Equine Infectious Anemia PT

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Anemia Importância

Anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença retroviral dos equídeos que pode
Infecciosa ser caracterizada por sinais clínicos recorrentes agudos e/ou crônicos, incluindo febre,
anemia, edema e caquexia em alguns animais. Muitos equinos têm sinais muito leves
Equina ou inaparentes na primeira exposição e são portadores subclínicos deste vírus. É pouco
provável que os donos destes animais percebam que eles estejam infectados, a menos
Febre do pântano, Febre da que o teste sorológico seja feito. Todos os cavalos infectados, incluindo aqueles que
montanha, Febre lenta, são assintomáticos, tornam-se portadores e são transmissores por toda a vida. Animais
Febre malarial equina, infectados precisam ser sacrificados ou permanecer permanentemente isolados de
Doença de Coggins outros equídeos para prevenir a transmissão.
Etiologia
Última Atualização: A anemia infecciosa equina é causada pelo vírus da anemia infecciosa equina
Agosto de 2009 (VAIE), um lentivírus da família Retroviridae (subfamília Orthoretrovirinae).
Espécies Afetadas
O vírus da anemia infecciosa equina é conhecido por infectar todos os membros
da família Equidae. Casos clínicos ocorrem em cavalos e pôneis (Equus caballus) e
também têm sido relatados em mulas. Alguns isolados virais adaptados a equinos
replicam a níveis baixos, sem sinais clínicos em asininos (E. asinus); entretanto,
evidências não publicadas sugerem que isolados adaptados à jumentos, após passagens
seriadas, podem ser patogênicos para essas espécies.
Distribuição Geográfica
A anemia infecciosa equina foi encontrada em quase todo o mundo. Esta doença
parece estar ausente em poucos países, incluindo Islândia e Japão.
Transmissão
O vírus da anemia infecciosa equina é transmitido mecanicamente pelas peças
bucais de insetos picadores. Em equinos, este vírus persiste nos leucócitos do sangue
por toda a vida, e também ocorre no plasma durante episódios de febre. Animais
sintomáticos são mais prováveis de transmitir a doença do que animais com infecção
inaparente; depois do contato um portador assintomático, é provável que apenas uma
em cada 6 milhões de moscas torne-se um vetor. Altos níveis de viremia também foram
relatados durante os estágios iniciais da infecção em mulas. Títulos significativamente
mais baixos foram relatados em jumentos inoculados com certas cepas adaptadas a
equinos.
Embora outros insetos incluindo a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans)
possam transmitir o VAIE, os vetores mais efetivos são moscas picadoras da família
Tabanidae, especialmente moscas dos equinos (Tabanus spp. e Hybomitra spp.) e
mosca dos cervos (Chrysops spp.). As picadas dessas moscas são dolorosas, e a
reação do animal interrompe a alimentação. A mosca tenta retomar a alimentação
imediatamente, no mesmo animal ou em outro hospedeiro próximo, resultando na
transferência de sangue infectante. O VAIE sobrevive por um tempo limitado nas
peças bucais dos insetos, reduzindo a probabilidade de disseminação para
hospedeiros mais distantes. Esse vírus também pode ser transmitido em transfusões
sanguíneas ou em agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e desbastadores de
dentes. É relatado que o vírus persiste por mais de 96 horas em agulhas hipodérmicas.
Ele também pode ser transmitido da égua para o potro durante a gestação.
Outras vias de transmissão menos importantes podem ser possíveis. O VAIE
parece não ser excretado na saliva e urina. Entretanto, ele pode ser encontrado no leite
e sêmen e os equinos podem ser infectados quando inoculados com essas secreções por
via subcutânea. Foi relatada a possibilidade de transmissão através do leite em potros
lactentes. Embora a transmissão venérea não pareça ser uma via de transmissão
importante, um garanhão parece ter transmitido o vírus para uma égua com uma
laceração vaginal durante o acasalamento. A possibilidade de transmissão de aerossóis
por material infectado durante contato próximo foi levantada durante o surto de 2006,
na Irlanda.

