de trabalho é fixada em regime de
escalonamento de trabalho.

Subseção IX
Da Gratificação pela Participação em Órgão de Deliberação Coletiva e
Comissões de Trabalho

Art. 137. Será concedida gratificação pela participação em órgãos de deliberação


coletiva ou em comissões especiais de trabalho.

§ 1º. O valor da gratificação será fixado em lei e será pago por dia de presença a
sessão do órgão coletivo ou da comissão especial de trabalho.

§ 2º. É vedada a participação de servidor em mais de um órgão de deliberação


coletiva ou mais de uma comissão especial de trabalho.
§ 3º. A gratificação prevista neste artigo não se incorpora ao vencimento do servidor
para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das
pensões.
Subseção X
Da Gratificação pelo Exercício da Função de Motorista do Transporte Escolar e do
Veículo Oficial do Prefeito

Art. 138. Ao servidor ocupante de cargo de motorista, que exercer a função de


motorista de veículo do transporte escolar ou de motorista do Prefeito, será concedida
gratificação no valor de 30% (trinta por cento) do seu vencimento.

Art. 138. Ao servidor ocupante de cargo de motorista, que exercer a função de


motorista de veículo do transporte escolar ou de motorista do Prefeito, será concedido
gratificação no valor de 40% (quarenta por cento), do seu vencimento. (NR LC nº050, de
10 de março de 2014)

Parágrafo único. A gratificação a que se refere este artigo é vantagem pecuniária de


caráter transitório que não se incorpora ao vencimento do servidor para qualquer efeito.

Subseção XI
Da Gratificação pelo Exercício da Função de Operador de Trator de Esteiras,
Moto-niveladora e Escavadeira Hidráulica

Art. 139. Ao servidor ocupante de cargo de operador de equipamentos, que exercer


a função de operador de trator de esteiras, moto-niveladora ou escavadeira hidráulica,
será concedida gratificação no valor de 30% (trinta por cento) do seu vencimento.

Parágrafo único. A gratificação a que se refere este artigo é vantagem pecuniária de


caráter transitório que não se incorpora ao vencimento do servidor para qualquer efeito

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 140. Conceder-se-á ao servidor licença:


I - para tratamento de saúde;

II - à gestante, à adotante e à paternidade;

III - por acidente em serviço;

IV - por motivo de doença em pessoa da família;

V - para o serviço militar;

VI - para atividade política;

VII - para tratar de interesse particular;

VIII - para o desempenho de mandato classista;

IX - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

X - como prêmio por assiduidade.

§ 1º. O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período
superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo no caso dos incisos III, V, e IX, quando o prazo
não poderá ser superior ao período de 48 (quarenta e oito) meses.

§ 2º. Findo o período de licença, deverá o servidor retornar ao seu cargo no primeiro
dia útil subseqüente, sob pena de falta ao serviço neste e nos demais dias em que não
comparecer, salvo justificativa prevista nesta Lei.

§ 3º. Fica vedado o exercício de qualquer atividade remunerada durante o período


das licenças previstas nos incisos I, II, III e IV deste artigo, sob pena de devolução do que
foi percebido.

§ 4º. Ao ocupante exclusivamente de cargo em comissão só serão concedidas as


licenças previstas nos incisos I, II e III deste artigo.
§ 5º. Ao servidor em estágio probatório somente serão concedidas as licenças
previstas nos incisos, I, II, III, IV, V, VI e IX deste artigo.

Art. 141. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da


mesma espécie será considerada como prorrogação.

Art. 142. O pedido de prorrogação de qualquer licença deverá ser apresentado, no


mínimo, cinco dias úteis antes de findo o prazo respectivo.

Parágrafo único. Contar-se-á como licença o período compreendido entre a data de


sua extinção e da publicação do despacho denegatório da prorrogação.

Seção II
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 143. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou
de ofício, pelo período de até 15 (quinze) dias, com base em perícia médica oficial, sem
prejuízo da remuneração a que fizer jus.

§ 1º. Sempre que necessária, a inspeção médica será realizada na residência do


servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º. Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor,


será aceito atestado emitido por médico particular, que deverá ser ratificado por médico
do Município.

§ 3º. Os casos de afastamento das funções do cargo superiores a 15 (quinze) dias


serão encaminhados ao órgão previdenciário federal.

Art. 144. O atestado e o laudo médicos não se referirão ao nome da doença, salvo
quando se tratar de lesões produzidas por acidentes em serviço, doença profissional ou
doença especificada na legislação securitária.
Art. 145. O servidor não poderá recusar a inspeção médica, aplicando-se-lhe o
disposto no § 3º do art. 206 desta Lei.

Art. 146. No curso da licença poderá o servidor requerer inspeção médica, caso se
julgue em condições de reassumir o exercício do cargo.

Art. 147. Caso fique comprovado que o servidor gozou de licença para tratamento
de saúde indevidamente, ser-lhe-ão aplicadas as penalidades previstas no art. 203,
incisos I e II desta Lei, conforme o caso.

Seção III
Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade

Art. 148. A licença à gestante, à adotante e à paternidade será concedida ao


servidor nas formas e condições estabelecidas na legislação específica.

Seção IV
Da Licença por Acidente em Serviço

Art. 149. A licença por acidente em serviço será concedida ao servidor nas formas e
condições estabelecidas na legislação previdenciária federal.

Seção V
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 150. Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por junta médica oficial.

§ 1º. A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for


indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 92 desta Lei.
§ 2º. A licença de que trata este artigo será concedida sem prejuízo da remuneração
integral do cargo efetivo, até trinta dias e, excedendo este prazo, com remuneração
proporcional, sendo:

I - 60% (sessenta por cento), de 30 dias até 6 (seis) meses;

II - 40% (quarenta por cento), de 6 (seis) meses até 12 (doze) meses;

III - sem remuneração, de 12 (doze) meses até 20 (vinte e quatro) meses.

