1 - Anemia Infecciosa Das Galinhas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

29/04/2010

Anemia Infecciosa
das Galinhas
Leonardo Bozzi Miglino
Programa de Pós-graduação - UFPR
Mestrado Ciências Veterinárias
2010

Anemia Infecciosa das Galinhas


Histórico:

• Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de


agente da anemia das galinhas (CAA)
• Alemanha (1983)
• Reino Unido (1987)
• Suécia (1988)
• Estados Unidos e Irlanda do Norte (1989)
• Brasil (1990)
• Atualmente o vírus é denominado vírus da
anemia das galinhas (CAV)

Anemia Infecciosa das Galinhas


Etiologia:
• Circovírus da família Circoviridae
• DNA circular de fita simples
• Não possui envelope
• Alta resistência
• Morfologia icosaédrica
• Possui proteínas virais VP1, VP2 e VP3
• Único hospedeiro são as galinhas.
• Mortalidade varia de 2 a 20% e morbidade chega a
100%

1
29/04/2010

Anemia Infecciosa das Galinhas


Incidência e
Distribuição:
• Em todas as áreas de
produção de galinhas no
mundo
• No Brasil a presença de
lotes positivos tem sido
descrita por vários
autores
• Tem uma disseminação
lenta e progressiva

Anemia Infecciosa das Galinhas

Caracteriza-se:

• Anemia
• Aplasia de medula óssea
• Atrofia generalizada de órgãos linfóides
• Replicação viral ocorre em células precursoras
• Retardo no crescimento e imunossupressão
• Normalmente causa enfermidade em aves de 2 a 4
semanas (desaparecem anticorpos maternos)

Importância Econômica

• Causa imunossupressão

• Diminui em 3,5% o peso corporal

• Aumenta em 2,5% a mortalidade do lote

• Piora de 2% em conversão alimentar

• Piora em 13% na rentabilidade do lote

• Especial problema em lotes de aves SPF

2
29/04/2010

Epidemiologia
Hospedeiros naturais:
• Galinha é o hospedeiro natural;
• Acomete todas as idades (susceptibilidade é maior nas
primeiras três semanas de vida);
• Aves com mais de 2 semanas desenvolvem infecção
subclínica.

Epidemiologia
TRANSMISSÃO:
• Vertical (+ importante): Matrizes adultas não
desenvolvem a doença, mas quando infectadas,
transmitem o CAV a progênie (Yuasa et al., 1980);
• Horizontal (contato direto ou indireto, instalações
contaminadas, fômites, sendo a via oral a mais
importante);
• A disseminação do vírus se dá principalmente através
das fezes.

Cadeia Epidemiológica
Circovirus
PI = 10 a 21 dias Agente
Fezes, aves
etiológico infectadas
subclínica
Galinhas

Secreções,
Trato fezes, etc
digestivo, etc Vias
de transmissão
Camas, transmissão
vertical
O vírus se dissemina lentamente na população de aves, o que resulta em uma
infecção desuniforme entre aves do mesmo lote.

3
29/04/2010

Anemia Infecciosa das Galinhas


Vírus

Penetram e se multiplicam
nas células hospedeiras:
• Células precursoras do sistema
hemocitopoiético (hemocitoblastos)
• Células da medula óssea
• Células linfocitárias (córtex timo)

MORTE CELULAR

Sinais Clínicos
• Redução dos valores de hematócrito
• Aves pálidas e com desenvolvimento retardado
• Sinais clínicos associados à infecção secundária
• Ocorre trombocitopenia e isso pode aumentar o
aparecimento de hemorragias (ponta da asa,face interna
da coxa)
• Refugagem e desuniformidade do lote

4
29/04/2010

Journal of Veterinary Science, 2008

Imunossupressão
• É mais severa quando ocorrer anemia: redução
significativa dos leucócitos totais
• Aves imunocompetentes quando infectadas
desenvolvem infecção subclínica, mas uma
imunossupressão ocorre devido a replicação viral.
(McConell et al, 1993)
• Macrófagos apresentam redução na produção de
interleucina, da fagocitose e da atividade bactericida
(Adair et al 1991; McConnel et al 1993)
• 14 a 28 dias pós infecção nota-se uma melhora do
sistema imune

5
29/04/2010

Importante
• O comprometimento do sistema imune aumenta
a predisposição a infecções oportunistas.
• Associação de CAV a outro agente com efeito
sinérgico. Identificar qual agente primário.

• Imunodepressão gerada pela anemia causando


perda de eficiência de outras vacinas (marek,
newcastle, bronquite infecciosa)

Imunidade
• Anticorpos são a melhor arma;

• Os anticorpos passivos transferidos se mantêm na progênie por até


três semanas. Passado este periodo as aves ficam suscepetiveis a
infecção horizontal desenvolvendo um quadro subclínico e
subsequente imunidade ativa contra o vírus;

• Presença de anticorpos contra o


CAV em frangos de corte em idade
de abate é um diagnóstico de
infecção subclínica.

Diagnóstico
• Sorologia (monitoria): Não podem ser atribuídos como
diagnóstico de doença ativa. Teste mais realizado é o
ELISA;

• Isolamento viral – Diagnostica infecção ativa pelo CAV.


É realizado em cultivo celular ou in vivo;

6
29/04/2010

Diagnóstico
• PCR (teste de polimerase em cadeia) permite a
detecção de vírus da anemia infecciosa de forma mais
rápida e específica;

• Outros métodos de diagnóstico.

Diagnóstico Diferencial

• Gumboro;

• Micotoxinas;

• Intoxicação por sulfa.

Tratamento e Prevenção
TRATAMENTO: Não há

PREVENÇÃO E CONTROLE:
• Medidas de higiene;
• Boa desinfecção de instalações e equipamentos;
• Vacinação de matrizes;
• Rotina de análise sorológica de matrizes;
• Diminuir possíveis fontes causadoras de stress;
• Implementar medidas rigorosas de biosseguridade em toda a
granja e incubatórios.

7
29/04/2010

Leonardo Bozzi Miglino


[email protected]

Você também pode gostar