Lei 020 de Ituporanga
Lei 020 de Ituporanga
Lei 020 de Ituporanga
TÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO ESTATUTÁRIO
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Esta Lei institui o regime jurídico aplicável aos servidores investidos em
cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão da Administração
direta, das autarquias e das fundações públicas do Município de Ituporanga.
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Art. 3º. Cargo público é o lugar no quadro de pessoal que deverá ser ocupado pelo
servidor público, criado por lei, com denominação, atribuições e vencimento próprios.
Art. 4º. Quadro de pessoal é o conjunto de cargos de carreira e de cargos isolados
pertencentes a uma entidade da Administração municipal.
Art. 5º. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, JORNADA DE TRABALHO, VACÂNCIA,
MOVIMENTO FUNCIONAL E SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
Disposições Gerais
I - a nacionalidade brasileira;
Art. 7º. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade
competente de cada Poder.
Art. 8º. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse, observados os demais
requisitos para ingresso no serviço público estabelecidos pela lei que disponha sobre o
sistema de carreira ou de cargos isolados na administração pública municipal.
I - nomeação;
II - promoção;
III - readaptação;
IV - reversão;
V - reintegração;
VI - recondução;
VII - aproveitamento.
Seção II
Do Concurso Público
Art. 10. O concurso público para investidura em cargo público de provimento efetivo
será de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo.
§ 2º. O concurso poderá ser realizado em duas etapas, conforme dispuser a lei do
respectivo plano de carreira ou de cargos isolados, ou ainda, o regulamento do concurso.
Art. 11. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, prorrogável, uma
única vez, por igual período.
Art. 12. As normas gerais para a realização do concurso público serão fixadas em
edital, devendo constar o seguinte:
X - os critérios de desempate;
XIII - o local e a data prevista para a divulgação das provas e do gabarito provisório
e definitivo;
Art. 13. O edital de abertura do concurso público será publicado no órgão oficial do
município e pelo menos 5 (cinco) vezes em jornal diário de circulação estadual e também
em jornal de circulação regional por 3 (três) vezes.
Art. 14. Qualquer interessado poderá interpor recurso para impugnar as normas do
edital de abertura do concurso público, endereçado à autoridade que promover a sua
abertura.
Parágrafo único. O prazo do recurso previsto neste artigo é de 5 (cinco) dias,
contados da última publicação do Edital e não terá efeito suspensivo.
Art. 15. Aos candidatos será assegurado direito de recurso, no prazo de 5 (cinco)
dias, sem efeito suspensivo, quando às seguintes fases do concurso:
Parágrafo único. Se ocorrer empate na nota final, para efeito de desempate, serão
utilizados, sucessivamente, os seguintes critérios:
I - maior idade;
Art. 17. A aprovação em concurso não cria direito à nomeação, que será feita na
ordem rigorosa de classificação dos candidatos, após prévia inspeção médica oficial.
Subseção I
Disposições Gerais
Subseção II
Da Nomeação para Cargos Efetivos
Art. 19. A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo
de sua validade.
Subseção III
Da Nomeação para Cargos em Comissão
Parágrafo único. Pelo menos 30% (trinta por cento) dos cargos em comissão
deverão ser ocupados por servidores efetivos dos quadros de cada Poder.
Art. 24. O servidor efetivo, nomeado para cargo em comissão, fará jus ao
vencimento previsto em lei para o comissionamento, vedada a incorporação da diferença
ao vencimento do cargo efetivo.
Parágrafo único. O servidor efetivo poderá optar pelos vencimentos de seu cargo
efetivo acrescidos da gratificação de 20% (vinte por cento) do valor do vencimento
previsto para o cargo em comissão, observado o disposto no art. 82 desta Lei, vedada,
em qualquer caso, a sua incorporação ao vencimento do cargo efetivo.
Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 28. A posse dar-se-á com a assinatura, pela autoridade competente e pelo
empossado, do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que resultarão aceitos, com o
compromisso de bem servir, e que não poderão ser alterados unilateralmente, por
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 2º. O prazo para a posse poderá ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, mediante
requerimento do interessado e a critério da administração.
§ 7º. Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
previsto nos parágrafos 1º, 2º e 3º deste artigo.
Art. 29. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial
realizada na forma do art. 269 desta Lei.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.
§ 1º. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar
em exercício, contados da data da posse ou da publicação oficial ato, nos casos de
reintegração e reversão.