§ 3º. O período da licença prevista nesta Seção não poderá ultrapassar o prazo de
24 (vinte e quatro) meses cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado ao
Município de Ituporanga.

Seção VI
Da Licença para Serviço Militar

Art. 151. Ao servidor efetivo convocado para o serviço militar será concedida licença
sem remuneração à vista de documento oficial, que comprove a obrigatoriedade de
incorporação ou a matrícula em curso de formação da reserva.

Art. 152. Ao servidor desincorporado será concedido prazo não excedente a 10


(dez) dias úteis para reassumir o exercício do cargo, a contar da data de desincorporação.

Seção VII
Da Licença para Atividade Política

Art. 153. O servidor efetivo terá direito a licença, sem remuneração, durante o
período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1º. A partir do registro da candidatura e até o quinto dia seguinte ao da eleição, o


servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo
período de três meses.
§ 2º. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas
funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura
perante a Justiça Eleitoral, até o quinto dia seguinte ao do pleito.

Seção VIII
Da Licença para Tratar de Interesse Particular

Art. 154. A critério da Administração e sem prejuízo para o serviço público, poderá
ser concedida ao servidor estável licença para o trato de interesse particular, sem
remuneração, pelo período de 1 (um) ano, prorrogável uma única vez por igual período.

§ 1º. O requerente aguardará, em exercício, a concessão da licença, configurando


falta os dias não trabalhados.

§ 2º. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou


por interesse da Administração.

§ 3º. A licença será negada quando o afastamento do servidor for inconveniente ao


interesse da Administração.

§ 4º. Ao retornar da licença prevista neste artigo, o servidor poderá ser relotado à
critério da Administração.

§ 5º. Não se concederá nova licença antes de decorridos dez anos do término da
licença anterior.

§ 6º. É vedada a contratação de servidor por prazo determinado para ocupar a vaga
deixada por servidor licenciado nos termos deste artigo.

Seção IX
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista

Art. 155. É assegurado ao servidor estável o direito à licença sem remuneração


para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de
âmbito nacional ou sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da
profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
observado o disposto na alínea “c” do inciso IX do art. 167 desta Lei, conforme disposto
em regulamento e observados os seguintes limites:

§ 1º. A licença a que se refere o caput deste artigo somente será deferida caso o
desempenho de mandato classista não possa ser desenvolvido simultaneamente com o
exercício do cargo.

§ 2º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou


representação, nas referidas entidades, até o máximo de 1 (um) servidor por entidade.

§ 3º. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso
de reeleição, e por uma única vez.

Seção X
Da Licença por Motivo de Afastamento de Cônjuge

Art. 156. Poderá ser concedida licença sem vencimento ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro quando:

I - o cônjuge ou companheiro for servidor público da União ou do Estado e for


deslocado, temporariamente, para outro ponto do território nacional ou para o exterior;

II – o cônjuge ou companheiro passar a exercer mandato eletivo nos Poderes


Executivo ou Legislativo.

§ 1º. A licença dependerá de requerimento devidamente instruído com documento


que comprove o deslocamento do cônjuge e vigorará pelo tempo que durar a nova função
do cônjuge ou companheiro, devendo ser renovada a cada 2 (dois) anos.

§ 2º. Ao retornar da licença prevista neste artigo, o servidor poderá ser relotado a
critério da Administração.
Seção XI

Da Licença-Prêmio por Assiduidade

Art. 157. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor efetivo fará jus a
três meses de afastamento do serviço como licença-prêmio por assiduidade, com o
vencimento do seu cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes a que tiver
direito.

§ 1º. Para efeitos deste artigo, será contado o qüinqüênio a partir da investidura no
cargo efetivo.

§ 2º. O servidor aguardará, em exercício, a concessão da licença, cuja definição


deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§ 3º. A licença-prêmio será usufruída em período contínuo, ficando a critério do


Chefe do Poder a época da fruição.

§ 4º. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser


superior a um 1/6 (um sexto) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou
entidade.

Art. 158. Perderá o direito à licença-prêmio o servidor que, durante o período


aquisitivo:

I - faltar injustificadamente mais de 10 (dez) dias ao serviço;

II - sofrer qualquer penalidade administrativa prevista nesta Lei.

III - tenha gozado licença:

a) - por prazo superior a 60 (sessenta) dias consecutivos ou não, nos casos dos
incisos I, IV e IX do art. 140 desta Lei;

b) para tratar de interesses particulares, por prazo superior a 30 (trinta) dias;


§ 1º. Na ocorrência das situações previstas neste artigo o servidor perderá o direito
à licença-prêmio relativa ao período aquisitivo em curso, podendo conquistá-la somente
ao final do próximo período aquisitivo.

§ 2º. As faltas injustificadas ao serviço que não excederem a dez, retardarão a


concessão da licença previsto neste artigo na proporção de um mês para cada falta.

§ 3º. O servidor em disponibilidade não terá direito à licença-prêmio, e o tempo que


permanecer em disponibilidade não será contado como período aquisitivo àquele direito.

Art. 159. Decai do direito de gozar licença-prêmio o servidor que não a requerer no
prazo de 180 (cento e oitenta dias) contados do dia em que completar o período
aquisitivo.

Parágrafo único. No caso deste artigo é vedado converter em pecúnia o tempo de


licença-prêmio não gozada.

Seção XII
Da Licença Especial
(Alterada com NR – LC n° 033 de 20 de setembro de 2010).

Art. 159-A. Fica assegurado à servidora pública municipal, que seja mãe,
tutora, curadora ou responsável pela criação, educação e proteção de
excepcional, considerado dependente sob o ponto de vista sócio-educacional, o
direito de licenciar-se de parte da jornada de trabalho, sem prejuízo da
remuneração, respeitado o cumprimento de 20 (vinte) horas semanais.