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Anemia Infeciosa Equina
Morbidade e Mortalidade
Período de Incubação
A taxa de infecção varia com a região geográfica. A
O período de incubação é de uma semana a 45 dias ou
transmissão do vírus é influenciada pelo número e espécies
mais. Alguns cavalos permanecem assintomáticos até
de moscas, seus hábitos, a densidade da população de
passarem por períodos de estresse.
equinos, o nível de viremia no hospedeiro e a quantidade de
Sinais Clínicos sangue transferido. As infecções são particularmente comuns
em locais úmidos e pantanosos. Taxas de soroprevalência tão
Os sinais clínicos da forma aguda da AIE são
altas quanto 70% têm sido vistas em fazendas onde a doença
frequentemente inespecíficos. Alguns casos em equinos, o
foi endêmica por muitos anos. A taxa de morbidade e a
único sinal é a febre, a qual é acompanhada algumas vezes
severidade dos sinais clínicos são influenciadas pela cepa e
por inapetência passageira. Em casos brandos, a febre pode
dose do vírus e a saúde do animal. Cavalos são mais
durar menos de 24 horas. Cavalos afetados com mais
prováveis de desenvolverem sinais clínicos do que jumentos
severidade podem se tornar fracos, deprimidos e inapetentes,
e mulas, mas muitos são infectados subclinicamente. A
com sinais adicionais como icterícia, taquipneia, taquicardia,
presença do VAIE em um rebanho frequentemente não é
edema ventral, trombocitopenia, petéquias nas membranas
observada até que alguns cavalos desenvolvam a forma
mucosas, epistaxe ou fezes manchadas com sangue. Anemia
crônica da doença ou testes de rotina sejam feitos. Epizootias
pode ocorrer, embora ela seja mais severa nos animais
com altas taxas de morbidade e mortalidade foram relatadas
cronicamente infectados. Ocasionalmente, os animais se
mas, as mortes são incomuns em animais infectados
tornam gravemente doentes e podem morrer durante a fase
espontaneamente. A inoculação experimental com uma dose
aguda da doença. Depois da crise inicial, a maioria dos
viral alta pode resultar em taxas de mortalidade tão altas
cavalos tornam-se portadores assintomáticos; entretanto,
quanto 80%.
alguns animais apresentam sinais clínicos recorrentes que
variam desde doença leve e falha no crescimento até febre Diagnóstico
crescente, depressão, petéquias nas membranas mucosas,
perda de peso, anemia e edema dependente. Infecções Clínico
inaparentes podem se tornar sintomáticas com doenças Anemia infecciosa equina deve estar entre os
concomitantes, estresse severo ou trabalho pesado. A morte diagnósticos diferencias para indivíduos com perda de peso,
é possível durante esses episódios de febre. Lesões edema e febre intermitente. Isso também tem de ser
oftálmicas, caracterizadas por despigmentação com vasos da considerado quando vários equinos apresentam febre,
coroide proeminentes, foram relatadas em equinos anemia, edema, debilidade progressiva ou perda de peso,
cronicamente infectados. particularmente quando novos animais foram introduzidos
Asininos e muares são menos prováveis de desenvolver no rebanho ou um membro do rebanho morreu.
sinais clínicos severos. Mulas podem ser infectadas e Diagnósticos diferenciais
permanecer assintomáticas, mas sinais clínicos típicos da
O diagnóstico diferencial inclui outras doenças febris,
AIE foram relatados em alguns animais infectados
incluindo a arterite viral equina, púrpura hemorrágica,
espontânea ou experimentalmente. Em um experimento
leptospirose, babesiose, estrongilose ou fasciolose severas,
recente, jumentos inoculados com duas cepas adaptadas a
intoxicação por fenotiazina, anemia hemolítica autoimune e
equinos tornaram-se infectados, mas permaneceram
outras doenças que causam febre, edema e/ou anemia.
assintomáticos. Na China, foi relatado que jumentos
inoculados com uma cepa adaptada a asininos, obtida por Testes laboratoriais
passagem seriada, desenvolveram sinais clínicos. A anemia infecciosa equina é geralmente confirmada
Lesões pós-Mortais por sorologia. Uma vez que um animal é infectado, ele se
torna um portador para toda a vida. Os dois testes
O baço, fígado e linfonodos abdominais podem estar sorológicos mais comuns de serem usados são o teste da
aumentados, e as mucosas podem estar pálidas. Em casos imunodifusão em ágar gel (IDGA ou Coggins) e ensaios
crônicos, caquexia também pode ser observada. Edema é imunoenzimáticos (ELISAs). Os equinos geralmente são
frequentemente encontrado nos membros e ao longo da soronegativos nas primeiras 2 a 3 semanas após a infecção;
parede abdominal ventral. Petéquias podem ser observadas em casos raros, eles podem não desenvolver anticorpos até
nos órgãos internos, incluindo o baço e fígado. Hemorragias 60 dias. ELISAs podem detectar anticorpos mais cedo do
viscerais, nas mucosas e trombose dos vasos sanguíneos que testes de IDGA e são mais sensíveis, mas falsos
também foram relatados. Equinos com infecção crônica que positivos são mais fáceis de ocorrer. Por essa razão,
morrem entre episódios de doença clínica geralmente não resultados positivos no ELISA são confirmados por IDGA
têm lesões macroscópicas, mas alguns animais podem ter ou immunoblot (Western blooting). Evidências
glomerulonefrite proliferativa ou lesões oculares. experimentais limitadas sugerem que a produção de
anticorpos possa ser atrasada em jumentos e mulas.