§ 3º. O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
neste artigo.
§ 4º. Será de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício no caso de
aproveitamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei.
Art. 32. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.
Seção V
Do Estágio Probatório
Art. 33. O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório pelo período de 3 (três) anos, durante o qual serão avaliadas sua
aptidão e capacidade para o desempenho do cargo.
Art. 36. Por decreto do Prefeito Municipal, será constituída uma Comissão
Coordenadora composta por 3 (três) membros, sendo um deles o Secretário Municipal da
Administração e mais dois servidores estáveis, a qual será incumbida de:
Art. 38. Observados os critérios estabelecidos no art. 34 desta Lei, a CAD adotará
os seguintes conceitos de avaliação:
I - excelente;
II - bom;
III - regular;
IV - insatisfatório.
Art. 39. Será exonerado o servidor em estágio probatório que receber, ao final das
avaliações parciais:
§ 2º. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 60 desta Lei.
Art. 40. Ao final das avaliações parciais de desempenho a CAD emitirá, no prazo de
até 10 (dez) dias úteis, parecer conclusivo, aprovando ou reprovando o servidor no
estágio probatório, considerando e indicando, exclusivamente, os critérios e normas
estabelecidas nesta Seção.
I - licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VI e IX do art. 140 desta Lei;
Seção VI
Da Estabilidade
Art. 47. Os servidores nomeados em virtude de concurso público são estáveis, após
3 (três) anos de efetivo exercício.
Parágrafo único. A aquisição da estabilidade está condicionada à aprovação em
estágio probatório, mediante avaliação de desempenho, na forma prevista nos arts. 33 e
seguintes desta Lei.
§ 1º. O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV deste artigo fará jus à
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 2º. A perda do cargo nos termos do inciso IV deste artigo dar-se-á na forma da lei
federal pertinente.
Seção VII
Da Progressão
Seção VIII
Da Promoção
Art. 50. Promoção é a elevação do servidor à classe imediatamente superior àquela
a que pertence, na mesma carreira, desde que comprovada, mediante avaliação prévia,
sua capacidade para o exercício das atribuições da classe correspondente.
Art. 51. A promoção não interrompe nem suspende o tempo de exercício, que é
contado no novo posicionamento na carreira.
Seção IX
Da Readaptação
§ 2º. O servidor será colocado em disponibilidade quando não houver cargo vago,
observados os arts. 61 e seguintes desta Lei, devendo ser aproveitado tão logo haja
vacância de cargo compatível com a sua capacidade.
Seção X
Da Reversão
Art. 55. Será considerada falta injustificada a ausência do servidor que não retornar
ao serviço público no prazo do art. 30, § 1º, desta Lei, salvo em caso de doença
comprovada em inspeção médica oficial.
Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de
cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.
§ 2º. O servidor será colocado em disponibilidade quando não houver cargo vago,
observados os arts. 61 e seguintes desta Lei, devendo ser aproveitado tão logo haja
vacância de cargo compatível com a sua capacidade.
Art. 57. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que o aposentado não
haja completado 70 (setenta) anos de idade.
Seção XI
Da Reintegração
§ 1º. Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor será reintegrado em outro de
atribuições análogas e de igual vencimento ou ficará em disponibilidade, observado o
disposto nos arts. 61 e seguintes.
Art. 59. Se o servidor não entrar em exercício no prazo previsto no art. 30, § 1º,
desta Lei, sua ausência será considerada falta injustificada, salvo em caso de doença
comprovada em inspeção médica oficial, nos termos do art. 269 desta Lei.
Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de
cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.
Seção XII
Da Recondução
Seção XIII
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
CAPÍTULO II
DA JORNADA DE TRABALHO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 65. A jornada normal de trabalho dos servidores municipais será fixada em
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima
do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimos e máximos
de quatro horas e oito horas diárias, respectivamente.
Art. 67. O servidor terá direito a repouso remunerado, aos sábados e domingos,
bem como nos dias de feriado civil e religioso.
Art. 68. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas,
conceder-se-á um intervalo, de 1 (uma) a 2 (duas) horas, para repouso ou alimentação.
Seção II
Do Serviço Extraordinário
Art. 69. O período de serviço extraordinário não está compreendido nos limites
previstos no art. 65 desta Lei, devendo ser remunerado com o adicional previsto no art.