Parágrafo único. A servidora beneficiária desta Lei deverá ter seu filho,
tutelado, curatelado ou sob sua responsabilidade avaliado e submetido a plano
terapêutico orientado pela Fundação Catarinense de Educação Especial ou
instituição credenciada.
Art. 159-B. Para efeitos desta Lei considera-se excepcional pessoa de qualquer
idade com deficiência comprovada e considerada dependente sócio-
educacional, nas seguintes condições:

I - pessoa menor de 7 (sete) anos com deficiência comprovada;

II - pessoa deficiente maior de 7 (sete) anos cujo tipo ou grau de deficiência se


manifeste por dependência nas atividades básicas da vida diária.

Art. 159-C. A licença será concedida pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser
renovada.

Parágrafo único. A renovação da licença será feita mediante reavaliação e


plano de tratamento com emissão de laudo que comprove a permanência da
dependência sócio-educacional.

Art. 159-D. Para a obtenção da licença, a servidora deverá:

I - apresentar requerimento dirigido ao Prefeito;

II - anexar fotocópia da certidão de nascimento do filho ou documento


expedido pelo Juiz, comprovando tutela, curatela ou responsabilidade judicial;

III - declarar que o excepcional está efetivamente sob seus cuidados;

IV - anexar a via original do laudo diagnóstico e plano terapêutico, expedido


pela Fundação Catarinense de Educação Especial ou instituição credenciada.

Parágrafo único. Do laudo constará necessariamente o parecer sobre o tipo e


grau de deficiência, bem como desempenho sócio-educacional e plano de
tratamento que será executado pela Fundação Catarinense de Educação
Especial ou instituição credenciada a nível nuclear ou domiciliar e o resultado
da análise do diagnóstico.
Art. 159-E. Aplica-se o disposto nesta Lei ao servidor público, viúvo ou
separado judicialmente que tenha sob sua guarda filho excepcional. (NR – LC
n° 033 de 20 de setembro de 2010).

CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS

Seção I
Do Afastamento para Servir a outro Órgão ou Entidade

Art. 160. O servidor estável poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão;

II - em casos previstos em leis específicas.

§ 1º. Na hipótese do inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será do órgão ou


entidade cessionária.

§ 2º. A cessão far-se-á mediante portaria publicada no Diário Oficial do Município ou


em jornal de circulação regional contratado para publicação de atos oficiais.

Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 161. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado


optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem


prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração.

Seção III
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 162. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial,
sem autorização do Prefeito Municipal ou Presidente do Presidente da Câmara Municipal.

§ 1º. A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo,


somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º. Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida
exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual
ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu
afastamento.

§ 3º. As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo,
inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em lei.

CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES

Art. 163. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;

II - por 1 (um) dias, para se alistar como eleitor;


III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,


enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos, contados da data do óbito.

IV - por 2 (dois) dias úteis, em razão do falecimento de avô, avó, genro e nora, sogro
e sogra, contados da data do óbito.

Art. 164. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando


comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do
exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação
de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do
trabalho.

CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 165. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado ao
Município de Ituporanga.

Art. 166. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 167. Além das ausências ao serviço previstas no art. 160 desta Lei, são
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos


Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - faltas, até o máximo de 15 (quinze) dias durante o mês, por motivo de doença
comprovada por perícia médica oficial;

IV - participação autorizada em programa de treinamento ou capacitação;

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito


Federal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - missão ou estudo no exterior, quando o afastamento houver sido autorizado


pela autoridade competente;

VIII - participação em provas de competições esportivas, quando o afastamento


houver sido autorizado pela autoridade competente;

IX - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo
ao longo do tempo de serviço público prestado ao Município, em cargo de provimento
efetivo;

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou


administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços
a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;

f) por convocação para o serviço militar;

Art. 168. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:


I - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados, outros Municípios e
Distrito Federal;

II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com


remuneração;

III - a licença para atividade política, no caso do art. 153, § 1º;

IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,


municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

VI - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que
se refere a alínea "b" do inciso IX do art. 167.

Art. 169. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado


concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes
da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de
economia mista e empresa pública.

CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 170. É assegurado ao servidor o direito de requerer ao Poder Público, em


defesa de direito ou interesse legítimo, independente de qualquer pagamento.

Art. 171. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e


encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.

§ 1º. O chefe imediato do requerente terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis, após o
recebimento do requerimento, para remetê-lo à autoridade competente.
§ 2º. O requerimento será decidido no prazo máximo de 20 (vinte) dias, salvo em
casos que obriguem a realização de diligência ou estudo especial, quando o prazo
máximo será de 90 (noventa) dias.

Art. 172. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Parágrafo único. O pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo máximo


de 30 (trinta) dias.

Art. 173. Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1º. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver


expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às
demais autoridades.

§ 2º. O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver


imediatamente subordinado o requerente.

Art. 174. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de


30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.

Art. 175. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, mediante
fundamentação.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do


recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 176. O direito de requerer prescreve:


I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria
ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for
fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato


impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 177. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


prescrição.

Art. 178. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.

Art. 179. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou


documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 180. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade, operando-se a prescrição administrativa no prazo de 5 (cinco)
anos, contados da data da vigência do ato viciado.

Art. 181. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.

TÍTULO IV
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO ÚNICO
DOS BENEFÍCIOS

Seção I
Disposições Gerais
Art. 182. O servidor público do Município de Ituporanga e sua família estão sujeitos
ao Plano de Seguridade Social do Regime Geral de Previdência Social mantido pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, sendo-lhes aplicáveis as disposições
Constitucionais e a legislação previdenciária federal.

Seção II
Da aposentadoria

Art. 183. Os servidores serão aposentados nos casos previstos no art. 40 da


Constituição Federal e os benefícios previdenciários serão custeados pelo Instituto
Nacional de Seguridade Social – INSS, mediante contribuição do Município, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas.

Art. 184. As aposentadorias e pensões anteriores a 1º de junho de 1999, que não


sejam de responsabilidade do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina –
IPESC, serão custeadas pelo erário municipal.

§ 1º. As aposentadorias custeadas pelo Município serão automaticamente


atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos
servidores em atividade.

