Deriva Continental

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Deriva Continental é uma teoria que afirma que, um dia, todos os atuais continentes

formavam apenas uma única massa de terra firme, chamada de Pangeia. Esse
supercontinente, graças ao movimento das Placas Tectônicas, fragmentou-se várias vezes
até proporcionar a atual forma das massas terrestres.

As primeiras suspeitas de que os continentes estariam se separando em alguns lugares e


se aproximando em outros datam do século XVI, quando Abraham Ortelius, em 1596,
observou que a América do Sul, por exemplo, encaixava-se perfeitamente na África. Assim,
ele sugeria que as Américas teriam se separado da África e da Europa.

No entanto, apenas em 1912 que o primeiro geólogo elaborou uma teoria formal de que os
continentes, em algum momento na história geológica, teriam sido apenas um. Ele observou
que alguns fósseis, tipos de solo e vegetações eram iguais ou parecidos em diferentes
regiões da Terra separadas por oceanos.

Porém, somente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que se descobriu


cientificamente o movimento das Placas Tectônicas, a peça que faltava para a prova, de
fato, de que os continentes se movimentavam e que, anteriormente, haviam se separado.
Com o passar dos anos, os cientistas foram descobrindo e descrevendo as etapas de
formação da atual forma da Terra. Observe a figura abaixo:

A fragmentação dos continentes da Terra

Até 200 milhões de anos atrás, o mundo conhecia apenas a Pangeia. Porém, há 130
milhões de anos, ele fragmentou-se em dois: a Laurásia e a Gondwana. Depois disso, as
fragmentações continuaram acontecendo, dividindo os continentes e juntando a Índia com
a Ásia.

Porém, é errado pensarmos que esse processo acabou. Ele continua acontecendo, mas
como a sua velocidade é muito lenta, nós não conseguimos notar a diferença, pois a
movimentação dos continentes é de apenas alguns centímetros ao longo de muitos anos.

Pangeia: o primeiro continente


As evidências coletadas por Wegener vão além da relação entre as costas da América do
Sul e da África. Ele encontrou fósseis similares nos dois continentes e semelhanças entre
espécies vivas de animais.
Abaixo listamos algumas das evidências:
1. Encaixe das linhas das costas atuais de vários continentes;
2. Continuidade de estruturas rochosas entre as costas da América do Sul e costa leste
da África, como as cadeias de montanhas. Por exemplo, a Serra do Cabo na África
do Sul seria a continuação da Sierra de la Ventana da Argentina;
3. Correlação na distribuição de fósseis de plantas e de samambaias extintas na África
e no Brasil, e também na Austrália, Índia e Antártica, entre outros lugares;
4. Registro de fósseis idênticos de um réptil de 300 milhões de anos encontrados
apenas na África e na América do Sul;
5. Correlações na distribuição fóssil de algumas espécies de dinossauros aquáticos,
que habitaram regiões comuns no supercontinente;
6. Evidências de 300 milhões de anos - filamentos impressos nas rochas, indicando
iguais direções no movimento de geleiras antigas no sul e sudeste do Brasil, sul da
África, Índia, Austrália e Antártica - que mostravam que, nesta época, uma grande
região sul estava coberta por calotas polares.
Quais forças regem a deriva continental?
Uma das principais rejeições à Teoria da deriva Continental tinha relação com a origem do
movimento dos continentes. Qual força seria responsável pela movimentação de massas
continentais tão gigantescas?

A resposta veio com o melhoramento, dentre outros aparelhos, do sonar que revelou um
fundo oceânico repleto de fendas, cadeias de montanhas e fossas submarinas.
Ao final da segunda Guerra Mundial, pesquisadores de diversas universidades do mundo
realizaram expedições nos oceanos, com o objetivo de coletarem amostras e mapear o
fundo dos oceanos.
As falhas encontradas nas cadeias oceânicas reforçam a Teoria da Deriva Continental,
explicando a ruptura produzida durante o processo de separação dos continentes.
Hoje, graças ao monitoramento dos satélites, sabemos que os continentes continuam a se
separar com velocidades compreendidas entre 10 cm e 18 cm por ano.

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