125 desta Lei.
Seção III
Do Sobreaviso
Art. 70. Considera-se de sobreaviso o servidor que, cumprida sua carga horária
normal, permanecer à disposição da Administração em sua própria residência, em estado
de prontidão, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.
§ 1º. Os períodos sujeitos ao regime de sobreaviso serão estabelecidos
previamente, para cada servidor convocado, através de ato da Administração.
§ 3º. A simples convocação do servidor por telefone fixo ou celular para resolver os
problemas da Administração, fora do seu horário normal de trabalho não caracteriza
sobreaviso.
CAPÍTULO III
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - readaptação;
V - aposentadoria;
VII - falecimento.
III - da publicação da lei que criar o cargo e conceder dotação para o seu provimento
ou da lei que determinar esta última medida, se o cargo já estiver criado;
CAPÍTULO IV
DO MOVIMENTO FUNCIONAL
Seção I
Da Remoção
Art. 75. Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter exercício em outro órgão
da Administração municipal, no âmbito do mesmo quadro de pessoal.
Seção II
Da Redistribuição
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
Seção III
Da Cessão
Art. 77. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão municipal,
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou de outro
Município, nas seguintes hipóteses:
CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO
§ 2º. Em relação aos dias de substituição, o servidor substituto fará jus à retribuição
da função de confiança ou à remuneração do cargo do substituído, se mais vantajosa,
observado-se o disposto no parágrafo único do art. 24 desta Lei.
CAPÍTULO VI
DA ACUMULAÇÃO
Art. 79. Ressalvados os casos previstos no art. 37, XVI, da Constituição da Federal,
é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
Art. 81. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no
caso previsto no parágrafo único do art. 23, nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.
Art. 82. O servidor que acumular licitamente dois cargos de efetivos, quando
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
efetivos, salvo quando houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
§ 1º. Provada a má-fé, o servidor perderá o cargo ou função que exercia há mais
tempo e será obrigado a restituir as verbas indevidamente percebidas, sem prejuízo do
procedimento penal cabível.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 89. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo, nas hipóteses em que suas respectivas
atribuições sejam iguais ou assemelhadas, ressalvadas as vantagens de caráter individual
e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
Art. 91. A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais
far-se-á sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Parágrafo único. Fica estabelecido o dia 1º (primeiro) de abril como data-base para
a revisão geral anual dos servidores, aplicando-se o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor – INPC-IBGE como índice de correção para recomposição das perdas
acumuladas no período..
III - 50% (cinqüenta por cento) da remuneração do cargo que estiver ocupando para
fins do pagamento da multa prevista no art. 206, § 2º desta Lei.
Art. 93. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento.
§ 1º. A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda 10% (dez por
cento) da remuneração ou provento.
§ 2º. A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda 25% (vinte e cinco
por cento) da remuneração ou provento.
§ 3º. A reposição será feita em uma única parcela quando constatado pagamento
indevido no mês anterior ao do processamento da folha.
Art. 95. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dívida relativa a
reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração terá o prazo de
sessenta dias para quitar o débito.
CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS
Art. 97. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses
em que haja legislação específica.
§ 1º. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de
exercício. Após o primeiro período, a cada 12 (doze) meses o servidor terá direito a novo
período aquisitivo de férias.
§ 2º. É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.
I - 30 (trinta) dias corridos, quando o servidor não houver faltado ao serviço mais de
5 (cinco) vezes durante o período aquisitivo;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando o servidor houver faltado ao serviço mais de
15 (quinze) vezes e até 23 (vinte e três) vezes durante o período aquisitivo;
§ 5º. O servidor que houver faltado mais de 33 (trinta e três) vezes durante o
período aquisitivo perderá o direito às férias anuais correspondente àquele período.
§ 6º. O servidor perderá o direito a férias em caso de gozo de auxílio doença por
mais de 180 (cento e oitenta) dias, contados no curso do respectivo período aquisitivo.
§ 7º. É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário que, havendo disponibilidade financeira, poderá ser concedido, desde que
requerido com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência.
Art. 98. Durante as férias, o servidor terá direito, além do vencimento, a todas as
vantagens que percebia no momento em que passou a fruí-las, acrescido da gratificação
prevista no art. 125 desta Lei.
Art. 99. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias
antes do início do respectivo período de gozo.