§ 2º. São estendidos aos inativos cujos proventos sejam pagos pelo Município
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria.

Seção III
Das Pensões

Art. 185. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal a
ser concedida nos casos e pelos valores previstos na lei que dispõe sobre o regime geral
da previdência social e na Constituição Federal, e os benefícios previdenciários serão
custeados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, mediante contribuição do
Município, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.
Art. 186. Os dependentes do servidor inativo cujos proventos sejam pagos pelo
Município farão jus ao recebimento de pensão mensal de valor correspondente ao do
respectivo provento, a partir da data do óbito, observado o limite remuneratório municipal.

Art. 187. As pensões custeadas pelo Município serão:

I - vitalícias, cujas cotas permanentes somente cessam com a morte de seus


beneficiários;

II - temporárias, cujas cotas extinguem-se com a cessação de invalidez ou a


maioridade do beneficiário.

Art. 188. São beneficiários das pensões custeadas pelo Município:

I - vitalícia:

a) o cônjuge;

b) a pessoa separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão


alimentícia, até o limite do pagamento da pensão;

c) o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade


familiar;

d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica.

II – temporária:

a) os filhos ou enteados, até 18 (dezoito) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto


durar a invalidez;

b) o menor sob guarda ou tutela até 18 (dezoito) anos de idade;

c) o irmão órfão, até 18 (dezoito) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a


invalidez, que comprovem dependência econômica.
§ 1º. A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a”
e “c” do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos em sua
alínea “d”.

§ 2º. A concessão de pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas


“a” e “b” do inciso II deste artigo exclui os demais beneficiários referidos em sua alínea “c”.

Art. 189. O benefício que trata esta Seção será concedido integralmente ao titular
de pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária e observado o
limite previsto na alínea “b” do inciso I do art. 192 desta Lei.

Art. 190. Ocorrendo habilitação para as pensões vitalícia e temporária, metade do


valor caberá ao titular da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes
iguais, entre os titulares da pensão temporária.

Art. 191. Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral do


benefício será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária,


conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual
reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cessado.

Art. 192. Acarreta a perda da qualidade de beneficiário, nas hipóteses em que os


proventos sejam pagos pelo Município:

I - o falecimento;

II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da


pensão ao cônjuge;

III - a cessação da invalidez, tratando-se de beneficiário inválido;

IV - a maioridade de filho ou irmão órfão, ocorrida aos 18 (dezoito) anos de idade;


V - a acumulação de pensão, na forma do art. 80 desta Lei;

VI – a renúncia expressa.

Art. 193. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, cujos proventos sejam
custeados pelo Município, a respectiva cota reverterá:

I - quando se tratar de pensão vitalícia, para os beneficiários remanescentes desta


pensão, ou, na falta destes, para os titulares da pensão temporária;

II - quando se tratar de pensão temporária, para os beneficiários remanescentes


desta pensão, ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Art. 194. As pensões custeadas pelo Município serão automaticamente atualizadas


na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores em
atividade.

Parágrafo único. São estendidos aos pensionistas cujos proventos sejam pagos pelo
Município quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores
em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo
ou função em que se tiver dado a aposentadoria.

Seção IV
Da Assistência à Saúde

Art. 195. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família


compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá
como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da
saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou
entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda
na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor,
ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de
assistência à saúde, na forma estabelecida em lei.
§ 1º. Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam o Município de Ituporanga,
suas entidades autárquicas e fundacionais e a Câmara Municipal de Ituporanga
autorizados a:

I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de assistência à


saúde para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem
como para seus respectivos grupos familiares;

II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei n o 8.666, de 21 de junho de 1993,


operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde que possuam
autorização de funcionamento do órgão regulador nacional.

§ 2º. O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo servidor ou


pensionista com plano ou seguro privado de assistência à saúde.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 196. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V - atender com presteza, sem preferências pessoais:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as


protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situação de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

VI - guardar sigilo dos assuntos da Administração Pública sempre que exigido em


lei;

VII - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver


ciência em razão do cargo que exerce;

VIII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público;

IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X - ser assíduo e pontual no serviço;

XI - tratar com urbanidade as pessoas;

XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;

XIII - testemunhar, quando convocado, em sindicâncias e processos administrativos;

XIV - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente


trajado ou com o uniforme que for determinado;

XV - seguir as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho;

XVI - freqüentar programas de treinamento ou capacitação instituídos ou financiados


pela Administração;

XVII - colaborar para o aperfeiçoamento dos serviços, sugerindo à Administração as


medidas que julgar necessárias;
XVIII - providenciar para que esteja sempre atualizado o seu assentamento
individual, bem como sua declaração de família;

XIX - submeter-se à inspeção médica determinada por autoridade competente;

XX - fazer uso do equipamento de proteção individual sempre que exigido.

§ 1º. A representação de que trata o inciso XII deste artigo será apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado o
direito de defesa.

§ 2º. Será considerado como co-autor o superior hierárquico que, recebendo


denúncia ou representação verbal ou escrita a respeito de irregularidades no serviço ou
de falta cometida por servidor seu subordinado, deixar de tomar as providências
necessárias à sua apuração.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 197. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe


imediato;

II - recusar fé a documentos públicos;

III - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou à


execução de serviço;

IV - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

V - atender a pessoas na repartição para tratar de assuntos particulares;

VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos


atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar
ato do Poder Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em
trabalho assinado;

VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuições que sejam de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VIII - coagir ou aliciar outro servidor no sentido de filiar-se a associação profissional


ou sindical ou a partido político;

IX - retirar, modificar ou substituir, sem prévia anuência da autoridade competente,


qualquer documento ou objeto da repartição, com o fim de criar direitos ou obrigações ou
de alterar a verdade dos fatos;

X - recusar-se ao uso de equipamento de proteção individual destinado à proteção


de sua saúde ou integridade física, ou à redução dos riscos inerentes ao trabalho;

XI - ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de substância entorpecente durante o


horário do trabalho ou apresentar-se habitualmente sob sua influência ao serviço;

XII - coagir ou assediar outro servidor para receber favores de qualquer espécie;

XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em detrimento da


dignidade da função pública;

XIV - participar de gerência ou de administração de empresa privada, de sociedade


civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Município, exceto se a
transação for precedida de licitação;

XV - atuar como procurador ou intermediário junto a repartições públicas municipais,


salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
segundo grau e de cônjuge ou convivente;

XVI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em


razão de suas atribuições;
XVII - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XVIII - proceder de forma desidiosa;

XIX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

XX - praticar atos de sabotagem contra o serviço público;

XXI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto
em situações transitórias de emergência;

XXII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do


cargo ou função e com o horário de trabalho;

XXIII - acumular cargos em desconformidade com esta Lei.

XXIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro, ou parente em linha reta ou colateral até o segundo grau.

CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 198. O servidor responde administrativa, civil e penalmente pelo ato omissivo ou
comissivo praticado no exercício irregular de suas atribuições.

Parágrafo único. As responsabilidades civil e penal serão apuradas e punidas na


forma da legislação federal pertinente.

Art. 199. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou


culposo, praticado no desempenho do cargo ou função, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros.
Art. 200. A indenização de prejuízo dolosamente causado pelo servidor ao Erário
será paga de uma só vez, por meio de acordo administrativo onde o servidor assuma a
responsabilidade pelos atos praticados.

§ 1º. Comprovada a falta de recursos para indenizar os danos causados na forma do


caput deste artigo, a indenização dar-se-á na forma prevista no § 1º do art. 94 desta Lei,
aplicando-se ao valor devido, a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor – INPC-IBGE.

§ 2º. Os prejuízos causados pelo servidor por culpa, negligência ou imperícia serão
indenizados na forma do § 1º do art. 94 desta Lei, conforme o caso.

§ 3º. Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá em ação


regressiva, na forma da lei civil.

§ 4º. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores na forma da lei civil.

§ 5º. A Administração Pública poderá celebrar acordo administrativo com o servidor


para o pagamento de indenizações na forma do regulamento.

Art. 201. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

Art. 202. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou da sua autoria.

CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES

Art. 203. São penalidades disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;
III - demissão;

IV - cassação da disponibilidade;

V - destituição de cargo em comissão;

VI - medida cautelar de suspensão do pagamento da remuneração.

Art. 204. Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a


gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as
circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como os antecedentes funcionais.

§ 1º. As penas impostas aos servidores serão registradas em seus assentamentos


funcionais.

§ 2º. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a


causa da sanção disciplinar.

Art. 205. A advertência será aplicada, de ofício e por escrito, nos casos de violação
às proibições constantes do art. 197, incisos I a V desta Lei, e de inobservância de dever
funcional previsto no art. 196 desta Lei e nas demais leis, regulamentos ou normas
internas, desde que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 206. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com a advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
à penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.

§ 1º. O servidor suspenso perderá, durante o período de suspensão, todas as


vantagens e direitos do cargo.

§ 2º. Quando houver conveniência para o serviço público, a penalidade de


suspensão poderá ser convertida em multa, equivalente a 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do dia de trabalho, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
§ 3º. Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.

Art. 207. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros


cancelados após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeito retroativo.

Art. 208. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a Administração Pública;

II - abandono de cargo, observado o art. 213 desta Lei;

III - inassiduidade habitual, observado o art. 214 desta Lei;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição pública;

VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa ou


defesa de outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiro público;

IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;


XI - corrupção;

XII - acumulação remunerada e ilegal de cargos, funções ou empregos públicos,


inclusive de proventos deles decorrentes, quando eivados de má-fé, observado o disposto
no Capítulo VI, do Título II desta Lei;

XIII - transgressão ao art. 197, incisos XI a XX desta Lei;

XIV - reincidência de faltas punidas com suspensão, observado o disposto no art.


229 e seguintes desta Lei.

Parágrafo único. Constatada a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções


públicas, deverá ser adotado o procedimento previsto no art. 228 desta Lei.

Art. 209. Será cassada a disponibilidade do servidor que houver praticado, na


atividade, falta punível com a demissão.

Art. 210. A destituição de servidor comissionado, não ocupante de cargo efetivo,


será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração


efetuada nos termos do art. 73 desta Lei será convertida em destituição de cargo em
comissão.

Art. 211. A demissão de cargo efetivo ou a destituição de cargo em comissão, nos


casos dos incisos IV, VIII e X do art. 208 desta Lei, implica o ressarcimento ao Erário, sem
prejuízo de ação penal cabível.

Art. 212. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do


art. 197, incisos XII, XIII, XV, XVI, XVII, XIX e XX, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público municipal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que
for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 208, incisos I, IV,
VIII, X e XI desta Lei.
Art. 213. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao
serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 214. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze)
meses.

Art. 215. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também


será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 228, observando-se
especialmente que:

I - a indicação da materialidade dar-se-á:

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de


ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias;

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço


sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente,
durante o período de doze meses;

II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto


à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos
autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo,
sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o
processo à autoridade instauradora para julgamento.

Art. 216. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo dirigente superior de


autarquia e fundação pública, quando se tratar de demissão, cassação de disponibilidade
e suspensão superior a 30 (trinta) dias de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão
ou entidade;
II - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de
cargo em comissão;

III - pelos Secretários Municipais, quando se tratar de suspensão inferior a 30 (trinta)


dias;

IV - pelos dirigentes de unidades administrativas, em casos de advertência.

Art. 217. A ação disciplinar prescreverá em:

I - 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de


disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II - 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

III - 180 (cento e oitenta) dias quanto à advertência.

§ 1º. O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou


conhecido pela autoridade competente para aplicação da pena.

§ 2º. Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações


disciplinares capituladas também como crime.