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Anemia Infeciosa Equina
Ensaios de reação em cadeia da polimerase com exame laboratorial para diagnóstico de A.I.E. Ainda, a
transcriptase reversa (RT- PCR) também podem ser usados participação de equídeos em eventos agropecuários somente
para detectar cavalos infectados. Esses testes são valiosos é permitida com exame negativo para A.I.E. A validade do
para determinação do status infeccioso de potros nascidos de exame negative é de 180 dias, salvo em caso de propriedade
éguas infectadas, porque animais jovens podem ter controlada.
anticorpos maternais até a idade de 6 a 8 meses. A PCR Equídeos infectados se tornam portadores por toda a
também podem ser usados para suplementar ou confirmar vida, e devem ser permanentemente isolados de outros
testes sorológicos, particularmente quando há conflito entre animais suscetíveis ou eutanasiados. Nos EUA, um animal
resultados ou quando há suspeita de infecção, mas a reagente deve ser marcado com marca a ferro ou tatuagem
sorologia é negativa ou equivocada (em casos iniciais nos no lábio antes de ser movido entre estados. Reagentes apenas
quais anticorpos não foram formados). Além disso, esta podem ser transportados entre estados se eles estão indo para
técnica pode assegurar que os doadores de sangue e cavalos suas fazendas de origem, um matadouro ou uma unidade de
utilizados para a produção de vacina ou antissoro não diagnóstico e pesquisa; mas devem ser movidos sob
estejam infectados. RT-PCR parece ser um método eficaz de condições de quarentena. Muitos estados também requerem
diagnóstico em mulas, bem como em cavalos. que os reagentes sejam marcados se eles permanecerem
O isolamento de vírus geralmente não é necessário para o dentro do estado.
diagnóstico, mas pode ser feito. O VAIE pode ser encontrado No Brasil, a marcação se realiza na paleta do lado
no plasma e leucócitos do sangue durante episódios febris; esquerdo com um “A”, a não ser que o sacrifício ou
entre esses períodos, o vírus está associado à células. O transporte ao abate sanitário (sem paradas) seja realizado
isolamento do vírus é realizado em culturas de leucócitos de imediatamente. A legislação ainda prevê sacrifício do animal
cavalo; mas, por essas células serem difíceis de cultivar, este positivo em até 30 dias, sem indenização.
teste pode não estar disponível em todos os laboratórios. A
O risco de transmissão a partir de portadores varia, mas
identidade do vírus pode ser confirmada com ELISAs
como é impossível de se quantificar esse risco, todos os
antígeno-específicos, ensaios de imunofluorescência ou PCR.
animais infectados são tratados de forma igual. Portadores
Se o status de um equídeo não pode ser determinado por assintomáticos frequentemente dão a luz a potros não
outros métodos, o sangue pode ser inoculado num cavalo infectados. O risco de infecção congênita é maior se a égua
suscetível. Níveis de anticorpos e os sinais clínicos do animal tiver sinais clínicos antes de parir. Potros nascidos de éguas
de teste são monitorados por pelo menos 45 dias. infectadas devem ser isolados de outros equídeos, até ser
Amostras para coletar determinado se são livres ou infectados.
O soro deve ser coletado para sorologia. As amostras de Durante um surto, a pulverização, bem como o uso de
sangue são usadas para RT-PCR, isolamento ou a inoculação repelentes e de estábulos à prova de insetos, podem auxiliar
do vírus em um animal de teste. na interrupção da transmissão. Colocar animais em pequenos
grupos separados por pelo menos 200 metros pode ser
Ações recomendadas em suspeita de benéfico quando o vírus está sendo transmitido dentro de
anemia infecciosa equina uma fazenda.
Cuidados devem ser tomados para evitar a transmissão
Notificação das autoridades
iatrogênica. Em países onde a anemia infecciosa equina não
A anemia infeciosa equina é uma doença de notificação está presente, os surtos são contidos com quarentenas e
obrigatória, devendo ser comunicada a sua ocorrência aos controle de movimentação, rastreamento de casos e
órgãos de defesa sanitária animal estadual e/ou federal. No vigilância. Os vírus envelopados, como o VAIE, são
Brasil, a AIE requer notificação imediata de qualquer caso facilmente destruídos pela maioria dos desinfetantes
suspeito. comuns. Este vírus não persiste em insetos, que são os
Controle vetores mecânicos.
Muitos países têm programas de controle que requerem Saúde Pública
que os equídeos sejam testados para AIE. As Não há evidências de que a Anemia Infeciosa Equina
regulamentações nos Estados Unidos da América (EUA) seja uma ameaça para humanos.
variam de acordo com o estado, mas muitos requerem um ou
mais testes, particularmente antes da entrada do cavalo em
um estado, participação em atividades organizadas e/ou
Recursos na Internet
venda do animal. O teste voluntário dos equídeos de uma Associação Americana para Segurança na Equitação
fazenda, assim como o teste de novos animais antes da sua (AAHS). Seu cavalo, Anemia Infecciosa Equina e a lei.
introdução, ajudam a manter um rebanho livre de AIE. Não
há vacina disponível. AAHS. Estatutos para a Anemia Infeciosa Equina e
Regulamentos Administrativos para Estados Individuais
No Brasil, o transito interestadual de equídeos requer
documento oficial de trânsito (GTA) e resultado negativo no

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Anemia Infeciosa Equina
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* Link extinto a partir de 2009

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