Parágrafo único. Em caso de parcelamento (art. 97, § 3º), o servidor receberá o
valor adicional previsto no art. 125 desta Lei quando da utilização do primeiro período.
Art. 102. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
imperiosa necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade.
Art. 103. As férias serão concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia
imediata, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o servidor adquiriu o direito,
na forma do art. 97 desta Lei.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
Seção I
Disposições Gerais
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
Art. 105. As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para
efeito de concessão de acréscimos pecuniários ulteriores.
Seção II
Das Indenizações
Subseção I
Disposições Gerais
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte;
IV - auxílio-funeral;
V - auxílio alimentação;
VI - auxílio educação.
Subseção II
Da Ajuda de Custo
Art. 108. Poderá ser concedida ajuda de custo ao servidor que participar de curso
ou treinamento visando o aperfeiçoamento profissional na área de atuação do cargo que
ocupa.
Art. 109. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que não se encontrar no
desempenho das atribuições de seu cargo.
§ 1º. Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de exoneração
de ofício ou de retorno por motivo de doença comprovada.
Subseção III
Das Diárias
Art. 111. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município em caráter
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional, fará jus ao pagamento de
diárias destinadas a indenizar as despesas extraordinárias com pousada, alimentação e
locomoção urbana.
§ 1°. A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Município custear,
por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
§ 3°. Os critérios para concessão e os valores das diárias serão fixados por lei.
Art. 112. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de
desconto em folha de pagamento.
Subseção IV
Da Indenização de Transporte
Subseção V
Do Auxílio-Funeral
Art. 114. O auxílio-funeral será devido à família do servidor falecido na atividade ou
na inatividade, em valor equivalente a duas vezes o menor vencimento previsto no plano
de cargos, para indenizar as despesas comprovadas com o funeral.
Parágrafo único. O auxílio-funeral será pago no prazo de cinco dias úteis após a
abertura do respectivo processo, à pessoa da família ou terceiro que houver,
comprovadamente, custeado o funeral.
Subseção VI
Do Auxílio Alimentação
Art. 116. O auxílio alimentação poderá ser concedido ao servidor ativo, inativo e
pensionista, na forma e condições estabelecidas em lei.
Subseção VII
Do Auxílio Educação
Art. 117. Ao servidor efetivo, poderá ser concedida bolsa de estudo destinada ao
pagamento parcial da matrícula e mensalidades para curso de graduação e de pós-
graduação, nos níveis de especialização, mestrado ou doutorado.
§ 2º. A bolsa de estudo somente poderá ser concedida para o primeiro curso de
graduação.
Seção III
Das Gratificações e Adicionais
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 118. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos
aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
Subseção II
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Confiança
Subseção III
Do Décimo Terceiro Vencimento
Art. 120. A gratificação do décimo terceiro vencimento corresponde a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício no respectivo ano.
Art. 121. O décimo terceiro vencimento poderá ser pago em duas parcelas, tendo
por base, cada parcela, a remuneração devida no mês em que ocorrer o pagamento.
Art. 123. O décimo terceiro vencimento não será considerado para cálculo de
qualquer vantagem pecuniária.
Art. 124. O décimo terceiro vencimento será pago anualmente a todos os servidores
municipais, inclusive aos secretários municipais e aos inativos e pensionistas
remunerados pelos cofres municipais.
Subseção IV
Da Gratificação de Férias
Art. 125. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das
férias, uma gratificação correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das
férias.
Subseção V
Das Gratificações de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas
Art. 127. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem
jus a uma gratificação sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 127 – Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida fazem
jus à gratificação de insalubridade, periculosidade ou atividade penosa, que incidirá sobre
o menor vencimento do quadro efetivo pago pelo Município. (NR – LC n° 24 de 16 de
abril de 2009).
Subseção VI
Da Gratificação por Serviço Extraordinário
Art. 131. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
§ 3º. O serviço extraordinário realizado no horário previsto no art. 136 desta Lei será
acrescido do percentual relativo ao serviço noturno nele previsto, em função de cada hora
extra.
Art. 134. É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário com o objetivo
de remunerar outros serviços ou encargos.
Subseção VII
Da Gratificação por Horas de Sobreaviso
Art. 135. As horas de sobreaviso do servidor (art. 70) serão remuneradas pelo valor
equivalente a 1/3 (um terço) do valor da hora normal de trabalho.