§ 3º. A abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo


disciplinar interrompe a prescrição.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Seção I
Disposições Gerais

Art. 218. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar a


responsabilidade do servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou
relacionada com o cargo que ocupa.
Parágrafo único. O processo administrativo disciplinar pode se realizado por meio
de:

I - procedimentos sumários de sindicância e de apuração de acumulação ilegal de


cargos, empregos ou funções públicas;

II - processo disciplinar.

Art. 219. O servidor ou autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço


público é obrigado a comunicá-la imediatamente à autoridade competente para a
instauração de sindicância ou processo disciplinar.

Art. 220. As denúncias sobre irregularidades deverão ser feitas por escrito e, sendo
fundadas, serão objeto de apuração.

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar infração disciplinar ou ilícito
penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

Seção II
Do Afastamento Preventivo

Art. 221. Como medida cautelar, e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo administrativo
disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até
60 (sessenta) dias, sem prejuízo da respectiva remuneração.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por, uma única vez, até 60
(sessenta) dias, findo os quais cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o
processo.

Seção III
Do Procedimento Sumário

Subseção I
Da Sindicância

Art. 222. Sindicância é o procedimento sumário destinado a apurar a


responsabilidade do servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou
relacionada com o cargo que ocupa, punidas com advertência ou suspensão de até 30
(trinta) dias.

Art. 223. São competentes para instaurar sindicância os Secretários Municipais, o


Presidente da Câmara Municipal, o dirigente de autarquia e fundação pública.

Art. 224. O procedimento sumário da sindicância será iniciado pela autoridade


competente com a expedição de portaria que indique:

I - a determinação de apuração pela Comissão de Sindicância.

II - o fato;

III - a tipificação;

IV - a determinação de intimação do servidor faltoso para exercer o direito de defesa


em 10 (dez) dias;

V - a determinação de prazo para decisão, que não poderá exceder a 20 (vinte) dias
da efetivação da defesa, admitida a sua prorrogação por até 40 (quarenta) dias, quando
as circunstâncias o exigirem.

§ 1º. A Comissão de Sindicância, constituída de forma permanente, será incumbida


de processar as sindicâncias instauradas pelos Secretários Municipais.

§ 2º. Os membros da comissão de sindicância somente poderão investigar servidor


de hierarquia igual ou inferior à sua.

§ 3º. A Comissão de Sindicância será composta por 3 (três) servidores estáveis,


designados pelo Prefeito Municipal ou pelo Presidente da Câmara, sendo um deles
designado para presidir os trabalhos.
§ 4º. Os membros da Comissão de Sindicância terão suplentes, designados pelo
Prefeito Municipal, incumbidos de substituir os membros titulares nos impedimentos e
afastamentos.

§ 5º. Não poderá participar da Comissão de Sindicância, cônjuge, companheiro ou


parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 2º (segundo) grau do
acusado, ou que possuam, com este, relação de subordinação hierárquica, de amizade
ou inimizade.

§ 6º. Os membros da Comissão de Sindicância não poderão possuir entre si grau de


parentesco mencionado no § 5º deste artigo.

Art. 225. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em caso de
omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão de Sindicância.

Art. 226. Da sindicância poderá resultar:

I - arquivamento do processo;

II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias,


mediante procedimento sumário;

III - instauração de processo disciplinar, nos termos da Seção IV deste Capítulo.

Art. 227. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está


capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Ministério Público, independentemente de imediata instrução do processo disciplinar.

Subseção II
Da Apuração de Acumulação Ilegal de Cargos, Empregos ou Funções Públicas

Art. 228. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou


funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 229 desta Lei, notificará o servidor,
por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de
dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará o procedimento
sumário previsto neste artigo para a sua apuração e regularização imediata, cujo
processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta


por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da
transgressão objeto da apuração;

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;

III - julgamento.

§ 1º. A indicação da autoria de que trata o inciso I deste artigo dar-se-á pelo nome e
matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções
públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das
datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.

§ 2º. A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu,
termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o § 1º deste
artigo, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de
sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita,
assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 239 e
240 desta Lei.

§ 3º. Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à


inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos
autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo
legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.

§ 4º. No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade


julgadora proferirá a sua decisão.

§ 5º. A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua
boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo.
§ 6º. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de
demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos
cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que
os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

§ 7º. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao


rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir
a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o
exigirem.

§ 8º. O procedimento sumário para apurar a acumulação ilegal de cargos, empregos


ou funções públicas rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for
aplicável, subsidiariamente, as disposições da Seção IV deste Capítulo.

Seção IV
Do Processo Disciplinar

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 229. Processo disciplinar é o conjunto de procedimentos destinados a apurar a


responsabilidade do servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou
relacionada com o cargo que ocupa, punidas com suspensão por mais de 30 (trinta) dias,
demissão, cassação de disponibilidade ou destituição de cargo em comissão.

Art. 230. A instauração de processo administrativo disciplinar é da competência do


Prefeito Municipal, do Presidente da Câmara Municipal e dos dirigentes de autarquias e
fundações públicas.

Art. 231. O processo administrativo disciplinar será conduzido por uma Comissão
Disciplinar, de caráter permanente, composta de 3 (três) servidores estáveis, designados
pela autoridade a que se refere o art. 230, desta Lei.
§ 1º. A Autoridade que instaurar o processo designará um dos membros da
Comissão Disciplinar para presidir os trabalhos.

§ 2º. Os membros da Comissão Disciplinar terão suplentes, designados pela


Autoridade competente, incumbidos de substituí-los nos impedimentos e afastamentos.

§ 3º. Não poderá participar da Comissão Disciplinar, cônjuge, companheiro ou


parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 2º (segundo) grau do
acusado, ou que possuam, com este, relação de subordinação hierárquica, de amizade
ou inimizade.

§ 4º. Os membros da Comissão Disciplinar não poderão possuir entre si grau de


parentesco mencionado no § 3º deste artigo.

§ 5º. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em caso de
omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão de Sindicância.

Art. 232. A Comissão exercerá suas atividades com independência e


imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo
interesse da Administração.

Art. 233. O processo administrativo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:

I - instauração, com a expedição de ato que determina a apuração pela Comissão


Disciplinar;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

III - julgamento.

Art. 234. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não


excederá a 60 (sessenta) dias, contados da notificação do servidor, admitida a sua
prorrogação por até 60 (sessenta) dias.
§ 1º. Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo integral aos seus
trabalhos.

§ 2º. As reuniões da Comissão serão registradas em relatórios que deverão detalhar


o ocorrido e as deliberações adotadas.

Subseção II
Do Inquérito

Art. 235. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório,


assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos
em direito.

Parágrafo único. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em
caso de omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão Disciplinar.

Art. 236. Os autos da sindicância, se esta tiver ocorrido, integrarão o processo


disciplinar, como peça informativa da instrução.

Art. 237. Recebido pela Comissão Disciplinar o ato de instauração do processo


disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
imputados e das respectivas provas.

§ 1º. A Comissão determinará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a citação do


indiciado, por mandado expedido pelo Presidente da Comissão, juntando cópia do termo
inicial, para apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data da
citação, assegurando-lhe vista dos autos do processo na repartição.

§ 2º. Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º. O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências
reputadas indispensáveis, a critério da Comissão.
§ 4º. No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo
para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da Comissão
que fez a citação.

Art. 238. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à


Comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o indiciado será citado via postal, em
carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e aviso de
recebimento.

Art. 239. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por
edital, publicado por 2 (duas) vezes, com intervalo de 8 (oito) dias, em órgão de imprensa
oficial ou em periódico de circulação no Município, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 10 (dez) dias
a partir da última publicação do edital.

Art. 240. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal.

§ 1º. A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo
para a defesa.

§ 2º. Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo


designará defensor dativo.

Art. 241. Na fase do inquérito, a Comissão promoverá a tomada de depoimentos,


acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir completa
elucidação dos fatos.

Art. 242. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo,


pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
provas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 1º. O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados
impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento
dos fatos.

§ 2º. Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do fato


independer de conhecimento especial de perito.

Art. 243. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido


pelo Presidente da Comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público municipal, a expedição do


mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, enquanto
os servidores públicos federais, distritais e estaduais serão notificados por intermédio das
repartições ou unidades a que pertencem.

Art. 244. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo.

§1º. As testemunhas serão inquiridas separadamente, de modo a evitar que uma


ouça o depoimento da outra.

§ 2º. O acusado e seu procurador poderão assistir à inquirição das testemunhas,


sendo-lhes vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhes, porém,
reinquiri-las, por intermédio do Presidente da Comissão.

§ 3º. Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á


à acareação entre os depoentes, quando necessária para o esclarecimento dos fatos.

Art. 245. Após a inquirição das testemunhas, a Comissão promoverá o interrogatório


do acusado, observados os procedimentos previstos no art. 243 desta Lei.

§ 1º. No caso de haver mais de um acusado, cada um deles será ouvido


separadamente e, se houver divergência em suas declarações sobre fatos ou
circunstâncias, poderá ser promovida acareação entre eles.
§ 2º. O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório.

Art. 246. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame, por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado


e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 247. Encerrada a produção de provas, o acusado ou seu procurador, quando


houver, será intimado para, em 10 (dez) dias, apresentar suas alegações finais acerca
dos fatos que lhe são atribuídos e das provas produzidas.

Art. 248. Apreciada a defesa e concluída a instrução, a Comissão elaborará relatório


minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que
se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º. O relatório será conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do


servidor.

§ 2º. Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo


legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes.

Art. 249. O processo administrativo disciplinar, com o relatório da Comissão, será


remetido à autoridade que determinou sua instauração, para julgamento.

Subseção III
Do Julgamento

Art. 250. No prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis por até 5 (cinco) dias, contados
do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Art. 251. A autoridade julgadora decidirá à vista dos fatos apurados pela Comissão,
não ficando vinculada às conclusões do relatório, podendo, motivadamente, agravar a
penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Parágrafo único. Proferida a decisão ou extinta a punibilidade pela prescrição, a


autoridade julgadora determinará o registro do processo nos assentamentos individuais
do servidor.

Art. 252. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a


instauração do processo declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo
ato, quando a nulidade for total, a constituição de outra Comissão para instauração de
novo processo.

§ 1º. Na hipótese do caput deste artigo, os autos retornarão à Comissão para


cumprimento das diligências expressamente determinadas e consideradas indispensáveis
à decisão da autoridade julgadora.

§ 2º. As diligências determinadas na forma do § 1º deste artigo serão cumpridas no


prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§ 3º. Na hipótese do caput deste artigo, o prazo de julgamento será contado da data
do novo recebimento do processo.

§ 4º. O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

Art. 253. A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público e der
causa à prescrição de que trata o art. 217 será responsabilizada na forma desta Lei.

Art. 254. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar
será remetido ao Ministério Público, para eventual instauração de ação penal, ficando um
traslado na repartição.

Art. 255. O servidor que responde a processo administrativo disciplinar não poderá
ser exonerado a pedido antes da conclusão do processo e do cumprimento da respectiva
penalidade, acaso aplicada.
Art. 256. Serão assegurados transporte e alimentação:

I - aos membros da Comissão, quando obrigados a se deslocarem da sede dos


trabalhos para a realização de diligência essencial para esclarecimento dos fatos;

II - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição,


na condição de testemunha, denunciado ou indiciado.

Subseção IV
Da Revisão do Processo

Art. 257. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer


pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º. Em caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo


respectivo curador.

§ 3º. No processo revisional o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 258. A simples alegação da injustiça da penalidade não constitui fundamento


para a revisão, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

Art. 259. O requerimento da revisão do processo será encaminhado à autoridade


competente.

Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará


a constituição de nova Comissão, na forma do art. 231 desta Lei.

Art. 260. A revisão correrá em apenso ao processo originário.


Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção
de provas e a inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 261. A Comissão Revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos
trabalhos, prorrogáveis por até 30 (trinta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 262. Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couber, as


normas e os procedimentos próprios da Comissão do processo disciplinar.

Art. 263. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 10 (dez) dias contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.

Art. 264. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição
de cargo em comissão que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da


penalidade já aplicada.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 265. Aplica-se este Estatuto aos servidores do Poder Executivo, do Poder
Legislativo Municipal, das autarquias e fundações públicas municipais, cabendo ao
Presidente da Câmara e dirigentes das autarquias e fundações exercer as atribuições
reservadas ao Prefeito Municipal, observadas as normas instituidoras e organizadoras
dessas entidades.

Art. 266. Aplica-se o art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias aos
servidores municipais que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da
Constituição Federal.
Art. 267. Para os efeitos previstos neste Estatuto e das demais leis que disponham
sobre servidores públicos, consideram-se dependentes do servidor, além do cônjuge e
dos filhos, quaisquer pessoas que comprovadamente vivam às suas expensas e constem
de seu assentamento individual.

Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge o companheiro, que comprove união


estável como entidade familiar, na forma da legislação civil brasileira.

Art. 268. Os instrumentos de procuração utilizados para recebimento de direitos ou


vantagens de servidores municipais terão validade por 6 (seis) meses, devendo ser
renovados após findo esse prazo.

Art. 269. Para os efeitos previstos neste Estatuto e nas demais leis municipais, os
exames médicos serão obrigatoriamente realizados por médico municipal ou, na falta
deste, por médico credenciado pela Administração Municipal.

§ 1º. Sempre que necessária, a inspeção médica será realizada na residência do


servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º. Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade, a perícia médica


poderá solicitar a participação de junta médica especializada para proceder ao exame.

§ 3º. Excepcionalmente, em razão da impossibilidade do exame ser procedido nos


moldes deste artigo, será aceito atestado ou laudo médico emitido por médico do serviço
público ou particular, que somente produzirá efeitos depois de homologado por médico do
setor de perícia médica.

§ 4º. Os atestados e laudos, para fins externos, serão substituídos por documentos
onde não serão referidos o nome e a natureza da doença.

§ 5º. O servidor não poderá recusar-se a submeter-se à inspeção médica, sob pena
de aplicação do disposto no § 3º do art. 206 desta Lei.

Art. 270. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, não se
computando o dia inicial e prorrogando-se para o primeiro dia útil seguinte o início ou
vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou dia em que, por
qualquer motivo, não houver expediente na repartição pública.

Parágrafo único. Os prazos pendentes de publicação serão dilatados de tantos dias


quantos forem relativos ao atraso na circulação de órgão oficial.

Art. 271. O dia do servidor público municipal será comemorado anualmente no dia
28 de outubro.

Art. 272. A aposentadoria e os benefícios previdenciários dos servidores públicos


municipais, a partir de 1º de junho de 1999, observarão o disposto no art. 182 e seguintes
desta Lei e serão concedidos nos termos da Constituição Federal e legislação
previdenciária federal.

Art. 273. No que for necessário, está Lei será regulamentada por decreto do Prefeito
Municipal.

Art. 274. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos ou cujo direito já tenha
sido adquirido com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993, pelo
s servidores
abrangidos por esta Lei, ficam incorporados ao vencimento do cargo efetivo do
servidor.

Parágrafo único. O tempo de serviço decorrido desde a aquisição do direito ao


último adicional por tempo de serviço, quando inferior a três anos, poderá ser computado
para fins da progressão por mérito, prevista no art. 23 da Lei Municipal nº 2.189 de 27 de
setembro de 2007.

Art. 275. Até a edição da lei que regulamentar a progressão por desempenho
prevista no art. 29 e seguintes da Lei Municipal nº 1.839 de 31 de janeiro de 2000, fica
assegurado aos servidores efetivos regidos pelo Plano de Carreira e Remuneração dos
Profissionais da Educação do Município de Ituporanga, o pagamento do adicional por
tempo de serviço, no valor correspondente a 6% (seis por cento) do vencimento base, por
triênio de serviços prestados ao Município.
Parágrafo único. O adicional por tempo de serviço não será devido ao servidor
investido em cargo em comissão, salvo se optar pelo vencimento do cargo efetivo.

Art. 276. Aplicam-se os prazos do art. 154 desta Lei às licenças para tratar de
interesses particulares concedidas com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993,
computando-se o prazo desde a data do afastamento do servidor.

Parágrafo único. Os
servidores que, na data de entrada em vigor desta Lei se encontrem em licença para
tratar de interesse particular por prazo superior àquele estabelecido no art. 154,
computada a prorrogação nele prevista, serão imediatamente convocados para, no prazo
de 30 (trinta) dias, retornarem ao serviço público municipal, reassumindo as funções do
respectivo cargo, sob pena de demissão nos termos do art. 208, inciso II desta Lei.

Art. 277. Fica assegurado o direito à licença-prêmio aos servidores que, na data de
entrada em vigor desta Lei, tenham satisfeito todos os requisitos para a sua concessão
com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993.

Parágrafo único. O tempo de serviço decorrido desde a última licença-prêmio


concedida com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993, quando inferior a três anos,
poderá ser computado para fins de concessão da licença-prêmio prevista no art. 157
desta Lei.

Art. 278. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação desta Lei, serão
utilizados recursos orçamentários próprios em cada exercício.

Art. 279. Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.

Art. 280. Revogam-se a Lei Complementar 01 de 20 de fevereiro de 1991, a Lei


1.408 de 7 de maio de 1993, a Lei 1.600 de 19 de junho de 1995, a Lei nº 1.816 de 21 de
maio de 1999 e as demais disposições em contrário.

PREFEITURA DO MUNICÍPÍO DE ITUPORANGA, 17 de dezembro de 2008.

OSNI FRANCISCO DE FRAGAS


Prefeito Municipal

Você também pode gostar