Subseção VIII
Da Gratificação pelo Serviço Noturno
§ 2º. Nos casos em que a jornada diária de trabalho compreender um horário entre
os períodos diurno e noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de
trabalho noturno.
§ 4º. Não farão jus os servidores cuja jornada de trabalho é fixada em regime de
escalonamento de trabalho.
Subseção IX
Da Gratificação pela Participação em Órgão de Deliberação Coletiva e
Comissões de Trabalho
§ 1º. O valor da gratificação será fixado em lei e será pago por dia de presença a
sessão do órgão coletivo ou da comissão especial de trabalho.
Subseção XI
Da Gratificação pelo Exercício da Função de Operador de Trator de Esteiras,
Moto-niveladora e Escavadeira Hidráulica
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Gerais
§ 1º. O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período
superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo no caso dos incisos III, V, e IX, quando o prazo
não poderá ser superior ao período de 48 (quarenta e oito) meses.
§ 2º. Findo o período de licença, deverá o servidor retornar ao seu cargo no primeiro
dia útil subseqüente, sob pena de falta ao serviço neste e nos demais dias em que não
comparecer, salvo justificativa prevista nesta Lei.
Seção II
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 143. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou
de ofício, pelo período de até 15 (quinze) dias, com base em perícia médica oficial, sem
prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 144. O atestado e o laudo médicos não se referirão ao nome da doença, salvo
quando se tratar de lesões produzidas por acidentes em serviço, doença profissional ou
doença especificada na legislação securitária.
Art. 145. O servidor não poderá recusar a inspeção médica, aplicando-se-lhe o
disposto no § 3º do art. 206 desta Lei.
Art. 146. No curso da licença poderá o servidor requerer inspeção médica, caso se
julgue em condições de reassumir o exercício do cargo.
Art. 147. Caso fique comprovado que o servidor gozou de licença para tratamento
de saúde indevidamente, ser-lhe-ão aplicadas as penalidades previstas no art. 203,
incisos I e II desta Lei, conforme o caso.
Seção III
Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade
Seção IV
Da Licença por Acidente em Serviço
Art. 149. A licença por acidente em serviço será concedida ao servidor nas formas e
condições estabelecidas na legislação previdenciária federal.
Seção V
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 150. Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 3º. O período da licença prevista nesta Seção não poderá ultrapassar o prazo de
24 (vinte e quatro) meses cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado ao
Município de Ituporanga.
Seção VI
Da Licença para Serviço Militar
Art. 151. Ao servidor efetivo convocado para o serviço militar será concedida licença
sem remuneração à vista de documento oficial, que comprove a obrigatoriedade de
incorporação ou a matrícula em curso de formação da reserva.
Seção VII
Da Licença para Atividade Política
Art. 153. O servidor efetivo terá direito a licença, sem remuneração, durante o
período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
Seção VIII
Da Licença para Tratar de Interesse Particular
Art. 154. A critério da Administração e sem prejuízo para o serviço público, poderá
ser concedida ao servidor estável licença para o trato de interesse particular, sem
remuneração, pelo período de 1 (um) ano, prorrogável uma única vez por igual período.
§ 4º. Ao retornar da licença prevista neste artigo, o servidor poderá ser relotado à
critério da Administração.
§ 5º. Não se concederá nova licença antes de decorridos dez anos do término da
licença anterior.
§ 6º. É vedada a contratação de servidor por prazo determinado para ocupar a vaga
deixada por servidor licenciado nos termos deste artigo.
Seção IX
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista
§ 1º. A licença a que se refere o caput deste artigo somente será deferida caso o
desempenho de mandato classista não possa ser desenvolvido simultaneamente com o
exercício do cargo.
§ 3º. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso
de reeleição, e por uma única vez.
Seção X
Da Licença por Motivo de Afastamento de Cônjuge
Art. 156. Poderá ser concedida licença sem vencimento ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro quando:
§ 2º. Ao retornar da licença prevista neste artigo, o servidor poderá ser relotado a
critério da Administração.
Seção XI
Art. 157. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor efetivo fará jus a
três meses de afastamento do serviço como licença-prêmio por assiduidade, com o
vencimento do seu cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes a que tiver
direito.
§ 1º. Para efeitos deste artigo, será contado o qüinqüênio a partir da investidura no
cargo efetivo.
a) - por prazo superior a 60 (sessenta) dias consecutivos ou não, nos casos dos
incisos I, IV e IX do art. 140 desta Lei;
Art. 159. Decai do direito de gozar licença-prêmio o servidor que não a requerer no
prazo de 180 (cento e oitenta dias) contados do dia em que completar o período
aquisitivo.
Seção XII
Da Licença Especial
(Alterada com NR – LC n° 033 de 20 de setembro de 2010).
Art. 159-A. Fica assegurado à servidora pública municipal, que seja mãe,
tutora, curadora ou responsável pela criação, educação e proteção de
excepcional, considerado dependente sob o ponto de vista sócio-educacional, o
direito de licenciar-se de parte da jornada de trabalho, sem prejuízo da
remuneração, respeitado o cumprimento de 20 (vinte) horas semanais.
Parágrafo único. A servidora beneficiária desta Lei deverá ter seu filho,
tutelado, curatelado ou sob sua responsabilidade avaliado e submetido a plano
terapêutico orientado pela Fundação Catarinense de Educação Especial ou
instituição credenciada.
Art. 159-B. Para efeitos desta Lei considera-se excepcional pessoa de qualquer
idade com deficiência comprovada e considerada dependente sócio-
educacional, nas seguintes condições:
Art. 159-C. A licença será concedida pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser
renovada.
CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS
Seção I
Do Afastamento para Servir a outro Órgão ou Entidade
Art. 160. O servidor estável poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
seguintes hipóteses:
Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Seção III
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 162. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial,
sem autorização do Prefeito Municipal ou Presidente do Presidente da Câmara Municipal.
§ 2º. Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida
exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual
ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu
afastamento.
§ 3º. As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo,
inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em lei.
CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES
a) casamento;
IV - por 2 (dois) dias úteis, em razão do falecimento de avô, avó, genro e nora, sogro
e sogra, contados da data do óbito.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação
de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do
trabalho.
CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 165. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado ao
Município de Ituporanga.
Art. 166. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 167. Além das ausências ao serviço previstas no art. 160 desta Lei, são
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
IX - licença:
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo
ao longo do tempo de serviço público prestado ao Município, em cargo de provimento
efetivo;
VI - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que
se refere a alínea "b" do inciso IX do art. 167.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
§ 1º. O chefe imediato do requerente terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis, após o
recebimento do requerimento, para remetê-lo à autoridade competente.
§ 2º. O requerimento será decidido no prazo máximo de 20 (vinte) dias, salvo em
casos que obriguem a realização de diligência ou estudo especial, quando o prazo
máximo será de 90 (noventa) dias.
Art. 172. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Art. 175. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, mediante
fundamentação.
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for
fixado em lei.
Art. 178. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.
Art. 180. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade, operando-se a prescrição administrativa no prazo de 5 (cinco)
anos, contados da data da vigência do ato viciado.
Art. 181. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.
TÍTULO IV
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
CAPÍTULO ÚNICO
DOS BENEFÍCIOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 182. O servidor público do Município de Ituporanga e sua família estão sujeitos
ao Plano de Seguridade Social do Regime Geral de Previdência Social mantido pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, sendo-lhes aplicáveis as disposições
Constitucionais e a legislação previdenciária federal.
Seção II
Da aposentadoria
§ 2º. São estendidos aos inativos cujos proventos sejam pagos pelo Município
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria.
Seção III
Das Pensões
Art. 185. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal a
ser concedida nos casos e pelos valores previstos na lei que dispõe sobre o regime geral
da previdência social e na Constituição Federal, e os benefícios previdenciários serão
custeados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, mediante contribuição do
Município, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.
Art. 186. Os dependentes do servidor inativo cujos proventos sejam pagos pelo
Município farão jus ao recebimento de pensão mensal de valor correspondente ao do
respectivo provento, a partir da data do óbito, observado o limite remuneratório municipal.
I - vitalícia:
a) o cônjuge;
II – temporária:
Art. 189. O benefício que trata esta Seção será concedido integralmente ao titular
de pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária e observado o
limite previsto na alínea “b” do inciso I do art. 192 desta Lei.
I - o falecimento;
VI – a renúncia expressa.
Art. 193. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, cujos proventos sejam
custeados pelo Município, a respectiva cota reverterá:
Parágrafo único. São estendidos aos pensionistas cujos proventos sejam pagos pelo
Município quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores
em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo
ou função em que se tiver dado a aposentadoria.
Seção IV
Da Assistência à Saúde
TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
§ 1º. A representação de que trata o inciso XII deste artigo será apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado o
direito de defesa.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuições que sejam de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
XII - coagir ou assediar outro servidor para receber favores de qualquer espécie;
XXI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto
em situações transitórias de emergência;
XXIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro, ou parente em linha reta ou colateral até o segundo grau.
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 198. O servidor responde administrativa, civil e penalmente pelo ato omissivo ou
comissivo praticado no exercício irregular de suas atribuições.
§ 2º. Os prejuízos causados pelo servidor por culpa, negligência ou imperícia serão
indenizados na forma do § 1º do art. 94 desta Lei, conforme o caso.
§ 4º. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores na forma da lei civil.
CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação da disponibilidade;
Art. 205. A advertência será aplicada, de ofício e por escrito, nos casos de violação
às proibições constantes do art. 197, incisos I a V desta Lei, e de inobservância de dever
funcional previsto no art. 196 desta Lei e nas demais leis, regulamentos ou normas
internas, desde que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 206. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com a advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
à penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.
IV - improbidade administrativa;
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que
for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 208, incisos I, IV,
VIII, X e XI desta Lei.
Art. 213. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao
serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 214. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze)
meses.
CAPÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Seção I
Disposições Gerais
II - processo disciplinar.
Art. 220. As denúncias sobre irregularidades deverão ser feitas por escrito e, sendo
fundadas, serão objeto de apuração.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar infração disciplinar ou ilícito
penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.
Seção II
Do Afastamento Preventivo
Art. 221. Como medida cautelar, e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo administrativo
disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até
60 (sessenta) dias, sem prejuízo da respectiva remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por, uma única vez, até 60
(sessenta) dias, findo os quais cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o
processo.
Seção III
Do Procedimento Sumário
Subseção I
Da Sindicância
II - o fato;
III - a tipificação;
V - a determinação de prazo para decisão, que não poderá exceder a 20 (vinte) dias
da efetivação da defesa, admitida a sua prorrogação por até 40 (quarenta) dias, quando
as circunstâncias o exigirem.
Art. 225. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em caso de
omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão de Sindicância.
I - arquivamento do processo;
Subseção II
Da Apuração de Acumulação Ilegal de Cargos, Empregos ou Funções Públicas
III - julgamento.
§ 1º. A indicação da autoria de que trata o inciso I deste artigo dar-se-á pelo nome e
matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções
públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das
datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.
§ 2º. A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu,
termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o § 1º deste
artigo, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de
sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita,
assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 239 e
240 desta Lei.
§ 5º. A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua
boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo.
§ 6º. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de
demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos
cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que
os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.
Seção IV
Do Processo Disciplinar
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 231. O processo administrativo disciplinar será conduzido por uma Comissão
Disciplinar, de caráter permanente, composta de 3 (três) servidores estáveis, designados
pela autoridade a que se refere o art. 230, desta Lei.
§ 1º. A Autoridade que instaurar o processo designará um dos membros da
Comissão Disciplinar para presidir os trabalhos.
§ 5º. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em caso de
omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão de Sindicância.
III - julgamento.
Subseção II
Do Inquérito
Parágrafo único. O acusado pode ter sua defesa técnica feita por advogado ou, em
caso de omissão, de defensor dativo nomeado pelo Presidente da Comissão Disciplinar.
§ 2º. Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§ 3º. O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências
reputadas indispensáveis, a critério da Comissão.
§ 4º. No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo
para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da Comissão
que fez a citação.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o indiciado será citado via postal, em
carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e aviso de
recebimento.
Art. 239. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por
edital, publicado por 2 (duas) vezes, com intervalo de 8 (oito) dias, em órgão de imprensa
oficial ou em periódico de circulação no Município, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 10 (dez) dias
a partir da última publicação do edital.
Art. 240. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal.
§ 1º. A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo
para a defesa.
Art. 246. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame, por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Subseção III
Do Julgamento
Art. 250. No prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis por até 5 (cinco) dias, contados
do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Art. 251. A autoridade julgadora decidirá à vista dos fatos apurados pela Comissão,
não ficando vinculada às conclusões do relatório, podendo, motivadamente, agravar a
penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
§ 3º. Na hipótese do caput deste artigo, o prazo de julgamento será contado da data
do novo recebimento do processo.
Art. 253. A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público e der
causa à prescrição de que trata o art. 217 será responsabilizada na forma desta Lei.
Art. 254. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar
será remetido ao Ministério Público, para eventual instauração de ação penal, ficando um
traslado na repartição.
Art. 255. O servidor que responde a processo administrativo disciplinar não poderá
ser exonerado a pedido antes da conclusão do processo e do cumprimento da respectiva
penalidade, acaso aplicada.
Art. 256. Serão assegurados transporte e alimentação:
Subseção IV
Da Revisão do Processo
Art. 257. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Art. 261. A Comissão Revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos
trabalhos, prorrogáveis por até 30 (trinta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 10 (dez) dias contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.
Art. 264. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição
de cargo em comissão que será convertida em exoneração.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 265. Aplica-se este Estatuto aos servidores do Poder Executivo, do Poder
Legislativo Municipal, das autarquias e fundações públicas municipais, cabendo ao
Presidente da Câmara e dirigentes das autarquias e fundações exercer as atribuições
reservadas ao Prefeito Municipal, observadas as normas instituidoras e organizadoras
dessas entidades.
Art. 266. Aplica-se o art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias aos
servidores municipais que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da
Constituição Federal.
Art. 267. Para os efeitos previstos neste Estatuto e das demais leis que disponham
sobre servidores públicos, consideram-se dependentes do servidor, além do cônjuge e
dos filhos, quaisquer pessoas que comprovadamente vivam às suas expensas e constem
de seu assentamento individual.
Art. 269. Para os efeitos previstos neste Estatuto e nas demais leis municipais, os
exames médicos serão obrigatoriamente realizados por médico municipal ou, na falta
deste, por médico credenciado pela Administração Municipal.
§ 4º. Os atestados e laudos, para fins externos, serão substituídos por documentos
onde não serão referidos o nome e a natureza da doença.
§ 5º. O servidor não poderá recusar-se a submeter-se à inspeção médica, sob pena
de aplicação do disposto no § 3º do art. 206 desta Lei.
Art. 270. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, não se
computando o dia inicial e prorrogando-se para o primeiro dia útil seguinte o início ou
vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou dia em que, por
qualquer motivo, não houver expediente na repartição pública.
Art. 271. O dia do servidor público municipal será comemorado anualmente no dia
28 de outubro.
Art. 273. No que for necessário, está Lei será regulamentada por decreto do Prefeito
Municipal.
Art. 274. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos ou cujo direito já tenha
sido adquirido com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993, pelo
s servidores
abrangidos por esta Lei, ficam incorporados ao vencimento do cargo efetivo do
servidor.
Art. 275. Até a edição da lei que regulamentar a progressão por desempenho
prevista no art. 29 e seguintes da Lei Municipal nº 1.839 de 31 de janeiro de 2000, fica
assegurado aos servidores efetivos regidos pelo Plano de Carreira e Remuneração dos
Profissionais da Educação do Município de Ituporanga, o pagamento do adicional por
tempo de serviço, no valor correspondente a 6% (seis por cento) do vencimento base, por
triênio de serviços prestados ao Município.
Parágrafo único. O adicional por tempo de serviço não será devido ao servidor
investido em cargo em comissão, salvo se optar pelo vencimento do cargo efetivo.
Art. 276. Aplicam-se os prazos do art. 154 desta Lei às licenças para tratar de
interesses particulares concedidas com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993,
computando-se o prazo desde a data do afastamento do servidor.
Parágrafo único. Os
servidores que, na data de entrada em vigor desta Lei se encontrem em licença para
tratar de interesse particular por prazo superior àquele estabelecido no art. 154,
computada a prorrogação nele prevista, serão imediatamente convocados para, no prazo
de 30 (trinta) dias, retornarem ao serviço público municipal, reassumindo as funções do
respectivo cargo, sob pena de demissão nos termos do art. 208, inciso II desta Lei.
Art. 277. Fica assegurado o direito à licença-prêmio aos servidores que, na data de
entrada em vigor desta Lei, tenham satisfeito todos os requisitos para a sua concessão
com base na Lei nº 1.408, de 7 de maio de 1993.
Art. 278. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação desta Lei, serão
utilizados recursos orçamentários próprios em cada exercício.
Art. 279. Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.